Por Euler de França Belém

[caption id="attachment_24143" align="aligncenter" width="620"] Friboi em 2018? | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O empresário Júnior Friboi disse aos seus aliados políticos e amigos que até pode ajudar algum candidato a prefeito em 2016. Mas que vai se concentrar, entre 2015 e 2017, nos negócios, na expansão de sua empresa, a JBJ. Em 2018, voltará a articular, avaliando que ainda tem um capital político considerado.
Friboi disse a dois aliados: “Meu sonho é servir ao Estado de Goiás e, por isso, pretendo ser candidato a governador”.
O empresário considera o PMDB como “carta fora do baralho”. Se for candidato, em 2018, será por outro partido.

[caption id="attachment_16053" align="aligncenter" width="620"] Robledo Rezende no Jornal Opção | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
Ao saber que Eronildo Valadares disse ao Jornal Opção que o ex-prefeito José Osvaldo deve apoiar sua reeleição, o advogado Robledo Rezende contestou: “Preciso verificar, pois José Osvaldo está conversando com o grupo que pretende lançar um candidato da terceira via”.
Robledo diz que o eleitorado de Porangatu está cansado da polarização entre Eronildo Valadares, do PMDB, e Júlio da Retífica, do PSDB. “A cidade quer e até exige uma alternativa. Hoje, Eronildo só tem o apoio de sua família e dos funcionários de sua empresa, alguns deles empregados na prefeitura. O prefeito nunca esteve tão isolado.”
Segundo Robledo, Júlio da Retífica garante que tem o apoio de 14 partidos. “É fato que tem partido em demasia no país, mas é provável que ele não tenha tanto apoio assim. Na verdade, neste momento, os líderes dos partidos estão conversando com todo mundo.”
Se os políticos de Porangatu estivessem satisfeitos com a polarização tucana versus peemedebismo, sublinha Robledo, “meu escritório de advocacia não receberia tanta gente da cidade buscando orientação sobre uma alternativa política”.
Enquanto Eronildo Valadares, do PMDB, e Júlio da Retífica, do PSDB, trocam farpas afiadas, atacando-se publicamente e nos bastidores, o engenheiro Valdemar Lopes, com muito dinheiro no bolso e na conta bancária, já está praticamente em campanha para disputar a Prefeitura de Porangatu. Ligado ao presidente da Ceasa, Edivaldo Cardoso, Valdemar Lopes estaria dizendo que, com uma estrutura razoável, vai romper a polarização de vários anos entre o tucanato e o peemedebismo.
Até peemedebistas dizem que o prefeito de Jataí, Humberto Machado, está desesperado com a notícia de que o ex-deputado Leandro Vilela, do PMDB, desistiu de disputar a prefeitura, em 2016. Machado, tido como o político mais teimoso do Sudoeste — superando até as mulas em teimosia —, continua insistindo que Leandro será candidato, o que o jovem político, em entrevista ao Jornal Opção, não confirma. Enquanto Machado não apresenta seu plano B, porque está desnorteado, peemedebistas começam a se movimentar para encontrar outro candidato a prefeito. O agricultor Antônio “Toninho” Cazarini, presidente da Associação dos Produtores de Grãos, é filiado ao DEM, mas, grande amigo de Machado, pode ser candidato pelo PMDB. Basta que o prefeito diga-lhe: “Mude de partido”. Trata-se de um político sem experiência mas respeitado no município. Há notícia de que um dos vereadores do PMDB pode disputar a prefeitura. O secretário de Obras, o engenheiro Tales Augusto Machado, afinadíssimo com Machado, é outra aposta do partido. O fato é que, sem Leandro Vilela, o PMDB não tem candidato natural em Jataí.


