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Os 10 maiores exportadores mundiais de armas e a geopolítica do ferro e fogo

Relatório divulgado por instituto internacional que monitora o comércio global de armamentos deixa às claras como as potências usam a bilionária indústria bélica para criar zonas de influência [caption id="attachment_714" align="alignleft" width="620"]Linha de montagem do caça americano F-35A Lightning II, que será exportado para nove países Linha de montagem do caça americano F-35A Lightning II, que será exportado para nove países[/caption] De acordo com o último relatório produzido e divulgado pelo Stockholm International Peace Research, organização sueca fundada em 1966, que realiza pesquisas científicas em questões sobre conflitos, segurança e paz mundial, os dez países que mais exportaram armas entre o período de 2009 a 2013 foram: Estados Unidos, Rússia, Alemanha, China, França, Reino Unido, Espanha, Ucrânia, Itália e Israel. O resultado dos estudos demonstra que, mesmo décadas após o término da Guerra Fria, os Estados Unidos e a Rússia — o principal país que compunha o bloco soviético — ainda continuam dividindo a maior fatia do bolo do mercado mundial de armas. Ambos dominam 56% do total. Mais do que isso. Norte-americanos e russos continuam brigando por áreas de influência por meio da prospecção de governos que se tornam clientes dos aparatos bélicos fabricados nos respectivos países. A novidade é a China que, de 2009 ao ano passado, saiu da condição de grande importadora para brigar com tradicionais exportadores, como França e Reino Unido. Os chineses apresentaram um crescimento de mais de 200% neste tipo de mercado, no curto período de quatro anos.

