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Katteca critica a exposição excessiva do jogador Wendell

chargeO personagem Katteca é uma criação de Britvs, o grande “editorialista” de “O Popular”. Se há alguém que dá identidade ao jornal é a criação de Britvz. Ele diz coisas que a gente gostaria de dizer, mas não diz, nos seus quadrinhos diários, que deveriam ser publicados na primeira página. Na edição de quinta-feira, 21, Katteca esteve impagável. O jogador goiano Wendell, autor do gol mais bonito de 2015, se tornou o xodó dos jornais, revistas, emissoras de televisão e rádio. É o Cauã Reymond do futebol, mais celebrado do que Eric, que o Palmeiras comprou do Goiás. O que Katteca critica é o excesso de exposição. No início, Katteca, travestido de repórter, informa: “Wendell acordou!”. O jogador está deitado numa cama e é fotografado e filmado. Em seguida, “Wendell tá escovando os dentes!”. Microfones aparecem de todos os lados. “Wendell tá almoçando!” No fim do quadrinho, Wendell corre para o banheiro, com ar aflito, e, de repente, os repórteres saem correndo. Um deles e Katteca apertam o nariz. Até a Escola de Frankfurt aprovaria a graça inteligente do indiozinho.

Gravador é céu e inferno para o repórter. É preciso observar e usar mais o cérebro

[caption id="attachment_57068" align="alignright" width="620"]Reprodução Reprodução[/caption] O gravador é útil, mas também é uma praga. Por isso recomendo aos repórteres que o usem apenas se estiverem preparando reportagens investigativas, que envolvam denúncias e é preciso “comprometer” as fontes. As gravações têm o hábito de tornar as fontes mais ponderadas, verdadeiras e, às vezes, menos dadas a ficcionalizar os fatos. Porém, para reportagens mais leves, o gravador atrapalha (e até intimida) e seu uso frequente e abusivo impede, por vezes, o repórter de observar o entrevistado, de verificar as expressões faciais ao comentar um fato, a registrar o ambiente. O gravador mais distancia do que aproxima entrevistado e entrevistador. O resultado é que algumas reportagens são meras transcrições do que o jornalista gravou. Quase uma datilografia de relativo luxo. Por vezes, o repórter não elimina sequer os vícios da linguagem oral. Sugiro, portanto, menos gravador e mais observação. Os olhos do repórter e sua memória (é preciso treiná-la, mesmo sob o domínio do mundo digital; o cérebro ainda é o mais poderoso computador de um indivíduo) são “gravadores” excepcionais.

Sai uma grande biografia de Charles M. Schulz, o criador do Snoopy

46090474A Biografia do Criador do Snoopy” (Seoman, 588 páginas, tradução de Denis de Brong Mattar e José Julio do Espírito Santo), de David Michaelis, é um livro magistral. Uma radiografia matizada do múltiplo e contraditório gênio.

Desleixo editorial de O Popular Online em reportagem de luta de MMA

O jornalismo online de “O Popular” é no mínimo descuidado. Ao noticiar a derrota de Matt Mitrione para Travis Browne, lutadores pesos-pesados do UFC, um repórter escreveu que “Fulano de Tal” havia perdido a luta. O Fulano de Tal — lembra as reportagens policiais dos velhos tempos — é Matt Mitrione, que, além de perder a luta, saiu com um olho inchado, muito inchado. Depois que os leitores notaram, o jornal retificou o erro. print_pop2

Belisa Ribeiro lança livro sobre a história do “Jornal do Brasil”

Capa Jornal do Brasil V2 MFO “Jornal do Brasil” foi um grande jornal. Foi? O “JB” permanece vivo, exclusivamente na internet, mas não é mais a bela publicação dos tempos de ouro. Era quase uma voz oficial do país. Belisa Ribeiro está certa ao escrever “Jornal do Brasil — História e Memória” (Record, 406 páginas). Belisa Ribeiro examina as edições mais decisivas do “JB”. O jornal era muito importante para o país e era adorado pelos intelectuais. O poeta e crítico Mário Faustino fortaleceu seus músculos intelectuais nas suas páginas, como editor, crítico e tradutor. O poeta Reynaldo Jardim, um dos maiores editores e criadores do país, militou nas suas páginas, tanto escrevendo quanto pensando e, até, desenhando-o. A poesia concreta ganhou espaço invejável e se projetou. Ferreira Gullar deu uma importante contribuição. Janio de Freitas, hoje na “Folha de S. Paulo”, e Alberto Dines foram decisivos na transformação do jornal. Em termos políticos, o “JB” mantinha uma cobertura de primeira linha. A sinopse divulgada pela editora informa que, com suas edições muito bem feitas e com apurações rigorosas, contribuiu para “evitar a fraude em uma eleição [tentaram garfar Leonel Brizola em 1982] ou denunciar o envolvimento de militares do governo em um atentado [o caso Riocentro] que poderia ter matado milhares de jovens em um show onde cantavam Chico Buarque e Gonzaguinha”. O segredo do “JB” era manter equipes de repórteres que, além de investigar com rigor (tinham fontes privilegiadas), escreviam muito bem. Pensavam. Num tempo em que o jornalismo por vezes assemelha-se a datilografia de relativo luxo, com repórteres tão-somente transcrevendo declarações — como se fossem seres alienados —, rever a história do jornal é pelo menos um oásis. Um livro, em suma, imperdível e que entra para minha lista penelopiana imediatamente.

