Últimas notícias

Durante a passeata, ovos foram arremessados de apartamentos

O G20 apela as demais nações a contribuírem financeiramente e com o envio de profissionais de saúde, remédios e equipamentos médicos

Seja quem for o escolhido, deverá ter paciência suficiente para suportar e, se possível, levar para casa os desaforos da presidente em momentos de tensão

[caption id="attachment_20826" align="alignright" width="620"] Ex-ministra Marta Suplicy: carta de demissão em que critica asperamente a política econômica de Dilma Rousseff | Antonio Cruz/ Agência Brasil[/caption]
Sempre na ausência da presidente Dilma, as manifestações críticas do secretário Gilberto Carvalho e da ex-ministra Marta Suplicy ganharam sequência na quinta-feira numa reunião de deputados do PT. O encontro a portas fechadas era para discutir uma candidatura à presidência da Câmara alternativa ao nome do desafeto e líder do PMDB, Eduardo Cunha, do Rio.
Mas a pauta mudou. O que aconteceu foi a manifestação em série de descontentamentos petistas em relação ao governo. O impulso de oposição dos deputados aproveitou a presença de três enviados do primeiro escalão do Planalto: Aloizio Mercadante (Casa Civil), Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) e Ricardo Berzoini (Relações Institucionais).
Na volta a Brasília, Dilma terá um quadro convincente de insatisfações no Congresso, agora reforçada pela volta de Marta Suplicy à sua cadeira no Senado por São Paulo, com mandato por mais quatro anos. A rebeldia da senadora como ministra e autonomia com que opera Gilberto Carvalho estimulam os parlamentares. A presidente não terá como retaliar Suplicy.
Não há dúvida que o impulso de revolta no partido de Lula e Dilma tem a ver com o momento político de negociação da presidente para alinhar seus novos quatro anos de mandato com a redistribuição de posições em troca de compromissos. O problema petista é que o movimento visível nessa ação é de negócios com partidos aliados, como o PMDB. O PT que espere.
Longe do Planalto, a percorrer a Ásia e Oceania, Dilma viveu uma semana atribulada em Brasília, onde até o PT teve surtos de oposição. Agora, de volta ao batente no palácio depois de participar do grupo G-20 na Austrália, a presidente poderá encarar mais de perto os impasses políticos que brotaram em sua ausência.
O que se ouviu na reunião foram pedidos por um ministério “mais qualificado” em representatividade. Entre os 39 chamados ministérios de Dilma, o PT detém 17 posições, mas quer mais. Pediram mais diálogo, ou seja, acesso a Dilma para as reivindicações de cada um.
A plateia vibrou com um discurso em que o deputado gaúcho Paulo Pimenta denuncia a decadência do PT e a atribui à falta de apoio do governo federal. “Como um partido que está há 12 anos no governo perde 19 deputados federais e só elege dois senadores?”, referiu-se às últimas eleições quando o país elegeu 27 senadores, mas o partido não concorreu a todas as vagas.
“Tínhamos 149 deputados estaduais no Brasil e elegemos 109”, continuou Pimenta. Houve perda de protagonismo do PT na formatação e execução de políticas públicas. No PT estamos muito mais expostos para defender o governo nas questões mais difíceis”, queixou-se Pimenta e reclamou de atenção maior a partidos aliados.
Alegou o deputado que “enquanto isso, representantes de partidos aliados que fizeram campanha para Aécio (Neves) e Marina (Silva) estão na ponta da execução de políticas do governo”. Mas Paulo Pimenta não mencionou nomes de aliados. “Somos governo, mas precisamos ter mais protagonismo”, concordou o deputado Jorge Bittar, do Rio.
Lá fora, a presidente Dilma manteve a pose diante dos desafios que recebeu de dois companheiros do seu primeiro escalão no governo ao partir de Brasília rumo à reunião do grupo G-20. Agora, de volta ao trabalho no Planalto, poderá se sentir mais à vontade para enfrentar as críticas do secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e da ex-ministra Marta Suplicy. Ambos contaram com a viagem da chefe para lançar seus desafios pelas costas. No mesmo dia, Carvalho, considerado olhos e ouvidos de Lula no Planalto, ofereceu a entrevista sobre falhas da chefe na liderança governo. No outro dia, terça-feira, Marta Suplicy, mandou entregar no palácio o seu pedido de demissão no Ministério da Cultura. Dilma ainda não comentou as declarações de Carvalho, a quem costuma ignorar. Na verdade, ao assumir a vaga de Lula em 2011, a presidente manteve o secretário-geral distante de si o quanto foi possível precisamente por ser uma pessoa de Lula infiltrada no palácio para manter o ex-presidente informado sobre a intimidade palaciana. Encarregado da articulação com os movimentos sociais, Carvalho censurou o desinteresse de Dilma pelas demanda dos movimentos. “A reforma agrária e a questão indígena avançaram pouco”, criticou. Afirmou que falta diálogo com a sociedade mais ampla, numa frase um tanto imprecisa: “Deixou de fazer da maneira tão intensa como era feito no tempo do Lula, esse diálogo de chamar os atores antes de tomar decisão, de ouvir com cuidado e ouvir muitos diferentes para produzir sínteses que contemplassem interesses diversos.” O que mais chamou atenção foi o momento em que Carvalho se referiu à crise na economia e à dificuldade de Dilma em se entender com políticos: — Afastou-se dos principais atores na economia e na política. Apesar de tudo, o secretário disse que continuaria no governo se convidado a permanecer. “Preciso trabalhar, eu acumulei experiência”, justificou-se. “Se ela me convidar a ficar no governo, eu vou ficar”, arrematou, num gesto que se pode entender como desafio à demissão pela presidente. Carvalho confia na força junto a Lula. As incertezas da economia foram também o ponto principal da carta de demissão de Marta Suplicy no Ministério da Cultura, com este parágrafo antológico, digno da melhor oposição ao governo: “Todos nós, brasileiros, desejamos, neste momento, que a senhora seja iluminada ao escolher sua nova equipe de trabalho, a começar por uma equipe econômica independente, experiente e comprovada, que resgate a confiança e credibilidade ao seu governo e que, acima de tudo, esteja comprometida com uma nova agenda de estabilidade e crescimento para o nosso país. Isto é o que hoje o Brasil, ansiosamente, aguarda e espera.” Em entrevista sobre a carta, Dilma se mostrou compreensiva em Doha, capital de Qatar, a caminho da Austrália. “Ela não disse nada de errado”, sustentou. Afirmou que já conhecia o conteúdo da carta, que expressaria apenas a opinião da ex-ministra. Se tudo era natural e sabido assim, por que Suplicy mandou entregar a carta um dia depois da viagem da chefe? Ambos, Carvalho e Suplicy, possuem dificuldade no relacionamento com a presidente porque abertamente jogam a favor de Lula. No primeiro semestre, a então ministra patrocinou três jantares, em São Paulo, para engrossar o movimento pela candidatura do ex no lugar da reeleição de Dilma neste ano. Os dois mencionaram as dificuldades de Dilma lidar com a crise na economia que corrói a credibilidade do governo. Isso no momento em que Lula procura influenciar a escolha do ministro da Fazenda com alguma opção extraPT que traga confiança a uma nova política econômica. Mas a presidente não revela tendência a favor de uma nova linha econômica. O bom desempenho do novo governo Dilma é importante à criação de ambiente favorável ao retorno de Lula ao Planalto dentro de quatro anos. Novas trombadas da presidente, entre tanta corrupção, não ajudam a permanência do PT no poder. Inclusive porque a denúncia do petrolão ganhou fôlego para deixar os escândalos em cartaz até a sucessão presidencial em 2018.

