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O homem que peitou Adolf Hitler

Winston Churchill, o homem mais importante do século 20, ajudou o mundo a ser o que é, ao criar estratégias de combate contra as forças nazistas; o filme “O Destino de uma Nação” mostra isso muito bem

Berlim distribui seus Ursos de Ouro e de Prata

Relação de todos os Ursos e demais prêmios distribuídos pelo Festival Internacional de Cinema em Berlim

Oscar 2018 – “A Forma da Água”, “Dunkirk” e Meryl Streep

A edição de número 90 da maior festa do cinema deu seu pontapé inicial hoje com as indicações em 24 categorias, sem surpresas, com destaque para Meryl Streep, lembrada pela 21ª vez, e o filme de Guillermo del Toro, recordista do ano [caption id="attachment_115393" align="alignnone" width="620"] Em “A Forma da Água”, Sally Hawkins faz Elisa Esposito, que tenta salvar uma criatura fantástica de laboratório, explorada como cobaia do governo americano | Foto: Divulgação[/caption] A atriz Meryl Streep e os filmes “A Forma da Água” e “Dunkirk” são destaques do Oscar 2018, cujas indicações foram divulgadas hoje pela Academia, em Los Angeles. O Brasileiro Carlos Saldanha concorre ao Oscar de Melhor Animação, com o filme “O Touro Ferdinando”, história adaptada de um clássico da literatura americana infantil sobre um touro que cresceu preferindo cheirar flores a dar chifradas e cabeçadas. Meryl Streep concorre ao Oscar pela 21ª vez, e já ganhou três estatuetas, ficando atrás, em temos de vitória, apenas de Katharine Hepburn (1907-2003), que faturou quatro Oscar ao longo de sua carreira. Este ano, “Her”, como é chamada em tom de rever6encia pelos colegas, concorre como Melhor Atriz no filme “The Post - A Guerra Secreta”, dirigido por Steven Spielberg, que não foi lembrado pela Academia. “A Forma da Água”, filme escrito e dirigido pelo mexicano Guillermo del Toro, bateu o recorde de indicações do ano no Oscar, sendo lembrado 13 vezes. Sua história gira em torno de uma mulher muda (Sally Hawkins), que tenta salvar uma criatura fantástica de laboratório, que está sendo maltratada e servindo de experiência por uma base secreta do governo americano, na década de 1960 (plena Guerra Fria). Del Toro venceu o Globo de Ouro deste ano como Melhor Diretor, e pode fazer a dobradinha com o Oscar, pois foi indicado nesta categoria, tal como seus outros dois conterrâneas, Alfonso Cuarón (Gravidade, 2014) e Alejandro González Iñárritu (O Regresso, 2016), que venceram os dois prêmios na sequência. “Dunkirk”, com oito indicações, incluindo a de Melhor Filme, narra o drama dos soldados britânicos encurralados no Porto de Dunkirk, na França, na Segunda Guerra Mundial, salvos pela Operação Dínamo, coordenada pelo primeiro-ministro britânico Winston Churchill, e executada por marinheiros civis em barcos pequenos, com a retaguarda de uns poucos aviões da força aérea. O filme de Nolan privilegia as articulações em massa e os mecanismos estratégicos, sendo vistos em tomadas abertas em belas cenas aéreas, e planos fechados visando detalhes de cenografia, com poucos diálogos, e atuações colocadas em segundo lugar no escopo do roteiro. Nolan parece amar composição de cenários e olhar pela câmera, mas detestar os atores e roteiros tradicionais. O roteiro de “Dunkirk” é sofisticado, e sua direção é a de alguém muito íntimo das artes plásticas, das instalações. “Dunkirk” é um filme maravilhoso, mas não é para quem gosta de ver os personagens protagonizando uma história. O brasileiro Carlos Saldanha, que dirige "O Touro Ferdinando", já concorreu com “A Aventura Perdida de Scrat”, em 2004, como Melhor Curta em Animação, que daria origem aos filmes “A Era do Gelo”. Em 2015, seu filme de animação “Rio” concorreu ao Oscar na categoria Melhor Canção Original, com “Real in Rio” (Sergio