Opção cultural

[gallery type="slideshow" size="full" ids="58527,62226,83139,75989,56169,71138,82651,82568,31615,83140"] Yago Rodrigues Alvim Muitos detestam listas. Na contramão, alguns adoram. Eu mesmo podia fazer lista dos melhores momentos que vivi no ano (ou na semana, no dia, vai saber). No meio midiático, jornalístico, elas têm lá o seu valor. Além de agregarem valor ao trabalho de um artista, pelo prestígio e legitimidade do veículo, são ainda uma boa oportunidade de descobrir novos títulos (acordar ou não e até mesmo fazer sua lista e ir vislumbrando trabalhos e projetos outros). Eis, então, a minha sutil contribuição no mundo das listas: a dos meus melhores álbuns de 2016. Cambaleando entre nacionais e internacionais, tentarei vislumbrar valores maiores, que não cabem só a mim. Nisso, a ordem aqui escolhida não segue uma preferência pessoal, mas sim a relevância dos trabalhos nos seus cenários – estes ampliados. 5. Melhor do Que Parece – O Terno “Descomplicado e leve” foi o que se revelou na busca pelo disco, uma vez que a última posição nacional veio do caro amigo, o também jornalista Augusto Diniz. Não obstante, que delícia já é a primeira e culpada faixa do álbum, o terceiro da jornada empreitada pelos paulistanos. Líder ou entre o top três de muitas listas reconhecidas, a obra é melhor do que eu digo, só ouvindo. 4. Soltasbruxa – Francisco, el Hombre A festa mexico-brasileña do multicultural grupo de Campinas (SP) saltam aos olhos e ouvidos pós-qualquer-show-que-seja-da-banda. Grudam as músicas. E, aos desconhecidos, o zunido às vezes desconhecido recai numa mais atenta escuta de quem percebe nas letras o engajado franciscano, este do mundo de Gabriel García Marquez, com seu personagem Francisco, o Homem, que girava o mundo a recontar num cantarolar a história deste globo azul – como descoberto por José Arcádio Buendía. 3. O Mesmo Mar Que Nega A Terra Cede À Sua Calma – Bruna Mendez Imenso, feito o título, é o universo sonoro marítimo do trabalho de Bruna Mendez, este de quase um violão e voz a sós. São letras, acordes que mostram uma calmaria inquieta de um caminho certo sobre águas. É por se dar conta, do que já cantava Caetano e Chico, que navegar é preciso que a obra se renova em meio a frescores juvenis amorosos, a virtualidade fatigante. Há sempre bem mais. 2. Princesa – Carne Doce Foi nos últimos dias de vida de minha vó que conheci a Princesa de Carne Doce. “O Pai” que canta da admiração maior será sempre de despedida para mim. No mais, este muito mais que afetivo, o álbum é de valor singular musical, por atestar primorosamente em cenário nacional os novos ritmos de um Goiás pluralíssimo, do rock. E são nas letras que recaem o valor maior por seus retratos crus, donos e donas de si do já desgastado hoje, este que se engendra de passados. Mudança, meu povo. No jeito de ser. 1. Tropix – Céu O pixelado sonoro de Céu se faz de muitas cores. Dentre elas, a saudade da varanda dos avós, o assombro infantil, as muitas camadas de ser e do ser, o apreço por Chico. Se, do lançamento, os argumentos rondavam o sintético brasileiro, o pop brasileiro se inaugural em Gal ou com Céu, Tropix já se distancia, fazendo-se rainha brasilis. Que delícia! 5. Joanne – Lady Gaga Deixando grandes nomes para trás, como Adele e seu álbum “25” (que é sim de fascínio, ainda mais para um coração quebrado), Lady Gaga merece destaque. Não que eu concorde com o primeiro single – “Perfect Ilusion”, o qual se destoa do álbum, que é sim bem-redondinho, ou quase no caso – “Joanne” mostra uma nova faceta da artista. Uma menos manipulada, maquilada, uma menos produto industrial e cultural, e nem por isso menos comovente. Ela, que soube sempre refletir com todas elas o mundo em que vive, amostra agora o cru do humano, comum a muitos, como a perda, as imperfeições, as muitas vontades. Vale sim, girl. 4. Blackstar – David Bowie Quantas perdas, não 2016? E que perdas. Nas letras, na música, muitos ficaram à mercê de nada novo de grandes artistas que se foram. E, certamente, o mundo ficou à mercê do camaleão David Bowie. O artista lançou, à beira de virar pó, sua última estrela. Uma obscura e infinita Blackstar. 3. Anti – Rihanna Nem parece que o álbum é deste ano, por tão longínquo janeiro, quando foi lançado. Mas “Anti” é sim de 2016. E como não ressalta-lo se, dele, desvela um dos maiores singles do ano? “Work, work, work”, babie, foi o que Rihanna fez, preambulando por letras e bandeiras próprias e ainda mostrando que manda bem (e como!) nos vocais – o que para muitos não é tão surpresa assim. Não é não, “Love on the Brain”? https://play.spotify.com/album/3mH6qwIy9crq0I9YQbOuDf 2. Blonde – Frank Ocean Depois de uma espera aflitiva, Frank Ocean enfim amostrou o sucessor de “Orange Channel” ao mundo. E que mundo retratou. No seguir das faixas, cada som e letra, e ainda nome envolvido e, nisso, o acréscimo musical que ofereceram, tal como os vocais de Beyoncé em “Pink + White”, “Blonde” se faz essencial em qualquer lista. E se você ainda não furou nenhum streaming de tanto ouvir o álbum, saiba que é sempre hora. 1. Lemonade – Beyoncé Que a artista se consagra a cada trabalho de modo original e inaugural, todos sabem. Nem é preciso dizer da importância do álbum, que foi lançado no horário nobre em um dos canais mais vistos nos Estados Unidos. O emponderamento da mulher e o orgulho negro já valem como ponto para lista, que destaca uma artista que preza pela visualidade, o livre-transito entre ritmos. Entre as liberdades.

