Por Euler de França Belém

A pesquisa qualitativa sugere que o tucano e o petebista são capazes de apresentar um plano para melhorar a capital
Você prefere que seu filho receba um ensino igual ao das escolas privadas, em unidade administrada com a mesma eficiência da escola privada, ou acha melhor uma escola sem essa mesma eficiência, mas administrada pelo governo?
O irlandês Conor McGregor, Leopold Bloom, deve ser o próximo adversário de Rafael dos Anjos, Riobaldo Tatarana
Herb Dean parou a luta no momento certo, para evitar que o lutador brasileiro fosse massacrado

Na eleição anterior para presidente da Câmara Municipal de Luziânia, o deputado federal Célio Silveira e Marcelo Melo, do PSDB, atropelaram o prefeito Cristóvão Tormin. O folclore político relata que o líder do PSD ficou gritando: “Anotaram a placa da carreta?” Agora, Tormin deu o troco e, com o apoio do PT, atropelou a professora Edna Aparecida Alves dos Santos, que era apoiada por Célio e Marcelo, e elegeu Hildo Aniceto Pereira. Aliados dos tucanos sublinham que, bancado pelos petistas Didi Viana e Cassiana Tormin, o prefeito afastou-se do governador Marconi Perillo e aproximou-se, ainda mais, do petismo. O fato é que o líder do PSD impôs uma derrota política ao grupo de Célio Silveira e Marcelo Melo. As pesquisas, porém, continuam apontando que o segundo é favorito para prefeito do município.

[caption id="attachment_54946" align="aligncenter" width="620"] Giuseppe Vecci e Fábio Sousa: os dois nomes mais citados pela cúpula tucana para a disputa da Prefeitura de Goiânia em 2016[/caption]
O presidente da Agetop, Jayme Rincón, disse para integrantes do PSDB que não irá disputar a Prefeitura de Goiânia em 2016. Foi a senha para os demais pré-candidatos colocarem seus blocos nas ruas. O deputado federal Fábio Sousa visitou Curitiba, colheu ideias — já está montando um plano de governo — e disse à cúpula do partido, inclusive ao governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, que pretende disputar a prefeitura. A novidade é que saiu da esfera puramente evangélica e está articulando em todos os fronts. Um deputado do PTB, que aposta em Luiz Bittencourt para prefeito, sugere que o parlamentar deu um passo adiante.
Ao contrário do que se pensa de maneira tradicional, Fábio Sousa não é uma “galinha morta” e sua resistência em alguns nichos evangélicos — que teoricamente discordam do arrojo com que o deputado e seu pai, César Augusto, dirigem a Igreja Fonte da Vida — é cada vez menor. O deputado tem se revelado, nos últimos anos, um articulador hábil, sempre aberto ao diálogo.
O problema é que, no meio do caminho, há o economista Giuseppe Vecci, visto por todos no ninho tucano como “o” deputado federal do governador Marconi Perillo (tanto que, bancado pelo líder goiano, se tornou, já no primeiro mandato, vice-presidente nacional do PSDB). Se Jayme Rincón estiver realmente fora do páreo — figuras graúdas acreditam que permanece no jogo, por ser um político que agrega —, Vecci é o nome mais cotado da base governista. Por três motivos. Primeiro, por ter uma ligação histórica com o governador Marconi Perillo. Segundo, porque é uma das apostas do tucano-chefe para o futuro imediato. O líder tucano esboça uma tese convincente: em política só perde quem não disputa eleição e uma derrota inicial pode, no futuro, ser o início de uma carreira política vitoriosa. Se disputar a Prefeitura de Goiânia, mesmo perdendo, Vecci se tornará mais conhecido e poderá apresentar suas ideias aos eleitores. Terceiro, o tucano tem o perfil técnico que os eleitores de Goiânia apreciam. É político, mas não é politiqueiro.
Políticos apontam alguns problemas. Primeiro, dizem que Vecci terá dificuldade de agregar a base. Quer dizer, não será candidato único da base, o que, avaliam, fragiliza sua candidatura. Segundo, mesmo bancado por Marconi Perillo, não terá facilidade para articular uma estrutura financeira poderosa. Terceiro, frisam que falta-lhe jogo de cintura para articular com os diferentes grupos do próprio tucanato. Quarto, estaria muito preso à articulação do tucano-chefe, o que caracterizaria falta de iniciativa.
Aos que perguntam se quer ser candidato, Vecci diz, cada vez de maneira mais convicta, que quer. Mas não planeja ser candidato dele mesmo. Quer e precisa de apoio amplo. Porque é um cristão-novo na política.