Estados Unidos
Os Estados Unidos, detentores do maior complexo industrial militar do planeta, foram responsáveis por 29% das armas exportadas e 61% deste volume foi de aeronaves — caças, aviões cargueiros, helicópteros táticos, de ataque e transporte pesado. Os principais parceiros exemplificam a tendência da nova política internacional da Casa Branca que voltou suas atenções para Ásia, mais especificamente para o Pacífico, próximo ao Mar da China. Tanto a Austrália quanto a Coreia do Sul foram os maiores compradores de armas americanas. Cada país adquiriu 10% do total das exportações ianques. O governo de Camberra, histórico aliado de Washington, importou nos últimos anos 36 caças supersônicos Boeing F/A-18 Super Hornet, seis aviões cargueiros de transporte pesado, Boeing C-17 Globemaster III, seis aeronaves de alerta aéreo antecipado, Boeing 737 AEW&C, e participam do programa de desenvolvimento e aquisição do caça de 5ª geração Lockheed Martin F-35A Lightning II. Foi assinado o contrato de aquisição de 100 células destas aeronaves de combate de última geração. Para a força terrestre australiana foram comprados dos Estados Unidos 60 tanques pesados M1A1 Abrams, carro de combate padrão do Exército e Fuzileiros Navais americanos. Armas levas, explosivos, sistemas de mísseis e equipamentos de uso individual também fazem parte do inventário importado dos Estados Unidos. Somado a isto, milhares de munições, dezenas de sistemas de radares e sensores remotos de origem americana foram incorporadas às belonaves da frota da Real Marinha Australiana. A Coreia do Sul, que vive há décadas um litígio militar com a vizinha Coreia do Norte, sempre foi uma tradicional cliente das empresas armamentista dos Estados Unidos. Nos últimos anos, os asiáticos incorporaram à suas forças armadas cerca de 60 caças Boeing F-15 Strike Eagle. Também foi encomendada a frota de meia dúzia de aviões radares Boeing 737 AEW&C. Armas leves, mísseis ar-ar, terra-ar, ar-superfície e terra-ar-terra representaram grande parte das importações sul-coreanas. Canadá, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Finlândia, Noruega, Japão, Taiwan, Israel, Turquia, Itália, Espanha, Colômbia, Singapura, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Índia, Polônia, Chile, Egito, Paquistão, Marrocos e México fazem parte do grupo de grandes compradores de armas de origem americana. [caption id="attachment_711" align="alignleft" width="620"]Boeing FA-18 Super Hornet com as cores da Real Força Aérea Australiana Boeing FA-18 Super Hornet com as cores da Real Força Aérea Australiana[/caption]
Rússia
A indústria bélica é tão importante para a economia russa que depois do gás natural e petróleo, as armas são os principais itens de exportação. Não por acaso que o fuzil de assalto mais fabricado e comercializado no mundo é o Kalashnikov AK-47. Curiosamente, os maiores clientes do portfólio de armas russas são a Índia (38%) e China (12%). Ambos são integrantes dos BRICs — bloco formado pelas maiores economias emergente, Brasil, Rússia, Índia e China — e rivalizam pela supremacia econômica e geopolítica na Ásia, com aspirações de influência global. A inclinação indiana em comprar armamento de origem russa se deu pela necessidade de contrabalancear o alinhamento militar do Paquistão aos Estados Unidos e China. Os paquistaneses, vizinhos ao oeste, são rivais beligerantes dos indianos por conta da disputa territorial travada pelo domínio da região fronteiriça da Caxemira. Válido lembrar que tanto Índia quanto Paquistão possuem armas nucleares. Os chineses também viram em Moscou uma saída para o embargo de armas imposto pelos americanos ao regime de Pequim. Tanto indianos e chineses importam dos russos armas leves em geral — fuzis, pistolas, munições e rádios comunicadores —, blindados leves, tanques, caças supersônicos (MIGs e Sukhois), aviões de transporte e alerta aéreo antecipado, helicópteros de transporte e ataque, sistemas de bateria antiaérea, mísseis, radares, submarinos e porta-aviões. A Rússia também presta suporte comercial de armas ao regime bolivariano da Venezuela e ao governo do presidente sírio Bashar al-Assad. O Brasil importou dos russos neste período, baterias antiaéreas portáteis por soldados (Igla-S) e uma dúzia de helicópteros de ataque do modelo MI-35, atualmente em operação na Amazônia baseados na Base Aérea de Porto Velho-RO. [caption id="attachment_712" align="alignleft" width="620"]O falecido Mikhail Kalashnikov ao lado de sua criação o fuzil de assalto Ak-47 O falecido Mikhail Kalashnikov ao lado de sua criação o fuzil de assalto Ak-47[/caption]
Alemanha
Os alemães foram responsáveis por 7% das armas exportadas. Os principais parceiros foram os Estados Unidos (10%), Grécia (8%) e Israel (8%). Os americanos são grandes apreciadores de pistolas, fuzis, rifles, metralhadoras e submetralhadoras alemãs da marca Heckler & Koch (HK). As principais unidades de forças especiais — Seals Navy, Comando Delta e Marines-Recon — se utilizam largamente destes artefatos de origem germânica. Os gregos têm uma planilha diversificada de importação de armas da Alemanha, como tanques pesados do Tipo Leopard 2, caminhões militares, obuseiros, submarinos, foguetes, mísseis e as tradicionais armas leves. À exemplo dos americanos, os israelenses também são assíduos importadores de fuzis e metralhadoras alemãs que são empregados em suas forças armadas e de segurança. Apesar de se posicionarem na terceira colocação, atrás de Estados Unidos e Rússia, o volume das exportações da Alemanha diminuíram 24% em relação ao período 2004-2008. O Brasil importou dos alemães mais de 200 tanques pesados do tipo Leopard 1A5 e sistema de baterias antiaéreas do sistema autopropulsado Gepard 1A2.
China
A China é responsável por 6% das armas exportadas e o volume exportado subiu 212% em relação ao período 2004-2008. Os principais destinos das armas de fabricação chinesa são: Paquistão (47%), Bangladesh (13%) e Mianmar (9%). Os paquistaneses são mais do que compradores de armas chinesas, eles mantém uma parceria de longa data no processo de desenvolvimento e fabricação de tanques, blindados, bombas, mísseis e caças, como o supersônico FC-1. O governo paquistanês forma com a China um muro de contenção geopolítico e militar contra a Índia, grande rival de ambos e a maior motivadora da aliança sino-paquistanesa. Bangladesh e Mianmar, também por motivos estratégicos, são grandes importadores de armas leves, aviões, caças e radares da expansiva indústria bélica chinesa. Bolívia e Venezuela, países sul-americanos do bloco bolivariano, recentemente compraram da China jatos (K-8) subsônicos de treinamento avançado.
França
A França foi responsável por 5% das armas exportadas e o volume exportado teve queda de 30% em relação ao período 2004-2008. Os principais parceiros foram a China (13%) e Marrocos (11%). Aviões (caças), helicóptero, mísseis, foguetes, blindados leves sobre rodas, navios e submarinos são os principais produtos da indústria bélica francesa exportado a outros países. O Brasil tem contrato com a França na construção de submarinos convencionais e de propulsão nuclear para a Marinha e a fabricação, em solo brasileiro, de 50 helicópteros de transporte (EADS-Helibras EC-735 Cougar) para as forças armadas brasileiras. Ambos os contratos somam mais de R$ 6 bilhões.
Reino Unido
Outrora grande exportador de armas, o Reino Unido é responsável por 4% dos artefatos exportados, a mesma proporção do período 2004-2008. Os principais clientes são o Reino da Arábia Saudita (42%) e os Estados Unidos (18%). Recentemente, os sauditas compraram dos ingleses 72 caças supersônicos Eurofighter Typhoon e 22 jatos subsônicos de treinamento avançado e ataque BAe Hawk — válido lembrar que em encomendas bilionárias como esta também se negocia uma gama de mísseis, bombas, munições, manutenção da aeronave e peças sobresselentes. Mísseis anti-tanque de fabricação britânica foram largamente exportados para o exército do país árabe.
Espanha
Os espanhóis foram responsáveis por 3% das armas exportadas e teve um aumento de cerca de 80% no volume exportado em relação ao período 2004-2008. Os principais destinos os produtos militares “made in Spain” são: Noruega (21%) e Austrália (12%). Destaque para os aviões militares de transporte médio e de patrulha marítima. Em 2008, a Austrália encomendou estaleiro espanhol Navantia, dois navios de assalto/porta-helicópteros por € 990 milhões. As belonaves possuem capacidade para operar até seis helicópteros táticos/transporte NH90 ou quatro helicópteros pesados CH-47 Chinook em seu convés de voo. A marinha australiana poderá utilizar aviões de decolagem curta e pouso vertical F-35B. Além das capacidades aeromóveis, estes navios foram projetados para operações anfíbias, podendo receber até 1.000 soldados e aproximadamente 110 veículos, incluindo tanques pesados.
Ucrânia
A Ucrânia, que nos últimos dias teve voltada para si a atenção do mundo por conta da crise com a Rússia, foi responsável por 3% das armas exportadas e teve aumento de cerca de 75% no volume exportado em relação ao período 2004-2008. Os principais parceiros foram a China (21%) e Paquistão (8%). Os ucranianos negociaram com os dois países asiáticos armas leves, materiais de artilharia, blindados leves sobre rodas, barcos anfíbios de assalto do tipo hovercrafts, tanques modelo T-80, mísseis e tecnologias militares sensíveis. Depois do colapso soviético, os ucranianos herdaram um grande acervo de armas e conhecimento e técnicas aeronáuticas avançadas em guiagem de mísseis, foguetes e aviões de transporte pesado e estratégico.
Itália
Os italianos fabricaram 3% do total de armas exportadas, o que incluiu polêmicos envios para a Líbia ainda na época de Kadafi. Atualmente os principais parceiros são a Índia (10%) e Emirados Árabes Unidos (9%). Aviões de transporte médio, fragatas, blindados e sistemas de mísseis são os produtos mais exportados para os dois países asiáticos.
Israel
Israel é responsável por 2% das armas exportadas e já foi acusado de não divulgar todos os seus acordos. Os principais destinos de armas israelenses são a Índia (33%) e Turquia (13%). Os principais produtos exportados são armas leves (fuzis, pistolas e metralhadoras), mísseis, sistemas de vigilância e controle e aviões espiões não tripulados.
E o Brasil?
Até o final da década de 80, o Brasil foi um grande exportador de armas, principalmente para países vizinhos, do Oriente Médio — Iraque e Arábia Saudita — e África. Com o fim da Guerra Fria e sucessivas crises financeiras que se abateram no País, a indústria bélica nacional quase foi extinta. [caption id="attachment_713" align="alignleft" width="620"]Embraer A-29 Super Tucano nas cores da Força Aérea Colombiana Embraer A-29 Super Tucano nas cores da Força Aérea Colombiana[/caption] No início da década de 2000, porém, houve o renascimento da indústria militar brasileira. Diferentemente de seu período áureo, em que eram exportados blindados, sistemas de artilharia e de lançamento múltiplo de foguetes, atualmente os principais produtos comercializados pela cadeia produtiva militar brasileira são aviões leves de combate (A-29 Super Tucano) e de vigilância e sensoriamento remoto (Emb-145 AEW), ambos fabricados pela Embraer. Os aviões turboélices Super Tucanos — considerada a melhor aeronave do mundo para missões de ataque leve, reconhecimento e contra-insurgência — foram exportados nos últimos anos para Colômbia, Chile, República Dominicana, Equador, Mauritânia, Indonésia, Burkina Faso, Senegal e Estados Unidos. Os Emb 145 AEW, jatos equipados com um potente radar de alerta aéreo antecipado, inteligência e sensoriamento remoto, foram vendidos para a Índia, Grécia e México. Outro setor que merece menção é a indústria brasileira de armas leves, como a empresa gaúcha Taurus que exporta em grande quantidade pistolas, revólver, escopetas, metralhadoras e carabinas. Produtos da marca têm compradores cativos nos Estados Unidos, tanto por civis quanto por forças policiais. A estatal Imbel, que produz fuzis para as Forças Armadas e para exércitos de dezenas de outros países, tem aumentado sua participação no mercado mundial de armas leves. Outras duas empresas brasileiras que merecem ser lembradas é a Avibras e Mectron. A primeira produz lançadores múltiplos de foguete (Astros II) que foram exportados em grande escala para Arábia Saudita, Malásia, Indonésia, Angola, Catar, Bahrein e Iraque. Já a segunda corporação se destaca pelo desenvolvimento e fabricaçãode mísseis ar-ar de curto alcance (MAA-1 Piranha), bastante comercializado para o Paquistão. Além do MAA-1 Piranha, há outros mísseis projetados pela Mectron que deverão angariar uma boa fatia no mercado internacional, tais como: MSS-1.2, arma anti-tanque com guiagem à laser, usado em combates à curta distância; MAN-1, míssil antinavio de 60-70 km de alcance desenvolvido pela Mectron em parceria com a Marinha do Brasil; MAR-1 míssil tático do tipo ar-superfície, anti-radiação de médio alcance, com guiamento passivo por radar e o SCP-01, sistema de radar projetado para ser instalado a bordo do caça subsônico de ataque ítalo-brasileiro AMX para operar como sensor principal de seu subsistema de armamentos.