João Pedrosa retoma ataques e agride verbalmente Dilma Rousseff e seu neto recém-nascido

“Maldita até a sétima geração!!!”, escreveu o jornalista e antiquário a respeito da presidente da República e de seu neto

Eleonora Paschoal deixa a TV Bandeirantes e vai estudar inglês e tecnologia nos Estados Unidos

É possível que a profissional faça reportagens como free lancer para a Rede e dará palestras no Brasil Eleonora Paschoal jornalista download Repórter do primeiro time do jornalismo televisual, Eleonora Paschoal deixou a Rede Bandeirantes na sexta-feira, 15. Antes, ela trabalhou, durante vários anos, na TV Globo. Eleonora Paschoal decidiu estudar inglês e tecnologia em Orlando, na Flórida, e deve fazer trabalhos esporádicos, sem vínculo empregatício, para a Bandeirantes. Segundo o Portal Imprensa, também dará palestras no Brasil, sempre que possível.

Veja como, segundo um computador, Ernesto Geisel foi escolhido para presidente da República

O computador vasculhou todos os arquivos do Exército e, de maneira inusitada, escolheu o irmão do general Orlando Geisel para presidente

Roberto Gazzi demitiu Reginaldo Leme em dezembro e foi demitido em janeiro pelo Estadão

O parceiro de Galvão Bueno na TV Globo permanece escrevendo uma coluna para a Agência Estado e o ex-editor se torna consultor, inclusive do Estadão

Show de Dominick Cruz, na vitória contra TJ Dillashaw, aproximou o MMA do sublime

