Opção cultural

[caption id="attachment_64541" align="alignnone" width="620"] Cartola e a mulher, Dona Zica | Foto: Reprodução[/caption]
Francisco Kleber Paes Landim
Especial para o Jornal Opção
O saudoso e excelente compositor e cantor carioca Ciro Monteiro possuía o apelido de formigão. Tal apelido foi cunhado em razão do insaciável apetite que possuía. Ciro possuía a conhecida fome pantagruélica; comia muito mesmo, era um guloso.
Aos sábados, era comum a Dona Zica, então esposa do grande compositor Cartola, preparar aquela feijoada. E a feijoada dela era um banquete dos deuses, simplesmente arrebatadora, deliciosa. Ciro era o primeiro a aportar na casa de Cartola e Dona Zica. Chegava bem cedinho, ficava bebericando e só saia por volta das 15 horas.
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Ciro Monteiro, o formigão | Foto: Reprodução[/caption]
Em um desses almoços, para variar, comeu feito um glutão. Ao terminar o almoço, foi diretamente ao banheiro.Pouco depois, atravessou a sala e começou a suar frio. Ficou morrendo de medo de ser a morte. Encostou-se na parede e ali ficou se lamentando do mal súbito. Um menino que se encontrava no almoço percebeu a situação e foi correndo avisar pra Dona Zica.
“Dona Zica, o formigão tá passando mal lá na sala. Tá friozim e suando.”
Imediatamente, Dona Zica, preocupadíssima com a situação, correu ao quintal, onde plantava ervas e colheu algumas para fazer um chá digestivo para o formigão. Em poucos minutos, estava feito o chá e Dona Zica se dirigiu à sala com a xícara em mãos e, logo, ofereceu ao Ciro: “Tome que vais ficar bonzinho com esse chá”.
Sem titubear, Ciro emendou de cara: “Ué, Zica, só o chá mesmo? Não tem nenhuma bolachinha pra acompanhar?”.
Ciro Monteiro - Falsa baiana

Realizado no dia 30 de abril, a 7ª edição do projeto reitera o crescimento de marcas autorais em Goiás; evento antecede as compras para o Dia das Mães [gallery type="slideshow" size="full" ids="60384,60386,60385"] A fim de proporcionar uma tarde de compras sem o tumulto dos shoppings e, assim, agradar as mães, a Feiríssima, um dos eventos mais importantes no segmento da economia criativa e de produtos de arte e cultura de Goiás, realiza mais uma edição na Vila Cultural Cora Coralina. Na tarde do dia 30 de abril, você aproveita o melhor da arte, moda, artesanato, fotografia, decoração, design e gastronomia desta 7ª edição. A Vila Cultural vira um ponto de encontro artístico, aliando economia e cultural. Você curte ainda o Engroove, um evento musical realizado pelo projeto Discompasso, que leva para feira os DJs Pri Loyola e Angelo Martorell. São mais de 40 expositores com produtos autorais que reiteram as novas formas de consumo consciente. “Nosso objetivo é sempre valorizar e apoiar a economia criativa local e sendo um espaço para pequenos produtores que, como nós, que amam o que fazem”, diz o coordenador da Feiríssima Flávio del Lima. Serviço Feiríssima Dia Das Mães Data: 30 de abril Horário: a partir das 14h Local: Vila Cultural Cora Coralina Entrada Franca

[gallery type="slideshow" size="full" ids="64531,64532"] [relacionadas artigos="63495"] O projeto “Terça Poética”, que borda suas tardes modorrentas de terça-feira com versos de poesia, publica, desta vez, um poema não intitulado da poetisa goiana, de Pirenópolis, Teresa Godoy (1931-1997). Os versos a seguir integram o livro “Violetas Violadas” [que intitulou esta matéria], cuja 2ª edição foi publicada pela Editora Caminhos, em 2014. Quer participar? Envie-nos seus poemas; o e-mail é [email protected]. Com as formas vivas de teu vasto mundo, avivas o tom que em surdina traço, a translucidez do meu verso. Teresa Godoy (1931-1997)

[caption id="attachment_64454" align="alignnone" width="620"] Divulgação[/caption]
Na terça-feira, 26 de abril, o Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás (CCUFG) apresenta a Série Músicas — Quinteto de Metais do Cerrado. No programa, obras de Bach, Arnold, Morais e Melin. Com entrada gratuita, o show tem início às 20h. O CCUFG fica na Praça Universitária.
Serviço
Série Músicas
Data: 16 de abril
Horário: 20h
Entrada Gratuita
Local: Centro Cultural UFG