Alemães estão “de olho” nos modais logísticos anapolinos

[caption id="attachment_651" align="alignleft" width="620"]Porto Seco de Anápolis: auxílio alemão será importante para modais logísticos | Foto: Fernando leite/Jornal Opção Porto Seco de Anápolis: auxílio alemão será importante para modais logísticos | Foto: Fernando leite/Jornal Opção[/caption] Na última semana, representantes de Goiás e da Alemanha se en­contraram na Embaixada Germâ­ni­ca em Brasília. Entre os presentes estava o presidente do Senado alemão, Stephan Weil, além de vários integrantes de instituições goianas, como o coordenador técnico da Fieg, Wellington da Silva, e representantes da Confe­deração Nacio­nal da Indústria (CNI), da Associa­ção Comercial, Industrial e de Ser­vi­ços de Goiás (Acieg), entre ou­tros. O objetivo da reunião com os alemães foi analisar as perspectivas da economia goiana para 2014 e verificar quais as possíveis parcerias comerciais com a Alemanha. Con­tudo, cada instituição se encontrou com integrantes ligados diretamente com seus setores de interesse. E um dos principais encontros ocorreu entre o diretor do Porto Seco de Anápolis, Edson Tavares, e o diretor da DEWI GmbH, o Instituto Alemão de Energia Eólica, Jens Peter. Tavares julgou ser muito importante a reunião entre eles, uma vez que os alemães são dos melhores do mundo, assim como os norte-americanos, quando o assunto é logística. Segundo ele, os alemães avaliaram a operação do porto seco assim como o andamento do aeroporto de cargas. “A comitiva alemã se interessou bastante na operação do aeroporto de cargas, assim como naquilo que fazemos no Porto Seco de Anápolis. Nossa intenção foi mostrar a eles o interesse de Goiás em trazer parceiros para ajudar na operação dos nossos modais logísiticos, envolvendo tanto as rodovias como o aeroporto, mas também as ferrovias”, diz ele, fazendo menção à Ferrovia Norte-Sul, que — segundo os governistas de Dilma Rousseff — deve ter o trecho goiano finalizado ainda este ano. “Os alemães gostaram daquilo que viram, principalmente em se tratando do modal ferroviário. Ficou, inclusive, combinado que eles deverão voltar em breve para apresentar um projeto de operação da ferrovia, o que seria bom, pois eles têm tecnologia para fazer essa execução”, avalia Tavares.

Energia eólica como fonte de abastecimento
A energia eólica é, sem dúvidas, uma das alternativas mais estudadas para baratear a produção de energia, além de criar um método mais limpo de manter ativa a economia do país. Seguindo essa linha de pensamento, Edson Tavares ressalta que já há estudos no Porto Seco de Anápolis visando a instalar essa tecnologia e que os alemães serão de grande auxílio nessa parte. “Eles ficaram de fazer um estudo para estudar a implantação de energia eólica aqui, pois têm grande capacidade tecnológica nessa área. Inclusive deveremos contratar uma empresa alemã para concluir os estudos”, informa o diretor.