[caption id="attachment_25124" align="alignleft" width="189"] Foto: Fernando Leite[/caption]
O processo de registro do Partido Liberal, presidido pelo ex-deputado goiano Cleovan Siqueira, deve ser julgado na terça-feira, 29, pelo Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília.
“Aí”, afirma Cleovan Siqueira, “se o registro for autorizado, como acreditamos que será, teremos até o dia 2 — quer dizer, três dias — para fazer as filiações. Nós as faremos e vamos disputar eleições em várias cidades do Estado e do país”.
O PL, segundo Cleovan Siqueira, “cumpriu todos os requisitos exigidos pela legislação eleitoral. Para obter o registro, precisávamos de 482 mil apoiamentos. Levamos 488 mil ao TSE”.
Todas as impugnações do DEM e do PMDB foi respondidas “ponto a ponto”, sublinha o ex-parlamentar.
Cleovan Siqueira é um liberal histórico. “Estou no PL desde 1985, com Álvaro Valle. São 30 anos de uma vida. Não é pouca coisa, não.”

[caption id="attachment_45527" align="aligncenter" width="620"] Foto: Marcos Kennedy[/caption]
O deputado estadual Jean Carlo, do PHS, é uma máquina de fazer política. Parece que nem dorme. Quando não está na Assembleia Legislativa, onde é assíduo, está fazendo política no interior. Na sexta-feira, 25, o Jornal Opção localizou-o em São Francisco. Presidente estadual do PHS, estava articulando filiações ao partido.
O presidente da Câmara, Cleuton Gomes de Moura, deixou o PROS e filiou-se ao PHS e deve ser candidato a prefeito de São Francisco. Já o prefeito deve trocar o PMDB pelo PP.

[caption id="attachment_27452" align="aligncenter" width="620"] Reprodução / Celg[/caption]
O senador Ronaldo Caiado (DEM) tentou convocar o governador de Goiás, Marconi Perillo, para depor no Senado sobre a venda da Celg. Porém, como o responsável pela privatização da companhia é o presidente da Celg Par, Fernando Navarrete, é ele que vai ao Senado explicar a questão.
Fernando Navarrete vai comparecer ao Senado na segunda-feira, às 14h30. Navarrete é responsável pelo governo do Estado de Goiás nos assuntos da Celg junto aos ministérios, ao BNDES e, junto com a Eletrobrás, em relação à privatização

[caption id="attachment_43738" align="aligncenter" width="620"] Foto: Renan Accioly / Jornal Opção[/caption]
A Rede Sustentabilidade conseguiu seu registro e tende a nascer como um partido de médio porte, com filiações importantes em todo o país. Liderado por Marina Silva, em nível nacional, a Rede é um partido diferente. Não tem presidentes, por exemplo, e sim dois porta-vozes — uma mulher e um homem. Em Goiás, é dirigido pelo procurador federal Aguimar Jesuíno e pela professora Zélia.
Na semana passada, mesmo com o auxílio de secretárias e aliados, Aguimar Jesuíno não conseguia atender todos os que queriam se filiar na Rede. Entre os filiados está o vereador Djalma Araújo, ex-PT e ex-Solidariedade.
Sobre o deputado-delegado Waldir Soares, Aguimar Jesuíno diz que se trata de um político interessante, diferente da média. “Porém, como a Rede é um partido humanista e pacifista, parece incongruente acolhê-lo. As ideias de Waldir Soares são diferentes das nossas, exceto, tudo indica, no campo ético.”
Aguimar Jesuíno frisa que a Rede deve aliar-se a outros partidos de esquerda para disputar a Prefeitura de Goiânia. “PDT, PPS e PSB têm a ver com o nosso ideário, mas o PPS e o PSB já estão comprometidos com Vanderlan Cardoso. Estamos conversando com o PSDC e com o PPL.”
O engenheiro Martiniano Cavalcante vai se filiar à Rede, mas sem militância, informa Aguimar Jesuíno. Elias Vaz comunicou que vai permanecer no PSB.
“Em Inhumas, a Rede terá candidato a prefeito. Será o vereador Pacheco, que deixou o PP. Em Catalão, devemos lançar candidato a prefeito, possivelmente o economista Fernando Safatle [que tratou de um câncer num ouvido, em São Paulo, e já está bem]. Devemos ter bons nomes em Uruana, Goianira, Aragarças, Rio Verde e Luziânia”, sublinha Aguimar Jesuíno.
Com o objetivo de não criar feudos ou castas, a Rede muda com frequência seus porta-vozes. “Deixo de ser porta-voz no dia 8 de novembro. Aí faremos convenção e podem assumir Edson Braz, Uarian Ferreira, Arsênio Neiva Costa ou Fernando Safatle.”