Por mais que acompanhe seu nome o termo “goiano”, o escritor se fez goiano. É que Carmo nasceu em Minas; chegou ao mundo no finalzinho de 1915, em 2 de dezembro, e dele se despediu no dia 25 de abril de 1996
[caption id="attachment_32669" align="alignnone" width="620"] "E onde está o homem está o perigo, custava nada ter cautela” | Foto: Reprodução[/caption]
“Certas horas, ficar calado é golpe.”Yago Rodrigues Alvim [relacionadas artigos="32665"] Fora em dezembro de 1915 que nascera ele, Carmo Bernardes — um dos quatro filhos que no ano passado fizeram festa na memória das letras goianas. O escritor, ainda que mineiro, fez história em nossas terras e, aqui, eternizou sua literatura, por mais que tão pouco reconhecida e valorizada. No dia 25 de abril, Carmo se despediu do mundo. Nesta terça-feira, 25, completa-se, então, 20 anos da ida de Carmo para outra vida, que não esta. Como diz o jornalista Hélverton Baiano, Carmo aqui viveu de seus 15 anos de idade até os 80, quando faleceu. Foi nestas terras onde aprendeu quase tudo que pôs em letras. “Para mim, é um Guimarães Rosa desvalorizado, meio esquecido”, diz Baiano. “Jurubatuba”, livro do mineiro goiano, se parelha a “Grande Sertão: Veredas”, o de Rosa. Nele, Carmo ensina de um tudo quanto há na roça — de passarim a mania de gente, de pau do matos a destampatório. “É bonito demais!”, felicita o Baiano. “Tem aquela infuca de quebrar um ovo na nuca, deixar correr espinhaço abaixo e aparar com a frigideira no fim do arregoado atrás, fritar e dar ao freguês pra comer em jejum. Aí diz que o cabra enrabicha que dana, vira um trem doido, conforme desconfiei que Ermira tinha feito comigo.” De deixar saudade, né não?

Escritor paulista será o primeiro de 11 renomados escritores e críticos a ministrar oficinas na sede da União Brasileira dos Escritores. Evento começa neste sábado, 30

Coletânea com 46 poemas inéditos será apresentada ao público nesta terça-feira (26/4)

Grupo carioca que começou a carreira em 1981 como Kid Abelha e os Abóboras Selvagens já não fazia shows desde 2013, quando encerrou a última turnê e fez uma pausa

Pressupor um autor por trás de um texto não é a mesma coisa que pressupor carne e osso, resmungos e lobby. As capacidades e avanços da área são enormes demais

Ambientado no Japão de 1960, o romance de Haruki Murakami é magistral quanto ao amor, vida e morte

“Que a minha loucura seja perdoada/Pois, metade de mim é amor/E a outra metade também”, diz os versos de “Metade”, uma das canções de maior sucesso de Oswaldo Montenegro. Na noite do sábado, 30 de abril, o palco do Teatro Rio Vermelho recebe o artista, um dos mais importantes nomes da música brasileira. Sucesso de público e crítica, o show “A Porta da Alegria” concentra o que de mais lírico existe no artista. Seus grandes sucessos, é claro, estão garantidos: “A Lista”, “Bandolins”, “Lua e Flor”, “Estrelas” e, entre outras, “Sem Mandamentos”. O show começa às 21h e os ingressos vão de R$ 80, a meia na plateia superior, a R$ 280, a inteira na plateia inferior.

[caption id="attachment_64430" align="alignnone" width="620"] Serão 11 encontros, nos sábados entre 30 de abril e 16 de julho; e quem abre a série de oficinas é o escritor paulista Marcelo Mirisola | Foto: reprodução / Oitava Arte[/caption]
Entre os dias 30 de abril e 16 de julho, a seccional goiana da União Brasileira dos Escritores (UEB-GO) promove diversas oficinas de escrita criativa, a fim de incentivar a produção literária de qualidade em Goiás. São escritores, críticos literários e tradutores reconhecidos nacional e internacionalmente. A programação começa com Marcelo Mirisola no sábado, 30 de abril, ministrando a oficina “Insubmissão, atrito e confronto, literatura de deslocamento”. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas. Os interessados devem se inscrever por meio do site da UBE-GO (www.ubeoficinas.com.br). Todas as oficinas serão realizadas na sede da União, que fica na Rua 21, no Centro, ao lado do Colégio Lyceu de Goiânia.

A banda de rock brasileira, formada em Brasília, no Distrito Federal, em 1982, Capital Inicial, volta a Goiânia no sábado, 30 de abril. O grupo, liderado por Dinho Ouro Preto, apresenta o show acústico NYC, que inclui três faixas inéditas e releituras de grandes sucessos; dentre eles, “Tempo Perdido”, em homenagem à Legião Urbana de Renato Russo. O show acontece na Atlanta Music Hall, a partir das 22h. Os ingressos, já de 2ª lote, custam R$ 70, a meia.

[caption id="attachment_64305" align="alignright" width="250"] Foto: Reprodução[/caption]
- Na noite da sexta-feira, 29 de abril, a casa brasiliense Victoria Haus recebe a rapper paranaense Karol Conká e a goiana Banda Uó. O show começa às 22h30 e os ingressos custam R$ 40, na bilheteria. A Victoria Haus fica no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (SAAN), em Brasília.
- Na tarde do sábado, 30 de abril, o anfiteatro externo do Planetário da UFG vira palco do projeto “Arteria Cultural”, que leva 14 artistas para o local, onde construirão dois painéis de graffiti. A ideia é de um sarau aberto para quem quer se expressar, ser visto e ouvido.

LIVRO
Donnie Darko
Com tradução de Antonio Tibau e prefácio de Jake Gyllenhaal, que viveu o personagem principal nos cinemas, “Donnie Darko”, o livro, apresenta na íntegra o roteiro original.
Autor: Richard Kelly Preço: R$ 49,90 Darkside Books
MÚSICA
Coleção
“Coleção” reúne canções de filmes, documentários e duetos gravados por Marisa Monte ao longo de sua carreira. Dentre elas, listam “Carinhoso”, “Ilusão” e “Esqueça”.
Intérprete: Marisa Monte Preço: R$ 35,90 Universal
FILME