Gomide dá passo importante para ser candidato

[caption id="attachment_647" align="alignleft" width="620"]Antônio Gomide: com tudo na mão para ser o candidato ao governo | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção Antônio Gomide: com tudo na mão para ser o candidato ao governo | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption] O prefeito de Anápolis, Antônio Gomide (PT), deu um passo importante rumo a consolidar sua candidatura ao governo do Estado. Em reunião com a direção nacional do PT em Brasília na quinta-feira, 20, ele recebeu carta-branca para se firmar como nome ao governo, independentemente da decisão a ser tomada pelo PMDB. Porém, ainda pode se ver ameaçado por uma possível candidatura de Iris Rezende. Essa é a leitura que se pode fazer da reunião. Na avaliação de Gomide, en­tre­tanto, o discurso é o mesmo: só deixa a prefeitura anapolina se for para ser candidato. Ele aposta na sua capacidade de crescimento, visto que não é largamente co­nhecido no Estado. Se subir nas pesquisas, chegará às convenções mais forte do que já está. Mas o tempo é curto, uma vez que, se for se descompatibilizar, deverá fazê-lo até o próximo dia 29, quando o PT se reúne com seus delegados. É certo que, por orientação nacional, o PT terá que ceder a cabeça de chapa para o PMDB em oito Estados — até agora — e Goiás não está no meio. São eles: Amazonas, que tem o senador Eduardo Braga como nome peemedebista; Sergipe, onde o governador Jackson Barreto (PMDB) tentará a reeleição; em Alagoas, Renan Filho –– filho do presidente do Senado Renan Calheiros –– parece ser o nome que encabeçará a chapa; Pará, onde o cabeça peemedebista deverá ser o ex-prefeito de Ananindeua Helder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho; Mato Grosso, onde o candidato do PMDB deverá ser Nelson Trad Filho; e Rondônia, onde Confúcio Moura há de ser confirmado. Já na Paraíba a situação é um pouco mais complexa, uma vez que a então pré-candidata petista Nadja Palitot pode fechar com o peemedebista Veneziano Vital do Rêgo, que também cogita se aliançar com o PSDB em um grande bloco para derrotar o governador Ricardo Coutinho (PSB). O oitavo Estado é o Tocantins. O discurso petista no Estado ainda é de candidatura própria, mas já mudou um pouco, após a entrada do ex-prefeito de Porto Nacional Paulo Mourão –– que diz ter carta branca para dialogar com todos os partidos. Ao que consta, Mourão não tem a resistência característica de uma ala do partido para fechar acordo com o PMDB visando as eleições de outubro.

PT Nacional diz não a PSDB, DEM e PPS

Na reunião com a direção nacional do PT, Antônio Gomi­de recebeu aval para conduzir conversas em relação às alianças quase livremente. Quan­do se trata de política partidária, o parceiro imediato do PT seria o PMDB, mas há outros: PCdoB, PPL, PDT e Pros foram siglas procuradas pelo petista para compor aliança, embora PDT e Pros tendam a acertar com o PMDB de Júnior Friboi. Se os dois principais forem juntos, estará formada a aliança. O “quase livremente” dito a Gomide consiste na orientação de não se aliar a três partidos especificamente: PSDB, DEM e PPS. Nenhuma surpresa, uma vez que PT é oposição ao PSDB tanto no Estado quanto no cenário federal. Fora isso, o partido não fecha com os democratas em nenhuma esfera. Há animosidade entre as siglas, sem contar no fato de que o líder do DEM, deputado federal Ronaldo Caiado, deverá participar da chapa majoritária do governador Marconi Perillo (PSDB). E o PPS de Marcos Abrão –– que quase foi PPS de Lúcia Vânia, um dos principais nomes tucanos –– é, ao lado de PSD e PP, a legenda que concede maior apoio a figura de Marconi, além de fazer oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff.

IV Festival de Cinema tem edital lançado

O edital do IV Anápolis Festival de Cinema, que acontecerá entre os dias 18 e 25 de maio, foi lançado na quarta-feira, 19, pelo vice-prefeito, João Gomes (PT). Serão três mostras competitivas, uma mostra paralela, exibições infantis, além de debates, oficinas, mesas redondas e lançamentos de livros. Neste ano, serão quase R$ 139 mil em premiações distribuídos entre os vencedores das duas mostras de curtas e nas várias categorias da Mostra Adhemar Gonzaga de Cinema Brasileiro, que reúne três longas-metragens brasileiros de ficção premiados nacional e internacionalmente. As inscrições para os filmes de curta-metragem anapolinos e de filmes de curta-metragem do Centro-Oeste estarão abertas de 22 a 30 de abril, exclusivamente pelo site do Festival.

Neymarketing e sua onipresença em campanhas. Imagina na Copa

cartas1Jayme Diogo Araújo Escolha uma grande marca brasileira e tente não encontrar o Neymar em uma delas. Ou faça melhor: conte quantas vezes o queridinho da publicidade brasileira aparece diariamente em sua timeline ou no intervalo do seu programa favorito na TV. Fato é que as atenções estão tão voltadas ao craque do Barcelona que a presença do jogador já é companheira fiel quando o assunto é propaganda. Guaraná Antarctica, Claro e Santos Futebol Clube já realizaram ações publicitárias com o Neymar, todos no mesmo dia e no mesmo intervalo comercial na TV. O fato curioso chama a atenção pela forma como a mídia tenta inserir sua imagem na mente das pessoas. Em contrapartida, a marca fica sem ligação exclusiva com a celebridade e vice-versa, tornando rasa sua participação e consequentemente um porta-voz de qualquer assunto, qualquer marca e qualquer negócio. Mas engana-se quem pensa que o senhor dos cabelos descolados foi a celebridade que mais apareceu nas timelines, banners interativos e na telinha. Sim, em termos de aparição na mídia o Neymar ficou em 2º lugar, de acordo com pesquisa relevada no portal Yahoo, perdendo apenas para o galã Reynaldo Gianecchini, que apareceu nada menos que 8 mil vezes em intervalos comerciais em 2013. Em ano de Copa do Mundo essa “Neymarmania” ficará ainda mais evidente. Primeiro, pelo apelo universal da paixão pelo futebol; e, em segundo lugar, pelo anseio das marcas em utilizar o Menino da Vila em suas campanhas. Imagine só nos dias do Mundial: Neymar para todo lado, aparecendo ainda mais e mais. Camiseta, pôster, álbum de figurinhas, no chiclete, na TV, na timeline do Facebook, no SMS do celular e, quem sabe, em anúncios de cueca. Sim, de cueca! Pois essa foi a última campanha em que o craque apareceu, esta semana. Possivelmente, Neymar pode encerrar esse ano de 2014 como líder de inserções comerciais na TV e em campanhas publicitárias, ainda mais se o Brasil conquistar o hexa com a ajuda de seus gols. A partir daí teremos um novo conceito para aprender nos bancos de escolas de marketing e em faculdades: “Técnicas de Neymarketing” aplicadas às campanhas publicitárias. Viva a Copa do Mundo, viva o Neymarketing! Jayme Diogo Araújo é publicitário, professor do Instituto de Pós-Graduação (Ipog) e especialista em Mídias Digitais.  

