Por Euler de França Belém

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Sob pressão de Marconi Perillo, Júlio da Retífica poderá disputar Prefeitura de Porangatu?

O tucano aposta na renovação e, ao mesmo tempo, está fugindo dos altos custos das campanhas eleitorais

PT muda política de alianças políticas e inclui o PSD de Kassab e Vilmar Rocha como possível aliado

O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, articula com o PSD de Vilmar Rocha e Thiago Peixoto

Marconi percebe consenso como marca de seu governo e permanece obstinado em defesa da modernização

Marconi Perillo com FHC e Akckmin IMG-20150514-WA0003 O governador Marconi Perillo é sempre preocupado em deixar algumas marcas nos seus vários governos. A principal talvez tenha permeado do primeiro ao quarto governo: a ideia de necessidade da modernização da economia e das práticas políticas. A modernização como uma coisa incontornável. Não dá para recuar — é o seu recado. Para o quarto governo, que acaba de completar um ano, Marconi Perillo quer firmar a marca de que é um político que dialoga e busca o consenso com praticamente todos os setores da sociedade. Com, claro, os que querem dialogar — porque há setores refratários ao debate aberto e livre, devido às amarras político-ideológicas (muito do que parece da defesa da sociedade resulta do jogo ideológico). [caption id="attachment_48332" align="alignleft" width="620"]Governador Marconi com a Presidenta Dilma no Lançamento do BRT fotos Eduardo Ferreira Presidente Dilma Rousseff, do PT, com o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB/ Foto de  Eduardo Ferreira[/caption] Conversar e buscar o consenso, para fazer o Estado avançar, crescendo e se devolvendo, já eram marcas do governo anterior. No governo atual, mesmo quando há resistências, o tucano-chefe busca sempre o consenso. Ele apresenta suas ideias, incorpora novas ideias, mesmo contrárias às suas, admitindo que à sociedade democrática é vital o consenso, ainda que este, por vezes, tenha de ser obtido por meio do conflito. Buscar o consenso não significa, por outro lado, aderir às teses populistas e ficar paralisado. O tucano-chefe é obstinado e trabalha, de maneira incansável, para implantar suas ideias e colher resultados o mais rápido possível.

Quem levou a sério a “candidatura” de Anselmo Pereira entende muito pouco de política

anselmo-pereira-camara-alberto-maia Quem acreditou que o vereador Anselmo Pereira, o Macunaíma do Cerrado, iria até o fim na intenção de disputar as prévias, com o objetivo de se tornar candidato a prefeito de Goiânia pelo PSDB, entende muito pouco de política. Na redação do Jornal Opção, ninguém acreditou que o “projeto” de Anselmo Pereira deveria ser levado a sério. Sobretudo porque o próprio vereador nunca levou-se a sério.

Daniel Vilela diz que Iris Rezende vai disputar a Prefeitura de Goiânia pelo PMDB

O presidente estadual do PMDB, deputado federal Daniel Vilela, disse ao Jornal Opção na sexta-feira, 19, que o candidato do partido a prefeito de Goiânia está praticamente definido. “Será Iris Rezende. Só não será, se ele não quiser. Os líderes e militantes do partido o querem na disputa. Como seu recall na capital é altamente positivo, suas possibilidades de vitória são as mais altas possíveis. Ele tem capacidade administrativa, conhece a cidade como poucos, por isso o eleitorado sabe que se trata de um político e gestor qualificado.” Mas há quem defenda que o PMDB precisa renovar. “As pesquisas sugerem que o goianiense quer Iris na prefeitura. Isto é um fato.”

Oposição pode afundar-se, mais uma vez, nos buracos das rodovias

O deputado Luís Cesar Bueno embarcou na canoa furada de Iris Araújo e deram com os burros n’água. A oposição está repetindo o mesmo erro ao concentrar seu discurso nos buracos nas rodovias estaduais. Como o governador de Goiás, Marconi Perillo, viabilizou recursos, as estradas deverão ser recuperadas brevemente. Assim, mais uma vez, a oposição perderá seu discurso.

