Resultados do marcador: CPI da Pandemia

Durante a CPI da Pandemia, microbiologista adotou um tom crítico ao falar sobre o incentivo feito pelo governo federal ao uso do medicamento

Essa medida permite que se tenha acesso a dados telefônicos e e-mails dos investigados
Eduardo Pazuello | Foto: Reprodução
Por Gabriella Oliveira, especial para o Jornal Opção
Nesta quinta-feira (10), a CPI da Covid aprovou 23 requerimentos que solicitam a transferência do sigilo telefônico e telemático de alvos da investigação, como o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e também a transferência bancária e fiscal de empresas publicitárias. A solicitação foi feita pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), segundo a Agência Senado.
Com essa aprovação será possível ter acesso a uma série de informações dos investigados como o registro de ligações e suas durações, lista de contatos, cópias de e-mails, entre outros conteúdos importantes para as investigações. Além disso, a quebra do sigilo fiscal e bancário de empresas de publicidade possibilitará investigar se houve compra e propagação de Fake News a respeito da Covid-19.
Dentre os investigados está o ex-chanceler Ernesto Araújo. Para Alessandro Vieiria ter acesso a essas informações é muito importante para ter uma maior transparência a respeito da negligência que Ernesto teve na compra de insumos e vacinas para o Brasil.
Outros dois investigados e que tiveram seus sigilos quebrados foram Carlos Wizard e Paolo Zanotto. Eles estão sendo acusados de participar de um “Gabinete Paralelo” que auxiliava na má administração da pandemia. Ainda segundo o parlamentar Alessandro Vieira, existem “indícios de que (o empresário Carlos Wizard) tenha mobilizado recursos financeiros para fortalecer a aceitação das medidas que o presidente da República julgava adequadas, mesmo sem qualquer comprovação científica”. Já Zanotto teria aconselhado o presidente Jair Bolsonaro a tomar extremo cuidado com o uso das vacinas.
A secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro também teve seu sigilo quebrado. Durante o ápice da crise da pandemia em Manaus, ela teria enviado uma mensagem dizendo que seria inadmissível o não uso de medicamentos como cloroquina e ivermectina que já foram provados como ineficazes na luta contra o Covid.
Confira a lista da quebra de sigilo telemático e telefônico:
Filipe Martins, assessor internacional da Presidência da República;
Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores;
Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde;
Carlos Wizard, empresário;
Zoser Hardman, ex-assessor especial do Ministério da Saúde;
Túlio Silveira, representante da Precisa Medicamentos;
Paolo Zanotto, biologista;
Marcellus Campêlo, ex-secretário de Saúde do Amazonas;
Luciano Dias Azevedo, médico;
Hélio Angotti Neto, Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde;
Francisco Ferreira Filho, Coordenador do Comitê da Crise do Amazonas;
Francisco Emerson Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos;
Francieli Fontana Fantinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI);
Flávio Werneck, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde;
Antônio Elcio Franco Filho; ex-secretário Executivo do Ministério da Saúde;
Camile Giaretta Sachetti, ex-diretora do departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde;
Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde;
Alexandre Figueiredo Costa e Silva Marques, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU);
Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde;
Empresa PPR – Profissionais de Publicidade Reunidos;
Calya/Y2 Propaganda e Marketing;
Artplan Comunicação;
Lista da transferência de sigilo bancário e fiscal:
Associação Dignidade Médica de Pernambuco;
Empresa PPR – Profissionais de Publicidade Reunidos;
Calya/Y2 Propaganda e Marketing;
Artplan Comunicação;

Segundo Mauro Luiz de Britto, presidente do Conselho Federal de Medicina, e Jair Bolsonaro, presidente da república, Otto Alencar foi machista durante interrogatório feito à médica Nise Yamaguchi

Pela segunda vez na CPI da Pandemia, ministro falou sobre a segurança de realizar torneio no Brasil. Segundo ele risco de contrair Covid é o mesmo 'com o jogo ou sem o jogo'

A médica foi anunciada em maio para o cargo de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, mas teve a nomeação cancelada 10 dias depois

Yamaguchi é defensora do chamado “tratamento precoce” com medicamentos como a cloroquina, droga comprovadamente ineficaz contra a doença. Ela é apontada como uma das principais conselheiras de Bolsonaro