“Luz para o caminho das trevas do futebol goiano”
Cláudio Curado Poucas vezes vi um artigo tão lúcido sobre o futebol goiano como este [“O futebol goiano morreu, só não sabe disso ainda”, Jornal Opção On-Line]. Toca em várias feridas como, por exemplo, a questão da equipe do Goiás. O mais organizado clube goiano disputa apenas um campeonato por ano — o Goiano, o qual tem chances de ganhar. Do resto, ele apenas participa. E a Federação Goiana de Futebol (FGF) não consegue explicar sua própria utilidade, além de dar emprego a cartolas que, na iniciativa privada, não conseguiriam ir além de contínuos. Sem contar nossa crônica esportiva e sua crônica dependência dos cartolas. É esperar que esta luz ilumine o caminho de trevas onde está nosso futebol. Claudio Curado é presidente do Sindicado dos Jornalistas do Estado de Goiás. E-mail: [email protected]  
“Edemundo é digno de admiração”
Salomão Torres O secretário Edemundo Dias é pessoa digna de admiração. É uma lástima que homens como ele encontrem uma séria resistência, da parte de muitas outras autoridades, ao tentar colocar em prática ideias que poderiam melhorar nosso País. Parabéns ao Jornal Opção pela entrevista (edição 2018). E-mail: [email protected]  
“As pessoas são muito hipócritas sobre animais em laboratório”
[caption id="attachment_615" align="alignleft" width="620"]Leitores analisam questão polêmica do uso de animais em pesquisas de laboratórios científicos | Foto: Paulo Victor/AE Leitores analisam questão polêmica do uso de animais em pesquisas de laboratórios científicos | Foto: Paulo Victor/AE[/caption] Mariana Maciel Concordo plenamente com o que disse o professor Elder Sales no artigo “E se não usássemos os animais... ou vegetais?” (coluna “Bio Lógica”, Jornal Opção On-Line). As possibilidades de estudo para formas de cura, de medicamentos, vacinas etc. ficariam muito limitadas, se é que haveria possibilidades. As pessoas são muito hipócritas em dizer que isso é errado, que não se deve fazer isso com os animais, pois na hora em que é lançado na mídia que a cura foi encontrada para determinada doença são os primeiros a comemorar sem se lembrar de que, para se chegar àquele resultado, foram feitos diversos estudos e testes em animais. Os cientistas não estão ali para maltratar ou torturar os bichos, mas, sim, para buscar formas de melhorar, qualificar os meios de reabilitação em saúde. Olhando para a situação dos animais, é claro que a gente se sente mal, mas até então é a forma mais viável para fazer estudos das reações de medicamentos, aparelhos e demais técnicas simulando o corpo humano, possibilitando então a evolução do conhecimento científico sobre as formas de cura em saúde. E-mail: [email protected]  
“Condenam as pesquisas, mas usam o que vem delas”
Rogiane Oliveira De fato, existem linhas de radicalidade e de radicalismos para qualquer questão, seja política, religiosa, social... e a ciência, certamente, não seria exceção. Ra­dicalidade aconteceu e acontece todas as vezes que pessoas inquietas, indignadas e inconformadas com certa realidade resolvem ser e fazer diferente. Foi talvez o que pensaram os primeiros cientistas, cansados do empirismo mal fundamentado, ao decidir dar luz às propostas de cura por medicamentos, por exemplo, usando animais. Isso foi radical, em uma era cheias de tabus, conceitos indissolúveis e preconceitos. Agora, radicalismo foi quando Hitler, por exemplo, quis provar a “pureza” da raça ariana eliminando todos os que pudessem ofender sua genética perfeita. Talvez se ele tivesse usado ervilhas ou ratos, funcionasse também. Mas, ele aderiu ao “ismo” para sua causa. Assim, são aqueles que condenam as pesquisas com animais. Usam e abusam de tudo o que advém delas, mas adoram a pose de um suposto respeito à natureza. Ainda não considero que os animais vêm sendo abusados pelos seres humanos nesse sentido. Diferentemente, por exemplo, daqueles que têm um cãozinho em casa, dizendo ser este seu melhor amigo, e o deixam morrer de fome. Ou de alguns mauricinhos que botam fogo em índios ou num cavalo inocente no meio da rua. Assim, quando um ratinho é morto num laboratório, por mais que o cientista não sinta um mínimo de remorso, o ecossistema não acabou ali. Muito pelo contrário. Foi mais uma tentativa para combater o câncer, a aids ou a ignorância de alguns. E-mail: [email protected]  
“Mercado imobiliário deve ser analisado caso a caso”
[caption id="attachment_616" align="alignleft" width="620"]Suspeita de desaquecimento do mercado imobiliário: leitor refuta hipótese de bolha | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção Suspeita de desaquecimento do mercado imobiliário: leitor refuta hipótese de bolha | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption] Raffael Correia Definição de bolha imobiliária: prática extensa, artificial e insustentável de sobreprecificação de bens imóveis. A atual precificação não é artificial; se fosse, não haveria a realização que de fato há. Haver imóveis vagos não é o melhor indicador de “estouro” de coisa alguma. Ina­dim­plência, alto nível de endividamento (que hoje está em 45% no Brasil, contra 104% dos Estados Unidos e da União Europeia) e deterioração do valor do metro em 15% ou mais ao ano (menos do que isso é cenário de recessão, o que também não é o caso). A matéria da “Exame” citada pela reportagem de Marcos Nunes Carreiro [“A onda de construções que tomou Goiás pode estar com os dias contados”, Jornal Opção 2018] começa com “o preço dos apartamentos nunca foi tão alto”. Analisando os últimos séculos, essa frase caberia em praticamente qualquer afirmação anual. O ajuste de mercado já está ocorrendo, gradualmente os imóveis estão se valorizando, mas não como nos últimos seis anos. Em boa parte, pela retirada de facilidades das principais linhas de crédito imobiliário que até 2012 impulsionaram o mercado. Como essas avaliações são feitas em dólar, a valorização de 15% da moeda americana em 2013 deu uma ideia de perda de valor, uma vez que a valorização média dos imóveis não passou de 8%. Soma-se a isso uma importante mudança de comportamento de compra e venda: uma diferença cada vez maior entre o valor que se anuncia e o valor com que se realizam os negócios. Há dez anos, em uma negociação essa diferença era de 5% a 15%; hoje, essa diferença pode chegar a 30% — os órgãos de que cumprem informar o andamento do mercado imobiliário desprezam esse fato, que é crucial para se entender a evolução dos preços. Apenas esses pontos demonstram que a precificação é sustentável em médio prazo. Com o aumento dos juros e a moderação do empréstimo bancário, deve haver uma igual moderação dos lançamentos e um equilíbrio no valor de imóveis usados, que é a realidade atual. Reco­mendo, contudo, que cada caso seja analisado separadamente, pois o mercado é muito sensível e aquilo que é verdade em uma rua pode se tornar confuso na próxima esquina. E-mail: [email protected]  
“Militarismo de volta não é a solução”
Jonas W. Rocha A respeito da matéria “Bom era na ditadura, quando não tinha corrupção. Ah, não?” (Jornal Opção 2012), estou vendo pessoas que eu conheço querendo os militares de volta, por causa da corrupção. Não esqueçamos que os nazistas eram militares e eles limparam os tesouros que os judeus guardavam e faziam os holandeses extraírem muito petróleo de forma forçada sem pagá-los. Quem os quer de volta? Será que pensam que suas famílias vão melhorar, vão prosperar mais? Será que dentro dessas famílias não vai ter algum primo, irmão, alguém que se coloque contra os militares e vai temer pela própria condição física e pela vida por isso? E mais, pela questão da esquerda: esse governo que temos agora não é esquerda faz muitos anos. Nem a China é mais socialista, só tem ainda a estrutura de governo similar à época de Mao. Não é colocando os militares de volta que as coisas vão mudar para o rumo que queremos. E-mail: [email protected]  
“Partido de Marina vai terminar falando sozinho”
Elias Rocha Sou de Iporá, terra de Van­der­lan Cardoso, mas não decidi ainda meu voto para governador. No entanto, fico indignado com o “fogo amigo”, como visto na matéria “Rede Sus­ten­tabilidade desmente frase de Marina Silva elogiando Van­der­lan Cardoso em rede social” (Jornal Opção On-Line), pois Vanderlan pode até não ser politicamente viável, mas sempre foi considerado homem correto e probo. Com este comportamento desdenhoso, esnobe e jacobino, o partido de Marina Silva vai terminar falando sozinho. E-mail: [email protected]  
“Uma excelente entrevista de Graciliano Ramos”
Gonzalo Armijos “A última entrevista de Gra­ci­liano Ramos” (Jornal Opção 1944) é excelente. Uma joia! Uma das primeiras obras brasileiras que li ao chegar ao Brasil, no início dos anos 80, foi “Memórias do Cárcere”. Nunca vou esquecer. Gonzalo Armijos é filósofo e professor da Universidade Federal de Goiás. E-mail: [email protected]  
“Guerrilheiros do passado não se converteram à democracia”
Odiombar Rodrigues Sobre o texto, “Estatuto do Desarmamento não contribui para reduzir a violência” (Jornal Opção 1988), da coluna “Con­traponto”, de Irapuan Costa Junior, podemos dizer que o estatuto foi uma medida muito “inteligente”, pois, por meio dele, o governo está construindo o caos social que muito interessa aos “revolucionários” bolivarianos e castristas. Quando ele estiver plenamente instalado, um “salvador” tomará o poder em nome do “restabelecimento” da ordem social. Ninguém imagina que os “guerrilheiros” do passado tenham se convertido à democracia. E-mail: [email protected]  
“Juventude tratada brutalmente”
Fernanda Bento Em toda a imprensa que noticiou esse crime brutal, as vítimas são denominadas mulheres. Só uma observação: apenas uma delas é maior de 18 anos. Foram jovens e adolescentes assassinadas, não mulheres. Mais uma prova de como nossa juventude vem sendo brutalmente tratada. E-mail: [email protected]  
“Com medo de viver”
Thyrza Flores Fico sem entender tamanha violência. Sempre pedi a Deus mais tempo de vida. Hoje me encontro com medo de viver.