Dossiê soviético garante que Hitler tomou cianureto e atirou em si. Não fugiu para a Argentina

A pesquisa rigorosa foi encomendada ao serviço secreto pelo ditador Stálin

“A História de Lucy Gault”, de William Trevor, é um romance poderoso sobre a tragédia de uma família

O escritor irlandês mostra como a guerra entre povos pode destruir indivíduos e que, por vezes, não é possível corrigir a intensidade do mal que foi feito

Perderá espaço jornal que se concentrar só na produção de notícias e esquecer a produção de conteúdo

surrealsimo pintura de Igor Morski 9363d461d0f0f011d16cb55ea42fe8a4Os jornais na internet estão se transformando em agências de notícias. Todos estão iguais ou quase. Publicam as mesmas notícias, com ligeiras variações. Por vezes, se copiam, inclusive nos erros mais crassos. A tese dominante dos geradores de notícias é: ganham em acesso não os que têm mais qualidade, e sim os que produzem mais notícias, sobretudo se foram “sensacionais” (e, em geral, mal apuradas e mal escritas). Jornais com equipes grandes acabam por sobrepujar, ao menos em acesso, os jornais com equipes menores. Há uma saída? Há, mas a maioria dos editores, acossados pela ideia de acesso ampliado, não quer percebê-la. Vão ganhar, mesmo no curto prazo, os jornais que, sem deixar de produzir notícias, as básicas, abrirem mais espaço para a produção de conteúdo substantivo. O que significa produção de conteúdo? Significa simplesmente produzir notícias específicas, mais densas, de maneira mais detalhada, com nuances. Este tipo de produção tende a influenciar os demais veículos — jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão. Ao mesmo tempo, contribui para a obtenção de acesso que se pode chamar de permanente. Reportagens mais bem elaboradas tendem a ter acesso prolongado, quer dizer, não morrem no dia seguinte. Elas continuam reverberando. Conteúdo, e não a mera notícia “solta”, tende à sobrevivência, a se tornar referência. Insistamos num ponto: não dá para abandonar a produção de notícias — aquilo que os demais veículos estão transmitindo diariamente aos leitores. O que se está sugerindo é que os jornais, especialmente aqueles com menor estrutura, têm de se preocupar com a produção de conteúdo, de material único e capaz de influenciar o jornalismo dos demais veículos. Senão vão perder terreno, cada vez mais, para aqueles jornais que têm estruturas maiores e, às vezes, mais experimentadas. Acesso estagnado é resultado desta falta de visão. O Jornal Opção busca combinar a produção de notícias com a produção de conteúdo — com sucesso — e, ao mesmo tempo, a divulgação maciça de seus textos. Tem funcionado. (Pintura de Igor Morski)

Colunista de O Popular erra e obriga Bismarck a levantar-se do túmulo para corrigi-lo

A Alemanha não foi criada há menos de um século, ao contrário do que diz crítico de gastronomia

Crítica portuguesa lança livro sobre o prosador e poeta David Mourão-Ferreira

[caption id="attachment_59139" align="alignnone" width="309"]Divulgação Divulgação[/caption] Teresa Martins Marques, uma das importantes intelectuais de Portugal, lança, pela editora Âncora, o livro “Clave de Sol, Chave de Sombra — Inquietude de David Mourão-Ferreira”. A obra sobre o prosador e poeta, de 800 páginas, contém, segundo o “Jornal de Letras, Artes e Ideias”, de Portugal, “elementos novos, incluindo numerosos inéditos”. Além de crítica literária do primeiro time, Teresa Martins Marques, doutora em Literatura e Cultura Portuguesas, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, é prosadora. Seu romance “A Mulher Que Venceu Don Juan” é muito bem escrito e dotado de uma arquitetura sólida.

Historiador Luís Mir é autor do livro mais amplo sobre o PT

[caption id="attachment_59137" align="alignleft" width="213"]Foto: Divulgação Foto: Divulgação[/caption] Leitores pedem indicação de um livro sério sobre o PT. Há vários estudos, como o de André Singer. Mas o livro que o explica de maneira mais ampla possível é “Partido de Deus — Fé, Poder e Política” (Editora Alaúde, 679 páginas), do historiador Luís Mir. Não há mais detalhado no país do que a obra do pesquisador. Quem, como e por que fundou — está tudo na obra. Claro que, como é um livro de 2007, não apresenta, por exemplo, as corrupções mais recentes de líderes do PT.

Crítico do Valor foi o único que não percebeu que o livro e o filme “O Regresso” são sobre vingança

