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Casos internacionais de infecção provocaram fechamento de fábrica e recall de produtos em mais de dez países

Após testes em camundongos com 99% de eficácia sem efeitos colaterais, teste em humanos pode começar ainda este ano, revela pesquisa

Em mais uma ação da Semana Santa, grupo de atores realizou apresentação teatral na GO-060 entre Goiânia e Trindade

Ao fim de motociata, presidente disse que "nossa democracia é açoitada diariamente" e mandou uma indireta: "Vocês sabem por quem"

Barulhos de explosões foram ouvidas nos arredores da cidade durante madrugada; maior navio de guerra russo afundou após ser danificado em incêndio

Abalo sísmico foi registrado pelo Observatório Sismológico da UnB e é considerado pequeno para padrões internacionais

Da editora. “Estas memórias ultrapassam o registro biográfico ao fazer uma reflexão sobre a prática médica, que figura nestas páginas como arte que exige humildade”

Houve reforço no policiamento para a manifestação, com efetivo de mais de 1,9 mil policiais militares, segundo a secretaria responsável

Na agenda, vistoria a obras e lançamento do programa DNA Brasil, que atende crianças em situação de vulnerabilidade por meio do esporte

Substituto de Bruno Araújo será o presidente da sigla por São Paulo, Marco Vinholi

“Medo eu sempre tive, mas as fotos precisavam ser feitas. Palavras precisavam ser ditas contra a Máfia”

Ação começou com apoio pontual, mas já chegou a mais de 200 famílias
Programa do pedagogo foi aplicado em quatro salas de pré-alfabetização, com o aval da escola e dos pais| Foto: Arquivo Pessoal
Um projeto voluntário no interior da Bahia está levando o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) a estudantes surdos e não surdos, com o objetivo de buscar a integração da comunidade escolar. A iniciativa voluntária do pedagogo Danilo Dias dos Santos, de 26 anos, na cidade de Abaré, a cerca de 554 quilômetros de Salvador, começou com um apoio pontual, mas já chegou a jovens de 200 famílias da região.
Criada em 2020, a ação visa diminuir as dificuldades de comunicação e acessibilidade de pessoas surdas, potencializadas pelo isolamento social e pausa nos estudos tradicionais por conta da Covid-19. "Tive a oportunidade de conhecer virtualmente uma criança surda por meio de uma mãe que não sabia como proceder em relação à língua de sinais. Resolvi fazer um desafio, montamos um diário em que sugeri atividades remotas para ambas. A mãe foi me dando devolutivas de todo o processo e, a partir daí, me motivou a produzir o projeto", explicou Santos ao Estadão.
O espaço virtual foi pensado para garantir o ensino de sinais básicos de comunicação em libras, permitindo assim aproximação dela com a identidade surda e consequentemente a aquisição da língua de sinais. O contato inicial partiu de Kelliane Silva Sá, mãe de Isabella Barbosa, de 5 anos, após ver uma palestra do professor nas redes sociais. A estudante talvez não soubesse no momento, mas a sua busca foi a motivação principal para a criação do projeto Libras na Escola Inclusiva, do pedagogo Danilo. "Estou no terceiro semestre de letras/libras, mas ainda entendo pouco. Por minha filha ser surda, busquei uma forma de ter mais conhecimento, inclusive para passar à minha família", lembrou a mulher.
O acompanhamento durou um mês e contou com roteiro de atividades, vídeos, livros infantis acessíveis, orientação à família e encontros com videochamada. "Foi maravilhoso. Por ela ainda ser pequena, não entender muito, fomos passando o básico, como gestos familiares, objetos e alguns lugares. Estamos vivendo um processo de adaptação, mas recomendo muito. Acredito que todos deveriam aprender libras", reforçou.
Ao perceber o sucesso obtido pela Isabella, na época com quatro anos, Danilo decidiu experimentar a ideia no Centro de Educação Infantil Imaculada Conceição, localizado no município baiano, e contemplar inicialmente a turma de pré-alfabetização II, formada por 10 alunos não surdos. "Levei para a sala de aula, reformulando para que (o conteúdo) ficasse alinhado às bases curriculares".
Para isso, sugeriu uma reunião com os gestores da unidade educacional com a apresentação do projeto. Após recepção positiva, realizou uma formação pedagógica com a equipe escolar e funcionários, repassando principalmente formas para acolher essa criança que não escuta. "Colocamos placas com sinais nos banheiros e corredores. Fomos para a prática. A ideia era compreender sinais de comunicação básica, como incômodos e dores", detalhou.
Logo depois, fez reunião com os familiares e responsáveis. Ao todo, foram 10 encontros virtuais com os pequenos da turma piloto, em chamadas de vídeo de 20 minutos, e 10 visitas domiciliares. Depois, o projeto foi aplicado nas quatro salas de pré-alfabetização I e II da instituição de ensino.
"As crianças ficaram encantadas. O grande resultado foi a mobilização de toda a escola, no sentido de dar formação aos professores, replicar nas demais salas, contagiado a rede. Só de pensar que em uma escola pública de educação infantil, pequena, carente, nós tivemos resultados exitosos é muito revigorante. Conseguimos ver também uma maior participação das famílias, de depoimentos de mães que sentiram esperanças diante da pandemia", celebrou.

Cientistas reveem números globais e corrigem prevalência estimada de 35% para 52%
Presença de enxaqueca é 18%, sendo que dois terços dos casos são em mulheres| Foto: Divulgação
Um estudo de revisão publicado nesta terça-feira, 12, na revista científica The Journal of Headache and Pain traz uma atualização da respeita pesquisa Carga Global de Morbidade (GBD) a respeito das dores de cabeça. Com base em 357 publicações analisadas pelos autores, foi possível concluir que 52% da população mundial é afetada por algum tipo de cefaleia todos os anos, sendo que 14% reclama da enxaqueca, uma dor crônica.
Como as conclusões do GBD se baseiam em estudos epidemiológicos (publicados ou não) com grande variedade de metodologias e estimativas, a equipe de pesquisadores se concentrou em atualizar a documentação relativa à cefaleia, resumindo as estimativas de prevalência global para todos os tipos de dores de cabeça, bem como para enxaquecas, cefaleias tensionais (CTT) e as chamadas cefaleias de 15 dias (H15).
Além de comparar os seus dados atualizados com as estimativas da GBD, o estudo também analisou de que forma os fatores metodológicos empregados influenciaram as estimativas de prevalência observadas.
Nas 357 publicações divulgadas entre 1961 e o final de 2020, a maioria delas originária de países de alta renda, a equipe de cientistas da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU) apurou uma prevalência global estimada de cefaleia ativa de 52%. Além disso, há também uma predominância de enxaqueca (14%), CTT (26%) e de H15 (4,6%). Os dados tiveram como base o relatório GBD2019, o mais recente da série.
Segundo o principal autor do estudo, Lars Jacob Stovner, professor da NTNU, embora seja prematuro concluir que as dores de cabeça estejam aumentando no mundo, o que ficou claro no atual estudo é que sua prevalência é alta e que elas constituem “um fardo pesado” para os serviços de saúde. A cada dia, 15,8% da população mundial tem dor de cabeça, diz a pesquisa.
Geneticamente, homens e mulheres têm a mesma tendência a ter enxaqueca. Porém, a doença é facilitada pelo estrogênio, o hormônio feminino, enquanto a testosterona masculina tem ação “protetora”. Por isso, a partir da puberdade, a mulher fica mais suscetível às crises.

Apesar de números de casos estarem diminuindo em nível global, para diretor executivo da OMS "de maneira nenhuma" pandemia atingiu situação de endemia