A Ucrânia, a Europa e a falta de um morto

O enredo do drama que se desenrola naquela parte do mundo é medíocre; mais medíocre é a atuação dos próprios atores. Nenhum convenceu. Todos fracassaram, inclusive, a diplomacia

Imagino, logo existo

Minha concentração para aprender o que quer que fosse esteve sempre abaixo da média. Quando entrei na escola era um custo me manter acordado, o que só acontecia graças aos truques de professoras já escoladas em alunos da minha laia. E logo que venci o sono, descobri o prazeroso poder mental da divagação. Foi assim que minha mente insipiente, tábula rasa para a acomodação do conhecimento, se converteu no território sem forma da imaginação. Passei a divagar por qualquer coisa – e sobre qualquer coisa. A hipotenusa, por exemplo, me fazia pensar na medusa, na musa, na andaluza. O pouco que aprendi não foi por sede de conhecimento, mas apenas para instrumentalizar minha imaginação. Alguns rudimentos de história, por exemplo, bastaram para que eu convivesse intimamente com figuras de várias épocas – da Guerra do Peloponeso à Revolução Sexual de 60. Satisfeita minha imaginação, esses rudimentos eram lançados ao vale do esquecimento. Só a literatura sobreviveu a esse perverso descarte. Isso porque me tornei personagem secundário de cada livro que li e que calou fundo na minha imaginação. Quando sinto que estou esquecendo o que li nalgum deles, volto a relê-lo com a avidez de quem foge da morte. E imagino, logo existo.

