Por Euler de França Belém
Os Estados arrecadariam 5 bilhões, garante o decano dos economistas brasileiros. Ele diz que Dilma Rousseff é “honesta” mas "trapalhona”
A política de Anápolis começa a se definir tendo em vista as eleições de 2016. O ex-prefeito Ernani de Paula, que esteve com um pé no PPS, optou por se filiar ao PROS de Eurípedes Júnior. O empresário tucano Ridoval Chiareloto, que não apoia a candidatura de Alexandre Baldy (PSDB) para prefeito, pode migrar (há conversações) para o PPS e pode disputar a prefeitura, com o apoio do deputado federal Marcos Abrão. O vereador Frei Valdair de Jesus, se confirmada sua filiação ao PSB, pode disputar a prefeitura — com o apoio da senadora Lúcia Vânia e do empresário Vanderlan Cardoso.

A nova comissão provisória do tucanato no município provoca uma crise entre a cúpula e setores da base. Mesmo quem não está filiado se tornou membro
[Rodrigo Melo, Franki Boniek, Ernani de Paula, Carlos Henrique e Jorge Matsubara: nova força]
O ex-prefeito de Anápolis Ernani de Paula vai disputar mandato de vereador pelo PROS. Tanto pode disputar mandato legislativo quanto a prefeitura do município.
Ernani e Jorge Matsubara, paulista radicado em Anápolis, fecharam com a cúpula do PROS em Goiás: Rodrigo Melo, presidente estadual; Frank Boniek, presidente municipal; e Carlos Henrique, vice-presidente.
O PROS adotou a política de se fortalecer sobretudo nas médias e grandes cidades. Ernani de Paula é um de seus trunfos.
Analistas políticos apostam que Ernani de Paula tende a ser o candidato a vereador mais bem votado de Anápolis.

Mãe diz que “os efeitos colaterais do medicamento foram fatais: mau humor, alucinações e depressão", Carolina "fez uso abusivo um dia antes de sua morte e como procurou socorro muito tarde não foi possível fazer a lavagem”

Arat Hosseini é uma espécie de Nadia Comăneci bebê. Talento impressiona técnicos e atletas experimentados
Será que se o Hailé Pinheiro ameaçar enviar o time do Goiás para o Haiti, sem salário e sem bicho, o Goiás escapa do rebaixamento?
Não sei o que dirão o Arnaldo Bastos, o Valério Filho e o Elder Dias, torcedores-símbolos do Goiás Esporte Clube, e o Rafael Teodoro. Mas que tal sugerir que, se perder mais uma, o Hailê Pinheiro, imperador do time, vai mandar todos os jogadores (até o Renan e o Erik) para uma temporada de ajuda humanitária, sem direito a salário e bichos, para o Haiti ou para Ruanda? Ah, esqueci de acrescentar “rs”. Como se vive numa democracia, resta a inação, ou, quem sabe, pagar o tal “bicho molhado” — no vestiário. Na Rússia, porém, é tudo muito diferente. Mas lá, sabe o Arnaldo Bastos e o Carlos Higa, é uma democradura. No domingo, 20, o time do CSKA Moscou perdia de 3 a 0 para o Mordovia Saransk, numa disputa do Campeonato Russo. O CSKA, segundo a Agência AP e “O Globo”, jogava apenas 10 jogadores. O brasileiro Mário Fernandes havia sido expulso. O técnico Leonid Slutsky, possivelmente da escola de Stálin e, claro, de Vladimir Putin, decidiu apelar para uma tática que “funciona” pelo menos desde o século 19, o dos czares. Slutsky ameaçou mandar os jogadores para a Sibéria. Eles teriam jogar uma partida em Irkutsk. Resultado: o CSKA ganhou por 6 a 3.
Ao término da partida, a imprensa quis saber por que o CSKA, que não estava jogando nada, de repente parecia a seleção da Alemanha jogando contra a do Brasil. O técnico foi sucinto: “Eu disse que se não vencêssemos, todo mundo viajaria para Irkutsk. Foi bem simples”.
O CSKA manteve a liderança no Campeonato Russo. O Lokomotiv é o segundo colocado, com cinco pontos a menos.
[A foto acima é do time do CSKA]
Se for candidato a prefeito, pergunta um tucano, quem vai participar de sua campanha?
Tucanos dizem que, sempre que abre a boca, o delegado-deputado Waldir Soares perde um aliado. “Ele ganha um adversário quando decide falar. Se for candidato, quem vai trabalhar em sua campanha?”
O tucanato sugere que, se desagrega já no Legislativo, imagine se, algum dia, chegar ao Executivo.
Quando se refere à defesa da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula da Silva, para não citar os criadores e beneficiários do mensalão, o silêncio do PT de Goiás é espantoso. Rubens Otoni, Luis Cesar Bueno, Adriana Accorsi e Mauro Rubem, críticos de tantas coisas, não falam nada. Permanecem emudecidos. De Pinheiro Salles, aliado do senador Ronaldo Caiado — Karl Marx quase saiu do túmulo de tanta raiva da aliança pinheirista-caiadista —, nem se fala.
Os acionistas da usina de Cachoeira Dourada agradecem a Maguito Vilela, que vendeu a galinha de ovos de ouro da Celg

