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O dia que o ator francês Jean-Paul Belmondo andou pelo “céu” de Brasília

Cerca de 20 minutos do filme “O Homem do Rio” passam-se em Brasília, em 1963, quando a capital do país estava em franca construção. O artista anda numa viga e o espectador fica apreensivo

Maior carnaval de Goiânia é no cinema

Realizada de 3 a 17 de fevereiro, no shopping Bougainville, a mostra exibe 117 filmes de todo o mundo [caption id="attachment_57023" align="alignleft" width="230"]Reprodução As obras selecionadas vão desde clássicos, como os longas de Godard (foto), aos blockbusters como "Deadpool" | Reprodução[/caption] "Sempre preferi a reflexão da vida à própria vida" - François Truffaut Yago Rodrigues Alvim Se as férias viraram sinônimo de maratona de séries, carnaval em Goiânia virou sinônimo de “O Amor, a Morte e as Paixões”. Já em sua nona edição, a mostra de cinema, que começou com apenas 18 títulos, conta hoje com 117 filmes de todo o mundo. Vão desde clássicos, como os longas de Godard, aos blockbusters (“Deadpool”, por exemplo). Fora isso, há também os últimos aclamados em Cannes e pela Academia no Oscar. Idealizada pelo proprietário da rede Cinemas Lumière, Gerson Santos, e pelo professor de cinema da Uni­versidade Federal de Goiás (UFG), Lisandro No­gueira, a mostra é, atualmente, o segundo maior evento de cinema do Centro-Oeste — perde apenas para o Festival Internacional de Cinema Ambiental (FICA), realizado na Cidade de Goiás. “Desde que criamos a mostra, queríamos que, além de entretenimento, formássemos o público” diz o também curador da mostra, professor Lisandro. No ano passado, foram mais de 20 mil expectadores. Segundo ele, Goiânia é uma capital cinéfila e, por isso, além de filmes, a mostra proporcionará debates e cursos. [caption id="attachment_57204" align="alignright" width="230"]Deadpool_Reprodução Reprodução[/caption] Nas sessões especiais, estão confirmados os atores Carlos Alberto Riccelli, Bianca Müller e Mariana Lima, que participam do filme “Amor em Sampa” — longa que abre a mostra. A diretora Sandra Kogut, de “Campo Grande”, também confirma presença para o dia 10 de fevereiro e o ator Vinícius de Oliveira, do filme “Boi Neon” e “Central do Brasil”, participa da exibição especial no dia 11. O longa de Walter Salles, “Central do Brasil”, também será exibido na 1ª Mostra de Clássicos do Cinema Brasileiro, cujas sessões serão realizadas no Cine Cultura a um valor promocional de R$ 2. “Macunaíma”, “Terra em Transe”, “Xica da Silva” completam a lista. Após as exibições, professores e críticos conversam com o público. O jornalista e crítico de cinema da Folha de S. Paulo, Inácio Araújo, ministra o Curso de Análise Fílmica na quinta-feira, 4. Já a preparadora de elenco Fátima Toledo (“Cidade de Deus” e “Tropa de Elite”) ministra o Curso de Direção de Atores na segunda-feira, 8. As inscrições são efetuadas virtualmente pelo valor de R$ 30, a meia. Os valores, horários e demais informações dos filmes (sinopse, trailer e créditos) também estão disponíveis no site. Por fim, vale lembrar a reflexão de Lisandro de que a mostra, antes de qualquer coisa, é um lugar de encontro. Como disse François Truffaut, talvez, um lugar de encontro com a própria vida. Leia mais: Cineasta Pedro Novaes: “Temos um cinema de qualidade sendo feito em GoiásEntre 117 filmes, quais assistir nos 15 dias de mostra?

