O vereador Elias Vaz, principal porta-voz da Rede Sustentabilidade em Goiás, confirma que as relações do grupo de Marina Silva com o pré-candidato a governador de Goiás pelo PSB, Vanderlan Cardoso, melhoraram. “No início, embora integre um partido de esquerda, Vanderlan estava tentando montar uma chapa com perfil de centro-direita. Ele próprio não é de direita, mas o deputado Ronaldo Caiado (DEM) é de direita. Vanderlan, nas suas propostas, sempre coloca como regras a questão ética e que, se eleito, vai governador com técnicos e não com foco político.”

Sobre Júnior Friboi, o pré-candidato do PMDB a governador, Vaz diz que, se não houver uma ação muito forte de Iris Rezende, e não de seus prepostos, o empresário vai se consagrar como candidato. “Hoje, ele é o nome do partido para o governo.” O vereador nota que as vozes que apoiam Friboi têm mandato, enquanto Iris tem sido defendido por políticos que não têm mandato, ou seja, que não estão na política. “A situação de Iris é muito difícil.”

Quanto a Antônio Gomide, o pré-candidato do PT a governador, Vaz avalia que seu partido puxou-lhe o tapete. Ao sugerir que sua candidatura depende de alguma coisa, de acordos nacionais, por exemplo, a cúpula partidária estaria dizendo que ele pode não ser candidato. Mas Vaz diz que uma unificação em torno de Gomide garantiria um candidato forte. “Mas o PMDB não apoiará Gomide.” Nem parte do PT, a do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, quer compor com o prefeito de Anápolis.

A respeito da reforma administrativa da Prefeitura de Goiânia, Vaz diz que é preciso analisá-la com cuidado. “Em 2013, Paulo Garcia reduziu o número de cargos comissionados de 2000 para 1.150. No entanto, a despesa saltou de 800 mil reais para 2,1 milhões por mês. Outro problema é que, na Prefeitura de Goiânia, há 44 pessoas com status de secretário. No Mutirama havia nove diretorias. A Comdata, embora em processo de liquidação, consumiu 205 mil reais com folha de pagamento em fevereiro. É impressionante, mas o liquidante conta com 32 funcionários.”

Vaz vai disputar mandato de deputado estadual. Martiniano Cavalcante, também da Rede Sustentabilidade, deve ser candidato a deputado federal.