Imprensa
Os repórteres Ricardo César e Pedro Palazzo deixaram o “Pop” na semana passada. A redação está fazendo testes com possíveis substitutos.
[caption id="attachment_7331" align="alignnone" width="98"] Ricardo César[/caption]
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Pedro Palazzo[/caption]
Ricardo César decidiu sair porque não queria mais participar do fechamento da edição do jornal, na área de economia, em três finais de semana — folgando apenas uma vez no mês. Outros colegas trabalham um fim de semana e folgam três. O editor Wanderley de Faria, no lugar de atender o pedido do repórter, decidiu que os demais repórteres também contribuiriam para o fechamento.
Pedro Palazzo aceitou a proposta de Elias Vaz (PSB) para trabalhar em seu site de campanha — o vereador será candidato a deputado estadual — e comunicou ao editor de “Cidades”, Márcio Leijoto. A editora-chefe, Cileide Alves, disse a Leijoto que era incompatível o jornalista trabalhar na área de política e assessorar um candidato. O repórter, que não queria sair do jornal, pediu para ser transferido para outra editoria, como “Cidades” ou “Economia”. Cileide Alves não permitiu. Mas um editor do jornal assessora um deputado federal e a editora-chefe não avalia que há incompatibilidade.
Vendas menores
A cúpula do “Pop” está preocupada no momento com dois problemas. Primeiro, as vendas de banca caíram e, como o jornal é “fechado” na internet, não há como aumentar o acesso. Segundo, caiu o lucro dos “Classificados” — que já foram apontados como a “galinha dos ovos de ouro” do jornal.

Marcus Vinícius foi um dos principais responsáveis pela reformulação do marketing político-eleitoral do presidente Juan Manuel Santos
Iúri Rincon Godinho Três pessoas se juntaram para escrever um livro que não traz nada de novo nessa pavorosa história de loucura e morte de Eliza Samudio, uma modelo, garota de programa, atriz de filmes pornográficos, apaixonada por jogadores de futebol e que queria “apenas” se dar bem na vida. Para quem acompanhou o caso pela imprensa ,“Indefensável” (um belo título dado o contexto e a profissão do goleiro Bruno) nada acrescenta e, para piorar, a parte final trata de maneira detalhada e sonolenta o longo julgamento dos acusados do crime. Bola, o assassino frio e, fica subentendido, matador de aluguel, talvez seja o personagem mais interessante dessa história, sobre como um policial treinado para defender a sociedade acaba se revoltando contra ela e fazendo justiça à sua maneira. Mas a obra passa apenas de raspão por ele. De interessante mesmo apenas a desconstrução de um ser humano, no caso Bruno, um atleta talentosíssimo que, sem educação adequada e vindo de um lar desfeito — o que parece servir de desculpa para todas as atrocidades do planeta —, sobe aos céus e desce ao inferno que ele mesmo criou. Recentemente, estive com o maior ídolo da história do Vila Nova, o atacante Guilherme, que jogou no final dos anos 60 e início dos 70. Emocionado, contou que se arrependia apenas de uma coisa no futebol: não ter tido orientação de uma pessoa mais velha, um empresário, um familiar, um extraterrestre, qualquer um. O mesmo se aplica ao goleiro Bruno. Tudo indica que Bruno é quem estava orientando as pessoas, e, claro, mal. Quando começou a ganhar dinheiro e fazer sucesso, deixou de ser o garoto simples da periferia para se transformar em um perdulário — sorte dos “amigos” — e um predador sexual, que não deixava passar uma, apesar de já casado com a companheira que sempre o amou, compreendeu e, no final, o ajudou no crime e foi condenada por isso. Mas o goleiro continuou bronco e ingênuo, tanto que transou — e engravidou — a modelo Eliza Samudio em uma orgia