[caption id="attachment_20833" align="alignright" width="620"] Vice-presidente: missão de levar a violação da LRF ao Congresso | José Cruz/ Agência Brasil[/caption]
Ao sair de Brasília na tarde de segunda-feira rumo à Austrália com escalas no caminho, a presidente Dilma deixou para a equipe a tarefa de repassar ao Congresso a consumação da violação da Lei de Responsabilidade Fiscal: a aprovação da emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias com a redução da meta do superávit primário para 2014.
Na terça-feira, o palácio enviou o projeto da emenda ao Congresso, onde se notou que faltou ao Planalto pedir urgência na tramitação da peça. Alegou-se que, sem a urgência, não seria possível tocar o projeto com a velocidade adequada. Então, na ausência da chefe, o vice-presidente Michel Temer assinou o pedido de urgência na quarta-feira.
No dia seguinte, Temer pagou mico. Mandou outro ofício ao Congresso cancelando aquele da véspera. Enfim, percebeu-se que a urgência não fazia sentido. Se os congressistas aceitam o pedido, a urgência apenas tranca a pauta, não permite que outros projetos sejam votados antes. Além disso, a oposição ameaçou ir ao Supremo Tribunal Federal se a urgência passasse.
Agora, os governistas esperam votar o projeto na Comissão Mista do Orçamento no meio desta semana. Em seguida, viria votação final no plenário do Congresso uma semana depois. Então, os senadores e deputados teriam um mês para votar propriamente o orçamento do próximo ano antes do recesso parlamentar em 22 de dezembro.