[caption id="attachment_54944" align="aligncenter" width="620"] Daniel Vilela, Ronaldo Caiado e Iris Rezende: o senador do DEM pode ser a pedra no sapato de uma possível aliança entre o primeiro e o terceiro[/caption]
Na quarta-feira, 23, às 10 horas, peemedebistas vão se reunir, no escritório de Iris Rezende (com a presença do prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela), para definir como deverá ser formatada a direção e a composição do Diretório Estadual do PMDB de Goiás. O deputado José Nelto, com o apoio de vários políticos, articula para que Iris Rezende assuma a presidência regional do PMDB, com o deputado federal Daniel Vilela na vice. O parlamentar, que antes estava inflexível, estaria disposto a ceder e a aceitar a vice. E, se o peemedebista-chefe for eleito prefeito de Goiânia, Daniel assumirá o comando do partido.
José Nelto diz que, depois do conflito inicial, que resultou na indicação do deputado federal Pedro Chaves para presidente da comissão provisória, o PMDB de Goiás tende a se unir.
Porque o projeto de Iris Rezende é municipal — a Prefeitura de Goiânia — e o de Daniel Vilela é estadual — o governo de Goiás. Não são, portanto, contraditórios. “Daniel Vilela quer fumar o cachimbo da paz, assim como Iris Rezende.” Se o acordo for concluído, vão participar do comando do PMDB Iris Rezende e Daniel Vilela, na linha de frente, mais as bancadas federal e estadual, além de Nailton Oliveira, Sandro Mabel, Iris Araújo e Agenor Mariano.
Há um problema, até um problemão. Para receber o apoio de Ronaldo Caiado, em 2014, na disputa pelo governo do Estado, Iris Rezende teria sugerido que apoiaria o senador do DEM para o governo de Goiás em 2018. É o típico acordo feito entre políticos — verbal e mais insinuado do que formulado de maneira formal. O peemedebista-chefe prefere Ronaldo Caiado porque o considera mais oposicionista em relação ao governador Marconi Perillo (PSDB), inimigo figadal, e lamenta a parceria administrativa e, segundo ele, política do prefeito de Aparecida com o tucano-chefe.
Ronaldo Caiado sabe que só tem chance de disputar o governo em igualdades de condições com José Eliton, do PSDB, se contar com uma estrutura partidária forte, como a do PMDB. Se tiver de disputar o governo contra José Eliton e Daniel Vilela, além de um postulante petista, como Rubens Otoni ou Antônio Gomide, tende a sair do páreo e optar por um projeto nacional. E sabe também que, em benefício de seu próprio projeto em Goiânia, Iris Rezende pode sacrificá-lo.

[caption id="attachment_54942" align="aligncenter" width="620"] Virmondes Cruvinel, Giuseppe Vecci e Vanderlan Cardoso[/caption]
O presidente do PSD, Vilmar Rocha, defende a tese de que time que não joga não tem torcida. Porém, ao mesmo tempo, sugere que faz parte de um grupo político mais amplo do que seu próprio partido. Noutras palavras, pretende lançar candidato a prefeito de Goiânia — Virmondes Cruvinel ou Francisco Júnior, ambos deputados estaduais (Thiago Peixoto permanece como alternativa), são os nomes mais cotados —, mas pode compor tanto com o PSB da senadora Lúcia Vânia quanto com o PSDB do governador Marconi Perillo.
Mas as articulações para 2016 devem ser subordinadas, ao menos em alguma proporção, ao projeto do PSD para 2018. O ex-deputado federal sublinha que não há candidato natural da base marconista para o governo do Estado ou para o Senado nas próximas eleições — exceto Marconi Perillo, ressalva. O que isto sugere? Que o PSD pode bancar candidato a prefeito de Goiânia, mas, dependendo das conversas e alianças, pode lançar o vice de Giuseppe Vecci (PSDB) — ou Fábio Sousa (PSDB) — ou o vice de Vanderlan Cardoso, do PSB.

As relações políticas entre os grupos do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT, e do deputado federal Rubens Otoni são mais “tensas” do que “positivas”, na avaliação de um deputado petista. Em público, eles se elogiam; nos bastidores, há uma crise de contornos nítidos.
O grupo de Rubens Otoni pretende lançar candidato a prefeito nas duas maiores cidades de Goiás — Goiânia e Anápolis —, tendo em vista seu projeto político para 2018. Na capital, o nome dos sonhos do rubismo-gomidismo é o do deputado estadual Humberto Aidar, porém, ante a resistência que há ao seu nome, pode compor com outro grupo e bancar a candidatura do deputado estadual Luis Cesar Bueno. Este quer e trabalha para ser candidato.
Paulo Garcia prefere bancar a deputada estadual Adriana Accorsi, mas não opõe resistência a Luis Cesar, que, assim, pode ser o nome capaz de agregar as várias tendências políticas do partido. De Adriana Accorsi o que se diz é que quer ser candidata, mas não age como tal.

