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Deputado federal do PT é o primeiro vice-presidente do grupo. Maior dificuldade nos debates serão o financiamento de campanha e a aproximação entre eleitor e eleitorado

Parlamentares federais eleitos por Goiás avaliaram que medidas do governo federal estão causando arrocho econômico aos brasileiros. Para os goianos, cenário vai piorar

Segundo Sindiperito, sindicato dos grevistas, posicionamento do Sinpol não os representa. Paralisação começa na manhã de quarta-feira (25)

Presidente do Senado, Renan Calheiros, convocou para terça-feira (24) sessão temática para debater alterações no sistema político nacional

Índice do complexo Alto Tietê passou de 18% para 18,2%; no Rio Claro foi de 35,2% para 35,3%. Já a central Rio Grande caiu de 83,9% para 83,6%

Cerimônia do prêmio será em Los Angeles, nos Estados Unidos. Produção O sal da terra, sobre o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, concorre na categoria documentário

Desmantelamento dos quatro reatores mais danificados, entre os seis que fazem parte da central, deverá demorar entre três e quatro décadas

Com o câmbio comercial perto da taxa de equilíbrio, o país pode conseguir exportar mais e diminuir o rombo nas contas externas

De acordo com Ministério das Relações Exteriores, o Brasil acompanha com preocupação a evolução da situação no país e insta os envolvidos a trabalhar pela paz

Ex-vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha será ouvido pelos crimes cometidos contra Ana Lídia de Souza Gomes e Bárbara Luíza R. Costa na próxima segunda-feira

Para procurador da República do Rio de Janeiro, Eike não cometeu crimes de falsidade ideológica e indução a erro de investidor, porém ele deve responder a outros dois crimes

[caption id="attachment_29068" align="aligncenter" width="620"] Iris Rezende e Ronaldo Caiado: o “velho” e o “novo” se oxigenando em Goiânia e em Goiás. Uma aliança para 2016 e para 2018[/caption]
Publicamente, o senador Ronaldo Caiado é um dos maiores críticos de o DEM fundir-se com outro partido. Já criticou a possibilidade de fusão com o PSDB — aliado histórico. Agora, com a hipótese de o partido se unir ao PTB, com o objetivo de se livrar da pecha de partido tipicamente nanico, o democrata não tem se manifestado de maneira radical. Por quê?
Porque, com seu faro político privilegiado, Ronaldo Caiado percebeu que o PMDB se tornou uma casa sem dono, com um líder que, de regional, se tornou apenas municipal, quer dizer, de Goiânia. Iris Rezende não tem mais planos para disputar o governo de Goiás. Cansou-se de perder e agora planeja apostar num nome consistente e, apesar de que terá 69 anos em 2018, relativamente novo. O jogo é simples: como Iris Rezende sabe que não pode contar com o PT para “renová-lo” na disputa pela Prefeitura de Goiânia — hoje, se mantida a aliança que deu certo em 2008 e 2012, o PT o “suja” —, precisa de Ronaldo Caiado para torná-lo mais palatável e menos encanecido.
Como o DEM não existe em Goiânia — e talvez não exista no Estado —, Ronaldo Caiado nada tem a perder se apoiar Iris Rezende, ou outro candidato do PMDB para prefeito. Pelo contrário, só tem a ganhar: poderá ser o candidato do partido a governador de Goiás em 2018. Para tanto, tem de se filiar ao partido? Não necessariamente. Mas, se houver a fusão entre PTB e DEM, o senador terá ganhado o pretexto adequado para migrar para o PMDB.
Há outro ponto: hoje, Iris Rezende não tem prestígio algum no PMDB nacional, porque nenhum dos deputados federais — Daniel Vilela e Pedro Chaves — pertence ao seu grupo político. E o partido não tem nenhum senador. Porém, pelas regras de Brasília, um senador vale mais do que dois deputados federais. E aí, se Ronaldo Caiado se filiar ao PMDB, Iris volta a se fortalecer.
Porém, se é adversário figadal do governo do PT, que é apoiado pelo PMDB, como ficará Ronaldo Caiado em termos de posicionamento político? É provável que, se se filiar mesmo ao partido, adotará um comportamento parecido com o do ex-senador Pedro Simon. Não custa ressaltar que o projeto eleitoral prioritário do democrata é mesmo em Goiás.
Está cedo para a tomada de decisões? Se estivesse, Iris Rezende e Ronaldo Caiado não estariam amarrando acordos e marcando encontros e convidando a imprensa para registrá-los.