Organização espera recorde de público na 9ª edição da mostra “O Amor, a Morte e as Paixões”

Professor Lisandro Nogueira conta detalhes da edição de 2016 da mostra, que traz novidades e promete ser ainda maior

Os melhores filmes de 2015

Longe dos blockbusters, conheça os títulos da cinematografia que se destacaram pelo enredo, fotografia ou pelas boas interpretações

Star Wars, uma outra Nova Esperança

Ao retomar os temas antigos da saga, sétimo filme mostra ao público uma história nietzschiana e deixa uma boa expectativa para o próximo episódio

Mostra Audiovisual da UEG exibe melhores filmes goianos de 2015

Em sua 7ª edição, a Mostra é realizada por estudantes de Cinema e conta com a curadoria de Rodrigo Cassio, Alyne Fratari, Vasconcelos Neto e Fabrício Cordeiro [gallery type="slideshow" size="full" ids="53223,53217,53218,53219,53220,53221,53222"] Na terça-feira, 1º de dezembro, os estudantes do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Estadual de Goiás (UEG), sob a coordenação da professora e cineasta Alyne Fratari, realizam a 7ª edição da Mostra Audiovisual da UEG. A fim de exibir os filmes realizados pelos alunos ao longo do ano, a mostra apresenta 12 filmes, sendo 5 filmes na categoria de ficção, 1 na categoria de documentário e 6 na categoria experimental, de 38 inscritos. A curadoria dos filmes que serão exibidos na Mostra é realizada pelo coordenador e professor Rodrigo Cassio Oliveira, pela cineasta e professora Alyne Fratari, por um dos idealizadores e produtores do Festival Perro Loco, o documentarista Vasconcelos Neto; e pelo crítico de cinema e editor da Revista ] Janela [, Fabrício Cordeiro. O júri da Mostra será composto pela produtora, curadora e também uma das idealizadoras do Perro Loco, Jusceni Rezende, pelo professor Sandro de Oliveira e pela idealizadora e produtora do Pirenópolis.Doc., Fabiana Assis. Além dos filmes dos alunos, a Mostra contará com filmes convidados do 5º Perro Loco – Festival de Cinema Universitário Latino Americano, iniciando-se assim uma parceria que com intuito de fortalecer e difundir o cinema universitário.  Os filmes vencedores do festival de 2015 que serão exibidos são Camila Agora (Brasil), Vailamideus (Brasil), Centella va venir (Uruguai/Cuba). Serviço 7ª Mostra Audiovisual UEG Data: 1º de dezembro, terça-feira Horário: 19h Local: Cinema Lumière do Shopping Bougainville Entrada Franca  

“Dandaras – A Força da Mulher Quilombola” tem lançamento no Antropocine

Coordenado pelo professor e antropólogo Dr. Carlos Eduardo Henning, o AntropoCine visa abrir espaço junto à sociedade a partir do cinema, para a problematização de desafios antropológicos atuais [caption id="attachment_52643" align="alignnone" width="620"]Divulgação Divulgação[/caption] Na quarta-feira, 25, o projeto AntropoCine realizará sessão especial de lançamento do documentário “Dandaras – A Força da Mulher Quilombola”. A obra tem como objetivo apresentar as trajetórias e o engajamento de mulheres quilombolas que atuam como lideranças políticas de suas comunidades e do movimento quilombola como um todo. A exibição será no mini-auditório da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás (UFG), localizado no Campus Samambaia. A mestranda em Antropologia Social pela Universidade de Brasília (UnB), Ana Carolina Fernandes, e a também mestranda em Antropologia pela UFG, Amaralina Fernandes, ambas realizadoras do filme, estarão presentes no evento. Também participará como comentadora uma das protagonistas da obra, Maria Aparecida,  “Tuquinha”, que também é liderança quilombola da comunidade Chacrinha dos Pretos, de Belo Vale, em Minas Gerais. Os quilombos são organizações sociais surgidas entre os séculos XVI e XIX como forma de união e resistência, especialmente do povo negro, no contexto da escravidão. Em 1988, com a nova Constituição Federal, os moradores dos quilombos passam a ser reconhecidos como quilombolas, com direito ao “pleno exercício de direitos culturais” e a posse de seus territórios historicamente ocupados. Quilombola é uma categoria étnico-política baseada na autodefinição. A relação que estes povos estabelecem com o território, o parentesco, a memória e a ancestralidade lhes conferem tradições e práticas culturais específicas. Projeto de extensão, vinculado Programa de pós-graduação em Antropologia Social da UFG, o AntropoCine é coordenado pelo professor e antropólogo Dr. Carlos Eduardo Henning e visa abrir espaço junto à sociedade, a partir do cinema, para a problematização de desafios antropológicos atuais, com novas perspectivas sobre o mundo. Serviço Antropocine com lançamento do documentário “Dandaras – A força da mulher quilombola” Data: 25 de novembro Horário: 17h40 Local: Mini-auditório da Faculdade de Letras da UFG Entrada gratuita

