Opção cultural

“É sexta-feira” já diz muita coisa, não é? Pois bem, se é sexta também é dia do que no Opção Cultural? Ah, é dia de escutar as músicas que mais embalaram a semana dos nossos redatores. Bora lá? Broods – Never Gonna Change David Bowie – Heroes Glue Trip – Elbow Pain Korn – Get Up! feat Skrillex Pink Floyd – Time Selah Sue – Valerie Selena – Bidi Bidi Bom Bom The Piano Guys – The Hobbit (Piano/Cello Cover) The Strokes – 12:51 Tina Turner – Simply The Best

Primeira edição da "Expedições Cênicas" tem como tema o teatro em Goiás. Evento acontece nesta sexta-feira (17/4), às 20 horas

[gallery type="slideshow" ids="33206,33207,33208,33209,33210,33203"] O repórter do Jornal Opção Marcello Dantas tem contado um pouquinho do que foi sua viagem pelo Centro-Norte da Índia. E nada melhor que música para deixar essas histórias ainda melhores, não é mesmo? Por isso, Dantas divide um pouco do que tocou em seus fones de ouvido enquanto perambulava imerso naquela cultura e costumes. Aumenta aí o som! Bandish Projekt – Alchemy feat Last Mango in Paris Oopar Oopar Renn De – Tanishk-Vayu Gilberto Gil – Aqui Agora The Beatles – Within You Without You Devendra Banhart – Seahorse. Milne Ke Liye Aap Se Dil Bekarar Hai By Sharif Parwaz Muqabla – Melhores Músicas Chaudhvin Ka Chaand – Sharmake Yeh Kyun Sab Gippy Grewal feat Manj Musik, Jus Reign and Raftaar – Party Like A Punjabi Sunidhi Chauhan, Karsan Sargathia – Mehboob Mere (do filme “Fiza”) Go Goa Gone feat Kunal Khemu, Vir Das & Anand Tiwari – Babaji Ki Booty Song

[caption id="attachment_32988" align="alignnone" width="620"] Foto: Reprodução[/caption]
O Mundo
Um homem da aldeia de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu subir aos céus. Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado, lá do alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas. — O mundo é isso — revelou —. Um montão de gente, um mar de fogueirinhas. Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo. — Eduardo GaleanoYago Rodrigues Alvim Internado na sexta-feira devido a um câncer de pulmão, Eduardo Galeano resistiu sábado e domingo. Na manhã desta segunda-feira, 13, não deu mais. O escritor se despediu dali mesmo onde nascera, em Montevidéu. O uruguaio é autor do clássico da literatura política latino-americana “As Veias Abertas da América Latina” e deixa outras obras (mais de 30) como “O Livro dos Abraços”, que abre este texto. Jornalista, ensaísta, historiador e ficcionista, Gaelano exerceu outros ofícios, antes que se ocupasse da escrita. Trabalhou como operário industrial, desenhista, pintor, mensageiro, datilógrafo e caixa de banco. Já aos 14 anos, ele vendia as primeiras charges aos jornais uruguaios. O golpe militar no Uruguai, em 1973, marcou a vida do escritor. Ele foi preso, exilou-se na Argentina e, sob o golpe de 1976, refugiou-se na Espanha, voltando ao Uruguai apenas em 1985. Na Espanha, Galeano começou a escritura de “Memória do Fogo” (Trilogia que engloba “Os Nascimentos”, “As Caras e as Máscaras” e “O Século do Vento”), premiado pelo Ministério da Cultura do Uruguai e vencedor do American Book Award de 1989. Na época da ditadura, o clássico “Veias Abertas” foi proibido no país. Em 2009, Hugo Chávez presenteou o já presidente dos EUA Barack Obama com um exemplar. No mesmo dia, o livro estava entre os dez mais vendidos da Amazon. Dois anos antes, Galeano já se recuperava de um primeiro quadro de câncer no pulmão. O escritor completaria 75 anos no dia 3 de setembro.