e foi o único a não usar camisinha. O relacionamento entre Bruno e Macarrão, seu braço direito, é tratado correta e paradoxalmente como sexual sem sexo, lembrando a complexidade do ser humano e as muitas formas de convivência não percebidas pelo comportamento “normal” da sociedade. No fim de tudo, com todos presos, fica a lição: não é só o dinheiro, o sexo, o poder e o sucesso que corrompem, mas também — e muito — a falta de educação. Iúri Rincon Godinho é jornalista. Serviço Título: “Indefensável – O Goleiro Bruno e a História da Morte de Eliza Samudio” Autores: Paulo Carvalho, Leslie Leitão e Paula Sarapu. Editora: Record Páginas: 266 Preço: 32 reais

[caption id="attachment_7045" align="alignright" width="620"] Jeff Bezos: o bilionário que criou a Amazon, a loja de tudo[/caption]
Jeff Bezos, formado por Princeton, é tido como um dos homens mais brilhantes do setor de tecnologia e do comércio varejista dos Estados Unidos (agora, está entrando no Brasil). A Amazon começou vendendo livros e em seguida passou a vender quase tudo. Bezos (pronuncia-se “Beizos”) se tornou um grande investidor em tecnologia, criando, por exemplo, o Kindle, um leitor de livros digitais. O bilionário, dono do jornal “Washington Post”, é um leitor compulsivo. No livro “A Loja de Tudo — Jeff Bezos e a Era da Amazon” (Intrínseca, 398 páginas, tradução de Andrea Gottlieb), Brad Stone publica a “Lista de leitura de Jeff”. É uma síntese. Na obra, há indicações de outros livros que influenciaram o empresário.
Stone diz que “a Amazon surgiu por causa dos livros, e foram eles que moldaram sua cultura e sua estratégia”. Bezos recomenda os livros listados aos executivos e funcionários da empresa.
1 — Os Resíduos do Dia, de Kazuo Ishiguro
Brad Stone diz que é o “romance preferido de Jeff”, o que não deixa de ser curioso, porque nada tem a ver com tecnologia. “O livro é sobre um mordomo que lembra com saudosismo de sua carreira na Grã-Bretanha no período de guerra. Bezos já disse que aprende mais com romances do que com livros de não ficção.” O quê aprende em livros de ficção, Stone não revela. Mas Bezos exige que seus executivos e tecnólogos apresentem as ideias em forma de narrativa, em seis páginas no máximo. [Companhia das Letras, 288 páginas, tradução de José Rubens Siqueira]
2 — “Sam Walton: Made in America”, de Sam Walton e John Huey
Se Jeff Bezos tem um ídolo este é Sam Walton, o criador da rede de hipermercados Walmart. Stone frisa que a “disposição para experimentar várias coisas e cometer muitos erros”, princípios do empresário americano, se tornaram dois valores básicos da Amazon. Bezos e o Walmart se tornaram concorrentes, mas o criador do Amazon permanece admirando Walton. [Campus, 243 páginas]
3 — “Memos From the Chairman”, de Alan Greenberg
O presidente do Bear Stearns, um extinto banco de investimentos, enviava memorando para seus funcionários nos quais reafirmava valores como a “modéstia” e a “simplicidade”. O comunicado de Bezos aos acionistas da Amazon retratam em parte as ideias de Greenberg. O dirigente da Amazon preza a simplicidade e a economia (veta, por exemplo, viagens na classe executiva dos aviões). [Workman Publishing, 156 páginas]
4 — “O Mítico Homem-Mês”, de Frederick P. Brooks
Bezos às vezes se retira do setor operacional para pensar sobre as atividades da Amazon. Pega algum livro, lê cuidadosamente, fazendo anotações nas margens, e depois volta à empresa com ideias novas. O livro é menos um guia do que uma inspiração. O influente cientista da computação “apresenta o argumento improvável [visão de Stone, não de Bezos] de que pequenos grupos de programadores são mais eficientes do que grupos maiores para lidar com projetos complexos de software”. Bezos usou a ideia para criar suas equipes na Amazon — uma para dirigir o setor varejista e outra para criar e expandir a área de tecnologia. Detalhe: o Kindle foi inspirado numa invenção sugerida por dois pesquisadores. [Campus, 328 páginas, tradução de Cesar Brod. O livro saiu no Brasil com o título de “O Mítico Homem-Mês — Ensaios Sobre Engenharia de Software”]