Nos derradeiros dias de dezembro, muitos se alembram dos feitos do ano, das tentativas falhas, do que há de ser realizado no porvir. São reflexões, lembranças, novos planos traçados. E, nada melhor, dentre as muitas listas de livros, álbuns e filmes, a seleção (nem que seja de uma apenas) da música que mais marcou quem quer que seja nos últimos 12 meses. Não específicas de 2016, muito pelo contrário, são livres, vai ver por ser assim que a vida acontece. Ficam então as canções que mais marcaram cada um da equipe do Jornal Opção, que reuniu em playlists e mais playlists as músicas da semana; só que, desta vez, a do ano de 2016, que vira a folhinha para muitos plays que hão de vir em 2017. Um bom ano, leitores (ou ouvintes). Adriana Calcanhotto - Esquadros Beyoncé - All Night Beyoncé – Formation Chico Buarque – Apesar de Você Gnarls Barkley – Crazy J. Cole - No Role Modelz Naiara Azevedo feat. Maiara e Maraisa – 50 Reais O Terno – Não Espero Mais Queen & David Bowie – Under Pressure

[caption id="attachment_83018" align="alignright" width="350"] Foto: Box62/Reprodução[/caption]
Na noite da quinta-feira, 22 de dezembro, o Café Carinõ realiza a segunda edição do projeto "Infusão", que mescla sabores e música, aguçando os sentidos. Na degustação sonora, o residente StereoNato, um projeto paralelo do DJ paulista Laurent F., com o qual explora as influências do jazz, soul e blues, mais o convidado DJ Fefél. Com o apoio da Box62, escola que forma DJs na cidade, a festa gastromusical acidjazz começa às 19h30 e segue até às 23h. O couvert artístico custa 10 mangos e o cardápio é todo do Cariño.
Serviço
Infusão com SteroNato e DJ Fefé
Onde: Café Cariño
Quando: 22 de dezembro
Horário: 19h30
Valor: R$ 10

Romance apresenta um reflexivo retrato sobre a juventude brasileira contemporânea

Com mais de 15 prêmios conquistados, dentre eles o Jabuti de 2001, Braga Horta argumenta em nova obra que, muito além da fé poética, o autor tem de assenhorear-se das técnicas do verso

Coletânea traz contos inspirados nas faixas do álbum icônico dos Titãs, mantendo a diversidade e o impacto que marcam seu conceito musical

