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As dezenas de empreendimentos construídos nos últimos anos rebaixaram o lençol freático da cidade e algumas consequências disso sequer podem ser medidas

Evento está marcado para o início da noite na sede da Assembleia Legislativa de Goiás

[relacionadas artigos="71779"] O deputado federal Giuseppe Vecci anunciou que não será mais o candidato da base do governo à Prefeitura de Goiânia. O comunicado foi feito ao governador Marconi Perillo (PSDB) na manhã desta quarta, 3. Nos bastidores, falava-se sobre a desistência de Vecci há mais de um mês. O deputado, que é profissional um competente, não conseguiu se viabilizar, embora tenha trabalhado para isso. Os partidos da base não se uniram a seu nome. Por isso, Vecci deixou a disputa. Logo após ser informado pelo próprio Vecci, Marconi intensificou suas articulações para "achar uma solução", visto que as convenções devem ser realizadas até a sexta, 5. Consta que Jayme Rincón (PSDB) está auxiliando Marconi nas conversas e o anúncio da solução encontrada pode ser feito ainda nesta quarta.

Para prefeito, partido cometeu dois erros: em âmbito municipal não fez propagandas de obras e em nacional não promoveu uma profunda reforma política

[caption id="attachment_71632" align="aligncenter" width="620"] Deputada estadual Adriana Accorsi | Foto: reprodução/ Facebook[/caption]
Há um mantra para as eleições deste ano: candidatos do PT sofrerão o desgaste do partido em nível nacional — sobretudo o afastamento da presidente Dilma Rousseff — e, por isso, terão mais dificuldades. Porém, esse mantra, embora tenha um vasto campo de verdades, pode não se mostrar tão assertivo assim. Em eleições municipais, o voto é mais ligado à figura do candidato, à sua capacidade de gestão, do que ao partido ao qual é filiado. Isso explica porque vários candidatos petistas estão bem avaliados em pesquisas tanto de capitais quanto no interior.
Em Goiânia, a candidata petista Adriana Accorsi sofre mais com o desgaste do atual prefeito da capital do que com o de sua sigla. Aliás, praticamente todos os candidatos apoiados por atuais prefeitos enfrentarão certa rejeição. Isso porque quase não há prefeitos bem avaliados. A crise foi mais acentuada nos municípios e os prefeitos são os que mais sofrem as consequências dela.
Porém, o presidente metropolitano do PT, deputado Luis Cesar Bueno não vê a questão dessa maneira. Para ele, o prefeito Paulo Garcia tem se recuperado nos últimos meses e isso ajudará Adriana. “Não temos gastado com publicidade para divulgar nosso governo, mas quando começar a campanha todos verão que seremos eleitos”, diz.
O deputado relata que Paulo Garcia tem se recuperado e deverá se recuperar mais nos próximos meses. “O prefeito revitalizou a Praça Cívica, construiu 53 Cmeis, revitalizou a Marginal Botafogo, está construindo a extensão da Marginal Cascavel, fez um programa de mobilidade com ciclovias e está construindo o BRT. E há muitas outras obras. A população verá isso”, argumenta.
A convenção do PT, que acontece no dia 5, na Assembleia Legislativa, confirmará a coligação com: Pros, PTC, PCdoB, PMN, PPL, PTdoB e PEN. As conversas com outros partidos, inclusive grandes siglas, continuam até o dia da convenção. O diálogo é para definição da vice, que não será do PT.
Adriana, que foi a segunda deputada estadual mais votada em Goiânia, diz que já fez dezenas de reuniões (cinco em cada região de Goiânia), e que tem sido bem recebida pela população, principalmente devido à sua atuação como delegada, algo que pesa a seu favor, dado que a segurança pública será um ponto importante neste pleito. Tanto que Luis Cesar é assertivo em dizer que a eleição será polarizada entre os dois delegados, Adriana e Waldir (PR).
Para isso, quando a campanha começar, daqui a uma semana, Adriana terá que mostrar a que veio. Se fizer uma boa campanha, a deputada tem boas chances. “Pode crescer e acabar virando a eleição”, diz um pesquisador. “Se Vanderlan repetir o fraco desempenho de suas campanhas ao governo, isso a ajudará”, arremata.