4 — “Feitas Para Durar — Práticas Bem-Sucedidas de Empresas Visionárias”, de Jim Collins e Jerry I. Porras
O livro mostra que as empresas bem-sucedidas “são orientadas por uma ideologia central, e só os funcionários que abraçam a missão avançam; os outros acabam por ser ‘eliminados como um vírus’”. Collins, frisa Stone, é um dos autores que influenciam o pensamento de Bezos, que já o levou à Amazon para conversar com seus executivos. [Rocco, 408 páginas, tradução de Sílvia Dussel Schiros]
6 — “Empresas Feitas Para Vencer”, de Jim Collins
Antes de publicar o livro, Jim Collins apresentou uma síntese para os executivos da Amazon. “As empresas devem confrontar os fatos brutais do seu negócio, descobrir no que são realmente boas e dominar o seu volante. De acordo com esse conceito, cada parte do negócio reforça e acelera as outras partes”, escreve Stone. [No Brasil, o livro foi lançado com um título longo: “Empresas Feitas Para Vencer — Por que Algumas Empresas Alcançam a Excelência... E Outras Não”. HSM Editora, 368 páginas]
7 — “Creation — Life and How to Make It”, de Steve Grand
Síntese de Stone: “Um designer de videogame alega que sistemas inteligentes podem ser criados de baixo para cima se formos capazes de projetar um conjunto de blocos de construção primitivos. Esse livro influenciou a criação da Amazon Web Services, ou AWS, o serviço que popularizou a ideia de nuvem”. [Editora Harvard II]
8 — “O Dilema da Inovação”, de Clayton M. Christensen
Os executivos da Amazon usaram alguns de seus princípios “para facilitar”, segundo Stone, “a criação do Kindle e do AWS. Algumas empresas relutam em adotar tecnologias revolucionárias porque elas podem afastar os clientes e prejudicar seus principais negócios, mas Christensen alega que ignorá-las pode acarretar custos ainda maiores”. [Editora M. Books, 304 páginas, tradução de Laura Prades Veiga]
9 — “A Meta — Um Processo de Melhoria Contínua”, de Eliyahu M. Goldratt e Jeff Cox
Os autores escreveram um romance para explicar a ciência da manufatura. “O livro encoraja”, assinala Stone, “as empresas a identificar os maiores limites de suas operações e, então, a estruturar suas organizações para que possam extrair o máximo desses limites. ‘A Meta’ foi uma bíblia para Jeff Wilke e a equipe que construiu a rede de atendimento de pedidos da Amazon”. [Editora Nobel, 366 páginas]
10 — “A Mentalidade Enxuta nas Empresas”, de James P. Womack e Daniel T. Jones
Stone diz que “a filosofia de produção inaugurada pela Toyota chama a atenção para as atividades que criam valor para o cliente e para a erradicação sistemática de todo o resto”. [Campus Editora, 458 páginas]
11 — “Data-Driven Marketing: The 15 Metrics Everyone in Marketing Should Know”, de Mark Jeffery
O livro fornece um guia “como métrica para tudo: da satisfação do consumidor à eficácia do marketing”. Stone diz que “os funcionários da Amazon devem usar dados como base para todas as afirmações, e, se os dados apresentarem uma fraqueza, eles devem apontá-la, ou então seus colegas o farão”. (Editora John Wiley Trade, 298 páginas]
12 — “A Lógica do Cisne Negro”, de Nassim Nicholas Taleb
