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Ex-reitor da UFG diz que não descarta possibilidade de concorrer. Acredita que intenção de fortalecer o PT em Goiânia é legitima

Com a intenção de se lançar à disputa nas próximas eleições, partido precisa primeiro organizar-se internamente, pois possui membros com posições políticas muito diferentes. É o caso do vereador Lúcio Campelo

Cinco nomes são cotados para disputar a Prefeitura de Aparecida de Goiânia. O prefeito Maguito Vilela (PMDB) tem dito que, se chover água ou canivete, não fará a menor diferença: vai bancar seu secretário de Governo, o economista Euler Morais, doutor em economia pela Universidade de Lancaster, na Inglaterra, para sucedê-lo. O peemedebista-chefe tem comentado que sabe que seu pupilo vai sair atrás nas pesquisas, mas que tende a crescer de maneira consistente e ganhar as eleições. Ozair José, do PT, ambiciona o apoio de Maguito e acredita que, na marca do pênalti, ainda o obterá. Quem conhece o prefeito sabe que vai bancar Euler Morais e é incontornável. Ele tem frisado que precisa apoiar um gestor que vai dar continuidade ao que fez e está fazendo em Aparecida. Mesmo sem o apoio de Maguito, Ozair sugere que vai disputar. Seu problema não é o PT em si, mas o vereador Helvecino Moura, que o elegeu como “inimigo” interno. O petista histórico, várias vezes vereador, só fala mal de Ozair em três turnos — de manhã, à tarde e à noite. De madrugada, descansa a língua para usá-lo, como se fosse chicote, no dia seguinte. Aliados de Ozair menosprezam Helvecino, chamando-o de “provinciano” e “limitado”. Porém, se não disputar pelo PT, Ozair não vai se fazer de rogado. Vai deixar o partido. O PSD, o PSB e PSDB sonham com seu passe. Se sair do PT, Ozair vira candidato no dia seguinte. Hoje, está filiado ao PT, mas, para o petismo de Aparecida, não se trata de petista de carteirinha. É uma espécie de petista honorário e sempre prestes a sair. Mas políticos como Olavo Noleto e Rubens Otoni têm simpatia pelo “quase-petista”. Avaliam que tem consistência eleitoral. O PSDB, se não conseguir conquistar Ozair, seu principal objeto de desejo, vai bancar Tatá Teixeira. Mas o ex-vereador pode ser vetado por João Campos, que não tem entusiasmo por sua militância. Outro nome que pode ser bancado pelo tucanato é o coronel Benedito, comandante da Polícia Militar, que tem uma imagem positiva no município. O deputado estadual Marlúcio Pereira, um outsider, pode ser o candidato do PTB. Ele está otimista. Acredita que, sem Maguito Vilela no páreo, todos se tornam japoneses e que é o mais popular e o que mais tem identidade com os moradores de Aparecida.
O vereador Anselmo Pereira (PSDB) trabalha, em tempo integral, para ser vice do possível candidato do PSDB a prefeito de Goiânia, Jayme Rincón. Presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Anselmo Pereira, embora admita que o deputado estadual Francisco Júnior saiu na frente, afirma que vai colocar seu bloco na rua.

[caption id="attachment_28104" align="alignright" width="620"] Paulo Garcia, prefeito, e Adriana Accorsi, deputada: o petista pode bancá-la para prefeita ou vice de Iris Rezende Machado[/caption]
O Jornal Opção ouviu cinco petistas que militam basicamente na capital e perguntou: “Qual é a possibilidade de o PT compor com o PMDB na disputa pela Prefeitura de Goiânia em 2016?” Todos deram uma resposta padrão, que pode ser sintetizada assim: “Se Iris Rezende for o candidato do PMDB, o PT dificilmente vai lançar candidato a prefeito de Goiânia”.
Os petistas dizem que têm ouvido que, entre abril e junho de 2016, o PMDB pretende romper a aliança com o PT, para não ser responsabilizado pelo desgaste do prefeito petista Paulo Garcia. “A questão é que um prefeito não tem apenas desgaste, e há a chance de recuperar a imagem, como fez Marconi Perillo em termos de Goiás. Um prefeito de uma capital conta com uma estrutura poderosa e subestimá-lo pode ser um erro tático-político”, afirma um petista.
Um ex-deputado postula: “O PMDB e o PT são uma coisa só em Goiânia. Depois de tanto tempo juntos, quem tentar dissociá-los acabará se ‘queimando’”. Um ex-candidato a deputado frisa: “Não se pode dizer nada com certeza, pois a eleição ocorrerá daqui a um ano e oito meses, mas a chapa dos sonhos dos dois partidos é Iris para prefeito, com uma vice do PT, Adriana Accorsi. Se não for possível, a chapa dos sonhos do petismo, o de Goiânia, é a deputada Adriana Accorsi para prefeita, com um vice do PMDB, Bruno Peixoto ou Agenor Mariano. Ou qualquer um, desde que indicado por Iris”.
Um deputado petista é peremptório: “Sem o PMDB, o PT pode dizer adeus à Prefeitura de Goiânia. Está cristalizando no imaginário do goianiense que o PT administra mal a capital. Porém, sem o PT, o PMDB não será páreo para o candidato do governo do Estado, que vem com força total”. O parlamentar recomenda: “O PMDB, para disputar em igualdade de condições com um candidato consistente como Jayme Rincón, que tem fama de gestor competente, arrojado e antiburocracia, vai precisar da máquina do PT”.