Seis filmes goianos participam do 8º Curta Taquary, em Pernambuco

“A Caça”, “O Dia Secreto”, “Enquanto a Família Dorme”, “Não Perturbe”, “Água” e “A Pedra” são os títulos selecionados para o festival [gallery size="full" type="slideshow" ids="52095,52096,52097,52098"] Considerado umas das principais vitrines de curtas-metragens do Brasil, o Festival Internacional de Curta-Metragem de Taquary irá exibir seis filmes goianos durante a edição 2015. Todos os filmes serão exibidos em mostras paralelas. Dentre eles, destaque para “A Caça”, de Thiago Camargo, e “O Dia Secreto”, de Benedito Ferreira, que participam da mostra Curta à Meia Noite. Na mostra Curtas Fantásticos serão apresentados as ficções “Enquanto a Família Dorme”, de Getúlio Ribeiro, e “Não Perturbe”, de Matheus Medeiros. O documentário “Água”, de Cristiano Sousa, terá espaço na mostra Infanto-Juvenil. Já na mostra Olhar Feminino será exibida a ficção “A Pedra”, de Adriana Rodrigues. Em sua 8ª edição, o  Curta Taquary será realizado entre os dias 23 e 27 de novembro, em Taquaritinga do Norte, no Pernambuco. Nesta edição, o festival exibirá 165 filmes de 17 estados brasileiros e 25 países. Curta Taquary conta com três mostras competitivas e 12 mostras paralelas, além de oficinas, seminários e palestras. Os homenageados são a atriz e produtora paulista Gilda Nomacce (também homenageado no Goiânia Mostra Curtas de 2015) e o diretor e roteirista pernambucano Camilo Cavalcanti. Todas as atividades do festival são gratuitas. Festival Idealizado por Alexandre Soares, diretor e curador do festival, o Curta Taquary teve início em 2005. Reúne artistas, ativistas e amantes da sétima arte em Taquaritinga do Norte, no agreste pernambucano, a fim de apresentar uma grande diversidade de curtas-metragens nacionais e internacionais ao público da região. Desde sua primeira edição, o festival já apresentou mais de mil curtas para mais de 25 mil pessoas. O projeto tem incentivo/patrocínio da Funcultura, do Governo do Estado de Pernambuco, Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco. Serviço Curtas Goianos no 8° Curta Taquary Data: De 23 a 27 de novembro de 2015 Onde: Taquaritinga do Norte (PE) Mais informações: www.curtataquary.com

Projeto Antropocine exibe o filme “Jaguar” no Cine UFG

Após a exibição do filme, o professor da Faculdade de Artes Visuais da UFG, Samuel de Jesus, realiza um bate-papo sobre a produção

“Corumbiara”, o primeiro documentário exibido pelo Antropocine

Coordenado pelo professor e antropólogo Dr. Carlos Eduardo Henning, o projeto visa abrir espaço junto à sociedade, a partir do cinema, para a problematização de desafios antropológicos atuais A fim de estimular debates e reflexões críticas sobre importantes temas contemporâneos abordados pelo cinema, o projeto de extensão Antropocine, ligado ao programa de pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Goiás (PPGAS/UFG), realiza na quarta-feira, 21, a sua primeira edição. Na ocasião, será exibido o documentário “Corumbiara”, de 2009, dirigido por Vincent Carelli. O documentário questiona o massacre indígena ocorrido em 1985 no sul do estado de Rondônia, em um selvagem processo de apropriação de terra na Amazônia. Recém-criado, o projeto Antropocine, coordenado pelo professor e antropólogo Dr. Carlos Eduardo Henning, visa abrir espaço junto à sociedade, a partir do cinema, para a problematização de desafios antropológicos atuais, com novas perspectivas sobre o mundo. Dentre os temas envolvidos encontram-se questões indígenas, relações raciais e racismo, homofobia e violências de gênero. A ideia é seja realizado quinzenalmente. Aberta ao público, a exibição será realizada às 17h30, no mini-auditório da Faculdade de Letras da UFG, localizado no Campus Samambaia. Após a exibição, a obra será comentada pela antropóloga e professora Maria Luiza Rodrigues Souza. Também estará presente, na edição, o indigenista da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Santos, que fez parte do filme. Aos interessados, haverá entrega de certificados.   Serviço Antropocine – exibição de “Corumbiara” e bate-papo sobre o documentário Data: 21 de outubro (quarta-feira) Horário: 17h30 Local: mini-auditório da Faculdade de Letras da UFG – Campus Samambaia Entrada gratuita