Livro muito respeitado por Bezos. “O estudioso argumenta”, sintetiza Stone, “que as pessoas estão condicionadas a reconhecer padrões no caos, enquanto permanecem cegas para eventos imprevisíveis, que trazem consequências esmagadoras. A experimentação e o empirismo triunfam sobre a narrativa fácil e óbvia”. [No Brasil, o livro saiu com o título de “A Lógica do Cisne Negro: O Impacto do Altamente Improvável”. Editora Best Seller, 464 páginas]

[caption id="attachment_7049" align="alignright" width="620"] Marcus Vinícius, Clara López e Juan Manuel Santos: marketing político de altíssima qualidade na Colômbia[/caption]
O publicitário goiano Marcus Vinícius Queiroz é tido e havido na Colômbia como o golden boy do marketing político-eleitoral. No primeiro turno da eleição deste ano, Marcus Vinícius trabalhou na campanha da candidata Clara López, que, mesmo com uma estrutura pequena, obteve 15,2% dos votos válidos (quase 2 milhões de votos). Um número expressivo. Quando assumiu a campanha, Clara López tinha apenas 4% das intenções de votos e ninguém, talvez nem a própria postulante, acreditava que passaria dos 6%. Entretanto, sua campanha criativa, com críticas precisas e uma agenda propositiva, passou dos 15%, surpreendendo imprensa e analistas — menos Marcus Vinícius, que, desde o início, apostou no seu potencial. A política, um fenômeno, se tornou líder nacional.
No segundo turno, que será realizado no domingo, 15, se enfrentam o presidente Juan Manuel Santos — que obteve 25,7% dos votos no primeiro turno — e o oposicionista Óscar Iván Zuluaga, que recebeu 29,3% dos votos. Impressionado com a capacidade de Clara López para atrair votos de setores que não queriam participar do pleito — na Colômbia o voto é facultativo —, Santos aproximou-se dela. O presidente e sua equipe, mesmerizados pela qualidade da campanha, pela performance nos debates e pelo marketing de Clara López, decidiram seguir pelo mesmo caminho no segundo turno. Marcus Vinícius entrou, assim, na campanha de Santos, presidente cuja meta é pacificar o país (a batalha contra a guerrilha, paramilitares e grupos do crime organizado resultou na morte de mais de 220 mil pessoas e cerca de 5 milhões de deslocados).
As pesquisas internas mostravam, na semana passada, Santos na frente do direitista Zuluaga. A campanha indica que, com Marcus Vinícius participando da reelaboração do marketing, o presidente ganhou mais empatia com o eleitorado. “As pesquisas sugerem que viramos o jogo”, disse o marqueteiro, falando da Colômbia, ao Jornal Opção.
Duda Mendonça é o marqueteiro da campanha de Zuluaga. Se Santos ganhar a eleição, Marcus Vinícius também derrota o publicitário baiano que, em 2002, ajudou a eleger Lula da Silva presidente do Brasil.

Numa entrevista ao crítico italiano Giovanni Ricciardi, o escritor mineiro diz que o ofício de “ghost writer”, inclusive para Juscelino Kubitschek, prejudicou sua produção literária

[caption id="attachment_7024" align="alignleft" width="620"] Vitor Belfort, Chael Sonnen e Wanderley Silva: “velhinhos” não podem enfrentar jovens sem reposição hormonal?[/caption]
A pílula da felicidade ou o verdadeiro elixir da juventude máscula são o Viagra (a política do genérico democratizou o medicamento) e o Cialis. Homens mais velhos tomam para tourear uma possível impotência sexual. Jovens usam V e C para turbinar as relações. Homens são obcecados com desempenho sexual e, seres competitivos — portanto, artistas da comparação —, com o tamanho do pênis. Mulheres estão sempre um quilo acima do peso ideal. Homens têm pênis sempre dois centímetros a menos do que gostariam. A média brasileira é 14 centímetros, mas saia às ruas e pergunte. O entrevistador só vai encontrar bem dotados. A luta dos seres humanos é para se manter jovens e desejados. No meio esportivo, então, os atletas lutam, nos ringues e octógonos, para pelo menos parecerem jovens.