[caption id="attachment_46816" align="aligncenter" width="620"] Fidel Castro e o papa Francisco: note sua roupa-uniforme da Adidas[/caption]
Baseado numa fonte exclusiva do alto escalão do governo cubano, o jornalista e escritor Klester Cavalcanti publicou, no Facebook, que Fidel Castro, eminência parda do governo de Cuba, recebe cerca de 5 milhões de dólares (20 milhões de reais) da Adidas “por cada aparição que faz exibindo a marca”. A revista “Forbes” aponta o longevo líder da ilha como bilionário. Ele teria dinheiro depositado na Suíça, mas nenhuma publicação conseguiu revelar em quais bancos.
Aos que questionaram o fato de a Adidas pagar tanto dinheiro para um político decadente, de quase 90 anos, Klester Cavalcanti contrapôs: “É um símbolo mundial. Todo mundo sabe quem é Fidel”. Ele “vale mais do que muitos atletas de ponta”.
Klester Cavalcanti ressalta que não sabe o valor exato que o grupo alemão paga ao líder comunista — cuja família está no poder há quase 57 anos — e possivelmente nenhuma das partes vai revelar. “O que se sabe”, frisa o jornalista, é que o ditador “prega uma coisa, mas faz outra”.
Sobre sua fonte, do alto escalão cubano, Klester Cavalcanti sublinha que não pode revelar o nome. Se o fizer, ela sofreria represálias do governo de Fidel e Raúl Castro — Batman e Robin do comunismo —, “como ele [Fidel] faz com todos que não se curvam às suas ideias”.
A Adidas se tornou uma espécie de marca quase cubana... em Cuba. O motivo? “É a marca do comandante”, afirma Klester Cavalcanti.
Um leitor da postagem de Klester Cavalcanti sugeriu que, sendo uma empresa de capital aberto, a Adidas tem de divulgar os dados, inclusive sobre o “patrocínio” a Fidel Castro. A réplica do jornalista: “A Adidas só é obrigada a divulgar informações contratuais a seus acionistas. Além disso, há a possibilidade de esse contrato com Fidel ser informal, sem nada assinado, como muitas celebridades fazem com marcas de roupa, montadora de automóvel, marca de relógio. Esse tipo de coisa é muito comum”.
Por que Fidel Castro não aparece pelo menos uma vez com uma roupa da Nike ou de outra marca e por que sempre aparece de Adidas? Tudo indica que “não” pode trocar de marca.
O comportamento de Fidel Castro, para Klester Cavalcanti, “indica quatro coisas: incoerência, hipocrisia, cara de pau e falta de vergonha na cara. Quer criticar o capitalismo? Beleza. Mas seja coerente! Lembra do nosso amado Ariano Suassuna? Ele dizia odiar tudo que vinha de fora do Brasil. Dá um Google e vê as fotos do Ariano. Eu arranco meu braço direito se você achar uma foto do Ariano usando roupa de marca gringa. Isso é coerência. Fidel aparecer em tantas fotos usando Adidas seria o mesmo que o Ariano falar tudo o que falava nas palestras e aparecer em público com uma camisa dos Estados Unidos”. Faltou a Klester Cavalcanti ressalvar a “paixão” de Ariano Suassuna pela TV Globo.
A batalha de Cuba pelo “vil metal” dos capitalistas, não importam quais, levou o governo de Fidel Castro a acumpliciar-se com o narcotraficante Pablo Escobar. Quando o presidente dos Estados Unidos, na época Bill Clinton, descobriu, por intermédio da CIA, a negociação dos comunistas com o tráfico de cocaína, e avisou Fidel Castro, este, fingindo que não sabia de nada — apesar de o G2, o serviço secreto cubano, ter sido organizado pela Stasi (a revelação é de Markus Wolff, no livro “O Homem Sem Rosto”, sua autobiografia) — mandou fuzilar o general Arnaldo Ochoa e outros militares, depois de um julgamento que lembra, e não vagamente, os julgamentos de Moscou.
O Jornal Opção publicou dois textos a respeito. Numa deles, um menciona jornalistas e um historiador que investigaram a história da ligação com narcotraficantes da Colômbia. Noutro texto, baseado no livro “Pablo Escobar — Ascensão e Queda do Grande Traficante de Drogas” (Planeta, 383 páginas, tradução de Eric R. R. Heneault e Olga Cafalcchio), do jornalista e ex-prefeito de Medellín Alonso Salazar, detalha-se o envolvimento da cúpula cubana com traficantes de cocaína. Os laços foram criados por esquerdistas da Colômbia.
[caption id="attachment_46805" align="alignright" width="250"] Obra de Primo Levi, com Leonardo De Benedetti, indica que se trata de texto mais interessável sobre Auschwitz[/caption]
O judeu italiano Primo Levi escreveu talvez o livro mais extraordinário de um homem que esteve num campo de extermínio. “É Isto um Homem?” (Rocco, 256 páginas, tradução de Luigi Del Re) não é lacrimoso e conta, de forma seca, ao estilo de Graciliano Ramos, como era a vida em Auschwitz, como os seres humanos, desumanizados — tanto as vítimas quanto os algozes —, se comportavam no dia a dia. Agora, a Companhia das Letras lança “Assim Foi Auschwitz” (280 páginas, tradução de Federico Carotti), de Primo Levi com Leonardo De Benedetti.
Quando libertou os prisioneiros de Auschwitz, na Polônia, a cúpula do Exército soviético solicitou que Primo Levi e Leonardo De Benedetti escrevessem um relatório circunstanciado do que era o campo de extermínio, notadamente sobre suas condições de saúde. Os dois italianos elaboraram o impressionante “Relatório Sobre Auschwitz”. A vida lá, a abominação criada pelos nazistas da Alemanha, era pior do que se imaginava.
O “Relatório Sobre Auschwitz” foi publicado em 1946. Além da denúncia em si, acabou sendo importante por, em seguida, revelar um escritor, Primo Levi, que escreveu outros livros sobre as agruras de se viver em Auschwitz.
Textos inéditos de Primo Levi sobre Auschwitz são reunidos no livro publicado pela Companhia das Letras. Os textos do sobrevivente de Auschwitz difere, em larga medida, de alguns depoimentos de outras vítimas do Holocausto. O autor de “A Trégua” não retira a emoção de suas histórias, mas não permite que ela turve sua capacidade de mostrar e analisar. Por vezes, sua prosa parece fria, distanciada. Mas é o modo que encontrou, com precisão, de relatar a verdade do que viu e sentiu num dos mais letais campos criados pelos alemães de Adolf Hitler.
Depois de sobreviver a Auschwitz e de viver para contar o que aconteceu na fábrica da morte, Primo Levi matou-se em 1987. Estava depressivo e, por certo, Auschwitz, mesmo depois de várias tentativas de purgação, com a publicação de livros, “vivia” incrustado no seu ser (leia mais aqui).
[caption id="attachment_46806" align="alignright" width="216"] Livro mostra que um latino-americano é o melhor explicador do mais celebrado romance de Flaubert[/caption]
Esqueça o filósofo Jean-Paul Sartre, autor de um “calhamaço menor” sobre Gustave Flaubert. Um dos melhores livros sobre Flaubert e sua obra-prima, o romance “Madame Bovary”, foi escrito por um peruano, Mario Vargas Llosa, Nobel de Literatura. “A Orgia Perpétua — Flaubert e Madame Bovary” já havia sido publicado em português, mas só pode ser encontrado em sebos. A Alfaguara lança nova edição, com tradução precisa de José Rubens Siqueira.
Em meras 280 páginas, Vargas Llosa escreve uma crítica brilhante sobre um dos romances mais emblemáticos da história da literatura. O escritor e crítico leu, releu e virou de ponta-cabeça o polêmico livro de Flaubert, esticando o cérebro do leitor para um entendimento mais amplo de uma história que se tornou, por assim dizer, patrimônio de todos nós. Emma Bovary “era” Flaubert, como ele disse, e todos nós — um verdadeiro poço de contradições e desejos reprimidos e, às vezes, liberados.
O que o autor de “Travessuras da Menina Má” — quem sabe, uma Bovary menor — diz ao leitor, com palavras candentes e claras, é que o romance tem muito mais a dizer que o mero adultério de Emma, motivo da fama da história. A delícia do texto, e como Flaubert o elabora e conta a história, é exibida de maneira exemplar por Vargas Llosa.
Consta que franceses sentem ciúme de um de seus maiores escritores — talvez o maior, ao lado de Marcel Proust — ter sido analisado de modo tão percuciente por um crítico estrangeiro (muitos franceses se acham “o” povo, não “um” povo). É provável que ninguém fez tanto por um romance — transformando-o numa catedral de arquitetura bela e sólida — quanto Vargas Llosa.