[caption id="attachment_20825" align="alignright" width="620"] Empresários são levados detidos por agentes da Polícia Federal | Reprodução/G1[/caption]
A nova etapa de repressão da Operação Lava Jato desencadeada na sexta-feira pela Polícia Federal dedicou atenção especial aos corruptores, as grandes empresas que pagam propina para ter a Petrobrás em sua carteira de clientes e financiam campanhas eleitorais para serem simpáticas aos políticos.
Com 86 mandatos de prisão foram presos 17 presidentes e altos executivos das principais empreiteiras do país. Elas possuem R$ 59 bilhões em contratos com a Petrobrás. Outro ex-diretor foi para as grades, Renato Duque, que dirigiu Serviços, sempre foi mencionado, mas apenas agora trancafiado, no Rio. Depois levado para Curitiba, como todos.
A permanência do petrolão em cartaz até a próxima campanha presidencial, em 2018, está mais do que garantida. A dimensão do petrolão conhecida até então já era o suficiente para consolidar a longa vida do escândalo e sua repercussão. Vieram, durante a semana outros reforços, além da sétima rodada da Lava Jato.
Entre as novidades, soube-se de duas investigações em instituições federais nos Estados Unidos. A auditoria do Departamento de Justiça e da SEC, principal agência reguladora do mercado de capitais. Eles querem saber se empresas e pessoas do país participaram dos negócios do petrolão.
Na Holanda, o Ministério Público anunciou que a empresa SBM Offshore pagará a multa de 240 milhões de dólares pelas propinas que ofereceu no fornecimento de instalações petrolíferas, como plataformas, à Petrobrás e empresas de Angola e Guiné Equatorial.
A exportação do petrolão multiplica a desconfiança dos mercados doméstico e estrangeiros não apenas em relação à Petrobrás. Atinge o PT que nomeia dirigentes e controla os negócios da estatal desde o tempo de Lula, que deseja voltar a ser presidente. Compromete a imagem internacional de Lula e presidente Dilma.
Agora, quando se pensa na repercussão política de tudo isso nas eleições de 2018, imagine-se o que as novas prisões não renderão em delações premiadas de criminosos. Além do que as antigas prisões já estão rendendo. Pense-se nos políticos que serão processados.
Com toda essa dimensão que o petrolão já assumiu, não é possível interromper o andar da carruagem da apuração de algo perto do qual o mensalão foi fichinha. Carruagem com as rédeas entregues ao aplicado juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal em Curitiba, onde estão os presos.
Na volta, agora, ao expediente no Planalto, a presidente Dilma terá de encarar o roubo de dinheiro público na Petrobrás, que a Polícia Federal avaliava, antes da semana passada, em R$ 10 bilhões desde que se instalou o petrolão.
“É o maior escândalo da história do TCU”, anunciou o presidente do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, no ambiente aberto e livre de uma entrevista coletiva no meio da semana, a partir da avaliação do rombo de R$ 3 bilhões em apuração apenas no superfaturamento de investimentos recentes apurado em processo de auditoria no TCU. O tribunal possui 127 anos, fundado ainda no Império, em janeiro de 1883. O gaúcho Nardes, 62 anos, assumiu um lugar de ministro na casa em 2005, quando renunciou ao mandato de deputado pelo PP no governo Lula. Mas não se suspeita de sua avaliação sobre os anteriores 118 anos do TCU. Os números já eram suficientemente fortes e os rastros de políticos também. A certeza de que houve roubo com a participação de políticos inverteu um processo, veio a certeza de que os acusados serão investigados até o fim. Veja-se Nardes. Ele sempre foi governista, desde que, na ditadura, filiou-se à Arena, em 1970, para se candidatar a vereador em Santo Ângelo. Na cadeira de presidente do tribunal, possui compromisso com a apuração. Sendo um político governista por vocação desde a ditadura militar, Nardes assumiu, em sua declaração sobre o maior escândalo da história do tribunal, a responsabilidade como presidente da casa em tocar severamente a apuração do petrolão. Pelo menos com o seu voto pessoal, que, a maioria governista do TCU poderá derrubar. A evidência despertou o interesse do PT, que deseja indicar o candidato à vaga que se abre na terça-feira, quando o ministro José Jorge se aposenta ao completar 70 anos. Os petistas até fizeram a conta: Lula e Dilma indicaram, juntos, sete ministros com origem política nos aliados. Agora seria a vez de um petista entre os nove ministros do TCU – hoje, apenas dois são técnicos. Os petistas gostariam de colocar na vaga a secretária de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, antiga senadora por Santa Catarina, que enfrentou a oposição em defesa de mensaleiros. Tem preciosa experiência e combatividade na área. Os aliados peemedebistas também estão de olho na vaga para se valorizarem a participação no governo recém-reeleito de Dilma. Pensam no senador Vital do Rêgo, derrotado no mês passado na disputa pelo governo da Paraíba. Seria um prêmio a Vitalzinho pela defesa do governo que faz como presidente da CPI Mista da Petrobrás. Levaria a experiência ao TCU.
O prefeito de Posse, José Gouveia, apoiou o governador Marconi Perillo nos dois turnos — a pedido do empresário Júnior Friboi. José Gouveia agora quer ser candidato a reeleição com o apoio do tucano-chefe e também do vice-governador José Eliton.