Mendes), que perdeu para o único concorrente “Man or Muppet”, da animação “Os Muppets” A Academy Awards, que administra a premiação do Oscar, premia filmes em 24 categorias. Veja abaixo a lista de indicados das principais delas. Melhor Filme “Me Chame pelo Seu Nome” Produção: Peter Spears, Luca Guadagnino, Emilie Georges, Marco Morbito e Rodrigo Teixeira (brasileiro) “Dunkirk” Produção: Emma Thomas e Christopher Nolan “Corra!” Produção: Sean McKittrick, Jason Blum, Edward H. Hamm e Jordan Peele “Lady Bird - A Hora de Voar” Produção: Eli Bush, Evelyn O’Neill e Scott Rudin “O Destino de Uma Nação” Produção: Tim Bevan, Lisa Bruce, Eric Fellner, Anthony McCarten e Douglas Urbanski “The Post - A Guerra Secreta” Produção: Amy Pascal, Steven Spielberg e Kristie Macosko Krieger “A Forma da Água” Produção: J. Miles Dale e Guillermo del Toro “Três Anúncios para um Crime” Produção: Graham Broadbent, Pete Czernin e Martin McDonagh “Trama Fantasma” Produção: Paul Thomas Anderson, Megan Ellison e JoAnne Sellar Melhor Diretor Christopher Nolan (“Dunkirk”) Jordan Peele (“Corra!”) Greta Gerwig (“Lady Bird - A Hora de Voar”) Paul Thomas Anderson (“Trama Fantasma”) Guillermo del Toro (“A Forma da Água”) Melhor Atriz Sally Hawkins (“A Forma da Água”) Frances McDormand (“Três Anúncios para um Crime”) Margot Robbie (“Eu, Tonya”) Saoirse Ronan (“Lady Bird - A Hora de Voar”) Meryl Streep (“The Post - A Guerra Secreta”) Melhor Ator Timothée Chalamet ( “Me Chame pelo Seu Nome”) Daniel Day-Lewis (“Trama Fantasma”) Daniel Kaluuya (“Corra!”) Gary Oldman (“O Destino de Uma Nação”) Denzel Washington (“Roman J Israel, Esq”) Melhor Ator Coadjuvante Willem Dafoe “Projeto Flórida” Woody Harrelson (“Três Anúncios para um Crime”) Richard Jenkins (“A Forma da Água”) Christopher Plummer (“Todo o Dinheiro do Mundo”) Sam Rockwell (“Três Anúncios para um Crime”) Melhor Atriz Coadjuvante Mary J. Blige (“Mudbound - Lágrimas Sobre o Mississipi”) Allison Janney (“Eu, Tonya”) Laurie Metcalf (“Lady Bird - A Hora de Voar”) Octavia Spencer ( “A Forma da Água”) Lesley Manville (“Trama Fantasma”) Melhor Roteiro Original Emily V. Gordon & Kumail Nanjiani (“Doentes de Amor”) Jordan Peele (“Corra!”) Greta Gerwig (“Lady Bird - A Hora de Voar”) Guillermo del Toro e Vanessa Taylor - história de Guillermo del Toro – (“A Forma da Água”) Martin McDonagh (“Três Anúncios para um Crime”) Melhor Roteiro Adaptado James Ivory (“Me Chame pelo Seu Nome”) Scott Neustadter & Michael H. Weber (“Artista do Desastre”) Scott Frank & James Mangold and Michael Green (“Logan”) Aaron Sorkin (A Grande Jogada) Virgil Williams and Dee Rees (“Mudbound - Lágrimas Sobre o Mississipi”) Melhor Animação “O Poderoso Chefinho” Produção: Ramsey Ann Naito Direção: Tom McGrath, “The Breadwinner” Prdução: Nora Twomey, Angelina Jolie (pela Jolie Pas), Anthony Leo, Tomm Moore, Paul Young Direção: Nora Twomey “Viva – A Vida é uma Festa” “Coco” Produção: Darla K. Anderson Direção: Lee Unkrich “O Touro Ferdinando” Produção: John Davis, Lisa Marie Stetler, Lori Forte e Bruce Anderson Direção: Carlos Saldanha “Com Amor, Van Gogh” Produção: Hugh Welchman, Sean Bobbitt, Ivan Mactaggart, Hugh Welchman Direção: Dorota Kobiela Melhor Longa Estrangeiro “Uma Mulher Fantástica” Sebastián Lelio (Chile) “The Insult” Ziad Doueiri (Líbano) “Loveless” Andrey Zvyagintsev (Rússia) “On Body and Soul” (Hungria) “The Square” (Suécia) Melhor Canção Original “Mystery of Love”, de Sufjan Stevens (“Me Chame pelo Seu Nome”) “Remember Me”, de Kristen Anderson-Lopez, Robert Lopez (Viva – “A Vida é uma Festa”) “This Is Me”, de Benj Pasek e Justin Paul (“O rei do Show”) “Stand Up for Something”, de Diane Warren e Lonnie R. Lynn (“Marshall”) “Mighty River”, de Mary J. Blige, Raphael Saadiq e Taura Stinson (“Mudbound - Lágrimas Sobre o Mississipi”)

