Bastidores
O deputado federal convocou seus aliados e disse que não será candidato à reeleição. Alguns de seus aliados, com sua anuência, vão participar das campanhas de Daniel Vilela, Olavo Noleto e Alexandre Baldy para deputado federal. Mabel está de olho grande nas prefeituras de Goiânia e de Aparecida de Goiânia, na disputa de 2016. Se Júnior Friboi for eleito governador, Mabel pretende assumir uma secretaria, possivelmente a da Indústria e Comércio, ou então vai pleitear um ministério.
Setores do PT goiano avaliam que Júnior Friboi será mesmo o candidato a governador pelo PMDB. "Iris Rezende é melhor e o PT apoiaria sua candidatura, especialmente porque cumpre compromissos. No entanto, há indícios fortes de que Friboi controla a máquina do PMDB. Porém, se Friboi for candidato, o PT deve bancar Antônio Gomide. O motivo é simples: ninguém, no PT, avalia que Friboi é melhor do que Gomide em termos políticos e de capacidade de gestão", afirma um petista.
Raciocínio meio enviesado de um integrante do PP: "Quanto mais José Eliton diz que será vice do governador Marconi Perillo, na eleição de 5 de outubro deste ano, mais parece que fica distante de ocupar a posição que ocupa hoje". O pepista diz que José Eliton é excelente, mas, além de não ter voto, é uma barreira à composição com o DEM. Ele se tornou vice com o apoio do deputado federal Ronaldo Caiado, mas, em seguida, rompeu com o democrata, que o havia bancado e o colocado na política, e migrou para o PP. José Eliton, na base aliada, seria o único contra a composição com Ronaldo Caiado. Pelo menos é o que deputados estaduais e federais e secretários do governo do Estado comentam.
De um petista com grande trânsito em Brasília: "Acho que o governador Marconi Perillo não será candidato à reeleição e vai bancar o economista Giuseppe Vecci para o governo". O Jornal Opção pergunta: "Por que tanta certeza?" O petista admite que não tem certeza e afirma: "Os movimentos de Marconi sugerem uma grande indecisão e, na dúvida, é bem possível que não arrisque. Ele não quer ser, de maneira alguma, o Iris Rezende de 1998".
O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), disse a petistas que erra quem acha que todo mundo tem sair junto no primeiro turno. Sua tese é que todos têm direito e devem lançar candidatos no primeiro turno. Ele aposta que, separadamente, é possível ganhar do governador Marconi Perillo. A união geral deve ficar para o segundo turno. No PMDB e no PT, há um certo otimismo num ponto. Os líderes dos dois partidos acreditam que quem for para o segundo turno com Marconi vai ser eleito governador de Goiás. "Está escrito nas estrelas... vermelhas", brinca um petista.
Pré-candidato a deputado federal, Olavo Noleto (PT), no pouco tempo que tem para circular pelo Estado, conversando com diversas lideranças, diz que está contente com a recepção tanto dos políticos quanto das demais pessoas. "Onde eu achava que não tinha nada está brotando água", afirma Olavo, meio enigmático. Na verdade, ele quer dizer que, em muitos lugares, acreditava que não teria um apoio efetivo, dados os vários compromissos dos políticos, mas, quando vai conversar com as pessoas, percebe que há um apoio real à sua intenção de disputar mandato na Câmara dos Deputados. Um dos segredos de Olavo é que, em seus vários anos em Brasília, quando nem pretendia ser candidato a nada, sempre tratou todos os goianos com fidalguia. No governo federal, nunca fez seleção partidária e ideológica. Sempre tratou os goianos, de quaisquer partidos, como "iguais". O interesse de Goiás sempre esteve acima de qualquer questiúncula partidária. Agora, o petista colhe os frutos de sua visão democrática de como deve ser um governo.