Talles Barreto (PSDB) é um político de base. Jovem, o deputado estadual tem cada vez mais procurado se fortalecer no interior. Na semana passada, organizou uma reunião entre o governador Marconi Perillo e representantes de 29 municípios, de Norte a Sul do estado, e muitos pré-candidatos da região do Vale do São Patrício. A reunião aconteceu no Palácio das Esmeraldas. O encontro durou cerca de duas horas e foi dedicado exclusivamente aos pré-candidatos a prefeito dos municípios representados por Talles, que já destinou mais R$ 6 milhões em emendas parlamentares à região. “Foi um ano complicado, por conta da crise no país, mas conseguimos abrir muitas portas por meio do Talles”, diz o prefeito de Carmo do Rio Verde, Delson José, um dos 18 prefeitos tucanos presentes na reunião e que disputam a reeleição. Também estavam presentes na reunião os prefeitos João Bento, de Petrolina; Janduhy Diniz, de Rialma; José Carlos, de Rianápolis; Ziquinha, de São Patrício; Glimar do Prado, de Uruana; e Eurípedes de Itaguaru. Talles Barreto está apoiando vários pré-candidatos tucanos na região, como: Rafael Melo, de Ceres; José Manoel, de Guarinos; Tomaz Campos, de Itapuranga; Eumi Maria, de Santa Isabel; e Divan Resende, de Uruana. Mas também apoia pré-candidatos de outras regiões. É o caso de Valdiney Sousa, de Aporé; Fernanda Nolasco, de Baliza; Divino Mota, de Córrego do Ouro; Célio Fleury, de Corumbá de Goiás. Na Cidade de Goiás, Talles apoia Zilda Lobo. Em Goiatuba, Pedro Batista, fora Lúcio Pires, de Heitoraí; Mario Macaco, de Itapaci; Flávio Tatu, de Mara Rosa; e Adalberto Pereira, de Mozarlândia. A influência do deputado tucano também se estende a cidades como Pires do Rio, onde apoia Cida Tomazini, Rubiataba (Pedro Dutra), Santa Helena (João Mattos), Uirapuru (José Antônio) e Nova Iguaçu (Valquênio Mendes).

[caption id="attachment_60459" align="alignright" width="254"] Flávio Sofiati[/caption]
“Estamos animados e temos trabalhado muito. Contamos com uma militância aguerrida”. A fala é do professor Flávio Sofiati, candidato a prefeito pelo PSOL. A convenção do partido aconteceu no sábado, 30.
A vice de Flávio inicialmente seria a jornalista e sindicalista Elma Dutra (PSOL). Porém, por questões de documentação, ela não pôde ser efetivada. Assim, foi efetivado o nome de João Pucinelli, jovem militante da causa LGBT e dos direitos humanos.
Embora seja chapa pura, o PSOL está coligado com o PCB e ainda recebe o apoio de grupos civis organizados como o PCR (Partido Comunista Revolucionário) e o Mais, grupo que saiu do PSTU.
A coligação terá 20 candidatos a vereador. “Decidimos ter menos candidatos, mas com pessoas que tenham compromisso com nosso projeto. Além disso, conseguimos ter representantes de várias regiões da periferia de Goiânia, como região Noroeste, Vale dos Sonhos, Jardim do Cerrado e Madre Germana. E isso é ótimo”, aponta Flávio.

O discurso da gestão está em alta, mas precisa ser avaliado. O desejo da população é esquizofrênico e pode acabar pegando muitos candidatos no contrapé

Jovem foi encontrado sem autorização nas dependências do hotel em que a seleção está hospedada e encaminhado para central de flagrantes

Programa Nacional de Imunizações recomenda que vacina seja tomada aos nove meses de idade e aos quatro anos

Chamas foram controladas rapidamente e não chegaram a atingir a área de visitação do Zoológico
[caption id="attachment_71244" align="alignleft" width="620"] Equipe controlou o fogo antes que atingisse a parte de visitação do Zoológico | Foto: Repreodução / Secom[/caption]
Um incêndio atingiu o bosque do parque Lago das Rosas, no setor Oeste, em Goiânia, na tarde deste domingo (24/7). Em nota, a prefeitura informou que o incêndio foi rapidamente controlado pela equipe do Corpo de Bombeiros.
O fogo teria sido ateado por uma pessoa ainda não identificada, porém os agentes conseguiram fazer o rescaldo antes que as chamas atingissem a área de visitação do Zoológico de Goiânia. Até o momento, não há relato de que o incêndio tenha alcançando qualquer animal de vida livre do bosque.
Estiveram no local para acompanhar o combate às chamas o supervisor do Zoológico, Raphael Cupertino e o presidente da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), Dario Paiva.
Uma moradora da região filmou e postou nas redes sociais um vídeo do momento do incêndio. Pela gravação é possível ver que as chamas atingiram uma grande altura, ultrapassando as árvores do bosque.
https://youtu.be/TzncQigoagk

Operação de fiscalização autuou cinco estabelecimentos por irregularidades como produtos vencidos e cobrança indevida da taxa de 10% sobre o consumo