[caption id="attachment_82657" align="alignleft" width="350"] Foto: Divulgação[/caption]
Sensorial e urbano, o contemporâneo “Turbulência” é o primeiro projeto solo da artista Sandra-X
Yago Rodrigues Alvim
Inspirada no slam poetry, saraus e em artistas como Laurie Anderson, Sandra Ximenez se debruça agora nas artes como Sandra-X. Com uma temática urbana, seu primeiro trabalho solo, o intitulado “Turbulência”, é contrastado por timbres e texturas de elementos fluidos da natureza, criando um universo provocativo e sensorial que liga a música e a literatura pela lógica do hipertexto.
Etéreo e intimista, o trabalho cria um clima intimista ritmado por bases eletrônicas produzidas por ela em conjunto com Felipe Julián, seu parceiro de palco, enquanto as composições devaneiam acerca das relações do ser humano com o externo, com o meio em que está inserido, seja ele a cidade ou o próprio corpo.
Sandra revisita as matrizes da música chegando à palavra falada enquanto o canto volta a ser poesia como forma de expressão contemporânea: “Quando você fala, você ganha mais atenção do que quando canta. É uma experimentação relacional”. Ela se inspira no slam poetry, nos saraus e em artistas como Laurie Anderson.
O álbum inclui textos próprios, como “Eixo Ondulante”, “Em Deriva” e “Dou Linha”, bem como das autoras Rosane Preciosa e Claudia Schapira, da filósofa Marion Hesser, de Vânia Medeiros, que também assina as artes do álbum, uma obra a parte, e poemas de Ricardo Domeneck e Sérgio Cohn. Já “Um Lugar Chamado Cidade” é uma faixa que parte da escrita automática do parceiro performer Pedro Galiza após uma deriva de 24 horas com o Coletivo Dodecafônico, do qual Sandra-X faz parte e de onde nasce boa parte da essência do projeto.
Você pode conhecer o trabalho nas diversas plataformas de streaming, como Spotify e outros. É só procurar por Sandra-X.
A artista
Com mais de 30 anos trilhados por entre as possibilidades das artes, Sandra Ximenez tem ainda trabalhos autorais nos grupos Vésper Vocal, A Barca e Axial – este último, em parceria com Felipe Julián, onde atua também na criação e operação ao vivo de trilhas sonoras para dança e cinema. No Coletivo Dodecafônico, onde atua hoje, ela realiza performance e intervenção urbana.
Com Axial e os demais grupos, participou de festivais e turnês pelo Brasil e Europa. O Axial ganhou na categoria Música Experimental o Prêmio Catavento, da Rádio Cultura, pelo Conjunto da Obra.
Como Sandra-X, iniciou seu primeiro projeto solo intitulado, o “Turbulência” (2016), no Cine Performa da Red Bull Station em 2015. Durante o processo de criação, participou de performances lítero-musicais com o Projeto Baião de Spokens, pelo Circuito Sesc de Artes, Festival de Inverno do Sesc Rio e Sesc São Paulo, com participações de Alice Ruiz, Alzira E., Arrigo Barnabé, Kiko Dinucci e outros.
“Turbulência” tem o apoio do ProAC, com composições de Sandra-X, produção musical e audiovisual de Felipe Julián, pelo Selo Fonográfico Circus, acompanhado de livro de imagens criado pela artista Vânia Medeiros, que assina também a arte do álbum, e site desenvolvido por Papá Fraga.
Escute "Trampolim", versos de Claudia Schapira e Marion Hesser, no projeto "Turbulência"

Bora conhecer as músicas mais escutadas durante a semana pela equipe do Jornal Opção? É só dar play! A Caruma – Coitadinha Biel – Ninguém Segura Ela Black Alien – Primeiro De Dezembro Black Sabbath – Heaven and Hell Fun – All Alright Lady Gaga – Million Reasons Little Mix – Touch Lykke Li – Little Bit Shawn James & The Shapeshifters – Through The Valley Suicidal Tendencies – You Can't Bring Me Down

Projeto do autor do blog de crônicas contará com shows de várias duplas sertanejas como Humberto & Ronaldo e Israel & Rodolfo

Grupo de Campinas com integrantes mexicanos e brasileiros se apresenta a partir das 22 horas de hoje (15/12) no Diablo Pub, com ingressos antecipados a R$ 15

[caption id="attachment_82486" align="alignleft" width="300"] Foto: Divulgação[/caption]
Com 11 artigos escritos por alunos do programa de pós-graduação da UFG, livro organizado pelo escritor e professor goiano será lançado nesta quinta, 15
Na quinta-feira, 15 de dezembro, a Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás (FL/UFG) vira palco do lançamento do livro "Ensaios Sobre Teatro - Por um Estudo Teórico do Texto Dramático". Organizado pelo professor Heleno Godoy e dedicado à memória de Carlos Fernando Filgueiras de Magalhães, importante nome do teatro goiano, a obra reúne artigos de diversos acadêmicos, que percorrem temas ligados ao drama mundial. Gianfrancesco Guarnieri, August Strindberg, Oscar Wilde, Hilda Hilst, Máximo Gorki, Tennessee Williams, Martins Pena, Henrik Ibsen e Luigi Pirandello são alguns dos nomes estudados. No saguão de entrada do prédio Bernardo Élis, na Faculdade de Letras da UFG, o lançamento tem início às 09h40.
Serviço
Lançamento "Ensaios Sobre Teatro"
Onde: Faculdade de Letras/UFG | Câmpus Samambaia
Horário: 09h40

Novas peças, que serão lançadas nestas quarta e quinta-feira (14 e 15/12), nasceram de uma imersão de dez dias em Recife e Caruaru

"Poesia Encantada" retratam os encontros, desencontros, perdas e vivências da escritora ao longo dos anos

Na prostituição, Martine e Louise Fokkens fizeram sua fonte de renda, mas também sua dignidade e até mesmo sua felicidade e prazer

Desconsidere os sinais ortográficos e os espaços entre as palavras, inverta as letras e leia a palavra ou frase. Fez sentido? Se não, certamente não é o caso