Por Euler de França Belém

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Antônio Gomide diz que sua campanha não depende de decisões de outros partidos e frisa que está se tornando mais conhecido

Dissidentes do PMDB devem apoiar o pré-candidato do PT a governador — publicamente ou nos bastidores

Sandro Mabel está cada vez mais candidato a senador na chapa de Friboi. Flávia Morais é cotada para a vice

Júnior Friboi está disposto a esperar Iris Rezende e Iris Araújo até junho. Depois, segue com ou sem os dois líderes Sem o PT de Antônio Gomide e sem os dois Iris, o [caption id="attachment_3356" align="alignleft" width="270"]Sandro Mabel: nome forte para o Senado Sandro Mabel: nome forte para o Senado[/caption] Rezende e a Araújo — que não querem disputar mandato de senador —, Júnior Friboi deve partir para outra alternativa. O deputado federal Sandro Mabel (PMDB), que não vai disputar a reeleição, já se prontificou a disputar o Senado, alegando que está mais interessado numa disputa majoritária. Há quem aposte que a deputada federal Flávia Morais, do PDT, pode ser vice de Friboi. Não há nada acertado, mas há “conversas adiantadas”. Há quem recomende a Friboi que lance um vice novo, como o deputado Daniel Vilela. Friboi disse a aliados que vai esperar Iris Rezende e Iris Araújo até junho e que, depois, seguirá a campanha — com ou sem o ex-prefeito de Goiânia e a deputada federal.

Friboi está contratando especialistas em campanha eleitoral. Isto sugere que não vai jogar a toalha

Deputados e prefeitos dizem que Friboi não tem cascavel no bolso e que, pela primeira vez, o PMDB terá estrutura adequada

Armando Vergílio vai presidir a Confederação Pan-Americana dos Produtores de Seguros

A eleição foi no Peru. O deputado federal ficou impressionado com o crescimento da economia do país O deputado federal Armando Vergílio (Solidariedade) foi eleito para a presidência da Confederação Pan-Americana dos Produtores de Seguros em abril, no Peru. O parlamentar goiano vai dirigi-la nos próximos três anos. No Peru, onde foi eleito por unanimidade, Armando Vergílio examinou os números da economia e ficou impressionado. “O Peru está crescendo 6% ao ano. Lima, a capital, tem quase 10 milhões de habitantes e é organizada.”

Friboizistas não querem confronto com Iris Rezende mas criticam as “eternas viúvas”

Deputado afirma que a prova de que Iris Rezende não será candidato é que ele não se preocupa com a organização das chapas para deputado

É mais fácil Flávia Morais ganhar no chapão de Júnior Friboi do que no de Marconi Perillo

O prefeito de Inhumas afirma que, numa campanha proporcional, pesa muito as estruturas política e financeira

História da paixão de um militar da SS nazista por uma judia no campo de extermínio de Auschwitz

A judia Helena Citrónová e o nazista alemão Franz Wunsch, soldado da SS no campo de extermínio na Polônia, se apaixonaram, em circunstâncias difíceis. No final, apesar do esforço de Wunsch, a bela jovem preferiu ficar com sua história, renegando o amor

Subestimados, soviéticos e judeus mataram nazistas e fugiram do campo de extermínio de Sobibór

“A maior fuga de prisioneiros da Segunda Guerra Mundial” aconteceu em Sobibór, na Polônia, em 14 de outubro de 1943

Irmãos Bielski enfrentaram nazistas e salvaram 1.200 judeus

“Não posso garantir que não enfrentaremos privações na floresta, mas pelo menos temos uma chance de viver. Saiam imediatamente", disse Tuvia Bielski

A história de um jovem de 21 anos que está envolvido em mais de 40 assassinatos. Ele chamaria a atenção da máfia

[caption id="attachment_3198" align="alignright" width="300"]Alessandro Souza Santos / Foto: Reprodução/TV Record Alessandro Souza Santos / Foto: Reprodução/TV Record[/caption] Você conhece o Jardim Ingá? Como o Entorno do Distrito Federal — ou de Brasília — é uma região desconhecida da maioria dos goianos, talvez por considerá-la mais parte da capital federal do que de Goiás, poucos sabem onde fica o Jardim Ingá, de belo nome. A reportagem “Preso suspeito de 40 homicídios” (“Pop”, de 23 de abril), de Rosana Melo, revela que o Jardim Ingá reúne 24 bairros de Luziânia e tem população estimada em 100 mil habitantes. Lá, ao lado de cidadãos decentes — a maioria —, traficantes vendem drogas e matam seus adversários. Rosana Melo conta a história de Alessandro Souza Santos. Aos 21 anos, com feição de recém-saído da adolescência, Souza Santos, conhecido como Japinha, está envolvido em mais de 40 homicídios. É o inominável, diria Samuel Beckett. Fica a sugestão para Rosana Melo vasculhar, durante algum tempo, os “29 inquéritos de assassinato” nos quais é mencionado como autor ou coautor. “A maioria de suas vítimas foi morta a tiros em disputa territorial por causa do tráfico de drogas”, informa a excelente repórter. Mas quem são tais vítimas? Muitos não seriam apenas usuários e, às vezes, usuários-pequenos traficantes de drogas? Quem não acredita que uma pessoa possa matar tanto talvez deva ler o livro “O Nome da Morte: A História Real de Júlio Santana — O Homem Que Já matou 492 Pes­soas” (Planeta do Brasil, 245 páginas), do jornalista Klester Cavalcanti. Trata-se de uma grande reportagem e, ao mesmo tempo, um livro assustador. Júlio Santana matou Mária Lúcia Petit, na Guerrilha do A­raguaia, quando estava a serviço da Polícia Militar e do Exército, e o sindicalista Nativo da Natividade, em Goiás, já como pistoleiro. Ele “trabalhou” como assassino profissional durante 35 anos.