Julgamento será presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 13ª Vara Criminal de Goiânia, e está agendada para esta quarta-feira (19/11)
A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ) concluiu nesta sexta-feira (14/11) o treinamento da primeira turma do curso de intercâmbio com a Polícia Nacional da França, visando a preparar a corporação para os Jogos Olímpicos de 2016. O treinamento contou com a participação de 32 policiais militares de oito batalhões, que repassarão a outros os conhecimentos aprendidos durante o intercâmbio. A PM informou que a segunda turma começa a ser treinada na próxima segunda-feira (17). No treinamento, os policiais aprendem técnicas de intervenção nas arquibancadas e no interior dos estádios para inibir atos que possam gerar violência. Segundo o comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), tenente-coronel João Fiorentini, o grande diferencial do curso são as novas técnicas de abordagem, a maneira de condução dos detidos e o fato de todas as ações serem registradas por câmeras. "Embora os grandes estádios possuam monitoramento, eles demonstram a importância desse registro para que o policial não seja acusado de abuso de autoridade ou de agir de forma inadequada", disse. As aulas teóricas e práticas foram ministradas por dois policiais da Divisão Nacional de Luta contra o hooliganismo, entidade criada em 2009 para conter a ação violenta em estádios franceses. Durante o treinamento nas arquibancadas, os policiais simularam situações de resistência e condução de infratores, enquanto um dos agentes filmava toda a ação.
No despacho em que decretou novas prisões na sétima fase da investigação, Moro disse que “crimes não são cometidos no céu e, em muitos casos, as únicas pessoas que podem servir como testemunhas são igualmente criminosos

O local tem abrigado, desde o dia 1º, várias atividades artísticas, com entrada gratuita

Valor da indenização, por danos morais, é de R$ 5 mil

Em texto publicado, ela deu sinais de que está se recuperando do término