Jornal Opção revela, em série de reportagens, um pouco da cultura e costumes do país berço do budismo

Este é o segundo dos quatro escritores goianos que completariam 100 anos neste ano. O primeiro foi José J. Veiga

[caption id="attachment_32666" align="alignleft" width="620"] Fotos: Reprodução[/caption]
José J. Veiga – Em 2 de fevereiro de 1915, nasceu José Veiga, que depois de alguns anos, botaria um J. (da mãe, Maria Marciana Jacinto Veiga) e se consagraria como um dos varões da literatura goiana. Distante de ser considerado um escritor regionalista, Veiga viveu muito tempo no Rio, numa época em que a Ditadura Militar assombrava os brasileiros. O autor de “Os Cavalinhos de Platiplanto” sempre pediu cuidado com o rótulo, que alguns críticos davam à sua obra: “literatura fantástica”; até porque, para ele, o fantástico nada mais é que a distorção da realidade.
[caption id="attachment_32667" align="alignleft" width="620"]
Divulgação[/caption]
Eli Brasiliense – “As temáticas são atuais, fazem parte da essência do ser humano. Elas passam de geração a geração. Os personagens têm uma definição muito bem feita. Ele mergulha na alma e cria seus personagens. Sua linguagem é própria; ele se distingue com seu estilo”, diz o escritor Miguel Jorge sobre a obra e a genialidade de Eli Brasiliense. O autor do romance “Pium” é o segundo da folhinha que celebraria seu centenário neste ano. Foi no dia 18 de abril que nasceu Eli, num Tocantins que ainda pertencia ao Estado de Goiás.
[caption id="attachment_32668" align="alignleft" width="620"]
Reprodução[/caption]
Bernardo Élis – Em 15 de novembro, nasceu Bernardo Élis Fleury de Campos Curado ou apenas Bernardo Élis. Foi em Corumbá de Goiás, bem como José J. Veiga, que nasceu o escritor, que é considerado um dos maiores nomes da literatura goiana. O autor do livro de contos “Ermos e Gerais” foi o primeiro e único goiano a entrar para Academia Brasileira de Letras. Bernardo é filho do poeta Érico José Curado e de Marieta Fleury Curado. Além de contista e poeta, ele exerceu os ofícios de advogado e professor.
[caption id="attachment_32669" align="alignleft" width="620"]
Reprodução[/caption]
Carmo Bernardes – Ao contrário dos outros três escritores, como bem ressalva o professor e escritor Heleno Godoy, em Carmo Bernardes cai bem o título de regionalista. A sua linguagem era recheada de um vocabulário “regional” que alinhavava suas histórias. Além disso, Carmo traz em sua história a curiosa historieta: por mais que acompanhe seu nome o termo “goiano”, o escritor se fez goiano. É que ele nasceu em Minas. O regionalista chegou ao mundo no finalzinho de 1915, em 2 de dezembro, e dele se despediu no dia 25 de abril de 1996.

[caption id="attachment_32664" align="alignleft" width="620"] Divulgação[/caption]
Já sabe o que é um Retetê? Bom, a gente também está se mordendo de curiosidade para descobrir. Tudo que o trio Caio Alê, Carol Maia e Lucas Manga, responsável pelo selo, informou é que eles vão muito além das badaladas festas Bapho e do El Club e agitarão outros cantos da cidade. A prévia já é neste sábado, 18, no Martim Cererê. E nada mais justo que um “Churrascão” para começar bem os rolês que vêm por aí. O churrasco fica por conta da galera da Ambiente Skate Shop e será regado com bebidas da goiana Fiu-Fiu, além de outros drinks e cervejas. E se prepara que os Djs Daniel de Mello, Chaul, Victor Basílio e Tatá Calaça embalam a tarde com uma mistura de músicas brasileiras + hip hop + pop. A entrada custa dez mangos.

Enfim, chegou galera! É neste sábado, 18, que o Jaó Music Hall se estremece com o Festival Na Lata, ou melhor, se estremece com os show de Emicida, Pitty e Rael. A noite começa em alto e bom som com o set do Dj Daniel de Mello. Os ingressos do primeiro lote custam R$ 50, a meia entrada. E se você não tem carteirinha de estudante, é só levar 1 kg de alimento não perecível que a meia entrada está garantida. Além da venda online, os ingressos estão disponíveis na Tribo, na Ambiente Skate Shop, Della, BR Mania e no Komiketo. Vale lembrar que só é permitida a entrada para maiores de 18 anos.

Em despedida da turnê do primeiro álbum autointitulado, a Banda do Mar agita a Orla do Lago, em Brasília, pelo Muv Festival. O trio Mallu Magalhães, Marcelo Camelo e Fred Ferreira embalam a noite do festival, mas a festa começa ao meio dia trazendo diversas atrações. Pode se animar, pois tem a banda Projota, os Djs Chico Aquino, Hugo Drop, a Moranga Sample, o Coletivo Índios, O Bando, além de concurso de bandas e cultura urbana servida a foodtrucks e esportes. É neste sábado, 18, e os ingressos custam R$ 50, a meia entrada.

