José J. Veiga – Em 2 de fevereiro de 1915, nasceu José Veiga, que depois de alguns anos, botaria um J. (da mãe, Maria Marciana Jacinto Veiga) e se consagraria como um dos varões da literatura goiana. Distante de ser considerado um escritor regionalista, Veiga viveu muito tempo no Rio, numa época em que a Ditadura Militar assombrava os brasileiros. O autor de “Os Cavalinhos de Platiplanto” sempre pediu cuidado com o rótulo, que alguns críticos davam à sua obra: “literatura fantástica”; até porque, para ele, o fantástico nada mais é que a distorção da realidade.
Eli Brasiliense – “As temáticas são atuais, fazem parte da essência do ser humano. Elas passam de geração a geração. Os personagens têm uma definição muito bem feita. Ele mergulha na alma e cria seus personagens. Sua linguagem é própria; ele se distingue com seu estilo”, diz o escritor Miguel Jorge sobre a obra e a genialidade de Eli Brasiliense. O autor do romance “Pium” é o segundo da folhinha que celebraria seu centenário neste ano. Foi no dia 18 de abril que nasceu Eli, num Tocantins que ainda pertencia ao Estado de Goiás.
Bernardo Élis – Em 15 de novembro, nasceu Bernardo Élis Fleury de Campos Curado ou apenas Bernardo Élis. Foi em Corumbá de Goiás, bem como José J. Veiga, que nasceu o escritor, que é considerado um dos maiores nomes da literatura goiana. O autor do livro de contos “Ermos e Gerais” foi o primeiro e único goiano a entrar para Academia Brasileira de Letras. Bernardo é filho do poeta Érico José Curado e de Marieta Fleury Curado. Além de contista e poeta, ele exerceu os ofícios de advogado e professor.
Carmo Bernardes – Ao contrário dos outros três escritores, como bem ressalva o professor e escritor Heleno Godoy, em Carmo Bernardes cai bem o título de regionalista. A sua linguagem era recheada de um vocabulário “regional” que alinhavava suas histórias. Além disso, Carmo traz em sua história a curiosa historieta: por mais que acompanhe seu nome o termo “goiano”, o escritor se fez goiano. É que ele nasceu em Minas. O regionalista chegou ao mundo no finalzinho de 1915, em 2 de dezembro, e dele se despediu no dia 25 de abril de 1996.
EIS um Bom Ano na safra da literatura goyana (ou adopted ou feita em Goyaz). Celebremos o centenário de todos esses gigantes.