Dillashaw é caçador de elefante mas tem dificuldade para encontrar e acertar um leopardo Dominick Cruz e Tj Dillashaw 13ufn-boston16-event-096 Quando TJ Dillashaw e Dominick Cruz entraram no octógono, no domingo, 17 — ou na madrugada de segunda-feira, 18, ao menos para nós, brasileiros —, pensei: o primeiro é mais forte do que o segundo. Dominick, de tão magrinho, parecia vulnerável, mas obrigou Dillashaw a carregar a cruz dos derrotados. À primeira vista, fiquei com a impressão de que, rápido como um corisco, Dominick Cruz apenas se defendia. Ledo engano. Ante um lutador com maior pegada, o Muhammad Ali do MMA adotou a tática de bater e escapar. Parecia que fugia? Não. Porque escapava e batia, quase sempre acertando o rosto do oponente, que, como dizem os narradores e comentaristas, saiu do octógono com o rosto bem “magoado” (dê uma olhada no olho esquerdo de Dillashaw na foto acima). Dominick Cruz e TJ Dillashaw 12 ufn-boston16-event-091 “Senti que ele não tinha força alguma nos seus golpes”, criticou Dillashaw. De fato, Dominick Cruz não é tão forte quanto o rival, mas sua técnica extraordinária compensa uma possível debilidade física. Mas a face de Dillashaw, ligeiramente inchada e vermelha, não foi esmurrada por uma pulga ou, diriam os fãs de Muhammad Ali, por uma abelha. Cá entre nós, e bem longe de Dillashaw, Dominick Cruz é, apesar de magérrimo, bem forte. Dominick Cruz e TJ Dillashaw 23ufn-boston16-event-106 O corner de Dillashaw deu orientações por vezes precisas, sugerindo onde chutar e colocar golpes mais duros, mas não lhe disse a verdade: Dominick Cruz venceu os três primeiros rounds com relativa facilidade. Dillashaw precisava saber disso, de maneira enfática, para que, percebendo a derrota iminente, mudasse a conduta no octógono. Ele até chutou duramente as pernas de Dominick Cruz, reagiu nos dois últimos rounds, com mais agressividade, mas era tarde. Havia perdido a luta. Só ganharia com um nocaute — e isto deveria ter sido dito pelos especialistas que o treinam com todas as letras, ainda que se corresse o risco de levá-lo ao desespero. Dillashaw é um grande “caçador”, mas precisa achar a presa e emparedá-la nas grades. Quando o oponente não consegue escapar, bate com extrema força e apuro. O nocaute é quase certo. Foi o que fez com Barão, que, depois da luta, voltou a ser Plebeu. Bateu duramente, de maneira insistente e o lutador brasileiro “arriou”, como se diz em Belém, terra do crítico de literatura e de música Rafael Teodoro; em Goiânia, cidade do lutador e quase técnico Ricardo Tavares, e em Iporá, a Ítaca do bardo Carlos Willian Leite, expert em MMA, boxe e tantas outras lutas. Durante os cinco rounds, talvez esperando cansar o adversário, Dillashaw caçou Dominck por todos os cantos do octógono. Quando achava, e conseguia apertá-lo, acabava levando jabs e não acertava golpes contundentes (brigou com o ar várias vezes). Não há a menor dúvida de que Dillashaw é mais forte, mas Dominick provou que por vezes a técnica apurada de um Davi supera a força de um Golias. Quem não assistiu aos cinco rounds da luta entre Dillashaw e Dominck Cruz, dois mestres de rara excelência do MMA, perdeu uma das grandes lutas do ano. Quase sublime, se a palavra não fosse reservada tão-somente para definir literatura (prosa e poesia), música e, aqui e ali, artes plásticas (não a abstrata, que não é pintura, e sim nódoa). Para que a Candice Marques de Lima, a Rayana, o Rafael Teodoro, o Frederico Oliveira, o Ricardo Tavares e o Nelsonmuaythai descansem entre uma luta e outra, até a próxima batalha entre Fabrício Werdum e Cain Velásquez, publico, abaixo, um poema, “A luta antes da luta”, de Alberto Pucheu. A luta antes da luta Alberto Pucheu Você sabe, de nada adianta rezar no canto do ringue. Aquele que nele sobe, sobe sozinho. As bravatas lançadas na hora da pesagem e o peso da multidão colado em sua carne, você sabe, lá em cima, só aumentarão seu abandono. Você sabe também o preço que terá de pagar se deixar que qualquer vagabundo desfigure sua fisionomia. Mas é isso que você quer? Não é isso que você quer. Aconteça o que acontecer, não jogarei a toalha, não é para isso que chegamos até aqui... Você ainda é muito novo para perder, e sua família, muito necessitada. Você sabe, você tem de deixar seu passado para trás, eu sei que você não quer voltar para as ruas, para o crime, para a cadeia... Portanto, quando subir lá em cima, eu lhe digo, não deixe que o adversário veja medo em sua face: se, ainda antes do primeiro soar do gongo, ele vislumbrar uma mínima expressão de temor em seu rosto, conhecerá o caminho mais rápido para encontrá-lo durante o combate. Mas você não terá nenhum instante de fraqueza nesse combate, você está preparado, eu sei que você está preparado, e você também sabe disso. Ninguém quer acordar amanhã num quarto de hospital... você quer acordar num quarto de hospital balbuciando palavras desconexas? Ein? Você quer acordar num quarto de hospital, com sua mulher chorando preocupada ao lado da cama? Não, você não quer isso pra você nem pra sua família, nem eu quero isso para o meu garoto de ouro. Por isso, treinamos duro, por isso, treinamos tanto. Então, vá lá em cima, já estão anunciando seu nome, suba para o quadrado, suba, já começaram a tocar a música, vá para o ringue e, no meio do entrevero, por entre as saraivadas de golpes, faça seu adversário sentir o peso do esquecimento carregando-o para longe do estádio, carregando-o para longe de todo e qualquer lugar. (http://revistapolichinelo.blogspot.com.br/2011/02/nobre-arte-alberto-pucheu-minhas.html)  

Apolonio de Carvalho, o brasileiro que lutou na Guerra Civil Espanhola e na Resistência Francesa¹

O militante participou da Intentona Comunista, brigou na Espanha contra os fascistas de Franco e lutou na França contra os nazistas de Hitler

Chico Buarque tem razão se processar João Pedrosa. Mas o pedido de desculpas deste é convincente