Johnny Hooker fecha em alto tom a noite de abertura do Goiânia Mostra Curtas

A programação da 15ª edição do evento segue até o domingo, 11, com exibição de mais de 100 curtas-metragens [gallery type="slideshow" size="full" ids="47739,47741"] Yago Rodrigues Alvim Na noite da terça-feira, 6, teve início a 15ª edição do Goiânia Mostra Curtas. Ao dar as boas-vindas ao público, que lotou o Teatro Goiânia, a idealizadora do projeto, Maria Abdalla, comemorou a jornada do festival que, além de ser muito querido por muitos cineastas e público de todo Brasil e de fazer parte do calendário nacional de festivais, é umas das mais importantes vitrines do gênero cinematográfico. Não só, Abdalla também felicitou o atual momento que o audiovisual vive, pois, ainda que muito tenha a ser feito, muito já se conquistou; como exemplos, o acesso à tecnologia tem democratizado a produção e a existência cada vez maior de festivais e mostras que têm incentivado e valorizado o cinema/a profissão. [caption id="attachment_47740" align="alignright" width="300"]Foto: Reprodução Foto: Reprodução[/caption] Como parte da programação, foi realizado, primeiramente, uma homenagem a atriz Gilda Nomance, que já atuou em mais de 50 produções audiovisuais. A atriz, lisonjeada pelo prêmio, esteve presente na exibição do curta “Jibóia”, de Rafael Lessa, em que ela atua, e contou que a história de Grace Kelly virará, em breve, um longa-metragem. Com classificação indicativa de 18 anos, o curta tirou do público muitos “Ahhh!”, graças a momentos de muita tensão e sustos. O roteiro, muitíssimo bem-amarrado, conta sobre uma cabelereira da Rua Augusta, em Sampa, que, consumida pelo desejo, finge ser mãe de sua amante de 14 anos. Na trama, a menina coloca em prova o amor da cabelereira Aurora, personagem de Gilda, e a leva a um momento ápice de ciúme. Ainda em homenagem, foi exibido o curta “Rap, o Canto da Ceilândia” em prestígio ao Coletivo de Cinema de Ceilândia. O documentário narra a labuta de rappers da Ceilândia que, além de contarem a dificuldade da profissão, tanto pela valorização praticamente inexistente, quanto pelo altíssimo preconceito, mostraram a segregação entre os brasilienses e ceilandenses, que os leva a dizerem “Sou da Ceilândia, não de Brasília”. No curta, o momento ápice é quando um dos rappers embala rimas que terminam na frase “sub-raça é a puta que o pariu”, o que tirou aplausos do público. Em homenagem póstuma a Shell Jr., os convidados, junto de Abdalla, se emocionaram ao lembrarem a jornada que o cenógrafo e diretor de arte viveu ao lado da idealizadora do Mostra Curtas, sendo lembrado até como “irmão de Abdalla”. Na fala, destacaram a necessidade de pessoas que acreditem no audiovisual e que valorizem a produção, circulação, existência de mais mostras e festivais, afinal o cinema é/mostra a cultura de um lugar. [caption id="attachment_47742" align="alignleft" width="300"]Compositor, ator e diretor de cinema, o pernambucano Johnny Hooker brincou "Mostra Curtas debutando com Hooker" Foto: Reprodução[/caption] Por fim, subiu aos palcos o cantor pernambucano Johnny Hooker, livrando toda a plateia da ansiedade por escutar suas canções. Acompanhado de violão e percuteria, Hooker reluziu, com seus paetês, na tela que exibia suas produções audiovisuais/clipes. Abriu o show com o single “Vou fazer uma macumba pra te amarrar, maldito!” e não deixou de fora, do curto setlist, as canções que mais marcam sua recente carreira. Teve “Amor Marginal”, "Alma Sebosa", “Segunda Chance” e “Volta”, músicas que foram bem acompanhadas dos presentes, que cantavam seus refrãos e aplaudiam, calorosamente, Hooker, na espera que o cantor regresse para um show todo seu e, de preferência, livre das cadeiras. Pois, Hooker está longe de um cantor que te deixa parado. O bom mesmo é dança-lo.