[caption id="attachment_38011" align="alignleft" width="300"] Jean Wyllys, deputado do Psol-RJ e militante da causa LGBT[/caption]
O portal Comunique-se relata que “186 jornalistas de 45 veículos de comunicação brasileira votaram nos parlamentares que segundo eles, melhor representam a população no Legislativo. Na lista, PSOL e PSB ocupam o topo, com três representantes cada”. O levantamento é do Congresso em Foco.
Os cinco parlamentares com melhor avaliação receberão prêmio do Congresso em Foco e homenagem do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal.
O que dizer da lista? Que a maioria dos jornalistas permanece de esquerda. Não é possível que não exista um deputado conservador atuante. Nenhum de Goiás foi citado. Por quê? Provavelmene porque a maioria dos eleitores é do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.
A lista:
1 — Alessando Molon (PT-RJ)
2 — Chico Alencar (PSOL-RJ)
3 — Glauber Braga (PSB-RJ)
4 — Ivan Valente (PSOL-SP)
5 — Jandira Feghali (PC do B-RJ)
6 — Jean Wyllys (PSOL-RJ)
7 — Júlio Delgado (PSB-MG)
8 — Luiza Erundina (PSB)
9 — Maria do Rosário (PT-RS)
10 — Miro Teixeira (PROS-RJ)

[caption id="attachment_46239" align="alignright" width="300"] Fabrício Cardoso (foto), Silvana Bittencourt e Luciano Martins são os editores-executivos[/caption]
“O Popular” deve concluir as modificações na equipe até o fim do ano. Na semana passada, ocorreu a mudança no comando. Fabrício Cardoso (foto), Silvana Bittencourt e Luciano Martins (também responsável pelo jornal “Daqui”) são os editores-executivos. Cileide Alves perdeu o cargo de editora-chefe e foi rebaixada para editora de Opinião.
O editor-adjunto André Rodrigues foi rebaixado para editor de Arte. Luiz Fernando Rocha Lima, que já havia perdido o cargo de Diretor de Jornalismo, deixa em definitivo o jornal. As mudanças — promovidas pelo vice-presidente, Maurício Duarte, o consultor Eduardo Tessler e o editor-executivo Fabrício Cardoso, o triunvirato que de fato manda no jornalismo de “O Popular” — põem fim à era do nandismo-cileidismo.
A partir de agora, o “Pop” deve se tornar um jornal mais leve e menos “rancoroso” (sinônimo de Cileide Alves). Pelo menos por enquanto, a qualidade caiu, mas o novo comando, experimentado, deve ajustá-la brevemente. Os executivos devem trabalhar uma integração mais forte do impresso com o online — com o online potencializando a audiência do material impresso, mas também caminhando sozinho. Com a publicação de mais notícias policiais, apresentadas de maneira mais enfática, o que não quer dizer sensacionalista, a audiência do jornal aumentou nos últimos dois meses.
A tendência é que, aos poucos, “O Popular” se torne mais contemporâneo. Porque, hoje, parece um jornal pré-internet, um produto dos séculos 19 e 20, uma espécie de dinossauro que sobrevive num século de comunicação mais rápida e globalizada. O “Pop” hoje parece um jornal velho às 6 horas da manhã, quando começa a chegar às mãos dos leitores.

