Opção cultural

[caption id="attachment_76902" align="alignnone" width="620"] Reprodução[/caption]
As modorrentas tardes de terça-feira voltam a ser bordadas de poesia. O projeto Terça Poética continua após uma pausa. E volta bem, com um poema de 1968, escrito por ninguém menos que Ana Cristina Cesar. Presente em "Poética", título lançado pela Companhia das Letras, que este ano ganhou sua 3ª reimpressão, o escolhido dentre tantos incríveis da escritora carioca, que nasceu em 1952 e faleceu em 1983, deixando uma obra ímpar, é “protuberância”, que integra o livro póstumo de 1985, “Inéditos e Dispersos”. Ei-lo em homenagem a uma grande poeta, que ganhou a Flip deste ano, e que marca as boas novas do projeto. Envie-nos seus escritos. O e-mail é [email protected].
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Este sorriso que muitos chamam de boca
É antes um chafariz, uma coisa louca
Sou amativa antes de tudo
Embora o mundo me condene
Devo falar em nariz(as pontas rimam por dentro)
Se nos determos amanhã
Pelo menos não haverá necessidades frugais nos espreitando
Quem me emprestar seu peito ma madrugada
E me consolar, talvez tal vez me ensine um assobio
Não sei se me querem, escondo-me sem impasses
E repitamos a amadora sou
Armadora decerto atrás das portas
Não abro para ninguém, e se a pena é lépida, nada me detém
É sem dúvida inútil o chuvisco de meus olhos
O círculo se abre em circunferências concêntricas que se
Fecham sobre si mesmas
No ano 2001 terei (2001-1952=) 49 anos e serei uma rainha
Rainha de quem, quê, não importa
E se eu morrer antes disso
Não verei a lua mais de perto
Talvez me irrite pisar no impisável
E a morte deve ser muito mais gostosa
Recheada com marchemélou
Uma lâmpada queimada me contempla
Eu dentro do templo chuto o tempo
Um palavra me delineia
VORAZ
E em breve a sombra se dilui,
Se perde o anjo.

[caption id="attachment_76890" align="alignleft" width="250"] Divulgação[/caption]
Também autor de "Alquimia de Pensamentos", Figueirôa narra na obra a busca pelo impossível
Pernambucano de Recife, W. Figueirôa vive os atuais dias em Goiânia. Na capital, o filho de Marcelo e Edna Figueirôa, que desde pequeno mostrava seu interesse pela escrita, fosse em redações escolares ou poesias, lança seu primeiro romance, o intitulado “Pégalus: o velho, um boneco e o caçador”. Lançada pela carioca Editora Multifoco, a obra percuta um sonho que se faz chave para a realidade, na busca pelo impossível.
Rosana Santiago Barbosa apresenta a obra, onde personagens são pessoas distintas. “Os sentimentos do boneco é a essência da obra e está no suposto de que o homem deve aprender a conviver com a natureza por ser o meio pelo qual o indivíduo torna-se plenamente criador e sujeito de sua própria história”, diz. O livro é um convite a passear por suaves e acolhedores lugares como também por hostis e competitivos, estes que compõem a vida.
Figueirôa também é autor de “Alquimia de Pensamentos”, obra que traz um poema com o qual recebeu uma menção honrosa no concurso do Rio Grande do Sul, “Caminhos do Sol”, realizado pela Shan Editores. Na gaveta, ele guarda ainda o intitulado “O Pintor e o Amante”, romance já finalizado e que aguarda a luz da publicação.
Leia um trecho do romance “Pégalus: o velho, um boneco e o caçador”, de W. Figueirôa
Parte um
Antes de ser um simples boneco
Apenas um boneco de madeira...
Já fui o auge na literatura infantil. A mentira foi o assunto em destaque na minha história. Mas sou uma realidade, uma verdade que reflete uma vida morta na natureza viva.
No tempo em que minha história era lançada, todos os meninos do mundo queriam ter um boneco igual a mim para brincar. E cada cópia criada para um boneco vivo, era uma vida para uma árvore morta.
Esse era o lado triste da linda e feliz história a se contar.

