Iris Rezende e Paulo Garcia: o primeiro até que tem apreço pessoal pelo segundo, mas sabe que, politicamente, este o “contamina”
Iris Rezende e Paulo Garcia: o primeiro até que tem apreço pessoal pelo segundo, mas sabe que, politicamente, este o “contamina”

O Jornal Opção ouviu vários peemedebistas a respeito da DR entre o PMDB e o PT. DR, como se sabe, é “discutir a relação” — coisa típica de casais, mas que homens, diga-se, detestam e mulheres adoram. No caso, o PT aposta na DR, comportando-se como noiva ou esposa. Mas o PMDB, com o típico comportamento masculino, foge da DR como a presidente Dilma Rousseff foge da Petrobrás e o Diabo da cruz.

Os peemedebistas, sob o manto protetor do off, disseram, sem meias palavras, que a DR entre o PMDB e o PT vai ser estendida, de maneira interesseira, até maio (mês das noivas) ou junho (mês dos namorados) de 2016. “O PMDB vai se livrar do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT, entre maio e junho de 2016. Até lá, vai cozinhá-lo em banho-maria para não perder a estrutura que mantém no Paço Municipal.” E depois? Depois da DR intensa, e chatérrima, o PMDB de Iris Rezende vai deixar a esposa, o PT, na chapada.

O que querem o PT e o PMDB?, perguntaria Freud, se vivo fosse. O PT, depois de se sentir explorado pelo PMDB, quer “pensão alimentícia”. Para sobreviver, quer bancar o vice de Iris Rezende na disputa de 2016. Tem até o nome que, na tese do petismo, o Rei Lear do PMDB avalia supostamente como mais palatável: a deputada Adriana Accorsi. O problema é que, cansado da DR interminável e da decadência sem elegância do PT, o PMDB de Iris não quer vice petista. Quer, isto sim, o divórcio. Repita-se: entre maio e junho de 2016.

O PT avalia que não sobrevive sem a pensão alimentícia, quer dizer, sem o PMDB. Por isso quer estender a DR até 2016 e, quem sabe, 2018.

O PMDB quer livrar-se do PT e, sem DR, engatar outro relacionamento — com o DEM de Ronaldo Caiado. Tese: o DEM, ou melhor, o senador não tem desgaste em Goiânia e, sobretudo, não tem projeto político pessoal para a capital. Por isso, se torna uma espécie de general eleitoral apropriado para Iris disputar a prefeitura. O DEM, novo parceiro ou parceira, é uma borracha para apagar o PT com suas DRs penelopianas.