O vice-prefeito de Aparecida de Goiânia, Ozair José, é o candidato preferido da cúpula tucana para prefeito do município. Mas, segundo um aliado, “está financeiramente quebrado — usando um Corolla velho, cujo apelido é ‘Me Leva Para a Oficina’ — e não tem recursos para bancar uma eleição nem para síndico. O PMDB de Gustavo Mendanha tem a máquina da prefeitura e um prefeito, Maguito Vilela, muito bem avaliado”. Qual a saída? O tucano avalia que o mais racional é bancar o empresário Alcides Ribeiro — mais conhecido como Professor Alcides — dono da Unifan, que tem um curso de Medicina no município, e de outros negócios. “Alcides já avisou que não precisa de recursos externos.” A fala de Alcides deve ser interpretada da seguinte forma: “Quer o (e precisa do) apoio do governador Marconi Perillo, mas tem como bancar sua campanha. Ozair José, pelo contrário, precisa desesperadamente do apoio do tucano-chefe. Apoio que, logicamente, não virá. Não por que Marconi não quer ajudá-lo, e sim porque obter dinheiro para campanha eleitoral, a partir de 2016, será cada vez mais complicado”.

Principal líder da Rede em Goiás, Aguimar Jesuíno diz que fez um convite formal para o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás Edward Madureira filiar-se ao partido, pois seria seu candidato a prefeito de Goiânia. “Porém, mesmo com o intenso desgaste do PT, Edward alegou fidelidade partidária e optou por não sair. O fato é que o PT ‘derreteu’. Em Goiânia o partido deve lançar Adriana Accorsi para prefeita, para não fazer tão feio. Ela deve obter de 4 a 5% dos voto. Aí vira candidata a deputada federal, o que tende a provocar uma crise com Rubens Otoni, pois o partido, desgastado como está, não fará dois deputados federais em 2018.” Aguimar não definiu sua candidatura a prefeito, mas admite que poderá disputar.

Ao menos nos bastidores, fora dos jornais, o PRB procura um candidato para disputar a Prefeitura de Goiânia. O nome mais cotado, apesar de sua resistência, é o do jornalista Oloares Ferreira, apresentador do programa jornalístico “Balanço Geral”, da TV Record. O deputado federal Sandes Júnior (PP) recebeu convite para se filiar ao partido. Se filiado, seria imediatamente lançado candidato a prefeito da capital.
Ante a possibilidade de se ter como adversários dois políticos populares, como Iris Rezende, do PMDB, e Waldir Delegado Soares, do PSDB (mas a caminho de outro partido, em março), o PRB pode bancar uma chapa com Sandes Júnior e Oloares Ferreira. O deputado seria candidato a prefeito e o jornalista, a vice. Seria uma chapa popular, com pessoas com forte presença na capital.
Resta saber se o sempre reticente Oloares Ferreira quer disputar. É fato, porém, que mantém conversações com integrantes do PRB e já recebeu convites de outros partidos para se filiar. Sandes Júnior quer ser candidato e chegou a encomendar uma pesquisa recentemente, que o aponta em quarto lugar, mas já colado no terceiro, Vanderlan Cardoso, do PSB. Ele costuma dizer que, “fora Iris Rezende, todos são japoneses”.