Dimas Covas afirma que, ao contrário do que disse o ex-ministro, as declarações do presidente prejudicaram sim o processo de vacinação no Brasil, de inúmeras formas
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, disse em depoimento a CPI da Covid, que as declarações antivacina do presidente Jair Bolsonaro prejudicaram o Brasil na aquisição da CoronaVac, ao contrário do que havia dito do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na mesma Comissão. No dia 19 de outubro, o general havia anunciado a intenção de compra, o que não se concretizou. De acordo com o médico, o posicionamento do presidente não foi apenas uma "fala de internet" como havia dito Pazuello e que sim prejudicou a vacinação no Brasil.
"Após o dia 20 de outubro, isso foi absolutamente interrompido. De fato, nunca recebi um ofício dizendo que a intenção de compra feita no dia 19 [de outubro] não era mais válida, mas na prática não houve consequência. Houve a tentativa de trazer vacina da Índia, que não foi bem sucedida. Houve a dificuldade da própria AstraZeneca. Naquele momento, a única vacina disponível era a do Butantan", disse Covas.
Ele falou ainda da frustração para a equipe do Butantan, que seguiu o projeto com dificuldades. Por não haver um contrato com o Ministério da Saúde, único cliente da instituição, havia uma incerteza quanto ao financiamento.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, disse que Bolsonaro fez ao menos 14 declarações contra a CoronaVac e Dimas Covas afirmou que, em função das críticas, houve uma resistência para a participação das pessoas nos testes do imunizante. "Mas no começo da vacinação essa percepção desapareceu", disse. Dimas informou que em dezembro havia 5,5 milhões de doses prontas e outras 4 milhões em processamento, tudo sem contrato com o Ministério da Saúde, o que impedia o início da vacinação, já que a aprovação da Anvisa só chegou no dia 17 de janeiro.

Senador usa notícia falsa como suposta comprovação do uso da cloroquina em pacientes com Covid-19
O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) motivou inúmeras piadas no Twitter hoje ao citar o nome da ex-atriz pornô Mia Khalifa como suposta médica autora de estudos sobre a Cloroquina. O parlamentar usou como "prova" uma fakenews em que a ex-atriz pornô, hoje influencer, seria a pesquisadora responsável por um estudo sobre o uso do medicamento em casos de Covid-19.
O deputado federal Orlando Silva foi um dos que comentou o ocorrido no Twitter:


Em depoimento na CPI da pandemia desta terça-feira, 25, a secretária do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro disse que a cloroquina tem efeito antiviral e espera que os medicamentos reduzam mortes e internações

Ex-ministro da Saúde afirmou durante depoimento que nunca determinou o fechamento da unidade
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Na manhã desta quinta-feira, 20, durante a continuação de seu depoimento na CPI da Pandemia, Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, afirmou que durante a sua gestão, não mandou que fechasse nenhum hospital de campanha. A indagação sobre o fechamento da unidade localizada em Águas Lindas de Goiás foi feita pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-RS). O mesmo senador também perguntou a Pazuello se era verdade que o estado de Goiás teria pedido uma prorrogação, garantindo que o Hospital de Campanha em questão continuasse funcionando. O ex-ministro respondeu apenas que poderia verificar essa questão. Vale ressaltar que em setembro de 2020, o governo de Goiás pediu por duas vezes que o Hcamp de Águas Lindas continuasse funcionando até o final do ano. No entanto, os pedidos foram negados.

Eduardo Braga (MDB-AM) afirmou que ex-ministro estaria mentindo e que a carência desse insumo teria durado mais, levando muitos cidadãos amazonenses à morte

Ex-presidente se manifestou em suas redes sociais dizendo que foi copiado

Ex-ministro alega que o laboratório em questão entregaria quantidades menores dos imunizantes e que eles ainda seriam mais caros do que os que estavam sendo oferecidos por outros laboratórios

Ex-ministro da Saúde chegou a citar países como Cuba ao fazer a defesa do uso do medicamento

Ex-ministro da Saúde afirmou que presidente da república nunca se posicionou de modo contrário às medidas de distanciamento social