O vereador Elias Vaz, principal porta-voz da Rede Sustentabilidade em Goiás, confirma que as relações do grupo de Marina Silva com o pré-candidato a governador de Goiás pelo PSB, Vanderlan Cardoso, melhoraram. “No início, embora integre um partido de esquerda, Vanderlan estava tentando montar uma chapa com perfil de centro-direita. Ele próprio não é de direita, mas o deputado Ronaldo Caiado (DEM) é de direita. Vanderlan, nas suas propostas, sempre coloca como regras a questão ética e que, se eleito, vai governador com técnicos e não com foco político.” Sobre Júnior Friboi, o pré-candidato do PMDB a governador, Vaz diz que, se não houver uma ação muito forte de Iris Rezende, e não de seus prepostos, o empresário vai se consagrar como candidato. “Hoje, ele é o nome do partido para o governo.” O vereador nota que as vozes que apoiam Friboi têm mandato, enquanto Iris tem sido defendido por políticos que não têm mandato, ou seja, que não estão na política. “A situação de Iris é muito difícil.” Quanto a Antônio Gomide, o pré-candidato do PT a governador, Vaz avalia que seu partido puxou-lhe o tapete. Ao sugerir que sua candidatura depende de alguma coisa, de acordos nacionais, por exemplo, a cúpula partidária estaria dizendo que ele pode não ser candidato. Mas Vaz diz que uma unificação em torno de Gomide garantiria um candidato forte. “Mas o PMDB não apoiará Gomide.” Nem parte do PT, a do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, quer compor com o prefeito de Anápolis. A respeito da reforma administrativa da Prefeitura de Goiânia, Vaz diz que é preciso analisá-la com cuidado. “Em 2013, Paulo Garcia reduziu o número de cargos comissionados de 2000 para 1.150. No entanto, a despesa saltou de 800 mil reais para 2,1 milhões por mês. Outro problema é que, na Prefeitura de Goiânia, há 44 pessoas com status de secretário. No Mutirama havia nove diretorias. A Comdata, embora em processo de liquidação, consumiu 205 mil reais com folha de pagamento em fevereiro. É impressionante, mas o liquidante conta com 32 funcionários.” Vaz vai disputar mandato de deputado estadual. Martiniano Cavalcante, também da Rede Sustentabilidade, deve ser candidato a deputado federal.
Marco Santos Talvez agora seja uma palavra de uso corriqueiro, porém, a inovação é e sempre foi uma “chave mestra”, ou seja, a porta para o sucesso do futuro. Nunca antes na história esta palavra fez tanto sentido como agora. Em plena economia digital e global, inovar consiste em criar algo que vá além de uma boa ideia. Agora, o cerne da questão trata-se de criatividade, coragem e resistência. A competição global está intensa e os ciclos de tecnologia estão se encurtando. Isso tem um impacto fundamental sobre os requisitos da gestão da inovação. A velocidade que se podem desenvolver novos modelos de negócio digital está evoluindo e é um fator predominante para o êxito. Há cinco teses sobre o que fazer para inovar. São elas. 1 — A inovação requer uma nova forma de pensar e de uma cultura sem medo do fracasso Para inovar, as pessoas precisam ser tolerantes com o que é pouco convencional, partilhar a ambição de entender o novo e usá-lo em proveito próprio. Quando as pessoas conseguem quebrar convenções e dão adeus às formas tradicionais de pensar, promovem oportunidades para alcançar algo genuinamente novo. Nesta etapa, é comum encontrar resistência, por isso é necessário energia e uma maior determinação para convencer aos demais que a ideia está relacionada ao não ver o fracasso como uma derrota, mas sim como uma experiência. E isso nunca foi tão fácil, mais rápido ou mais barato do que é hoje. O melhor exemplo são os protótipos digitais. Graças ao softwares modernos, as coisas podem ser julgados em detalhes, simplesmente através de tentativa e erro, sem desperdiçar incontáveis somas de soluções intermediárias recentemente desenvolvidos. 2 — Manter o melhor do passado e dar um novo contexto Embora a inovação signifique renovação, tradição e inovação não são necessariamente excludentes. Em todo caso, trata-se de preservar o melhor do que já foi testado e é confiável para movê-lo a um novo contexto, predominantemente tecnológico. Trata-se de conseguir que ideias ou soluções tradicionais traduzam-se em modelos de negócio digitais preparados para o futuro. 3 — A renovação tecnológica leva a outra inovação, mudando o panorama Muitas vezes as inovações são reconstruções engenhosas de melhorias técnicas já disponíveis no mercado. Como resultado, as inovações técnicas podem definir ondas reais de inovação. Em suma, desempenham um papel fundamental em todas as etapas da cadeia de valor digital e podem mudar o jogo para indústrias inteiras. A capacidade dos dispositivos móveis presentes em nossas vidas pessoais e profissionais é um bom exemplo de como a tecnologia pode mudar toda a cultura de comunicação em um tempo muito curto. 