Baixa popularidade do prefeito Paulo Garcia, rejeição ao partido e rompimento com PMDB podem atrapalhar candidatura da base
Conta-se, nos bastidores, que Iris Rezende, espertamente, criou dois grupos no PMDB. Um para incensar e outro para bater no prefeito Paulo Garcia (PT). O grupo de peemedebistas que incensa o líder do paulo-garcismo quer, única e exclusivamente, manter os cargos e os nacos de poder na Prefeitura de Goiânia. Já o grupo que bate em Paulo Garcia tem como objetivo sugerir, com vistas a disputa de 2016, que o PMDB não era assim tão chegado no desgastado prefeito.

Segundo o advogado eleitoral Dyogo Crosara, a legislação não permite o terceiro mandato de um mesmo grupo familiar no território de jurisdição do titular. Como o pai, Maguito, é prefeito reeleito de Aparecida, não há problemas na candidatura do filho na capital

Mabel participou ativamente da campanha de Iris Rezende, tendo dedicado grande parte de seu tempo para tentar eleger o peemedebista que concorria com o governador reeleito Marconi Perillo. "Vou participar da política, mas já não sou candidato de nada"
[caption id="attachment_19666" align="alignleft" width="620"] Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O deputado Sandro Mabel (PMDB) informou em um almoço no ano passado que não disputaria as eleições deste ano porque sua intenção era pleitear a Prefeitura de Goiânia em 2016. Depois dessa disputa de 2014, a conversa mudou. Em entrevista ao Jornal Opção Online, sobre os planos de se candidatar em 2016, Mabel respondeu categoricamente: "Olha, eu me aposentei. Não vou mais me candidatar a nada", disse.
Mabel participou ativamente da campanha de Iris Rezende, tendo dedicado grande parte de seu tempo para tentar eleger o peemedebista que concorria com o governador reeleito Marconi Perillo (PSDB). "Vou participar da política, mas já não sou candidato de nada", garantiu.
Questionado sobre os planos do PMDB para 2016 e a possibilidade de Iris ser lançado para o cargo de prefeito -- algo que já foi comentado por Ronaldo Caiado (DEM), que disse que apoiará o peemedebista daqui a dois anos --, Sandro Mabel disse que isso é tudo especulação, e que essas possibilidades devem estar em uma conversa do PMDB.
"Eu não acho nada, não sei de nada, não tenho nenhum palpite pessoal", sustentou, completando que se Iris decidir, eles conversarão a esse respeito. "Quando for a hora, falaremos sobre isso", disse, elogiando Iris Rezende e afirmando que se trata de um líder político capacitado.
O parlamentar não quis comentar questões referentes à reestruturação do partido e união dos integrantes da sigla. "Na segunda-feira vamos começar a conversar sobre isso, achar um caminho com tranquilidade", explicou.

Presidente da Agetop sugere que senador eleito, em vez de pensar em 2016, convença Iris a ajudar prefeito Paulo Garcia (PT) a tirar Goiânia do caos

Ele ressaltou as parcerias entre os dois partidos em alguns dos municípios mais importantes do Estado e também a nível federal para frisar as chances de manutenção da parceria, mas reconhece que em alguns locais isso será "impossível"

Passadas as eleições estaduais, vencedores e derrotados já iniciam articulações político-partidárias visando conquistar a prefeitura da capital tocantinense daqui a dois anos
O vice-prefeito de Aparecida de Goiânia, Ozair José, “está” no PT, mas não admitido como “do”. Petistas de carteirinha avaliam que Ozair José, egresso do PP, não é um político ideológico e que filiou-se ao partido mais por oportunismo do que por identidade com suas ideias. Por desconfiar da fidelidade de Ozair José, o PT estadual pode não conceder-lhe a legenda para que dispute mandato de prefeito de Aparecida, em 2016. É mais provável que o petismo banque Olavo Noleto, sobretudo se for deputado federal, para a disputa. Olavo, se candidato, pode mudar a configuração política, porque o prefeito Maguito Vilela pode desistir de lançar candidato do PMDB e optar por bancar o vice do petista. Olavo e Maguito mantém uma relação cordial.