No UFC é relativamente comum “vovôs” de 35 a 37 anos — é assim que são vistos — lutarem contra garotos de 22 anos e ganharem. Às vezes, vencem devido à experiência e à técnica apurada, que compensam os escassos reflexos e mobilidade. Outras vezes é lamentável assistir Minotauro, lutador de bela história, sendo nocauteado por Roy Nelson, um lutador forte mas do segundo time.
Vitor Belfort, com 37 anos, luta como se fosse um garoto de 22 anos. Sua garra é evidente, além da técnica apurada. Mas a reposição hormonal o torna mais jovem, forte, confiante e com reflexos em dia. O mesmo ocorre com Chael Sonnen, recentemente pego num exame antidoping. O americano boquirroto, que havia criticado Wanderley Silva — que, surpreendido, não quis fazer o exame, possivelmente porque faz reposição hormonal (ele não confirma) —, diz que faz reposição hormonal para tentar engravidar sua mulher. Sonnen, de 37 anos, luta como um garoto, mas disse que vai se aposentar.
É provável que até lutadores mais novos usem algum artifício para turbinar sua energia. Atletas de ponta inteiramente “limpos” são raros. Talvez seja necessário, daqui pra frente, romper o véu da hipocrisia e permitir que a reposição hormonal — que rejuvenesce os atletas — seja permitida, desde que não excessiva. Porque senão vamos deixar de ver lutas de “velhinhos” ainda interessantes como Belfort, o melhor da turma, Sonnen e Wanderley.
“Desagregação — Por Dentro de uma Nova América” (Companhia das Letras, 496 páginas, tradução de Pedro Maia Soares), de George Packer, é um mergulho profundo nos Estados Unidos raramente apresentados ao mundo e aos próprios americanos. Os EUA, suposta meca dos deserdados de outros países, são expostos com crueza pelo autor. Sinopse divulgada pela editora: “A democracia americana está em crise. Mudanças sísmicas no espaço de uma geração produziram um país de perdedores e vencedores; ao mesmo tempo que criou possibilidades antes inimagináveis de ascensão social, e uma liberdade sem precedentes (nos costumes, iniciativa, vida privada), esse novo estado de coisas conduziu o sistema político à beira da falência e deixou legiões de cidadãos à deriva. É esse outro lado da moeda, o verso da fortuna e da liberdade, o que interessa a George Packer em ‘Desagregação’. “Nesta viagem à nova América, o leitor encontrará figuras como Danny e Ronale Hertzell, de Tampa, na Flórida, que largam a escola para se casar e a quem a “terra das oportunidades” oferece subempregos no Walmart, habitação num estacionamento de trailers e o completo afastamento de familiares e amigos; Tammy Thomas, uma operária que luta para se manter no Cinturão da Ferrugem, região do Meio-Oeste que perde suas indústrias de forma irreversível e se converte num aglomerado de urbes fantasmas; mas também Jeff Connaughton, um lobista de Washington que oscila entre o idealismo político e o fascínio do capital organizado, e Peter Thiel, o bilionário do Vale do Silício que questiona o significado da internet. “Packer justapõe essas histórias a breves perfis de personalidades públicas desta nova era, de Oprah Winfrey a Jay-Z, e colagens feitas de manchetes de jornal, slogans de propaganda e letras de canções que captam a corrente dos acontecimentos e seus mecanismos internos, numa tradição que remonta à Trilogia Americana de John dos Passos. “Desagregação retrata um superpoder ameaçado de perder sua essência, com elites sem qualquer senso de responsabilidade, instituições que não mais funcionam, pessoas comuns às quais não resta nada senão improvisar esquemas próprios de salvação e sucesso.” Katherine Boo escreveu sobre o livro: “Um dos melhores trabalhos de não ficção que li em muitos anos”.