4 — A co-inovação redefine ideias iniciais e tornam-se novos modelos de negócios O pensamento unidimensional é tão estranho à própria natureza da inovação como a imobilidade inflexível. A inovação é muito mais do que as ideias que fluem sem restrição. O truque é passá-los através de um “funil” até que se tenha um produto utilizável. Na GFT, envolver clientes ativamente no processo de inovação resulta em soluções que inspiram, ou seja, tecnologias que as pessoas identificam-se imediatamente. É importante que mais pessoas tornem-se defensores de uma ideia, já que a inovação tem o potencial de se expandir e ser comercializada. 5 — Funcionários são fontes de inspiração, condutores e multiplicadores de inovação Na busca por uma nova inspiração, as empresas tendem a esquecer que eles têm grandes reservas internas de conhecimentos e ideias: seus próprios funcionários. Quantos mais multidisciplinares forem os recursos humanos, maior o potencial que uma empresa tem para encontrar uma ideia brilhante. Integradas nos processos de maneira correta, essas pessoas podem ser verdadeiras incubadoras de inovação. Paralelo a isso, a expansão do uso das redes sociais têm fundido configurações pessoais e profissionais. Assim, os membros da equipe se tornaram multiplicadores importantes e confiáveis, portanto, ideais para transmitirem as mensagens apropriadas. E para você, qual é o ponto de partida para a inovação? Pensar diferente, compartilhar opiniões ou deixar as coisas acontecerem? O ponto de partida é tudo isso. Marco Santos é country managing director da GFT Brasil, companhia de Tecnologia da Informação especializada no setor financeiro
Depois da lista elaborada pelo deputado Francisco Gedda, o Jornal Opção pediu para o presidente nacional do PHS, Eduardo Machado, elaborar sua lista com os nomes dos 17 políticos que devem ser eleitos para deputado federal em 5 de outubro deste ano. “É provável que até meus aliados não fiquem satisfeitos comigo, mas, ao fazer a lista, procurei ser justo. Como viajo pelo Estado, estou acompanhando o trabalho dos candidatos e estou observando suas alianças políticas. Posso ter cometido alguma injustiça? É provável, mas só mesmo as urnas, daqui a alguns meses, poderão dizer se certo ou errado.” A lista, apresentada em ordem alfabética, com pequenos comentários feitos por Eduardo Machado: 1 — Alexandre Baldy/PSDB — Contratou um profissional de campanha para auxiliá-lo, Aristóteles de Paula. 2 — Antônio Faleiros/PSDB — O governador Marconi Perillo está se empenhando pessoalmente em elegê-lo. 3 — Armando Vergílio/Solidariedade — Não se sabe vai disputar. Mas é capaz de montar uma estrutura e rapidamente. 4 — Daniel Vilela/PMDB — O apoio do pai (Maguito Vilela), tanto em Aparecida quanto em Jataí, certamente lhe dará uma votação consagradora. 5 — Gilvan Máximo/PRB, Eduardo Machado/PHS e Walter Paulo/PMN — A Chapinha [coligação de partidos pequenos] deve ser eleger um deputado. Deve ser um dos três. 6 — Giuseppe Vecci/PSDB — É a estrela de ouro do governador Marconi Perillo. Deve ser um recordista de votos. 7 — Iris Araújo/PMDB — Figura, claro, na lista dos mais votados. 8 — João Campos/PSDB — O deputado sempre se elege, e com boas votações. É muito representativo do meio evangélico. 9 — José Mário Schreiner/PSD — É a segunda estrela de seu partido e terá o apoio de Ronaldo Caiado. 10 — Jovair Arantes/PTB — O deputado articulou uma estrutura municipalista que o elege há vários anos. 11 — Magda Mofatto/PR — A empresária organizou uma máquina poderosa e, agora, tem o controle de um partido. 12 — Marcelo Melo/PMDB — Muito ligado a Júnior Friboi, certamente será eleito. 13 — Olavo Noleto/PT — Conhecido como “candidato da Dilma”, Olavo se tornou muito próximo dos prefeitos de vários partidos. Veremos se vai transformar isto em votos. 14 — Pedro Chaves/PMDB — O deputado articulou uma estrutura que o reelege há anos. 15 — Rubens Otoni/PT — É hors concours. Ele construiu a máquina petista e tem votos em todo o Estado. 16 — Sandro Mabel/PMDB — Se disputar, vai se eleger. Porque constituiu uma estrutura eficiente ao longo dos anos. 17 — Thiago Peixoto/PSD — Com uma ampla estrutura no interior, deve ser um dos mais bem votados. Eduardo Machado afirma que, “se Armando Vergílio e Sandro Mabel não disputarem, a concorrência por uma ou duas vagas vai ser feroz entre Valdivino Oliveira, Sandes Júnior, Roberto Balestra, Heuler Cruvinel e Célio Silveira. O tucano Célio terá uma boa votação”.