Enquanto a Família Dorme estreia neste sábado no Goiânia Ouro

Produção de Getúlio Ribeiro foi uma das grandes vencedora da mostra ABD do Fica de 2015, faturando os prêmios de Melhor Ficção, Melhor Ator e Melhor Montagem

“Bruce Baillie e a Canyon Cinema”, “Transgressões Queer” e “Underground Mines” no II Fronteira

A partir de quinta-feira o festival de filme documentário e experimental, II Fronteira, traz a Goiânia produções inéditas no Brasil do cineasta Bruce Baillie e da Canyon Cinema [caption id="attachment_43912" align="alignnone" width="620"]Reprodução Reprodução[/caption] O Festival Internacional do Filme Documentário e Experimental, II Fronteira, encerra a semana com duas mostras especiais: “Transgressões Queer” e “Underground Mines: Tons do Espectro se Elevam para o Olhar”, além da aguardada retrospectiva  “Bruce Baillie e a Canyon Cinema”, que exibe, pela primeira vez no Brasil, parte da obra de Baillie e da Canyon Cinema em cópias 16mm, restauradas e únicas. A retrospectiva homenageia um dos mais renomados cineastas da vanguarda norte americana, Bruce Baillie, e seu trabalho como fundador da Canyon Cinema, uma das maiores e mais importantes distribuidoras de cinema experimental e avant-garde do mundo. Para Toni D’Angela, um dos curadores do II Fronteira, “a câmera de Baillie abre mundos de imagens microscópicas, residuais, abre os esconderijos do olho. Baillie coloca sua visão sobre os aspectos de maior dimensão, a caminho da extinção, sobre o mundo que está por se esvair”. A retrospectiva “Bruce Baillie e a Canyon Cinema” trará filmes essenciais da carreira do cineasta, entre eles suas obras primas seminais Quixote (1965), Castro Street (1966) e Quick Billy (1971), exibidos na quinta e sexta-feira, 27 e 28, no Cine Goiânia Ouro. A mostra engloba ainda trabalhos que costuram a história da Canyon, desde seu surgimento em 1961 até os dias atuais, representados por produções de James Broughton, Stan Brakhage, Robert Nelson, Paul Sharitis, Larry Gottheim, Bill Brand, Peter Hutton, Eve Heller e Nathaniel Dorsky, exibidos ao ar livre, na sexta-feira, 29, no Beco da Codorna (fundos do Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro), que foi recentemente revitalizado pela Associação de Grafiteiros de Goiânia. “A maneira como ele se coloca diante dos seus filmes, dos seus trabalhos dentro da Canyon enquanto distribuidora, as relações que ele cria no cinema experimental americano, são um trabalho de resistência muito forte. São filmes que desafiam uma série de amarras narrativas e clichês de certo senso comum que o cinema acabou se tornando. Eu acredito que as vanguardas tenham muito esse papel de contestar e de desafiar, de romper limites com a linguagem e com o próprio aparato tecnológico do cinema”, define Rafael Parrode, curador e diretor artístico do Fronteira. Transgressões Queer Com curadoria de Rafael Parrode, um dos idealizadores do Fronteira, e Ewerton Belico curador do Festival Internacional de Curtas-Metragem de Belo Horizonte e professor da Escola Livre de Cinema da capital mineira, a mostra “Transgressões Queer” traz, na sexta-feira, 28, às 22h, três filmes que sacodem, que abrem à força o campo do visível e extravasam