“Três Anúncios para um Crime” é o grande vencedor do Globo de Ouro 2018

Diretores e atores de renome ficaram para trás, como Steven Spielberg, Meryl Streep, Tom Hanks e Ridley Scott, na primeira grande festa do cinema do ano [caption id="attachment_114329" align="alignnone" width="620"] Frances McDormand (Globo de Ouro de Melhor Atriz em 2018) contracena com Woody Harrelson, no filme “Três Anúncios para um Crime”, o grande vencedor | Foto: Divulgação[/caption] Com quatro prêmios conquistados (Melhor Filme de Drama, Melhor Ator Coadjuvante - Sam Rockwell –, Melhor Atriz – Frances McDormand –, e Melhor Roteiro – Martin McDonagh, que também dirigiu o filme), “Três Anúncios Para Um Crime” saiu-se o grande vencedor da noite na festa do Globo de Ouro 2018, em Los Angeles, Estados Unidos. O evento é realizado pela Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood. “Três Anúncios Para Um Crime” é um filme policial de humor negro que conta a história de uma mãe (Frances McDormand) em busca de justiça pelo assassinato brutal da filha. “A Forma da Água”, do mexicano Guillermo del Toro, sobre mulher que tenta salvar uma criatura fantástica de laboratório, que está sendo maltratada e servindo de experiência por uma base secreta do governo americano, na década de 1960, tinha sete indicações, e só levou dois prêmios. O filme poderia ser chamado de perdedor, não fosse a vitória de Guillermo del Toro como Melhor Diretor, além de ganhar o Prêmio de Melhor Trilha Sonora, com Alexandre Desplat. Del Toro agora faz parte de uma importantíssima trinca de diretores mexicanos que levaram o troféu do Globo de Ouro para casa. Para fechar o trio com chave de ouro, del Toro precisa fazer como seus outros dois compatriotas, Alfonso Cuarón (“Gravidade”, 2014) e Alejandro González Iñárritu (“O Regresso”, 2016), que venceriam o Oscar logo em seguida. Mas para isso, será preciso esperar até o dia 23 de janeiro para confirmar sua provável indicação, e depois vencer os concorrentes. Outro filme que merece atenção é “Lady Bird – A Hora de Voar”, que também levou dois prêmios, na categoria Musical ou Comédia: Melhor Filme e Melhor Atriz (Saoirse Ronan). Alegrias e decepções De uma lista de 22 filmes com indicações, sete foram premiados na noite de ontem. Os demais vencedores foram Gary Oldman (Melhor Ator de Drama em “O Destino de uma Nação”), James Franco (Melhor Ator de Musical ou Comédia em “Artista do Desastre”) e Allison Janney (Melhor Atriz Coadjuvante em “Eu, Tonya”). O filme “O Rei do Show” venceu na categoria Melhor Canção Original (This Is Me). Mas houve decepções sobre grandes estrelas que voltaram para casa com as mãos abanando, como Christopher Nolan (“Dunkirk”), Steven Spielberg, Meryl Streep e Tom Hanks (“The Post - A Guerra Secreta”), Ridley Scott (“Todo o Dinheiro do Mundo”), Daniel Day-Lewis (“Trama Fantasma”) e Denzel Washington (“Roman J Israel, Esq”). Outras categorias “Viva - A Vida é Uma Festa”, da Pixar, com direção de Lee Unkrich, venceu o Globo de Ouro como Melhor Animação. E o filme alemão “Em Pedaços”, dirigido por Fatih Akin, ganhou o Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, com a história de uma mulher que decide vingar a morte do marido (ex-traficante de drogas, que acabara de sair da cadeia) e do filho, mortos por um grupo de neonazistas. O evento também possui prêmios destinados aos produtos da Televisão e serviços de streaming, como séries, minisséries e filmes para TV. A apresentadora de TV, atriz, produtora e showwoman, Oprah Winfrey, de 63 anos, recebeu o Prêmio Especial Cecil B. DeMille. Em seu discurso, ela lembrou da infância pobre, da mãe que sofria violência doméstica, da influência positiva que teve ao ver Sidney Poitier ganhando o Oscar em 1964, quando ela era ainda uma menina. E dedicou o prêmio às garotinhas e mulheres que estivessem lhe assistindo naquele momento. Oprah Winfrey finalizou seu discurso falando do grande basta que vem sendo repetido contra todo tipo de violência contra a mulher, não só em relação aos casos de assédio que dobrou Hollywood no final do ano passado. “Este ano, somos a história, não só na indústria do entretenimento, mas uma história que transcende isso. Esta noite vai para as mulheres que suportaram anos de abusos e violência, porque elas, como minha mãe, tinham contas pra pagar e sonhos para correr atrás”, disse Oprah. “Histórias de violência contra as mulheres são muitas, cujos autores nunca pagaram por isso. Mas os tempos são outros. O tempo para a barbárie acabou. Time’s up”, finalizou a apresentadora, sob aplausos.