[caption id="attachment_46502" align="aligncenter" width="620"] Fotos: Fernando Leite/ Jornal Opção[/caption]
O antropólogo Darcy Ribeiro dizia que às vezes é preciso começar pelo óbvio: Lúcio Flávio de Paiva foi eleito presidente da OAB-Goiás por ter sido considerado o melhor nome pelos advogados. As razões de sua vitória são várias, é claro. Mas as explicações devem começar não pelos problemas dos outros candidatos, e sim por seus méritos pessoais e de sua campanha (incluído o marketing inteligente criado pelo publicitário Marcus Vinicius, um dos mais perspicazes do país). Ficou claro que o indivíduo faz a diferença. Outro candidato, com estampa mais agressiva e com discurso menos afinado, poderia não ter sido bem-sucedido.
Se a principal explicação para a vitória de Lúcio Flávio deve ser buscada no próprio Lúcio Flávio — que se tornou confiável para a maioria dos advogados e, por isso, conquistou quase 60% dos votos —, pois Leon Deniz dificilmente seria eleito (nunca conseguiu ser o nome de consenso dentro de seu próprio grupo), não dá para ignorar as outras chapas e, ao mesmo tempo, é preciso enfrentar os mitos.
Primeiro, a união entre Enil Henrique, o presidente da OAB, e Flávio Buonaduce, da OAB Forte, possivelmente não teria resultado em nada, ao contrário do que se pensa. Leigos avaliam resultados “eleitorais” unicamente pelos votos, às vezes desconsiderando as variáveis. De fato, ao ficar em segundo lugar, Enil Henrique mostrou alguma força e, mesmo, certa habilidade. Mas isto é enganoso. Na verdade, sua força pessoal é mínima. A máquina da OAB é, na verdade, a única responsável por sua segunda colocação. Se não estivesse no comando da Ordem dificilmente teria sido candidato, não por falta de estatura como advogado, e sim porque não é um profissional que, sem estrutura poderosa, consegue agregar. Falta-lhe carisma e, também, o charme dos que seduzem — o que independe de poder, dinheiro e, quiçá, marketing.
Segundo, devido à larga frente de Lúcio Flávio, vestiram em Flávio Buonaduce — um candidato para tempos mais amenos, porque se trata de um homem de diálogo, civilizado e ameno no trato — um figurino de postulante agressivo, batedor. Flávio Buonaduce deveria ter vestido um figurino similar ao de Lúcio Flávio, ainda que não fosse o esperado, e não o de Leon Deniz, por assim dizer. Ainda assim, com todos os problemas, fez uma campanha vigorosa, com forte apelo propositivo. Muitos advogados, não fosse o premente desejo de renovação, teriam hipotecado seu apoio ao jovem candidato — tais a sua simpatia pessoal e a sua competência como advogado e professor universitário.
Então, embora fosse um candidato apontado como “excelente” — pesquisas confirmaram isso com o máximo de clareza —, Flávio Buonaduce perdeu devido à celebrada fadiga de material, ao fato de o grupo chamado OAB Forte ter ficado longos anos no poder. Há também o fato de Henrique Tibúrcio ter deixado o comando da Ordem para aceitar um cargo político no governo de Marconi Perillo. Tudo soma para se encontrar uma explicação para a vitória de Lúcio Flávio e para a derrota de Flávio Buonaduce (a rigor, pouquíssimo responsável pela derrota).
Mas, como se sugeriu no início do texto, é muito difícil ganhar de um candidato que cai nas graças dos eleitores. O candidato do ideal, ou daquilo que se acredita ser a renovação. Disputar contra o “candidato do ideal e do sonho” é uma das missões mais complicadas. Argumentos realistas realçaram as qualidades de Flávio Buonaduce — e são tantas —, mas poucos advogados estavam prestando atenção neles e nelas. Porque estavam de olho nas virtudes de Lúcio Flávio, que, embora existam, foram maquiadas e exacerbadas pelo marketing de maneira excepcional. Marcus Vinicius investiu numa combinação perfeita entre realidade e sonho — produzindo, de algum modo, o “candidato ideal” ou “do ideal”.
Candidato à reeleição, daqui a alguns anos, Lúcio Flávio por certo enfrentará uma campanha mais dura. Porque sua gestão poderá ser comparada com o legado deixado pela OAB Forte. Em 2015, a comparação entre o sonho e a crueza da realidade — que se chama, na prática, de “o possível” — deu a vitória a Lúcio Flávio. Na próxima eleição, o presidente agora eleito terá um legado que, embora pequeno, deverá ser comparado ao legado da OAB Forte, que então será visto, provavelmente, como mais amplo e positivo do que foi visto em 2015. Na eleição seguinte, sem meias palavras, será realidade contra realidade. Os eleitores terão parâmetros para comparar candidatos — para além das ideias e dos sonhos.
A OAB Forte, se avaliar com descortino a campanha de 2015 e sem preocupar-se com a produção de um culpado (ou bode expiatório) — como Henrique Tibúrcio —, terá a chance de retomar o controle da Ordem. Há nomes de excelente qualidade — como Dyogo Crosara e o próprio Buonaduce. Entre outros.

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, esteve em Goiânia e disse que ficará feliz se o PSD lançar candidato a prefeito da capital. Sua tese: o partido tem de criar uma estrutura ampla para a disputa das eleições pra governador, deputado e senador em 2018. O ex-prefeito de São Paulo torce para que Vilmar Rocha (PSD) dispute mandato de senador. O PSD tem quatro pré-candidatos a prefeito de Goiânia: Vilmar Rocha, Thiago Peixoto, Francisco Júnior e Virmondes Cruvinel. Os dois últimos são os mais cotados.

Uma das vitórias mais acachapantes das eleições de 2016 tende a ocorrer em Vianópolis. Issy Quinan é o prefeito mais bem avaliado de Goiás, superando o de Caldas Novas, Evandro Magal. Curiosamente, os dois são do PP. A situação está tão feia para as oposições que, até agora, ninguém consistente apareceu como pré-candidato com a ambição de enfrentar o jovem gestor. O advogado Sérgio Lucas costuma alertar que Issy Quinan brevemente será uma das apostas do PP para o governo de Goiás. Lucas frisa que se trata de um político decente e organizado. Com recursos parcos faz mais do que muitos prefeitos de municípios endinheirados.