códigos: “The Innocentes”, de Jean Paul Kelly; “Como Era Gostoso Meu Cafuçu”, de Rodrigo de Almeida; e “Nova Dubai”, de Gustavo Vinagre. “Queer” pode ser traduzido como algo estranho, excêntrico, raro, extraordinário. Entretanto, a expressão é utilizada pejorativamente para designar homens e mulheres homossexuais, reiterando um posicionamento homofóbico e discriminatório. Por isso mesmo, é um termo utilizado e assumido por uma vertente dos movimentos homossexuais para reforçar sua perspectiva de oposição e contestação à heteronormatividade da sociedade. “Queer” representa a diferença que não quer ser aceita ou tolerada, traz uma conotação transgressiva e perturbadora. Levando em conta o posicionamento político e os ideais que carregam o termo “Queer”, a mostra “Transgressões Queer” traz à tona trabalhos que tratam abertamente de reflexões acerca do mundo particular homossexual, suas ideias, suas implicações e complicações. Os brasileiros do Coletivo Surto & Deslumbramento, o realizador e argumentista carioca, radicado em São Paulo, Gustavo Vinagre e o canadense Jean Paul Kelly apresentam obras de transgressões violentas, poéticas e bem-humoradas. Mostra Underground Mines Recebendo com exclusividade no Brasil a turnê sul-americana de exibição e pesquisa do “Media City Film Festival”, pioneiro na transposição de fronteiras por atuar dos dois lados de um limiar internacional (EUA e Canadá), a “Underground Mines – Tons do Espectro se Elevam para o Olhar” traz curtas de cineastas canadenses, com o intuito de promover um intercâmbio de experiências com os cineastas sul-americanos. O programa é composto por filmes que buscam evidenciar a riqueza e diversidade da produção cinematográfica independente no Canadá. A mostra tem curadoria de Oona Mosna, Diretora de Programação do “Media City Film Festival” e organizadora de sessões em importantes festivais em todo o mundo. Mosna é ainda editora da “Nicky Hamlyn: Film Works”, a única publicação dedicada aos filmes do artista canadense conceitual Iain Baxter& e fundadora do “Mobile Frames”, programa de residência para cooperação transfronteiriça dedicado exclusivamente a apoiar a criação de novas obras por cineastas análogos. A Underground Mines acontece no último sábado do festival, 29 de agosto, em dois locais diferentes: a primeira parte, com filmes em 16mm é exibida no Cine Goiânia Ouro. Ocupando o centro da cidade, público e convidados caminham até a Praça Cívica, mas precisamente para o Cine Cultura, onde assistirem os filmes em 35mm. Após a exibição dos filmes o festival promove um debate com os artistas canadenses que integram a mostra. Serviço Retrospectiva Bruce Baillie & Canyon Cinema Data: 27, 28 e 29 de agosto Horário: 21h (quinta), 15h (sexta) e 14h (sábado) Local: Cine Goiânia Ouro (Sessão comentada com Patrícia Mourão. Mediação de Rafael Parrode.) Bruce Baillie & Canyon Cinema (Exibição Ao Ar Livre) Data: 28 de agosto Horário: 20h Local: Beco Da Codorna Transgressões Queer Data: 28 de agosto Horário: 22h Local: Cine Goiânia Ouro Underground Mines: Tons Do Espectro Se Elevam Para O Olhar Data: 29 de agosto Horário: 16h (Parte 1) Local: Cine Goiânia Ouro Horário: 17h (Parte 2) Local: Cine Cultura