[caption id="attachment_29069" align="aligncenter" width="620"] Mário Rodrigues, Gean Carvalho e Bráulio Morais: chances de Jayme Rincón ser eleito prefeito de Goiânia são altas[/caption]
O Jornal Opção ouviu pesquisadores, como Gean Carvalho, do Instituto Fortiori, e Mário Rodrigues, do Instituto Grupom, um marqueteiro e um político e pediu para que avaliassem uma possível candidatura de Jayme Rincón, do PSDB, a prefeito de Goiânia, em 2016.
Todos admitiram que um governador, sobretudo um tão atilado politicamente como o tucano-chefe Marconi Perillo, não trabalha com apenas um caminho no período pré-eleitoral. Porque, se uma hipótese naufragar, tem outras opções. Porém, no momento, “o candidato” — ou pré-candidato ou quase pré-candidato — é mesmo Jayme Rincón. Primeiro, porque é o nome que Marconi Perillo prioriza como mais viável e, como sugeriu recentemente, é o que demonstra mais vontade de disputar. Segundo, não tem receio de enfrentar qualquer candidato — nem uma “vaca sagrada” como Iris Rezende. Terceiro, consagrou-se, nos últimos quatro anos, como o gestor que consegue transformar projetos em obras de qualidade — e com extrema agilidade.
Bráulio Morais, ex-vereador em Goiânia e articulador político do primeiro time — atuando quase sempre nos bastidores, ao lado do governador Marconi Perillo —, é peremptório: “Jayme Rincón tem plenas condições de ser eleito prefeito, e derrotando figuras tradicionais, como Iris Rezende. O apoio de Marconi é decisivo, sobretudo porque está bem avaliado como gestor. Mas é preciso admitir que Jayme tem seu próprio valor. Ele é ousado, ágil, hábil, inteligente, não tem preguiça e debate com conhecimento de causa, e de maneira enfática, os problemas de Goiânia. As pessoas que o ouvem percebem que tem vontade de governar a capital, que é proativo, não meramente reativo”.
“Mas candidato do governo não ganha em Goiânia”, reza o lugar comum. Gean Carvalho pondera: “Com um candidato consistente, como Jayme Rincón, e depois de uma administração problemática como a de Paulo Garcia, mal avaliada pela população, não resta a menor dúvida: o eleitor vai apostar num candidato com a imagem de gestor e de renovador. O próximo prefeito de Goiânia terá a imagem oposta à de Paulo Garcia. O perfil é o de Jayme, que é ‘leve’, tem conteúdo e pode ser trabalhado de maneira inteligente pelo marketing político-eleitoral”.
O marqueteiro entrevistado, que preferiu não se identificar — porque deve fazer uma das campanhas —, corrobora a tese de Gean Carvalho: “A história de que candidato do governo não ganha em Goiânia precisa ser relativizada. Um candidato propositivo, com a imagem cristalizada de gestor e que consiga criar expectativas positivas nos eleitores, pode ser eleito, independentemente se tem o apoio do governo do Estado ou não. Pesquisas e o discurso das pessoas nas ruas sugerem que a eleição de 2016 vai ter uma dinâmica diferente das últimas eleições. Uma coisa é certa: Goiânia não quer a permanência do PT no poder e pode rejeitar o PMDB de Iris Rezende devido à ligação com Paulo Garcia”.
Mário Rodrigues frisa que “o candidato tem de ser dinâmico, não pode ter a pecha de preguiçoso. É o que em aparecido nos nossos levantamentos. Jayme Rincón ainda é um ponto de interrogação. Ele ainda não é muito conhecido, o que, a rigor, não é um problema sério. Porque pode construir sua imagem. Acrescento que só tem 16 meses para construir, ante os olhos dos eleitores, o perfil de um político dinâmico e gestor capaz. Jayme precisa ser discutido pela sociedade, não necessariamente pela imprensa. Ele precisa ‘entrar’ na pauta das pessoas. Dos nomes postos, é um dos que mais tem potencial”.

[caption id="attachment_29060" align="alignright" width="300"] Friboi, Michel Temer e Pedro Chaves: vice-presidente e dois de seus aliados em Goiás | Foto: reprodução[/caption]
Um peemedebista manteve, recentemente, uma longa conversa com o vice-presidente da República, Michel Temer, a respeito de assuntos afeitos à política de Goiás.
Temer foi sincero: a política de Goiás, ante o quadro caótico do país — até com a hipótese do impeachment da presidente Dilma Rousseff —, não está entre suas prioridades.
O vice-presidente frisou, porém, que não ficou satisfeito com o resultado eleitoral do PMDB nas eleições de 2014. “Não adianta discutir: Goiás enviou apenas dois deputados federais para Brasília. Antes tinha cinco. Temer, como qualquer líder, não aprecia o esfacelamento gerado pela liderança equivocada de Iris Rezende.”
Mesmo sugerindo que não falaria “mal” de Iris Rezende, e que não se sentiria confortável para pedir intervenção no PMDB goiano com objetivo de enfraquecer o líder octogenário, porque se trata de integrante histórico do partido, Temer admitiu que é preciso mudar a conduta política das lideranças locais. Sublinhou, também, que é contra a expulsão de Júnior Friboi.
No diálogo, Temer frisou que se política se faz somando, atraindo, convidando, mas não expurgando. O vice-presidente garantiu que tem simpatia pelo grupo liderado por Friboi e Maguito Vilela, que inclui os deputados federais Daniel Vilela e Pedro Chaves, além de vários prefeitos.
Temer não disse, mas insinuou que os problemas locais devem ser resolvidos localmente. Porém, sugeriu que o PMDB precisa voltar a eleger uma maior bancada de deputados federais e pelo menos um senador. É que, em Brasília, o que vale não são prefeitos, até mesmo de capitais, mas deputados e senadores. A força do PMDB é concentrada no Congresso Nacional — por isso se passa a impressão de que o Brasil tem um sistema presidencial meio parlamentarista. Dilma Rousseff é a presidente e, portanto, governa, manda. Entretanto, a partir do Parlamento, o PMDB exerce um certo controle do governo. É quase um governo paralelo.
Um tucano de bico erado e grande disse ao Jornal Opção: “Noto que Vanderlan Cardoso está tentando se aproximar do governador Marconi Perillo para conquistar seu apoio para disputar a Prefeitura de Goiânia. Mas há um problema a ser considerado. Quando terminou o primeiro turno, em 2014, o governador enviou emissários para pedir o apoio de Vanderlan para a disputa do segundo turno. No entanto, o presidente do PSB decidiu não apoiá-lo. Quem fica neutro pode, depois, cobrar ou pedir apoio? Não pode, é claro”. O tucano afirma que Marconi Perillo é um político pragmático e, pensando na disputa de 2018, pode “sacrificar” a disputa de 2016. “Mas acredito que, ao perceber que pode eleger um candidato em Goiânia, Jayme Rincón, Marconi não vai apoiar Vanderlan. Ninguém ‘doa’ poder.”