[caption id="attachment_46799" align="aligncenter" width="620"] Rubem Alves | Foto: reprodução[/caption]
Seus textos leves, mas com alguma profundidade, encantaram leitores durante anos. Com a internet, tornaram-se textos-citações. Centenas, talvez milhares, de pessoas passaram a mencioná-los como se contivessem lições fundamentais sobre a vida. Visto às vezes como um Paulo Coelho intelectualizado, Rubem Alves era bem mais do que isto — era um filósofo que escrevia com clareza e buscava, como os gregos, interferir na vida cotidiana de seus pares, menos com o objetivo de ser uma espécie de guia espiritual e mais como um veículo de iluminação e indicativo de que caminhos diferentes (humanistas e cordiais) são possíveis.
Rubem Alves escrevia muito, o que contribuiu, por certo, para simplificar seu pensamento. Mesmo assim, no estilo de Drauzio Varella — que simplifica para se tornar legível pelas maiorias —, não era um intelectual raso (ainda que alguns de seus textos sejam até simplistas). É o que procura mostrar a biografia “É Uma Pena Não Viver — Uma Biografia de Rubem Alves” (Planeta, 496 páginas), do jornalista Gonçalo Júnior.
Rubem Alves morreu em julho de 2014, há pouco mais de um ano, e por isso é difícil produzir uma biografia detida, mais racional do que emocional. Faltam, por exemplo, análises mais detidas das ideias do filósofo; não de Gonçalo Júnior, e sim de outros autores. Mesmo assim, o texto de Gonçalo Júnior é preciso, sem pieguices de fã. O biógrafo relata, com precisão, a perseguição sofrida pelo teólogo, filósofo e psicanalista por parte da Igreja Presbiteriana do Brasil, no início da ditadura civil-militar. Ele foi morar nos Estados Unidos, onde deu aulas em universidades.

