O deputado federal Ronaldo Caiado é um político de posições. O presidente do DEM de Goiás queria compor com Vanderlan Cardoso, com quem tinha um acordo: o que estivesse melhor nas pesquisas de intenção de voto seria o candidato a governador. O segundo colocado iria para o Senado. Porém, Marina Silva, elefante em loja de louças, azedou as relações políticas do democrata com o socialista Vanderlan. A amizade foi mantida, mas não a aliança. Marina costuma sugerir que detesta tanto Caiado quanto abomina uma motosserra. Coisa de ecochato profissional.

Em seguida, Caiado pensou na possibilidade de disputar a Pre­sidência da República. Porém, como o DEM deve compor com o PSDB, o parlamentar deve apoiar Aécio Neves para presidente, contra Dilma Rousseff e o suposto “traíra” Eduardo Campos (PSB). Mas o que o democrata vai fazer mesmo? Ainda não definiu. Mas democratas apontam que tende a disputar mandato de senador na chapa do governador Marconi Perillo.

Os críticos de Caiado parecem não perceber um fato: o democrata é extremamente partidário. Em 2010, o partido decidiu apoiar Marconi e ele, embora não tenha participado da campanha, não se opôs. Em 2014, a história se repetirá? Ainda não se sabe. O que se sabe é que a maioria dos filiados do DEM quer compor com o tucano-chefe. Eles avaliam que seus adversários históricos estão ao lado do PT de Antônio Gomide e do PMDB de Iris Rezende e Júnior Friboi.

Há quem aposte que Caiado será candidato a senador, mas sem compor com nenhum candidato a governador. Porém, se depender do DEM e de Marconi, possivelmente fará parte da chapa que tende a unir o PSD de Vilmar Rocha (que seria vice), o PSDB do tucano-chefe (candidato à reeleição) e o DEM de Caiado (que iria ao Senado). O fato é que Caiado vai deixar para decidir um pouco mais adiante, quando o quadro político estiver mais claro.