Vencedores do Globo de Ouro são anunciados nesta noite

Para os cinéfilos brasileiros, que apreciam os bons filmes de Hollywood, o charme do evento é muito mais por servir de prévia do Oscar

“Extraordinário” é um filme sobre a amizade e os fios que tecem o afeto

Dirigido pelo americano Stephen Chbosky, produção que traz o talentoso ator mirim Jacob Tremblay no papel de um garoto com deformação no rosto, mostra que amigos se fazem nas frestas do encantamento

Berlinale seleciona filmes brasileiros

Brasil tem um lugar de destaque na mostra Panorama no Festival Internacional de Cinema de Berlim

Brasil fica de fora da disputa pelo Oscar de filme estrangeiro

A última vez que o Brasil concorreu na categoria de melhor filme estrangeiro foi em 1999, com Central do Brasil

Lágrimas no escuro – o drama pungente de “Extraordinário”

Filme narra a história de uma criança com deformação no rosto que sofre bullying na escola, e tem de enfrentar a conhecida saga da falta de aceitação social [caption id="attachment_112477" align="alignnone" width="620"] Julia Roberts contracena com o pequeno Jacob Tremblay, que interpreta Auggie Pullman, garoto com deformação no rosto[/caption] Preparem os lenços. Foi o comentário anônimo que ouvi após o trailer de "Extraordinário" (2017), no escuro de uma dessas sessões de cinema. E o marketing que acompanhou todo o período de divulgação do filme se confirmou na semana passada, com a estreia em circuito nacional: muita gente fungando na penumbra. A proposta do diretor e roteirista Stephen Chbosky - de "As Vantagens de Ser Invisível" (2012) - foi tratar do bullying, um problema cada vez mais frequente nas escolas americanas (e do mundo todo). Ao escolher como protagonista o pequeno Auggie Pullman (encarnado por Jacob Tremblay e alguns quilos de maquiagem), elevou a questão ao máximo, já que o garoto apresenta o rosto deformado por complicações no nascimento. Se crianças comuns já sofrem nas mãos dos valentões, imagine um pequeno pintado com a cara do Corcunda de Notre Dame. Aliás, talvez o grande problema do longa esteja justamente nesse aspecto. Ao aproximar a sistemática da história da de uma fábula infantil, inclusive com a narração de Auggie em primeira pessoa, a produção infantiliza a visão de mundo da obra, tornando o enfrentamento da questão superficial. Se por um lado estimula o uso do lenço durante a sessão, por outro, afasta o espectador do questionamento maduro. Auggie mora com os pais - o simpático Nate (Owen Wilson) e a vibrante Isabel (Julia Roberts) - e com a irmã Via (Isabela Vidovic), que o seguraram na redoma doméstica o quanto puderam. Até