Resultados do marcador: Prefeitura de Goiânia

Flávio Peixoto, pai de Thiago Peixoto, é o principal articulador, em termos de projetos, da candidatura do postulante do PSD

[caption id="attachment_63255" align="aligncenter" width="620"] Waldir Soares e Zacharias Calil: a chapa do PR e PMB já está definida[/caption]
O deputado federal Waldir Delegado Soares, pré-candidato do PR a prefeito de Goiânia, disse ao Jornal Opção na sexta-feira, 1º, que seu vice será o médico Zacharias Calil (PMB), que acaba de chegar de Lisboa.
“As chances de Zacharias Calil não são altas — são altíssimas —, só 100% de ser o meu vice”, afirma. “O doutor Zacharias só não será vice se não quiser — e ele quer. Portanto, está definido, não há outra alternativa.”
Mas Waldir admite que outros partidos estão tentando puxar o tapete de Zacharias Calil. “Porém, como sou político de compromisso, não mudo mais: será o doutor Zacharias — e ponto final.”
Pesquisas qualitativas de fato mostram que, de fato, o médico acrescenta à candidatura de Waldir Soares. Puxa parte da classe média que é reticente quanto à capacidade administrativa do delegado-deputado. Pesquisadores admitem que Zacharias Calil “qualifica” a chapa do PR e do Partido da Mulher Brasileira.

Prestação de contar acontece em plenário no dia 27 de junho, a partir das 9 horas da manhã. Informação é do vereador Thiago Albernaz (PSDB)

Pré-candidato tucano avaliou atual cenário político-eleitoral, durante reunião com moradores da região Oeste da capital na noite de sábado (11), no evento Fala Goiânia
[caption id="attachment_61889" align="alignright" width="620"] Foto: Renan Accioly[/caption]
Na campanha deste ano, sobretudo se Iris Rezende (PMDB) for candidato a prefeito, o petismo vai criar coragem e deve apresentar o dossiê das dívidas deixadas pelo peemedebista.
Assim como Iris Rezende está colocando “artilheiros” (Agenor Mariano na linha de frente) para “atirar” no prefeito Paulo Garcia — tratando-o como “sparring” —, o PT vai escalar seus “artilheiros” (como Luis Cesar Bueno e Humberto Aidar) para metralhar a candidatura do peemedebista. Até o asfalto “sonrisal” será apontado e criticado.
Petistas garantem que Iris Rezende fez asfalto de baixa qualidade e deixou para Paulo Garcia pagá-lo e, sobretudo, restaurá-lo.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, foi o articulador do encontro do ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), com o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT. O petista elogiou o tucano-chefe, que apresenta como “republicano”. Iris Rezende, do PMDB, não faria o mesmo.

O fenomenal desempenho do deputado federal Delegado Waldir, como prefere ser chamado, chama a atenção, mas gera dúvida: ele é uma certeza consolidada ou um sério candidato a desempenho vexatório nas urnas de outubro?
O ex-deputado federal Sandro Mabel diz que sugeriu que Vanderlan Cardoso, do PSB, fosse indicado como vice de Iris Rezende na disputa pela Prefeitura de Goiânia. “Não sei se ele aceitará. Mas seria positivo para os dois.” Sandro Mabel afirma que o PMDB tem condições de eleger o prefeito de Goiânia. “Iris Rezende é um candidato consistente e tem experiência administrativa.”
Peemedebistas avaliam que o ex-prefeito vai descolar de Waldir Soares e tomar parte de seus votos
O deputado federal entusiasma-se, mas o setor de seguros prefere vê-lo na Câmara dos Deputados

[caption id="attachment_23779" align="aligncenter" width="620"] Agenor Mariano: “Waldir será desidratado, o que beneficiará Iris”| Foto: Jornal Opção/Arquivo[/caption]
O vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano (PMDB), diz que só tem duas certezas em termos políticos: “Primeira, Iris Rezende será candidato a prefeito de Goiânia. Segunda, será eleito”.
Principal defensor de Iris — os dois andam juntos com frequência, sobretudo nos cultos evangélicos —, Agenor afirma que as pesquisas qualitativas “não conseguem registrar o imenso capital eleitoral do peemedebista. Pode parecer cabotinismo, mas não ficarei surpreso se, dada a fragilidade dos adversários, o nosso candidato for eleito já no 1º turno”.
O repórter contrapõe: “O deputado federal Waldir Delegado Soares está colado em Iris”. Agenor pondera: “Os demais candidatos consideram que o único que está com o passaporte carimbado para o 2º turno é Iris. Portanto, durante a campanha vão concentrar suas críticas em Waldir, o que deve desidratá-lo consideravelmente. Mas há um problema: os votos de Waldir tendem a ‘migrar’ para Iris, e não para seus adversários”.