No livro “O Nobre Deputado” (Leya Brasil, 120 páginas), no qual a ficção é a mais pura realidade, o juiz Marlon Reis relata a corrupção no Parlamento brasileiro. Ele ouviu várias pessoas e um ex-deputado federal, que detalharam como funciona a corrupção no Legislativo e a “arte” de comprar votos na política patropi. O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), decidiu representar contra o magistrado no Conselho Nacional de Justiça. Como o escritor não nominou deputados específicos, dando nomes reais — criou o personagem Cândido Peçanha (uma alusão a “ingênuo” e a “peçonha”?) —, é provável que não será punido ou advertido pelo CNJ. Seus críticos estão vestindo a carapuça?
Marlon Reis é um dos pais do projeto que levou à criação da Lei da Ficha Limpa.
Felipão terá de mexer, no próximo jogo, na dupla de volantes. Paulinho e Luiz Gustavo são peixes fora d’água seleção de Neymar e Oscar
Dos jornais goianos, o “Pop” fez a capa menos criativa e motivada na quinta-feira, 12. Pôs uma foto grande retratando uma bola gigante, mas não explicou do que se trata. O diário valoriza a “coisa”, a bola, e não o homem, o jogador. Abaixo da dobra, pôs uma fotografia de Felipão e Neymar, reforçando a ideia de que a sorte da seleção brasileira depende do jogador do Barcelona. O “Diário da Manha”, num acesso de ufanismo, grita na capa: “Hexa [em cor verde] — 200 milhões na batalha”. Segundo o jornal, todos os brasileiros, inclusive os bebês de um dia, estão na torcida pelo “hexa”. Mas, diferentemente do “Pop”, que não valorizou os jogadores, o “DM” destacou Neymar, do Brasil, e Luka Modric, da Croácia. “O Hoje” não fez um título dos melhores, “É a nossa Copa!”, mas sua capa, toda amarela, é a mais bonita plasticamente e divulgou uma fotografia de Neymar com Jô e Hernanes, valorizando o homem, não a bola, a coisa. A capa traz um diálogo divertido entre Felipão e Neymar. Este pergunta: “Eu vou jogar amanhã [hoje], professor?” Aquele responde: “Olha, vou ter que pensar muito”. Em seguida, Neymar diz para o técnico: “Estou pronto para fazer gols”. A percepção do editor é precisa, pois é de Neymar que se espera quase tudo.
Jornalista diz que sucesso do programa se deve em parte à garra das mulheres que trabalham como repórteres e cita uma profissional de Goiás
O jornalista goiano Thiago Arantes, radicado em Barcelona, vai comentar a Copa do Mundo de Futebol para a Gol Televisón, “a única que passará os 64 jogos” na Espanha.
Expert em futebol (e outros esportes), Thiago Arantes vai comentar os jogos do Brasil.
Formado em jornalismo pela Universidade de Brasília, Thiago Arantes trabalhou no “Diário da Manhã” e é correspondente da ESPN na Espanha.
Na Espanha, como se sabe, há uma espécie de Campeonato Brasileiro Série AQ (Alta Qualidade), com alguns dos melhores jogadores brasileiros, como Neymar (Barcelona), Marcelo (Real Madri), Daniel Alves (Barcelona) e Diego Costa (Atlético de Madri e seleção espanhola).

A jornalista narrou, com coragem e veracidade, os crimes do governo de Vladimir Putin na Chechênia. Os aliados do político decidiram matá-la
FGR leva o título na categoria construtora de condomínios horizontais. Primetek lidera na área de tecnologia. Cristina Lopes é a política do social. A Consciente brilha como construtora de edifícios. A imobiliária líder é a Adão Imóveis. O Flamboyant é o shopping preferido