- Nos dias 17, 18 e 19, o beco da Codorna recebe 50 grafiteiros para a inauguração da Associação dos Graffiteiros de Goiás e da Galeria Upoint. Além de exposições de telas, haverá shows, Break Dance e Sound System.
- A Fresno leva, pela primeira vez, um show a Anápolis. Com formato acústico, a apresentação relembra as canções dos três primeiros álbuns da banda. É no sábado, 18, no Centro Cultural Joana Dark e os ingressos custam R$ 30 (1° lote).
- A segunda rodada do Cinema Pela Verdade exibe o filme “Em Busca de Iara” no Cine UFG, nesta terça-feira, 14, às 19h00. Na quinta, como fechamento da mostra, será exibido o filme “Osvaldão”. Após as sessões, é realizado um bate-papo com palestrantes.
Livro

Sete Noites em Claro Em seu primeiro livro, o goiano Luis Maldonalle abrange o medo como personagem central, enquanto conduz o leitor por um caminho escuro. O e-book está à venda na Amazon. Autor: Luis Maldonalle Preço: R$ 9,99
Música

Reason A artista belga Selah Sue lança seu 2° álbum. Intitulado “Reason”, o álbum é considerado pela cantora como “o equilíbrio perfeito” que ela buscava em diversos estúdios. Intérprete: Selah Sue Preço: R$ 35,90
Filme

Gravidade A edição especial com dois discos Blu-Ray do vencedor do Oscar em 2014, o filme Gravidade, chega agora às prateleiras brasileiras. É só correr às livrarias! Diretor: Alfonso Cuaron Preço: R$ 59,90

Ufa! Lá se foi mais uma semana. E que correria, não? Então, para relaxar, reduzir um pouco a velocidade e entrar no clima deste final de semana novinho em folha, bora aumentar o volume do som? Beyoncé – Survivor Bob Dylan – Mr. Tambourine Man Camera Obscura – French Navy Disclosure – You & Me feat. Eliza Doolittle (Flume Remix) Maria Rita – Encontros e despedidas Nazareth – Love Hurts Oopar Oopar Renn De – Tanishk-Vayu Rammstein – Mein Land Red Hot Chili Peppers – Scar Tissue Shakira – Nothing Else Matters/Despedida Vanessa Da Mata – Boa Sorte / Good Luck

Coletivo de músicos realiza roda de viola neste final de semana. Nos R$ 30 pagos pela entrada estão inclusos pizza e refrigerante à vontade

A cantora que embalou o blues e se consagrou como a “Diva do Jazz” completaria nesta terça-feira, 7, cem anos
[caption id="attachment_32467" align="alignnone" width="620"] Foto: Gilles Petard / Getty Images[/caption]
“Lady sings the blues
She's got 'em bad
She feels so sad
The world will know
She's never gonna sing them no more
No more” — Billie Holiday
Yago Rodrigues Alvim
Nasceu Eleanora Fagan num dia 7 de abril. Era 1915, num gueto da Filadélfia. Nasceu filha de dois adolescentes. A mãe, Sarah Julia Fagan, conhecida como “Sadie”, tinha apenas 13 anos. Já o pai Clarence Holiday estava na casa dos 15, quando a abandonou ainda pequena. Mas ela carregou consigo o sobrenome. Era homenagem ao pai, que embalava guitarras. Só que isso demorou um tempo. Antes, passou por outras inúmeras desgraças.
Foi criada pela tia Eva Miller até os dez anos, quando sofreu uma tentativa de estupro e passou a viver em um reformatório. Quando dali saiu, perambulou por cidades com sua mãe até que se estabeleceram no Harlem. Ali, se prostituiu até que foi presa. Da retenção, começou a cantar profissionalmente. Era com o vizinho, um saxofonista. Dai, então, começou a lapidar “a voz de merda”, como dizia por seu pequeno alcance vocal. O jeito foi deixar suas emoções livres muito além do microfone. “O que sai é o que sinto. Odeio simplesmente cantar. Tenho que mudar o tom para adaptá-lo à minha forma”, dizia sobre seu estilo.
Fez sua carreira com singles até que na década de 1950 se dedicou aos álbuns. Construiu sua carreira em meio ao álcool e drogas e outras prisões. Passou muitas madrugadas em hospitais. Faleceu de cirrose em 1959, com apenas 44 anos. Deixou um disco pronto, cujas letras são de uma tristeza que adoece (e encanta). Billie Holiday deixou músicas e mais músicas, que ganham novas versões – como o álbum “Coming Forth by Day”, de Cassandra Wilson e José James, que será lançado este mês, em tributo a cantora. Ainda assim, são só canções, longes das embaladas na voz da diva do jazz, da diva do blue.
Escute “Strange Fruit”, música que conta a história do linchamento de dois negros e que condenava o racismo em um Estados Unidos, ainda segregado, de 1939.