[caption id="attachment_174" align="alignleft" width="620"] Júnior Friboi e Marcelo Melo: o segundo garante que o primeiro será candidato a governador; sem ele, o PMDB desmorona[/caption]
O grupo de Iris Rezende aposta que o veterano líder será candidato a governador. Pode ser. O peemedebista sabe como funciona o pulo do gato. Mas o Jornal Opção conversou com deputados federais, estaduais e prefeitos do PMDB e todos disseram que a candidatura de Júnior do Friboi “é mais do que certa — é irreversível”. O pré-candidato a deputado federal Marcelo Melo, um dos poucos que optaram por falar em “on”, disse que não há mais volta: “Nós vamos até o fim com o Júnior. Estou abraçado até à morte com o projeto dele”.
Líder político no Entorno do Distrito Federal, Marcelo Melo frisa que, em 2010, se contasse com um pouco mais de recursos, Iris teria sido eleito governador. “Perdemos por inanição financeira”, frisa o ex-deputado federal e vice do ex-governador naquela disputa. “Agora, com Júnior, há estrutura e temos condições de eleger o governador. Perdemos quatro eleições e não queremos perder a quinta.”
Marcelo Melo afirma que todos os diretórios do PMDB no Entorno de Brasília hipotecam apoio integral a Friboi. “O apoio ocorre, na verdade, em todo o Estado. Dos quatro deputados federais, três [Sandro Mabel, Pedro Chaves e Leandro Vilela] estão integral e radicalmente com Friboi.” Um deputado estadual complementa: “Daniel Vilela, José Essado, Paulo Cezar Martins, Bruno Peixoto, Luiz Carlos do Carmo e o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, estão afinados com Júnior”.
Um ex-deputado afirma que o grupo de Iris está “fazendo tudo errado” e “não percebe que, se perder Júnior agora, toda a estrutura do PMDB vai desmoronar”. Ele aposta que, sem Friboi no páreo, disputando o governo, “vai faltar candidato a deputado e, sobretudo, vai ser um deus-nos-acuda”. Um prefeito peemedebista diz que admira Iris, mas sugere que as pesquisas, em especial as qualitativas, indicam que o decano peemedebista sai na frente, ou empatado com o governador Marconi Perillo, “mas tende a se desidratar”. Ele frisa que o PMDB tem de perceber os novos tempos. “Por que será que Marconi prefere enfrentar Iris? Porque é o candidato mais previsível.”
Um deputado, que já foi grande apoiador de Iris e ainda o respeita, frisa: “Sinceramente, todo o PMDB quer Friboi para governador, mas também aprova Iris para senador”. E acrescenta: “Mas poucos querem, na verdade, Iris para governador. Porque, se disputar, é derrota certa. Até quando vamos nos iludir de que Iris pode derrotar Marconi?”
Os prefeitos de Jataí, Humberto Machado, e o de Porangatu, Eronildo Valadares, para citar apenas dois, estão “dentro” da campanha de Friboi e não tem qualquer entusiasmo com Iris. Dos partidos aliados, o deputado estadual Francisco Gedda é o mais animado com Júnior.
Nas duas últimas semanas, políticos e não-políticos que conversaram com o ex-governador, ex-ministro, ex-senador e ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende ficaram com seu ânimo. Poucos o viram tão animado, alegre e determinado. “Parece um menino”, disse um político. Ele está sempre sorrindo. E detalhe: está falando muito do presente e do futuro. Não está nada nostálgico. Iris planeja mesmo ser candidato a governador e intensificou os contatos políticos e, mesmo, empresariais. Continua dizendo que não vai atropelar Júnior Friboi, o pré-candidato a governador do partido, mas também sugere que não deixar o PMDB na mão, com um nome que, a despeito de uma estrutura gigante, não deslancha. Detalhe: em nenhum momento, ao contrário do que espalhou o friboizismo, o vice-presidente da República, Michel Temer, pediu que Iris retirasse seu nome da disputar para abrir espaço para Júnior Friboi.