que a mãe achou por bem mandá-lo à escola comum, quando a educação informal do lar começou a dar mostras de insuficiência. E é aí que o coração de todos os pais e mães da plateia começa a apertar (que eu tenha notado, não houve crianças chorando nesse filme). Armas Existem reminiscências não intencionais de "ET - o Extraterrestre" (1982) e da saga "Harry Potter" em diversas passagens do longa. A temática se aproxima bastante, já que no mundo de "Extraordinário" o sonho de Auggie é ser astronauta. Em sua pequena cabecinha, é a única maneira de conciliar o fato de não ser parte do meio, mas não ser rejeitado. Tal qual um bruxo vivendo entre mortais, ou um extraterrestre, o garoto passa a vida dentro de fantasias (literais e sociais) esperando a hora em que alguém lhe enxergará verdadeiramente, em sua essência (o filme também tem seus 'Elliots', 'Ronis', 'Hermiones' e até um 'Dumbledore' chamado 'Mr. Tushman', traduzido como 'Sr. Buzanfa'). Um grande trunfo da obra é ramificar a narrativa em determinado ponto. Quando achamos ser um filme sobre o pequeno Auggie, Chbosky mostra as cartas de outros personagens, ampliando o espectro de análise - inclusive com a mudança de narrador. Passamos a notar que, por maior que seja a piedade em relação ao garotinho protagonista, outros astros orbitam em sua volta e são diretamente afetados por ele. Lenços e lentes Cada um tem sua necessidade de ser reconhecido, aceito e valorizado autonomamente. Ao ressaltar o problema físico de Auggie quase ao ponto de justificar o bullying, Chbosky faz o contraste com seus parceiros e reforça a inutilidade dos rótulos sociais: quem é normal, afinal de contas? Não somos todos anormais, em algum ponto? Não usamos, todos, máscaras? Não fosse extremamente didático e, por vezes, pateticamente explícito (a cena do valentão levando sermão na sala do diretor beira ao ridículo), com soluções fáceis, personagens planos (todo mundo é bonzinho, exceto os maus) e uma trama característica dos mais agradáveis filmes da sessão da tarde, "Extraordinário" poderia se juntar ao time de "Precisamos Falar sobre Kevin" (2011), "Carrie - a Estranha" (1976), "Elefante" (2003) ou mesmo "Super Dark Times" (2017) como arautos de uma nova forma de pensar o bullying escolar. Afinal, é mesmo necessário colocar o problema em perspectiva - quem é que não tem aquele tio conservador, ou aquele amigo macho-man que ainda vaticina "Ah, os moleques vão crescer frescos desse jeito! No meu tempo, não tinha esse tipo de frescura" -? Independentemente do que mais possa se falar sobre o filme, não deixe de levar os lenços quando for ao cinema.