Programação segue até domingo, com exibição de curtas, oficinas e lançamentos literários
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Yago Rodrigues Alvim
Uma terça-feira goiana que já acorda com chuva, não tem jeito melhor de anoitecer senão em seu maior teatro, o Goiânia. Nos palcos, a arte cintila cinematográfica e diminuta, com direito às canções do carioca Jards Macalé. Antes, curtas-metragens se seguem à homenagem a memória do diretor Zózimo Bulbul, que também trilhou uma carreira de ator e roteirista, e ao ator de Barreiros, no Pernambuco, Irandhir Santos, que figurou no longa “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho e na novela “Velho Chico”, de Luis Fernando Carvalho. Programação esta que tem início às 20h, quando se inicia mais uma edição do Goiânia Mostra Curtas, uma das grandes vitrines do audiovisual canarinho.
[caption id="attachment_76881" align="alignright" width="250"] De Pedro Novaes, "A Militante" é um curta goiano que compete na Mostra Brasil[/caption]
Já com seus 16 anos, o festival, encabeçado pela também curadora a cineasta Maria Abdalla, visa valorizar e democratizar a produção do cinema brasileiro, além da formação de plateia. Nisso, oficinas (cujas inscrições já foram encerradas) e lançamentos literários de temática cinematográfica compõe a programação. O cinema local tem seu merecido lugar no festival, que exibe as obras “A Militante”, de Pedro Novaes, e “E o Galo Cantou”, de Daniel Calil, na Mostra Brasil — uma das cinco mostras competitivas da edição; uma delas é, inclusive, dedicada às produções goianas, a Mostra Goiás.
A diversidade também é celebrada no festival com a Mostra Especial, que destaca, neste ano, o Cinema Negro Brasil Contemporâneo (tema). “Alma no Olho”, de Bulbul, é a primeira obra a ser exibida; ela apresenta assim um panorama das produções do século 21. Além do diretor, a primeira realizadora negra Adelia Sampaio e as atrizes Ruth de Souza e Chica Xavier são homenageadas.
Realizado pelo Icumam, a Goiânia Mostra Curtas segue até o domingo, 9 de outubro. As exibições de terça a sábado têm início às 19h, sempre no Teatro Goiânia. A programação completa e mais informações sobre o festival podem ser conferidas no site www.goianiamostracurtas.com.br. Só para lembrar, toda a mostra é gratuita. É só se achegar.
Serviço
Goiânia Mostra Curtas
De 4 a 9 de outubro
Local: Teatro Goiânia
Entrada franca

Assumimos o fardo e a pretensão de fazer uma lista definitiva utilizando critérios que envolvem elementos relativos à, por exemplo, influência e importância histórica. É definitiva? Sim. Pelo menos, até amanhã

Evento teve um grande final no Martim Cererê cheio até depois das 2h15 de segunda (26) para ver atrações como Hellbenders e Gabriel o Pensador

Primeira noite da 15ª edição do evento foi marcada pelo reencontro do Martim Cererê com um festival de música independente da capital

A moda goiana não sentiu a crise brasileira e aumentou seu faturamento em mais de 8%, entre janeiro e julho de 2016. É Goiás começando a mostrar ao País as cores que carrega

Arquiteto e historiador Nireu Oliveira Cavalcanti reconstitui em obra as grandes transformações que a cidade viveu ao longo de seus 450 anos

Em novo romance, Micheliny Verunschk dá voz a uma garota que constrói um relato com ares de faroeste e de mistério

Uma voz forte e de personalidade está por trás de "Grey", disco já disponível no Youtube
A folk music é um gênero antigo, mas que ganhou muita atenção nos últimos anos, devido ao surgimento de movimentos com forte identificação com o tipo musical e, consequentemente, com a formação de várias bandas.
No Brasil, algumas bandas têm mesclado certa brasilidade ao som, quase estadunidense por característica. Renan Marcel Melo, porém, quer fazer um resgate ao folk "original". E é possível identificar isso em "Grey", álbum recém-lançado e que tem um pegada forte do folk americano.
Nan, como é conhecido, é catarinense e mora em Curitiba há 18 anos. O artista possui mais de 60 músicas de sua própria autoria, mas "Grey" é seu primeiro álbum. "Grey" foi lançado na quarta-feira, 21, e pode ser ouvido na página do artista.