[caption id="attachment_46236" align="alignright" width="620"] Lilian Tahan, diretora de Jornalismo[/caption]
O Portal Metrópoles (de Brasília), criado pelo ex-senador Luiz Estevão, já está rede. Jornalistas dizem que, apesar de relativamente bem feito, falta “pegada”, quer dizer, é meio insosso. Mas a grande notícia nem é sua qualidade, ou falta dela, e sim o número de contratações. São 44 profissionais, sob o comando de Lilian Tahan, ex-editora da “Veja Brasília”.
Lista dos contratados
Os estagiários obviamente não são contratados, mas recebem um salário, ainda que menor. Em média os salários da redação do Metrópoles são superiores a 6 mil reais.
1 — Lilian Tahan — diretora de Jornalismo
2 — Priscilla Borges — editora-chefe
3 — Luciene Magalhães — secretaria de redação
4 — Arthur H. Herdy (Home) — editor
5 — Daniel Lacerda — editor
6 — Michael Melo — editor de fotografia
7 — Fernando Braga (multimídia)
8 — Gabriel do Rego Pereira
9 — Gabriel Ramos da Silva (vídeo)
10 — Kacio Pacheco Vianna (arte)
11 — Luiz Humberto Prisco (home/repórter)
12 — Maria Eugênia (cidade e política)
13 — Rosualdo Rodrigues (cultura, entretenimento e gastronomia)
14 — Viviane Kulczynski (vida & estilo)
15 — Ana Luiz Favato (colunista)
16 — Isadora Aires (colunista)
17 — Bernardo Scartezini (repórter)
18 — Felipe Leonardo Moraes (repórter)
19 — Gabriela de Almeida (repórter)
20 — Maíra de Deus Brito (repórter)
21 — Bruna Sabarense (repórter)
22 — Edson Caldeira (repórter)
23 — Olívia Meirelles (repórter)
24 — Carolina Samorano (repórter)
25 — Carlos Carone (repórter)
26 — Carolina Bechara (repórter)
27 — Letícia Carvalho de Oliveira (repórter)
28 — Mirelle Pinheiro (repórter)
29 — Paulo Lannes (repórter)
30 — Ary Filgueiras (repórter)
31 — Kelly Almeida (repórter)
32 — Rafaela Lima (repórter)
33 — Manoela Alcântara (repórter)
34 — Mel Bleil Gallo (repórter)
35 — Thiago Henrique de Morais (Esportes)
36 — Rafaela Feliciano (fotógrafa)
37 — Bruno Pimentel (fotógrafo)
38 — Cícero Lopes (ilustrador)
39 — Joelson Miranda Santo (ilustrador)
40 — Josey Lopes Souza (gerente de Marketing)
41 — Sérgio Luiz Brisolla (analista de Redes)
42 — Clarissa Jurumenha (estagiária)
43 — Samira Rodrigues (estagiária)
44 — Pedro Alves Neto (estagiário).
A petista-chefe pode seguir os passos de João Goulart, que fugiu do país para não provocar um banho de sangue. Ele sairia do governo, mas do país
Uma das mais bem informadas jornalistas brasileiras, a colunista Mônica Bergamo escreve na edição de sábado, 19, da “Folha de S. Paulo”, que “possibilidade de renúncia de Dilma já não é descartada dentro do PT”.
Segundo Mônica Bergamo, “dirigentes históricos e ligados ao ex-presidente Lula acreditam que” Dilma Rousseff “pode ser levada a uma atitude extrema em caso de total ingovernabilidade do país — o que poderia ocorrer na hipótese de derrota fragorosa do pacote fiscal enviado ao Congresso”.
A repórter acrescenta que tais dirigentes (seus nomes não são mencionados) sublinham que, “ainda que o STF barre um processo de impeachment, a situação do governo pode ficar insustentável. E que Dilma se retiraria para evitar uma conflagração no país. A presidente tem repetido que não renunciará ao mandato em nenhuma hipótese”. João Goulart, em 1964, optou por fugir do país a reagir às forças militares que implantaram a ditadura. Alegou que não queria um banho de sangue. Pode ser o mesmo caminho de Dilma Rousseff, que, porém, não sairia do país.
Mônica Bergamo sugere que, “no PT é feito o cálculo de que Dilma tem cerca de três semanas para virar o jogo e se estabelecer novamente como única alternativa de poder no país até 2018”. Deputados goianos, alguns até apoiam seu governo, como Roberto Balestra, do PP, dizem que dificilmente a petista-chefe escapará do impeachment. Eles dizem que, no momento, o Brasil vive um regime anarquista, quer dizer, sem uma autoridade presidencial eficaz, com credibilidade. A presidente está no Palácio do Planalto, mas não governa mais.
A repórter-colunista da “Folha” faz uma ressalva: “A conta pode mudar caso se confirmem os rumores de que o delator Fernando Baiano poderá arrastar os principais líderes do PMDB, partido de Michel Temer, para o precipício. Nesse caso, a possibilidade de o vice assumir no lugar de Dilma estaria afastada”.
É provável que Mônica Bergamo ainda não tenha lido a “Veja” desta semana, por enquanto na internet. Lá conta-se que Fernando Baiano compromete ainda mais a presidente Dilma Rousseff e Antônio Palocci, ao revelar que negociou 2 milhões para a campanha da petista-chefe, num comitê eleitoral de Brasília, em 2010. O dinheiro foi entregue para um emissário de Palocci, o “Dr. Charles”, em São Paulo. Mas, de fato, tudo indica que Fernando Baiano vai ser um terremoto para parte da cúpula peemedebista.
O governador Marconi Perillo e o vice-governador José Eliton vão mostrar, mais uma vez, força política. Na quinta-feira, 24, dez prefeitos vão se filiar ao PSDB — junto com Eliton. Mas é possível que o número cresça até o dia da filiação. Vereadores e ex-prefeitos também devem se filiar.