[caption id="attachment_59123" align="alignleft" width="201"]0cd683f0-31e5-49e2-a871-857cafcb3f46 Reprodução[/caption] O mínimo que se espera de um resenhista é que tenha lido e entendido o livro que comenta — nem se discute a qualidade do texto. Um crítico do jornal “Valor Econômico” diz que o romance “O Regresso” (Intrínseca, 272 páginas, tradução de Maria Carmelita Dias), de Michael Punke, não é sobre vingança, ao contrário do que afirmam os demais críticos, e sim sobre a possibilidade de diálogo entre os homens. Enfim, sobre redenção. Tudo indica que o resenhista leu o livro e viu o filme (Leonardo DiCaprio está muito bem e merece o Oscar), mas não conseguiu entender a história. Os dois, um baseado no outro, são, do começo ao fim, sobre o poder da vingança, de como o desejo de vingança dá força para Hugh Glass caçar aquele que — além de matar seu filho, um mestiço — o deixou, gravemente ferido, para morrer numa região inóspita e gelada. A vingança, no caso, é uma poderosa usina de energia, o que, apesar de óbvio, o resenhista não soube perceber. Texto do Valor Econômico Trecho da resenha “‘O Regresso’, saga sobre o perdão”, de Alexandre Staut, que saiu na edição de sexta-feira, 5, do “Valor”: “Ao contrário do que se tem falado, ‘O Regresso’ não é um livro sobre vingança. É uma obra que mostra a importância do diálogo (ou da comunicação), que pode, entre outros feitos, levar ao perdão”. Perdão, por sinal, é uma palavra inexistente em “O Regresso”. Do Washington Post: "Uma obra soberba sobre vingança."

Qualis dizem que eleitorado de Goiânia quer candidato independente em relação a Marconi e Paulo Garcia

[caption id="attachment_59116" align="alignnone" width="620"]Iris Rezende, Waldir Soares e Vanderlan Cardoso: os três querem conectar-se com a sociedade e manter-se desconectados de Paulo Garcia e Marconi Perillo | Foto: Fotos: Renan Accioly/ Paulo José Iris Rezende, Waldir Soares e Vanderlan Cardoso: os três querem conectar-se com a sociedade e manter-se desconectados de Paulo Garcia e Marconi Perillo | Foto: Fotos: Renan Accioly/ Paulo José[/caption] Assim como os leitores de jornal, políticos adoram pesquisas quantitativas. Mas o que políticos experimentados e modernos esquadrinham com lupa, sobretudo na pré-campanha e no início da campanha, são as pesquisas qualitativas. Elas são mais caras, mais longas, mas fornecem material para os candidatos adequarem e, até, reformularem seus discursos e projetos. Mesmo Iris Rezende, do PMDB, refratário a examinar pesquisas, sobretudo as qualis, está mais disposto a dar-lhe um “voto de confiança”. O deputado federal Waldir Delegado Soares, que procura um novo partido político, e o empresário Vanderlan Cardoso (PSB) são atentos aos números e, sobretudo, à Goiânia profunda captada pelos levantamentos dos institutos de pesquisa. Por isso há uma busca, até frenética, pela imagem de “candidato independente”. As pesquisas sugerem que, em Goiânia, os eleitores estão de olho num candidato que, antes de ser político, é visto como gestor. Mas Waldir Soares não é apontado mais como político do que como administrador? Surpreendentemente, o delegado-deputado é visto como um político não-político. Noutras palavras, como um político que desafia os políticos tradicionais e que, por vezes, parece sintonizado com os chamados eleitores de formação cultural apenas mediana. Há uma sintonia fina entre o quase ex-tucano e parte do eleitorado que não se julga representado com ninguém. Este eleitorado não o vê como maluco, e sim como um político que “tem coragem de dizer o que precisa ser dito”. Porém, nas classes média e alta, há uma certa desconfiança, pois Waldir Soares é visto como mais político do que gestor. Teme-se que, eleito, não dê conta de administrar a capital. Mas as pesquisas sugerem que é, no momento, o pré-candidato mais observado por todas as classes sociais. Para o bem e para o mal. O que mais chama a atenção nas pesquisas qualitativas é o modo como os eleitores — a média deles — querem que se posicionem os candidatos. Eles querem um “candidato independente” em relação ao que avaliam como “os poderes”, quer dizer, o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, e o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT. O eleitorado sugere que o “bom” candidato não deve se “subordinar” a nenhum dos dois, mas, percebendo que o governador não está na disputa, indica que o “candidato adequado” deve manter-se distante e, sobretudo, crítico da gestão do petista. Conectar-se à sociedade significa, segundo a avaliação, desconectar-se dos “poderes”. Examinando o que se disse acima, o leitor passa a entender porque, de repente, Iris Rezende colocou dois de seus aliados, o vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano, e o ex-presidente da Câmara Municipal Clécio Alves para criticar, de maneira cáustica, a gestão do prefeito Paulo Garcia. Ao mesmo tempo, o peemedebista mantém-se crítico da gestão de Marconi Perillo. Waldir Soares, crítico de Paulo Garcia, começa a se descolar do tucano-chefe (daí as críticas às OSs da Saúde). Vanderlan Cardoso, por intermédio de Lúcia Vânia, apresenta-se como o mais novo “independente”.