Resultados do marcador: UFG
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Lasers aerotransportados servem para realizar levantamento topográfico
Além da inauguração do prédio, a UFG também dá início às atividades letivas do segundo semestre de 2023
Os interessados devem realizar as inscrições entre 26 de setembro e 30 de outubro, exclusivamente por meio do site da universidade
Pouco antes de entrar no avião, Angelita disse ao Jornal Opção que "esse é o reconhecimento do Vacatino do papel das universidades na transformação da sociedade em prol da causa comum, como a redução das desigulades"
Crise das maternidades se arrasta há meses; população sofre com falta de insumos e de ambulância nas maternidades
Ele vai desempenhar um papel fundamental na inspeção visual e sonora de locais de difícil acesso, como favelas, áreas de desabamento e locais contaminados
Fabiana Itaci Corrêa de Araujo e Luís Augusto Vieira
Desde o final de 2022, o Câmpus Goiás da UFG está às voltas com um processo - ora mais tranquilo, ora mais conturbado - de revisão e “reestruturação” de sua situação acadêmico-administrativa. A grosso modo, pela proposta inicialmente apresentada pela Reitoria, na prática, deixaríamos de ser câmpus, para nos concentrar numa única unidade acadêmica plena. Ainda que formalmente a designação de Câmpus permanecesse, efetivamente, deixamos de sê-lo, pois perderíamos a estrutura acadêmico-administrativa. Proposta que foi, e segue sendo, veementemente rechaçada pela comunidade acadêmica do referido Câmpus.
Tal processo, ainda em curso, a caminhar para seu desfecho, depois de importantes reuniões, intenso processo mobilizatório e oficinas de planejamento para discussão (do Câmpus que temos para o Câmpus que queremos), se deparou no início do mês de agosto, com a iniciativa do governo do estado de Goiás, de construção do “Plano Diretor Para a Educação Superior do Estado de Goiás, 2024-2033” (PDES-GO). Ainda que merecedor de críticas e apontamentos, o documento base preliminar do PDES-GO nos traz importantes informações para pensarmos a realidade na qual se insere o Câmpus Goiás e vem ao encontro do debate travado em nossa comunidade acadêmica.
De início o documento destaca os impactos gerais da pandemia da COVID-19 na sociedade, em especial na educação. As quais comungamos, com as reais dificuldades de discentes, docentes e Técnicos Administrativos em Educação (TAE’s) para acompanhamento das atividades remotas, assim como para o retorno às atividades presenciais. Frágeis condições materiais e subjetivas foram, e ainda são, um óbice para muitos/as discentes acompanharem seus cursos e para servidores/as desempenharem seu trabalho.
Destacamos também a situação econômica da região na qual se encontra o Câmpus Goiás, a Mesorregião Noroeste, bem como a distribuição de cursos e faculdades na mesma. Segundo documento preliminar do PDES-GO, 2024/2033, dos 246 municípios do Estado de Goiás, somente 15 municípios contribuem com até 1% do PIB goiano, ou, 6% de seus municípios contribuem com 61,11% do PIB do estado. Para surpresa e espanto nenhum deles se encontra na Mesorregião Noroeste, o que denuncia um profundo fosso de desigualdade no estado.
Ainda segundo documento, o estado de Goiás conta com 116 Instituições de Ensino Superior (IES’s), sendo 7 Universidades (5 públicas e 2 privadas); 14 Centros Universitários (2 públicos e 12 privados); 93 Faculdades (1 pública e 92 privadas) e 2 Institutos Federais (ambos públicos). Destas – pasmem – apenas 1 (faculdade) tem sua sede na Mesorregião Noroeste, o que deixa a região na última colocação em números de IES’s aqui sediadas. É também a última Mesorregião no número de municípios que abrigam campus de IES’s públicas (campi fora de sede), contando com apenas 4 municípios que tem em seu território algum campus.
No que se refere à interiorização das IES’s são as públicas que efetivam maior contribuição, sendo: a Universidade Estadual de Goiás (UEG), que além de Anápolis (sede) está presente em 38 municípios, contemplando todas as mesorregiões e microrregiões do Estado; o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG), com sede no município de Goiânia, conta com 14 campi, e o IFGoiano, com reitoria no município de Goiânia, que possui 12 campi.
Quanto à nossa Universidade Federal de Goiás (UFG), esta carrega a tímida posição de contribuir, no momento, com apenas 1 câmpus pleno no interior do Estado. Aqui pedimos maior atenção para um ponto: chamamos de câmpus pleno, o câmpus, nos termos do vigente Estatuto da UFG, que desenvolvem de forma indissociável, atividades de ensino, pesquisa e extensão. Assim, após a autonomização das (então) Regionais Jataí e Catalão, em 2018, com tutoria (ainda em andamento) da UFG, o único representante desta universidade, em funcionamento como câmpus pleno, é o câmpus na cidade de Goiás.
Dessa feita, conforme sumariado, urge não só manter o Câmpus Goiás da UFG como tal, como também investir, sistematicamente, em sua expansão, de maneira a atrair um maior número de discentes e servidores/as, de modo a contribuir com o desenvolvimento socioeconômico, político e cultural da região. Para tanto, se faz necessário não uma “reforma” administrativa que vai encolher o campus e diminuir sua capacidade de ação, mas sim, adensar investimentos na melhora e aprimoramento de sua precária estrutura física, ampliar a oferta de cursos e vagas presenciais, garantir melhores condições de trabalho para seu quadro de servidores/as, bem como o acesso e permanência de seus atuais e futuros discentes. Isso, respeitando centralmente as particularidades que peculiarizam nosso Câmpus no âmbito da institucionalidade da UFG.
Não se trata de limitarmos a interiorização da UFG ao Câmpus Goiás. Estamos falando da necessária e urgente construção de uma uma Política de Interiorização da UFG, que considere a história do Câmpus já existente, bem como norteie a inserção da UFG em outros territórios de nosso Estado. Na certeza que com isso, a UFG estará não apenas fortalecendo o campus que se situa na cidade onde o ensino superior goiano começou, como também estará atuando de forma incisiva, e em parceria com outras instituições públicas de educação, no combate a deficiência de ensino superior público na região e nas desigualdades econômicas, sociais e culturais que, historicamente, tanto assolam e penalizam nossa gente!


Fabiana Itaci Corrêa de Araujo é docente da Unidade Acadêmica Especial de Ciências Sociais Aplicadas, Câmpus Goiás, UFG. Psicóloga, Mestre em Psicologia Social pela PUC-SP;
Luís Augusto Vieira é docente da Unidade Acadêmica Especial de Ciências Sociais Aplicadas, Câmpus Goiás, UFG. Assistente Social, Doutor em Serviço Social pela PUC-SP.
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