Oposição cresce e ocupa o espaço de Marconi Perillo em seu reduto eleitoral

[caption id="attachment_271" align="alignleft" width="620"]32 e 33 - coluna anapolis_toques.qxd Antônio Gomide e Iris Rezende: os dois marcam o crescimento da oposição, que poderá tomar votos de Marconi Perillo em Anápolis | Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption] “Vi da melhor maneira possível, pois qual prefeito no Brasil tem uma gestão de cinco anos com uma aprovação de mais de 90%?” Essa foi a fala do prefeito Antônio Gomide em relação a uma pesquisa divulgada na semana passada. De fato, Gomide não pode reclamar, mesmo que tenha perdido alguns pontos nas intenções de voto entre os anapolinos. A pesquisa mostrou que o prefeito tem uma aprovação de governo de 91,4%, enquanto a avaliação da gestão do governador Marconi Perillo (PSDB) ficou em 46,5%, 1,2 ponto porcentual abaixo da desaprovação (47,7%). A situação é ainda melhor quando comparada com a avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff (PT): 45,2% de aprovação contra 50,3% dos insatisafeitos. Fora isso, a pesquisa trouxe pontos interessantes em relação às intenções de votos. Em um quadro com Marconi, Iris Rezende (PMDB), Ronaldo Caiado (DEM) e Júnior Friboi (PMDB) e Vander­lan Cardoso (PSB), Gomide fica com 65,4% das intenções de votos. Sem Iris na disputa, o petista sobe para 67,7%. Esse quadro já era esperado, de certa forma. O interessante foi ver que o governador — que tem um histórico muito positivo de votações em Anápolis, o terceiro maior colégio eleitoral de Goiás —, ficar tecnicamente empatado com Iris Rezende — que tem um histórico negativo de recepção por parte do anapolino, devido a atribuição de falha com a cidade nos últimos governos peemedebistas. Na estimulada, sem Gomide, Marconi fica com 34,9% das intenções de votos contra 30,6% de Iris. Por quê? Um empresário anapolino dá sua explicação. Segundo ele, a aliança estadual entre PT e PMDB favoreceu o crescimento de Iris. “Não acho que o anapolino veja a figura do governador Marconi Perillo de forma menos qualificada. Não é descrédito dele, mas crédito dos adversários. Fala-se muito mais de PMDB na cidade do que se falava anteriormente, devido à aliança do partido com o bem avaliado PT do prefeito Antônio Gomide. E o PMDB também tem se tornado mais ativo no município.” O presidente do PSDB de Anápolis, professor Valto Elias, avalia que a pesquisa demonstra uma realidade momentânea, devido ao período vivido pelo governador desde o início de seu mandato e também a oscilação natural sofrida pela base por conta do crescimento da oposição. “Em 2011, o governador pegou um Estado com muita dificuldade financeira e capacidade de apresentação de resultados imediatos. Fora os problemas sofridos com a CPMI em 2012. Então, ele gastou muito tempo nisso, buscando recursos para investir e se defendendo de acusações infundadas. Mas há tempo para reverter esse quadro, pois agora o governador colocou a casa em ordem, pagou as dívidas e está inaugurando obras em todo o Estado, além de estar marcando presença em Anápolis, não só fisicamente como de governo. Mas é um quadro natural”, analisa.

Diz membro do PT Nacional: “Sem identidade comum, Gomide e Friboi não podem compor palanque”

Elói Pietá esteve em Goiás no fim da semana passada para auxiliar Antônio Gomide na formatação de seu plano de governo. Mas não apenas isso. Fazendo o jogo partidário, o ex-prefeito de Guarulhos alfinetou os PMDBs estaduais nesse período conturbado de alianças partidárias. Ele, que deixou a diretoria do PT nacional para passar três meses na Índia aprendendo inglês, disse: “Goiás vive uma situação bastante parecida com São Paulo, em que o PSDB governa o Estado há 20 anos; em que o PMDB tem como pré-candidato um empresário — Paulo Skaf, presidente da Federação das Indús­trias de São Paulo (Fiesp) — que representa o pensamento das elites; e em que o PT postula lançar candidatura própria, com o ex-ministro Alexandre Padilha.” Logo, seu pensamento é o de que PT e PMDB devem, sim, lançar candidaturas separadas no primeiro turno e, quem sabe, juntar forças em uma possível segunda estapa. “O PT nacional não pode reclamar, pois estamos disputando a aprovação do povo com bons candidatos nos Estados. O que não podemos aceitar é ver Friboi e Gomide dividindo palanque. Afinal, não há nenhuma identidade entre os dois. Situação diferente da vivida pela presidente Dilma e o [vice Michel] Temer”, diz.

Parceria entre Goiás e Alemanha deverá beneficiar principais obras de logística em Anápolis

[caption id="attachment_265" align="alignleft" width="358"]Presidente do Senado alemão, Stephan Weil, visita o Brasil e se encontra  com representantes goianos em Brasília com o objetivo de analisar  economia goiana | Foto: Reuters Presidente do Senado alemão, Stephan Weil, visita o Brasil e se encontra com representantes goianos em Brasília com o objetivo de analisar economia goiana | Foto: Reuters[/caption] Um encontro em Brasília deverá influenciar diretamente as ações em Anápolis. No dia 18, representantes de Goiás se encontram com empresários alemães na Embaixada Ger­mâ­nica para firmar parcerias. Estará pre­sente, em visita oficial, o presidente do Senado alemão, Stephan Weil. A reunião é resultado de um primeiro encontro ocorrido no fim de fevereiro, quando os presidentes da Fieg, Acieg, Adial e Lide Empresa­rial — Pedro Alves, Helenir Queiroz, Cesar Helou e André Rocha, respectivamente —, além do secretário da Indústria e Comércio, Rafael Lousa, conversaram com empresários alemães. O objetivo foi analisar as perspectivas, da economia goiana para 2014 e verificar quais as possíveis parcerias comerciais com a Alemanha. O cônsul honorário alemão em Goiás, William O’Dwyer, que também participa dos encontros, ressalta que os encontros servirão para fazer com que Anápolis e Goiás recebam auxílio na área de logística, construção e operação de aeroportos e transportes. No caso de Anápolis, a parceria se concretizará em relação à plataforma multi­modal, ao aeroporto de cargas e ao porto seco. “Virão técnicos e engenheiros de construção de aeroportos e logística de portos alemães para analisar e auxiliar as construções. Isso significa uma grande parceria para Goiás”, afirma.