[caption id="attachment_170" align="alignleft" width="300"] Magda Mofatto, pré-candidata a deputada federal: “Marconi Perillo e Ronaldo Caiado, na mesma chapa, é vitória na certa em outubro”[/caption]
Magda Mofatto (PR) é uma mulher de coragem. Venceu no mundo empresarial num ramo complexo, o da hotelaria, em Caldas Novas. Ela acaba de ampliar seus investimentos, com novos empreendimentos. Como deputada federal, mostrou-se atuante e firme na defesa de Goiás, sobretudo dos municípios que representa. Independente, fala o que pensa, doa a quem doer.
“Publicaram que posso não apoiar a reeleição do governador Marconi Perillo. Eu não disse isto. O que disse foi outra coisa bem diferente. Eu frisei que estou ‘fechada’ com Marconi, em quaisquer circunstâncias, se ele disputar a reeleição. Porém, se o candidato for outro político, aí abre-se espaço outra conversa. Meu compromisso, insisto, é com Marconi”, frisa Magda. “Na eleição de 5 de outubro deste ano, é Marconi ou Marconi. Não há alternativa.”
Marconi, na opinião de Magda, “é, entre todos os nomes que têm sido citados, o melhor candidato. Ele é um profissional e ganha de Iris Rezende, de Júnior Friboi, de Vanderlan Cardoso e de Antônio Gomide. Poucos gestores, mesmo na iniciativa privada, são tão trabalhadores e incansáveis quanto Marconi. Ele tem o que mostrar ao eleitor em todo o Estado. A duplicação da rodovia que vai de Morrinhos para Caldas Novas, uma reivindicação antiga da região, está sendo feita em seu governo. Em Goiânia, há o Hospital de Urgências 2. Em Morrinhos e Aparecida de Goiânia, há dois Credeqs. O ‘tucaninho’ não para — é uma máquina de trabalho”.
No momento, desenha-se uma chapa majoritária com Marconi para o governo, José Eliton (PP) na vice e Vilmar Rocha (PSD) para senador. Magda discorda da “montagem”. “Porque não é forte eleitoralmente. José Eliton e Vilmar Rocha são ótimos políticos e eu tenho o maior respeito e admiração pelos dois. Mas, numa campanha acirrada, na qual no lugar de ‘carregar’ outros políticos, Marconi precisa muito de apoios novos, consistentes e eleitoralmente ricos. Insisto: gosto muito dos dois, mas quero sobretudo que Marconi seja eleito, porque é um forte indutor do desenvolvimento, e não sou apenas eu quem diz isto — são os empresários goianos dos vários setores.” O que Magda defende, portanto, é uma chapa que chama de “mais robusta eleitoralmente”. “José Eliton nunca ‘enfrentou’ as urnas, exceto como vice, e a Vilmar, que daria um ótimo senador, falta densidade eleitoral. São as pesquisas que dizem isto — e não eu. Toda a base de Marconi afirma, infelizmente mais nos bastidores, que o deputado Ronaldo Caiado, um político de muito valor, sério e ético, deveria ser candidato a senador na chapa governista. Também defendo isto, só que abertamente, o que pode me desgastar. Insisto: Caiado já na chapa majoritária de Marconi.”
Sobre sua candidatura a deputada federal, Magda é cautelosa. “Não quero infringir a lei. Por isso, por favor, escreva que sou pré-candidata. É possível que minha votação seja bem superior à de 2010. Naquela campanha, eu corria, quase como uma ‘doida’, atrás de apoios políticos. Agora, pelo contrário, as pessoas estão me procurando para hipotecar apoio. Claro que isto resulta, em parte, do fato de minha atuação como deputada federal. Mas eu também estou indo atrás de novos apoios.”
Ao final da entrevista ao Jornal Opção, Magda fez questão de falar sobre a administração do prefeito de Caldas Novas, Evandro Magal. “Como definir sua gestão? Melhor, impossível. É de tirar o chapéu. Magal organizou o município e está promovendo seu desenvolvimento de maneira integrada, e fortalecendo sua vocação, que é o turismo.”