Na semana passada, o Jornal Opção publicou carta de Beatriz Martins, “Perdi minha filha para a Sibutramina”, na qual conta a odisseia da estudante Carolina Martins Moura, falecida recentemente. Carolina, a Carol, era filha de Beatriz Martins e do presidente do Sindicato da Construção Civil de Goiás (Sinduscon), Carlos Alberto Moura. A carta obteve mais de 1,5 milhão de acessos únicos.

[caption id="attachment_46786" align="aligncenter" width="620"] Saul Bellow | Foto: Ulf Andersen/Getty Images[/caption]
Saul Bellow é, ao lado de William Faulkner, o maior escritor americano do século 20, seguido, às vezes de perto, por Ernest Hemingway, Scott Fitzgerald, John Updike, Philip Roth e Joyce Carol Oates. Por isso faz muito bem a Companhia das Letras ao publicar, num único volume (“A Conexão Bellarosa”, 424 páginas), quatro novelas de Bellow: “Um Furto”, “A Conexão Bellarosa”, “Uma afinidade Verdadeira” e “Ravelstein”.
“Ravelstein” conta a história do crítico e ensaísta Allan Bloom (não confundir com Harold), notável intelectual americano, amigo de Bellow, que, como tantos, a Aids levou. Parte da família de Allan Bloom não apreciou a crueza da novela (que mal disfarça sobre quem é o personagem), ou pequeno romance. Mas a história, verdadeira e rica, é um poderoso retrato de um homem brilhante que, como todos nós, pode ter sucumbido aos instintos, ao tormento do sexo.
A tradução é de Caetano Waldrigues Galindo (o tradutor de James Joyce) e Rogério W. Galindo.