[caption id="attachment_10603" align="alignright" width="620"] Ausência dos líderes absolutos, Marconi e Iris, cria um vácuo, mas isso não quer dizer que as eleições de 2016 e 2018 estejam atreladas[/caption]
A eleição municipal em Goiânia, neste ano, está sendo tratada como uma prévia da próxima, ao governo, em 2018. Isso porque há um vácuo de lideranças no Estado, visto que os dois líderes-mor de Goiás não estarão na disputa: Iris Rezende (PMDB) desistiu de sua vida política, aparenta estar irredutível e não deve voltar; Marconi Perillo (PSDB) não pode disputar o quinto mandato. Mas é a ausência do último que cria os maiores problemas. Iris e Marconi eram os dois líderes absolutos de Goiás, aqueles cuja autoridade é inquestionável.
Ao ser cada vez mais questionado dentro de seu próprio partido, Iris deixou de ser um líder absoluto e, atribui-se a isso uma parte de sua aposentadoria. Seu histórico é inegavelmente vitorioso, mas seu presente, embora ainda tenha muito vigor eleitoral, já não é inquestionável. Marconi, por outro lado, segue para se firmar cada vez mais como o líder absoluto que já é. Se conseguir dar o salto nacional que pretende, Marconi será, inquestionavelmente, o maior líder político do Centro-Oeste. Atualmente, é um dos nomes fortes do PSDB e tem chances reais de assumir a vice numa possível chapa pura tucana à Presidência da República em 2018.
Assim, sua ausência numa eleição para um cargo que seria naturalmente seu, caso pudesse disputar, cria um vácuo. E não há, hoje, ninguém que esteja inquestionavelmente à altura política de Marconi para assumir o governo. Do lado governista, José Eliton (PSDB) é o candidato natural, mas não inquestionável; o mesmo ocorre com Thiago Peixoto (PSD) — os dois são os mais cotados. Do lado oposicionista, Daniel Vilela (PMDB) é o mais capacitado, mas não é inquestionável; o mesmo ocorre com Ronaldo Caiado (DEM).
É exatamente por essa falta de inquestionabilidade que a eleição deste ano é tratada como uma prévia da de 2018 e é o principal motivo para que os partidos da base estejam desunidos em Goiânia, apesar dos apelos de Marconi. Como o PSDB tem um pré-candidato à Prefeitura, os outros partidos com nomes fortes para tentar emplacar uma candidatura ao governo, tentam amarrar um eleição à outra. É o caso de PTB — que tem Jovair Arantes para a disputa ao governo — e PSD — que tem Thiago Peixoto ao governo e Vilmar Rocha ao Senado. Fora o PR da praticamente já anunciada pré-candidato ao Senado Magda Mofatto. Vem daí o principal motivo de divisão e que poderá fazer a base governista perder novamente em Goiânia.
Do outro lado, Daniel Vilela, ao se guardar para a disputa ao governo, em 2018, perde a oportunidade de se tornar prefeito da capital e projetar sua carreira política, estando mais perto de se tornar um líder inquestionável, absoluto.
Esquecem-se todos de que o momento do País, em 2018, será outro. Os nomes serão outros e as alianças e a reestruturação dos partidos também, assim como a mentalidade do eleitor. Dessa forma, 2018 não passa necessariamente por 2016 e atrelar uma eleição à outra é um erro que está sendo cometido pelos dois lados.

Daniel Vilela é, de fato, o melhor nome que o PMDB tem atualmente para a disputa à Prefeitura de Goiânia. O vice-prefeito da capital, Agenor Mariano, e os deputados estaduais José Nelto e Bruno Peixoto são nomes qualificados e que poderiam contribuir com a cidade. Porém, Daniel teria mais chances de convencer o eleitor, visto que é jovem e passa a imagem do “novo político”, aquele que se prepara para os desafios da gestão. Além disso, como presidente regional do partido, e de olho no governo em 2018, seria essa a oportunidade para que Daniel se apresentasse à população como um político de qualidade e, mais: testasse a si mesmo no Executivo. Se fizer uma gestão na capital, Daniel sai pronto para a disputa majoritária estadual nas próximas eleições e se firma como o líder do PMDB em Goiás.

Delegado Waldir (PR) tem se comparado a Ronaldo Caiado, senador pelo DEM. A comparação é vista mais como um afago, uma vez que Caiado é aliado do PMDB, partido com o qual Waldir quer firmar aliança. Porém, Caiado não goza de tanta popularidade em Goiânia e já dizem que ele pode mais atrapalhar que ajudar, pois não representa nada novo politicamente.