15ª edição do festival volta na sexta-feira (23) ao centro cultural que é considerado o símbolo da cena independente de Goiânia, o Martim Cererê

Curso é aberto para homens e mulheres acima de 14 anos e acontece no próximo final de semana Com formação em flamenco, ballet clássico e dança contemporânea no Brasil e na Espanha, Ale Kalaf pode ser considerada, atualmente, umas das grandes autoridades em dança flamenca. E ela estará em Goiânia nos dias 24 e 25 de setembro para ministrar um workshop de dança. O workshop, que tem como finalidade proporcionar aos participantes o despertar para essa cultura sem fronteiras, é aberto para homens e mulheres acima de 14 anos. Serviço: Evento: Workshop de Flamenco Data: Sábado e domingo, 24 e 25 de setembro Local: Dança & Cia Companhia da Dança (Rua Orestes Ribeiro (antiga T52) esq c/ T27 nº 60 St. Bueno ) Valor da inscrição: R$ 140,00 Informações e inscrição: (62) 98544-4422 / [email protected]. Classificação: 14 anos

Reformulado, e com protagonismo feminino, o espetáculo circulará por cidades de Goiás, Minas Gerais e DF, iniciando por Formosa, no próximo dia 23 Depois do reconhecimento obtido com o Prêmio SESC de Teatro 2013, o espetáculo poético-musical “Infinito Vazio” entra novamente em circulação. A estreia da turnê será em Goiás, Formosa e Pirenópolis, seguindo por uma cidade mineira, Unaí, e chegando ao término em duas cidades do Distrito Federal (DF), Ceilândia e Samambaia. Dessa vez, o espetáculo traz elenco formado apenas por mulheres. Formosa abrirá os trabalhos na sexta, 23. No sábado, 24, outras duas apresentações serão feitas no Theatro de Pirenópolis. Já no sábado, 29, será a vez de Unaí. No DF, a peça chega na quinta e sexta, 1º e 2º de outubro, em Samambaia, às 20h. A censura é 14 anos e a entrada é franca.

Vencedora de importantes prêmios nacionais, a cantora traz seu novo show à capital goiana e promete encher o Palácio da Música, no Centro Cultural Oscar Niemeyer Considerada uma das maiores personalidades da história da música popular brasileira, Elza Soares volta à cena com seu novo show, "A Mulher do Fim do Mundo", que pretende passar por diversos estados brasileiros e pelas principais cidades de América do Norte e Europa. Lançado em Maio de 2016 na Europa, o CD The Woman at The End of World (título traduzido do álbum em inglês), já recebeu de maneira unânime da crítica especializada a avaliação máxima de Álbum do Ano, entre os principais estão os prêmios e citações do The Guardian UK, MOJO, The Weekend UK, Financial Times, Songlines, Billboard, The Arts Deck, The Sunday Times e outros. Com direção-geral de Guilherme Kastrup, o espetáculo conta com um total de 15 artistas. Sentada em um trono metálico em meio a um cenário cercado por mil sacos plásticos de lixo preto, na concepção de Anna Turra, que assina cenário, luz e projeções, Elza contracena com com os músicos e cantores Rodrigo Campos e Graciliano Neto, além da banda composta por Kiko Dinucci, Marcelo Cabral, Rodrigo Campos e Guilherme Kastrup. Gravado no Red Bull Studios São Paulo, em 2015, o álbum teve o samba como ponto de partida, mas, acima de qualquer limite de gênero, os pilares fundamentais foram a liberdade de criação e de expressão. “Fazer pela primeira vez na vida um disco só de inéditas, depois de tantos anos na estrada, já foi pra mim uma grande surpresa. Fui muito feliz em todo o processo porque esse projeto foi feito exclusivamente para mim”, conta Elza, ressaltando que a nova experiência, em comparação com outros trabalhos, exigiu uma dedicação maior, mas, ao mesmo tempo, permitiu mais autonomia nas interpretações. Serviço Show: Elza Soares, "A Mulher do Fim do Mundo" Abertura: Coletivo Bigorna Funk Discotecagem: DJ Daniel de Mello Data: Sexta-feira, dia 23 de setembro, a partir das 20 horas Local: Palácio da Música – Centro Cultural Oscar Niemeyer Ingressos: R$ 60,00 (frontstage), R$ 40,00 (back) e R$ 120 (camarote superior, open bar). Valores de meia entrada válidos conforme Lei da Meia Entrada e mediante a doação de 2kg de alimento não perecível. Pontos de venda: Tribo Restaurante (Rua 36, S. Marista), Shuffle Mix (Av. Araguaia), Seven Rock Shop (shopping Buena Vista), Detroit Steakhouse (Av. 136, St. Marista) e Poema Gourmet (Rua 28, St. Marista). Informações: (62) 3224-3737

Segundo longa de ficção de Kleber Mendonça Filho vale mais que a polêmica política que o está alavancando nas bilheterias