A gestão positiva de Magal, que apoia o setor produtivo, tem contribuído, na opinião de Magda, para atrair novos investimentos. “Novos hotéis estão se instalando na cidade e ampliando o polo turístico. É provável, até muito provável, que com jogos da copa, alguns deles serão realizados em Brasília, Caldas Novas se tornará um abrigo natural para turistas brasileiros e internacionais. Caldas Novas é o polo turístico de grande porte mais próximo e com conforto internacional de Brasília.”
O deputado federal Ronaldo Caiado é um político de posições. O presidente do DEM de Goiás queria compor com Vanderlan Cardoso, com quem tinha um acordo: o que estivesse melhor nas pesquisas de intenção de voto seria o candidato a governador. O segundo colocado iria para o Senado. Porém, Marina Silva, elefante em loja de louças, azedou as relações políticas do democrata com o socialista Vanderlan. A amizade foi mantida, mas não a aliança. Marina costuma sugerir que detesta tanto Caiado quanto abomina uma motosserra. Coisa de ecochato profissional. Em seguida, Caiado pensou na possibilidade de disputar a Presidência da República. Porém, como o DEM deve compor com o PSDB, o parlamentar deve apoiar Aécio Neves para presidente, contra Dilma Rousseff e o suposto “traíra” Eduardo Campos (PSB). Mas o que o democrata vai fazer mesmo? Ainda não definiu. Mas democratas apontam que tende a disputar mandato de senador na chapa do governador Marconi Perillo. Os críticos de Caiado parecem não perceber um fato: o democrata é extremamente partidário. Em 2010, o partido decidiu apoiar Marconi e ele, embora não tenha participado da campanha, não se opôs. Em 2014, a história se repetirá? Ainda não se sabe. O que se sabe é que a maioria dos filiados do DEM quer compor com o tucano-chefe. Eles avaliam que seus adversários históricos estão ao lado do PT de Antônio Gomide e do PMDB de Iris Rezende e Júnior Friboi. Há quem aposte que Caiado será candidato a senador, mas sem compor com nenhum candidato a governador. Porém, se depender do DEM e de Marconi, possivelmente fará parte da chapa que tende a unir o PSD de Vilmar Rocha (que seria vice), o PSDB do tucano-chefe (candidato à reeleição) e o DEM de Caiado (que iria ao Senado). O fato é que Caiado vai deixar para decidir um pouco mais adiante, quando o quadro político estiver mais claro.
O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Helder Valin, nada tem de bobo — nem cara. É espertíssimo. No time dos espertos, sabe-se, ele é professor, com doutorado. Quando lhe disseram que o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Milton Alves vai se aposentar apenas em 2015, daqui a um ano aproximadamente, as luzes verdes, amarelas e vermelhas acenderam-se imediata e prontamente no cérebro de Valin. “O quê?!”, teria dito entre surpreso, estupefato e indignado. Há razões para o espanto. Primeiro, se se aposentar em 2015, com Valin no ostracismo, pois não será mais deputado, não será fácil ser emplacado no TCE. Claro que Valin terá o apoio do prefeito de Catalão, Jardel Sebba (PSDB), e do vice-governador José Eliton (PP). Mas não será mais deputado, quer dizer, estará enfraquecido. Segundo, se o governador Marconi Perillo não for reeleito, o próximo governador é que fará a indicação. Daí, claro, a pressa de Valin pela indicação. O deputado por sua indicação ainda este em ano, até setembro, ou até antes. Segundo um de seus aliados mais fieis, falta muito pouco para Milton Alves antecipar sua aposentadoria.
Júnior Friboi e Francisco Gedda são carne e unha. Mas Gedda, presidente do PTN, vai disputar mandato de deputado estadual. Para deputado federal, o pupilo número 1 do empresário, inicialmente, era Leandro Vilela, o peemedebista que, desde o início, o incentivou a enfrentar Iris Rezende e o ajudou a organizou uma frente política em todo o Estado, ao lado do deputado federal Pedro Chaves e, mais tarde, do deputado federal Sandro Mabel. No entanto, como Leandro Vilela decidiu não disputar — optou por se estruturar ser candidato a prefeito de Jataí, em 2016 —, o ex-deputado federal Marcelo Melo passou a ser o golden boy de Friboi. No Entorno do Distrito Federal, Friboi está ajudando Marcelo Melo a montar uma poderosa máquina eleitoral. Para o empresário, é uma questão de honra eleger Marcelo Melo deputado federal. E como uma votação consagradora.