A tendência é que o PP indique o vice do candidato do PSDB a prefeito. O nome mais cotado é o de Sandes Júnior
O ex-deputado federal frisa que não apoiará qualquer outro candidato da base aliada

[caption id="attachment_63263" align="aligncenter" width="620"] Giuseppe Vecci e Adriana Accorsi: mesmo candidatos de duas máquinas poderosas, o tucano e a petista fazem uma pré-campanha espartana | Fotos: André Costa e Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
A pré-campanha é a campanha na qual se pode tudo — ou quase tudo. Os candidatos menos conhecidos estão se expondo ao máximo, articulando nos bairros, conversando com segmentos organizados, concedendo entrevistas em jornais e emissoras de rádio e televisão. Vale tudo para começar a ser visto e avaliado pelos eleitores. O pré-candidato mais conhecido, Iris Rezende, é o único que se move menos — optando por receber aliados e simpatizantes em seu escritório do Setor Marista. Ele alega que já é conhecido o suficiente e, aos mais íntimos, tem sugerido que, se disputar, quer fazer um campanha mais barata.
Os articuladores das pré-campanhas revelam que um dos problemas destas eleições é que falta dinheiro para projetos mais audaciosos e mais dispendiosos. Quem tem dinheiro, devido à crise e por receio de denúncias futuras, prefere recolher-se e, mesmo, manter-se distante dos pré-candidatos. Qualquer movimentação política tem custos, mas os pré-candidatos estão se comportando de modo espartano — ao menos no geral. Até o momento nenhum dos postulantes fala em contratar marqueteiros a peso de ouro, como em campanhas anteriores. Mesmo os candidatos das máquinas, como Giuseppe Vecci, do PSDB, e Adriana Accorsi, do PT, estão se mostrando bastante econômicos. Conversando mais e gastando menos — por vezes, quase nada.
A tese de todos os pré-candidatos é a mesma: como falta dinheiro, que às vezes remove e conquista montanhas, é preciso usar criatividade. O que se tem reinventado com mais atenção é o velho e eficiente corpo-a-corpo. Nos vários bairros de Goiânia — que são verdadeiras cidades, eventualmente com 100 mil e até mais habitantes —, os pré-candidatos estão se encontrando com certa frequência. No lugar de comícios, barulhentos mas ineficientes, organizam encontros comunitários com a presença de 50 a 200 pessoas. Falam o que querem, apresentam suas ideias e colhem ideias para revitalizar seus projetos. Pelo menos três pré-candidatos disseram ao Jornal Opção o que parece óbvio, mas, segundo eles, ainda é pior: a desesperança das pessoas é imensa, gigantesca. Mesmo assim, demonstram interesse pelas ideias apresentadas e discutem-nas com o máximo de atenção.
Os pré-candidatos sublinham que as pessoas, nos bairros — dos mais pobres aos de classe média — têm noção exata do que querem para si e para a cidade. Não há quem não reclame da falta de segurança, mas muitos ressaltam que, com o secretário José Eliton, a presença da polícia é mais ostensiva nos bairros. Um detalhe curioso é que, se a classe média tem dúvida sobre as organizações sociais na educação, na periferia o assunto, entre os que já ouviram falar a respeito — vários nada escutaram —, é visto como uma inovação necessária. As pessoas admitem que as organizações sociais melhoraram o atendimento na área de saúde. Mencionam que a qualidade é mais elevada.

Marcus Vinicius Queiroz, marqueteiro de primeira linha — com uma eleição presidencial no currículo e vitórias importantes no Tocantins —, negociou com o candidato do PSDB a prefeito de Goiânia, Giuseppe Vecci. Mas não fecharam — nem interromperam — a negociação. Giuseppe Vecci, vale dizer, aprecia as ideias de Marcus Vinicius. O principal problema pode ser financeiro.