PSDB anapolino deverá se encontrar com PPS e PSDC nesta semana

O PSDB de Anápolis tem mantido o caminho proposto a ser seguido: trabalhar pela reeleição do governador Marconi Perillo e pela eleição de Alexandre Baldy a deputado federal. Fora isso, o partido tem conversado com outras siglas. É o que aponta o presidente da legenda, Valto Elias. Segundo ele, já houve conversas com o PSL — que deverá estar na base juntamente com outros partidos pequenos como o PHS, de Eduardo Machado, e o PMN, do pré-candidato a deputado federal Valter Paulo — e o PV. As reuniões que devem ocorrer nesta semana são com PPS e PSDC. Valto Elias avalia que as conversas são necessárias para a formatação da chapa e também para a própria busca de entendimento na luta pela eleição na disputa de outubro.

Seminário apresenta termos para implementação de educação inclusiva para 47 municípios

Durante toda a semana passada, foi realizado o Seminário Regional de Formação de Gesto­res e Educa­dores envolvendo Anápolis e outros 46 municípios que fazem parte da região de abrangência. O principal foco de discussão do evento foi na implementação do Programa de Educa­ção Inclusiva “Direito à Diver­sidade”, cujo objetivo é atuar para constituir políticas públicas promotoras de uma educação de qualidade envolvendo todos os alunos. De acordo com a secretária de Educação, Virgínia Melo, os pontos considerados no seminário convergiram para a elaboração de temas e palestras a fim de discutir as diferenças etnicorraciais, assim como as políticas para crianças com necessidades especiais, e educação para jovens e adultos.  

“Marcar posição sobre liberdade da mulher pode ser enganoso”

Antonio Alves “Liberdade ainda que tardia!” A mulher que carrega seus preconceitos machistas também quer ter liberdade de ser preconceituosa. A cultura escraviza, mas há espaço para todas. Mui­tos preconceitos são sociais, mas ao mesmo tempo individuais. Certa vez, li em Gilberto Freyre que a religião do povo brasileiro é uma mistura de catolicismo, protestantismo e espiritismo. A princípio, cheguei a acreditar que tais crenças são independentes, mas com o tempo, percebi que elas vão se fundindo ao longo da história. Assim também é o machismo e o feminismo, a tendência é diminuírem as diferenças. Não gosto de marcar posição, porque muitas vezes o posicionamento torna-se falso e enganoso. A minha esposa não trabalha fora por uma questão estratégica, mas sai sozinha quando há necessidade e a partir do momento em que trabalhar fora for mais vantajoso não vejo nenhum problema nisso. E-mail: [email protected]  

“Ótimo livro de Pedro Sérgio”
cartas1 Jairo Barcelos A propósito do texto “Qual­quer se­me­lhança com a realidade não é mera coincidência”, no Opção Cultural (Jornal Op­ção 2016), li o livro “Maraçu Não Tem Remorso”, do professor Pedro Sérgio dos Santos. Um mergulho na história recente e uma ótima trama ficcional. Vale a pena. E-mail: [email protected]  
“Lamentável opinião sobre Leonardo Boff”
Crispim Santos Sinceramente, não sei como um jornal de credibilidade como o Jornal Opção cede espaço para análises tão sem fundamento como essa de Irapuan Costa Junior [“A ovelha negra Leonardo Boff tenta se reaproximar da Igreja Católica”, coluna “Con­tra­ponto”, edição 1985]. Será que o autor não conhece a história de Leonardo Boff, sua capacidade intelectual? Boff é um dos maiores intelectuais da história do Brasil, reconhecido internacionalmente por suas posições na luta por meio ambiente e direitos humanos. La­men­tável a posição do ex-governador. Leo­nardo não precisa da Igreja para ser ouvido no mundo inteiro. Aliás, é a Igreja que precisa dele. Crispim Santos é geógrafo. E-mail: [email protected]  
Nota do colunista Irapuan Costa Junior:
Respondendo ao leitor Cris­pim Santos, eu começaria pelo fim: a Igreja não precisa de Genésio (ou Leonardo, como ele prefere) Boff. Se precisasse, não o teria condenado ao silêncio em 1985 e não teria se preparado para expulsá-lo em 1992 (expulsão a que ele se antecipou). Respeito a opinião do leitor, que julga Boff um dos maiores intelectuais brasileiros, mas espero que respeite também a minha, que é oposta. Para mim, maiores intelectuais brasileiros são figuras como Carlos Chagas, David Lattes, Euclides da Cunha, Gil­berto Freyre, Machado de Assis e muitíssimos outros, antes de chegarmos ao ex-padre. No meu pensar, nem chegaríamos, pois vejo estatura intelectual na qualidade e não na quantidade. O leitor acha minha análise sobre Boff sem fundamento, mas não rebate nenhuma afirmação mi­nha. E eu apenas comentei uma entrevista do ex-padre, cujas palavras são cabalmente desmentidas pelos fatos e por uma entrevista do papa Francisco, no Brasil. Por fim, também ao contrário do leitor, acho que o Jor­nal Opção tem sua credibilidade por abrigar opiniões divergentes. Se ele acha que o jornal deveria me submeter à censura, acho que ele deve dar abrigo a cartas inconformadas, ainda que vagas, como a do leitor.