Documentário expõe Joan Didion do vigor à fragilidade

Jornalista e escritora americana tem vida e obra narradas num belo filme, que dá um tom de passagem, uma mostra do tempo como artista da vida; laudatório, mas emocionante, íntimo, mas irradiador do universo sobre o qual ela escreveu

Novo filme de Laís Bodanzky debate o papel social da mulher

"Como nossos pais" analisa as dinâmicas familiares brasileiras, em que a essencial figura feminina se vê em meio à carga brutal de afazeres e o drama da implacável falibilidade

8º Festcine Goiânia homenageia (in memoriam) documentarista Luiz Cam

[caption id="attachment_110244" align="alignnone" width="620"] Lourival Belém Jr (e) e Luiz Cam: amigos desde a adolescência, parceiros da vida toda, dois dos criadores do Cineclube Antônio das Mortes | Foto: Guaralice Paulista[/caption] O cineasta e arquiteto goianiense Luiz Cam terá homenagem póstuma no 8º Festcine Goiânia 2017, entre os dias 18 e 21 de novembro, no Cine Goiânia Ouro, na Rua 3, 1016. Cam, que faleceu de câncer em junho de 2015, aos 52 anos, deixou dois documentários de curta-metragem assinados na direção, no roteiro e na montagem, “As margens da Vila Roriz” (2002) e “Desterro” (2004). Além disso, ele assina produção, roteiro, montagem, direção de arte e de fotografia em uma série de filmes de outros diretores, como Lourival Belém Jr, médico psiquiatra e documentarista, seu amigo desde a adolescência, parceiros da vida toda, dois dos criadores do Cineclube Antônio das Mortes. Lourival Belém Jr é convidado especial do festival. Seus filmes também ficarão em cartaz nesses quatro dias de mostra, demonstrando a simbiose indefectível das obras dos dois amigos. Entre os destaques do cinema de Belém Jr estão “As cidadelas invisíveis” (2001), “Imagens da cidade dos homens” (2005) e “Recordações de um presídio de meninos” (2009). Organizado pela Prefeitura de Goiânia, a edição especial do 8º Festcine Goiânia, que terá duração de seis meses, começou no dia 18 de julho e vai até 15 de dezembro. Programação Dia 18 (às 20 horas – cerimônia de abertura) l “Desterro” (direção de Luiz Cam) l “As margens da Vila Roriz” (direção de Luiz Cam) l “Quinta essência” (direção de Lourival Belém Jr e Ronaldo Araújo) Dia 19 (às 20 horas): l “Recordações de um presídio de meninos” (direção de Lourival Belém Jr) l “As cidadelas invisíveis” (direção de Lourival Belém) l “Desterro” (direção de Luiz Cam) Dia 20 (às 20 horas): l “Concerto da cidade” (direção de Lourival Belém Jr) l “Imagens da cidade dos homens” (direção de Lourival Belém Jr) l “As margens da Vila Roriz” (direção de Luiz Cam) Dia 21 (às 20 horas – cerimônia de encerramento) l “Autonomia” (direção de Lourival Belém Jr) l “Dois nove cinco ponto cinco” (direção de Lourival Belém Jr e Ronaldo Araújo) l “Dedo de Deus” (direção de Lourival Belém Jr e Márcio Gomes Belém) l “Desterro” (direção de Luiz Cam)

Filme terá sessão gratuita e adaptada a quem tem distúrbios sensoriais

Junção de cinema com acessibilidade produz cidadania e cultura; programa ligado ao governo federal leva crianças para ver As Aventuras do Capitão Cueca

Filme Goiano é o maior vencedor de festival com filmes produzidos em 24 horas

Festival aconteceu neste fim de semana em Goiânia. Veja lista de premiados

“Blade Runner 2049” e a pedância dos entendidos de cinema que comentam na internet

Um filme até pode “não ser para todos os gostos”, mas essa não pode ser sua ambição original, sob pena de ter que sofrer as consequências por tal opção alternativa, que pode ser genuína, mas raramente fica bem em um blockbuster