Só pode vencer Jon Jones aquele que não luta por suas regras. Glover Teixeira não seguiu a lição de Gustafsson

O peso-pesado Fabrício Werdum venceu Travis Browne porque adotou as táticas corretas. Primeiro, fustigava e fugia, para evitar o contato mais direto com um lutador maior, mais forte e nocauteador. Atuou como guerrilheiro. Segundo, “enrolou”, para a luta durar cinco rounds, com o objetivo de cansar Browne. Cansou e ganhou por pontos, mas poderia ter nocauteado, se arriscasse um pouco mais. Agora, para enfrentar Jon Jones, a tática de Werdum não funciona. O meio-pesado Jon Jones parece incansável, quase sempre muito bem condicionado fisicamente. Para vencê-lo, o oponente tem de partir para o ataque, desde o início, e tem de escapar, rapidamente, das cotoveladas e chutes. Dada sua envergadura, isto é quase impossível. O sueco Alexander Gustafsson deve ter examinado as lutas anteriores de Jon Jones e, com a ajuda de técnicos experientes, parece ter percebido que, quando estão no octógono contra o americano, os lutadores costumam esperar os ataques, quedando-se numa posição defensiva. É tudo o que Jon Jones quer. Gus­tafsson, pelo contrário, não se intimidou e, desde o começo, postou-se como atacante, surpreendendo o campeão, abrindo, digamos, suas “defesas psicológicas”. “Crí­ticos” de MMA dizem que Gus­tafsson venceu, mas isto não ocorreu, porque, nos dois últimos rounds, principalmente, cansou-se e Jon Jones retomou o controle da luta. Mas, de fato, quase derrotou a maior fera do UFC. Porque, no octógono, comportou-se como se fosse um segundo Jon Jones — um “atacante”, um “guerrilheiro”. O brasileiro Glover Teixeira é um lutador excepcional. O que fez na luta contra Jones Jones o levaria a vencer qualquer outro meio pesado, até Gustafsson e Daniel Cormier, mas não o campeão americano. Glover Teixeira, inteligente e perceptivo, deve ter estudado a luta entre Jon Jones e Gustafsson com a devida atenção, porque nesta batalha de cinco rounds acentuou-se os pontos fracos do americano — que, sob ataque intensivo, não desmoronou, mas ficou abalado e “entrou” no jogo do adversário. Porém, se a estudou, se aprendeu um ou dois segredos sobre Jon Jones, não pôs em prática a lição na luta recente. Por quê? Glover Teixeira tem orientadores do primeiro time, como Chuck Liddell, mas, no octógono, a prática reformula a teoria. Como Jon Jones parecia mais motivado do que na luta anterior — mais “mordido”, quem sabe —, o que se viu foi um Glover Teixeira na defensiva, uma espécie de anti-Gustafsson. O americano atacava e o brasileiro se defendia. Foi assim praticamente durante os cinco rounds. Glover Teixeira e Jon Jones estavam bem fisicamente. Se o brasileiro não fosse forte, teria sido nocauteado. O que vai acontecer daqui pra frente? Como é capaz de limpar a área — derrotando Anthony Johnson, Daniel Cormier e mesmo Gustafsson (que certamente perderá para Jon Jones) —, Glover Teixeira possivelmente lutará mais uma vez com Jon Jones. Mas precisará se movimentar mais, para não se tornar um alvo fixo, um saco de pancadas, para lutadores mais ágeis. Sobretudo, precisará entender, no octógono, que não pode lutar segundo as “regras” de Jon Jones. É vital desconcertar, para desconcentrar, o duríssimo americano.

Morte do coronel Paulo Malhães comprova que mídia às vezes age como barata tonta

imprensa 6O jornalismo é a barata tonta da realidade. O coronel reformado do Exército Paulo Malhães (a cara de Saddam Hussein), depois de ter admitido que ele e alguns companheiros de caserna torturaram, mataram e deram fim aos corpos de guerrilheiros, foi “assassinado”. Na imprensa, em depoimentos, saíram várias versões. A esquerda prontamente apresentou a versão de “queima de arquivo”. A direita silenciou-se, mas, nos bastidores, não faltou quem dissesse que o militar poderia ter sido morto pela esquerda (haveria, entre os médicos cubanos, até agentes do G2 cubano no Brasil). Os jornais acolheram as várias versões — dando ênfase, é claro, à teoria da “queima de arquivo”, ancorada por várias “autoridades”. Em seguida, saiu a notícia de que o coronel morreu durante um assalto do qual participou o caseiro de seu sítio. O caseiro estaria participando de alguma conspiração? Aguardam-se os lances das baratas tontas.