"Espero que acredite que o meu arrependimento é sincero", afirma o jornalista e antiquário Chico Buarque e Dilma Rousseff 2567a1 Decência não é, ao contrário do que muitos pensam, apenas retidão em questões financeiras envolvendo o patrimônio público e privado. Decência também é civilidade, educação, respeito (não é sinônimo de endosso) às opiniões dos adversários políticos, ideológicos e artísticos. Quando alguém chama Chico Buarque de “ladrão”, sem apresentar provas para substanciar a “denúncia”, significa que, além de não se preocupar com o sentido real das palavras, não tem apreço por responsabilidade e honra alheia. Pode-se não gostar da música e da literatura do criador de “Construção” e “O Irmão Alemão” — e até do indivíduo, que pode ser “chato”, “insosso” e “tímido” —, mas não há nenhuma evidência de que tenha roubado algum objeto ou dinheiro dos setores público e privado. Até onde se sabe, trata-se de um homem honesto. Chico Buarque e Lula da Silva db962a2f28dd731e3d373752ea458e60 Mesmo sabendo que Chico Buarque não é larápio — aos 71 anos, trabalha mais do que muitos garotos de 22 anos — e tem uma história positiva, o jornalista e antiquário João Pedrosa escreveu numa rede social: “Família de canalhas!!! Que orgulho de ser ladrão”. Arrependido, depois da agressão — mais brutal, quem sabe, do que um soco —, recuou e, por meio de uma carta pública (leia abaixo), pediu desculpas. “Eu realmente me arrependi. Foi um momento de ódio”, afirma. Chico Buarque sublinhou que vai processá-lo. O processo é lícito, mas a carta sugere um arrependimento verdadeiro, quer dizer, uma retratação pública. João Pedrosa (foto abaixo) pontua que a agressão tem a ver com o fato de que rejeita que “alguém ainda apoie o PT”. Como o jornalista, não tenho qualquer entusiasmo pelo PT, que, antes da roubalheira — transformada em instituição —, já era um partido retardatário, que nunca compreendeu bem a dinâmica do capitalismo e sempre professou um socialismo confuso e abstrato. No fundo, é um partido social democrático um pouco mais radicalizado do que o PSDB — ao menos em termos de retórica. Porém, se alguém quer apoiar o PT, apesar de seu “furtarismo” — a nova modalidade de socialismo —, que apoie. Que mal há nisto? Por que desejar que todos sejam iguais a nós? João Pedrosa é jornalista e antiquário "Carta a Chico Buarque e família, Estou escrevendo essa carta para me desculpar, se isso for possível. Eu errei e me excedi ao insultar a sua família. Infelizmente a política brasileira nos colocou em campos opostos, assim como acontece com toda a nação. Quero crer que nós queremos a mesma coisa para os brasileiros por vias opostas, uma vida digna e próspera. A sua via é o socialismo, e a minha, o capitalismo. Desde a eleição da presidente, o Brasil entrou numa espiral negativa de ódio de classes, racial e política, que mergulhou o Brasil num caminho de decadência econômica, moral e social inegáveis, que eu acredito tragicamente irreversíveis, foi isso que motivou o meu ódio, e o meu comentário errado e infeliz. O meu insulto foi motivado por sua associação ao PT e ao MST, são eles que eu considero ameaça à nossa dignidade e nossa democracia. Fui motivado pelas mulheres que estão dando à luz nas calçadas, aos velhos sem atendimento nos chãos dos hospitais, e principalmente, aos milhões de pais de famílias impedidos de darem pão e dignidade às suas famílias e vidas, enquanto os políticos patrocinam copas e olimpíadas, e o enriquecimento, e poder pessoal deles. Espero que acredite que o meu arrependimento é sincero, e eu afirmo que é, mas também são extremos a minha revolta e indignação com o nosso momento atual, foi isso que motivou o meu erro. Sem mais, sinceramente, João Pedrosa"

Livros didáticos do MEC para 2016 trazem ideologia de gênero. Legislativo não é respeitado

Crianças tomarão conhecimento de bigamia, poligamia, bissexualismo e transsexualismo. Aprenderão a observar seus corpos e os corpos dos outros em sala de aula

Valor de imóveis da Igreja Católica equivale ao PIB do Brasil e da Rússia

Uma das mais poderosas instituições religiosas e capitalistas do mundo, a Igreja Católica tem US$ 3 trilhões em bens imóveis e quer aumentar sua rentabilidade para aplicar mais no social, diz o papa Francisco

Músico brasileiro fez a cabeça da poeta americana Anne Sexton e obteve sucesso nos Estados Unidos

Laurindo de Almeida figura na Enciclopédia do Jazz, fez música com Stan Kenton, tocou nos filmes “O Poderoso Chefão” e “Os Imperdoáveis” e era respeitado por Tom Jobim