Para o Cinquentão Tom Cruise, nenhuma missão é impossível em Nação Secreta

Quinto filme da franquia combina uma trama articulada com cenas de ação de tirar o fôlego [caption id="attachment_43904" align="alignnone" width="620"]missão-impossivel-5 Reprodução[/caption] Frederico Vitor Ele não parece conhecer limites. Para materializar a cena que serve como cartão de visitas do filme, Tom Cruise, com mais de 50 anos, dispensou o dublê e dependurou do lado de fora do enorme avião cargueiro Airbus A400, em plena decolagem. Logo de cara, o expectador nota que esta etapa da franquia não está para brincadeira, dado o realismo alcançado graças ao esforço arriscado do ator que estrela pela quinta vez a bem-sucedida franquia de ação. “Missão: Impossível – Nação Secreta” consegue se aproximar da trama envolvente de “Missão Impossível” (1996), o primeiro da série e dirigido por Brian De Palma. Porém peca por cometer os mesmos erros de “M:I-II”, do diretor chinês John Woo, que apela para exaustivas lutas coreografadas e tomadas de câmeras que remetem a um vídeo clip. Neste, pelo menos a vilania teve brilho e destaque, como foi em “Missão Impossível III”, em que o magistral e saudoso ator Philip Seymour Hoffman (achado morto em seu apartamento em Nova York em 2014), deixou sua marca ao viver um dos mais mordazes antagonistas da série. Em Nação Secreta, a franquia volta a Londres, a capital mundial da espionagem. O agente Ethan Hunt, interpretado por Cruise, precisa correr contra o relógio para salvar sua agência – Impossible Missions Force (IMF), em inglês, que significa Força de Missões Impossíveis. O organismo secreto do governo americano corre o risco de ser absorvida pela CIA, em razão de suas últimas espetaculares ações, como a explosão do Kremlin, em Moscou, sede do governo russo. O feito desagradou os burocratas de Washington, que querem o fim da agência. Ethan Hunt, agora um foragido da estrutura de espionagem americana, a princípio age sozinho para provar a existência de um esquadrão formado por ex-agentes secretos renegados de várias centrais de inteligência ao redor do mundo. O grupo, conhecido como Sindicato, na realidade é uma anti-IMF, ou seja, seus integrantes são treinados nas mesmas técnicas que moldaram o super espião vivido por Cruise. Agindo nas sombras e sempre com o saldo de dezenas de vidas inocentes, o Sindicato é liderado por Solomon Lane, interpretado pelo excelente ator britânico Sean Herris. O personagem é um perturbado ex-agente do MI-6 (famoso serviço secreto inglês, o mesmo de James Bond), que arquiteta e executa eventos sinistros pelo mundo, em razão de interesses escusos. Nesta caçada ao temível Sindicato, Hunt não estará sozinho. O herói terá a companhia da agente MI-6 Ilsa Faust, vivida pela magnífica e deslumbrante atriz sueca Rebecca Ferguson. A espiã, uma beldade fatal que sabe lutar, atirar e pilotar motocicletas esportivas, consegue o feito de puxar a atenção do espectador que põe em cheque sua lealdade. Paira sobre sua personagem a desconfiança se ela é ou não uma agente dupla; ou seja, uma integrante sem escrúpulos da gangue de Solomon Lane que se aproxima de Hunt e de sua equipe para sabotá-los. O ator Simon Pegg mais uma vez se encarrega da parte cômica do longa, com seu personagem Benji Dun, o assistente desajeitado de Hunt. Jeremy Renner volta à franquia, mas desta vez, ao contrário de “M: IV – Protocolo Fantasma”, seu personagem (agente William Brandt) é encarregado da parte burocrática, isto é, precisa proteger a existência do IMF junto às Comissões do Senado americano. O filme tem locações em Rabat (Marrocos), Viena (Áustria) e Londres (Inglaterra). Se os efeitos especiais em nada deixam a desejar, o mesmo não pode dizer do roteiro, apesar da trama ser original e muito bem trabalhada. O excesso de reviravoltas e as piadas sem graça e fora de hora são os pontos falhos do longa. Contudo o diretor Christopher McQuarrie (que trabalhou com Cruise em “Jack Reacher”) acertou a mão em legar a esta etapa da franquia um clima mais sombrio – afinal se é um embate de agentes secretos, nada mais justo que a batalha ocorra nas sombras e nas surdinas. No mesmo ano em que será lançado o 24ª filme da franquia James Bond, em 007 – Contra Spectre, Cruise saiu na frente e agraciou os cinéfilos aficionados pelo tema de espionagem com o seu ótimo “Missão: Impossível – Nação Secreta”. As comparações serão inevitáveis, porém cada qual com seu espaço e simbolismo. Para quem aprecia um filme de ação bem feito e bem produzido, esta é a chance.

“Francis Ford Coppola: O Cronista Da América” no CCBB e Cine Brasília

[caption id="attachment_39412" align="alignnone" width="620"]Reprodução Reprodução[/caption] Em homenagem ao premiado cineasta Francis Ford Coppola, o Centro Cultural Banco do Brasil e o Cine Brasília exibem a mostra de cinema “Francis Ford Coppola: O Cronista Da América”. Em cartaz desde o dia 25 de junho, a mostra continua em cartaz até 20 de julho. São 25 longas dirigidos pelo cineasta e mais dois documentários biográficos. No CCBB, os ingressos custam R$ 4, a inteira, e R$ 2, a meia-entrada; já no Cine Brasília, todos pagam o valor da meia, R$ 6. Os títulos estão sendo exibidos em 35 mm, DCP e em formato digital, comuns às diferentes fases de Coppola. Conhecido como o expoente da geração “New Hollywood”, que valoriza o cinema de autor nos EUA, o diretor foi indicado 14 vezes ao Oscar e venceu em cinco delas; também já foi premiado quatro vezes em Cannes, com duas Palmas de Ouro, Globos de Ouro e Camera Berlinale.