Repórteres sem Fronteiras lista Lúcio Flávio Pinto como herói da liberdade de informação. Nada mais merecido

imprensa 5A organização francesa Re­pórteres sem Fronteiras pôs em sua lista de Heróis da Liberdade de Informação o brasileiro Lúcio Flávio Pinto, que, sozinho, escreve e edita o “Jornal Pessoal”. No “mundo administrativo”, no qual o jornalista é cada vez mais um burocrata, Lúcio Flávio, o Izzy Stone patropi, não se verga. Pelo contrário, apesar das ameaças dos poderosos da Sicília Verde — cada vez menos verde, sugere o repórter —, Lúcio Flávio continua publicando notícias quentes, furando os jornais tradicionais, sobre o envolvimento de setores da elite do Pará com traficantes e em outros negócios escusos. Ao mesmo tempo, faz uma defesa contundente e muito bem informada da Floresta Amazônica. Lúcio Flávio não é “um” mas “o” jornalista.

Editora Intrínseca lança o excelente livro de Max Hasting sobre a Primeira Guerra Mundial

imprensa 4Max Hasting não brinca em serviço. Grande historiador da Segunda Guerra Mundial, o britânico volta-se, neste livro, para a Primeira Guerra Mundial, ou Grande Guerra, no livro “Catástrofe — 1914: A Europa Vai à Guerra” (Intrínseca, 704 páginas, tradução de Berilo Vargas). Um dos segredos de Hasting é unir com precisão a história miúda, do cotidiano, à história das cúpulas. Há historiadores que, na ânsia de valorizar o povão, praticamente ignoram a história das elites. Há outros que, no afã de sustentar que a história é feita mais pelos grandes líderes, como Franklin D. Roosevelt, Josef Stálin, Winston Churchill e Charles de Gaulle, abandonam a história do povão. Hasting, com a mestria de sempre, escapa desta armadilha. Correm juntas, nunca separadas, as grandes histórias dos grandões e dos pequenos — com o hábil pesquisador, com seu “cérebro-agulha” de ouro, costurando com linhas de diamante uma única história, mas registrando as especificidades, os sentimentos de cada um, as contradições. Por certo, há de agradar mais ao jornalismo e aos que adoram polêmicas o também magnífico “O Horror da Guerra” (Planeta do Brasil, 768 páginas), com o subtítulo de “Uma Provocativa Análise da Primeira Guerra Mundial”, do historiador inglês Niall Ferguson. Não que Ferguson escreva mal — longe disso, pois escreve muito bem, com rara capacidade de conectar e analisar fatos —, mas Hasting parece um cronista, digamos um escritor, ao narrar as histórias da Grande Guerra. A Primeira Guerra Mundial, embora seja a tragédia que gerou um mundo novo — inclusive outras guerras, como a Revolução Russa e a Segunda Guerra Mundial —, contada por Hasting, perdoe-me as vítimas das batalhas cruentas, é uma delícia. Ao contar a vida de algumas pessoas, que participaram direta ou indiretamente da guerra, Hasting cria uma história viva, mais próxima de todos nós, seus leitores. Sob sua pena perceptiva, a Grande Guerra parece ter acontecido ontem e, por isso, é mais fácil de ser apreendida.

Ex Machina lança as crônicas esportivas de Mario Rodrigues Filho, o talentoso irmão de Nelson Rodrigues

imprensa 3A Editora Ex Machina põe uma mina de ouro no mercado livreiro: “As Coisas Incríveis do Futebol” (200 páginas), de Mario Rodrigues Filho, que não deve ser considerado apenas como o “irmão” do cronista e dramaturgo Nelson Rodrigues. José Trajano e Alberto Helena Jr. apresentam  as crônicas do balacobaco de Mário Filho aos leitores. As crônicas de Mario Filho foram publicadas no “Globo Sportivo”, entre as décadas de 1940 e 1950. Segundo release divulgado pela Livraria Cultura, “elaboradas no estilo despojado e humorístico que o consagraria e faria escola no jornalismo brasileiro, elas abordam os temas centrais da era de ouro do futebol brasileiro – os grandes jogadores e partidas, a história dos clubes, a consolidação do futebol como esporte no Brasil, os ‘sururus’, as confusões e brigas dos torcedores, o abrasileiramento do futebol, além das histórias mais pitorescas do mundo futebolístico. Fruto de um trabalho de três anos, todas as crônicas selecionados são ilustradas por fotos do acervo de Mario Neto”. O Brasil pode até não ganhar a Copa, mas o leitor das crônicas de Mario Filho irá, por alguns momentos, não ao estádio, e sim ao Nirvana.