Bastidores
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Arquivo[/caption]
Há quem aposte que, durante a campanha, quando apresentar suas propostas e sua serenidade, Adriana Accorsi poderá crescer nas pesquisas. Pode não ser eleita, nem ir para o segundo turno, mas tende a melhorar seus índices nas pesquisas de intenção de voto. O maior problema de Adriana Accorsi não é a deputada-delegada — é o PT, uma verdadeira pedra no caminho. Ressalve-se que não está envolvida em nenhum escândalo — seja nacional, estadual e municipal. É ficha limpíssima.
Há quem aposte, sobretudo no PT, no PSD e no PMDB, que o candidato do PR, Waldir Delegado Soares, será tão desidratado, ao ser apresentado como inconsistente como gestor, que cairá para o quarto lugar, atrás de Iris Rezende (PMDB), Vanderlan Cardoso (PSB) e, sim, Adriana Accorsi. Pode ser que aconteça isto. Mas o policial-deputado é um fenômeno eleitoral, um fenômeno de massas, produzido e reproduzido pelas redes sociais, e não pode ser subestimado. Trata-se de um candidato fortíssimo e com forte empatia com a população.
Atualizada às 18h10 para correção de informação Partido mais forte em todo o Estado, o PSDB lança, para a eleição municipal deste ano, candidatos a prefeito em mais de 130 municípios — mais que o PMDB de Iris Rezende e Daniel Vilela, que lançou 116. Em todos os municípios de Goiás, há pelo menos um candidato da base aliada. Em alguns municípios, há de dois a três postulantes que apoiam o governo de Marconi Perillo (PSDB).
O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), fumou o charuto da paz com o deputado federal Thiago Peixoto e com o secretário das Cidades, Vilmar Rocha, ambos do PSD. No fundo, são aliados e amigos. Na semana passada, Vilmar Rocha, presidente do PSD, e Thiago Peixoto viajaram no mesmo avião que o governador Marconi Perillo para Mato Grosso do Sul. Conversaram amigavelmente. O tucano-chefe tem dito que quer paz na base aliada. Divergências pontuais não devem ser transformadas em divergências de fundo. O governador também não quer saber de picuinhas.
Em Brasília, espécie de ilha da fantasia sustentada por um país real, comenta-se que o senador Ronaldo Caiado, presidente do DEM em Goiás, estaria praticamente na oposição ao governo do presidente Michel Temer. O que se fala, no Palácio do Planalto, é que o democrata nunca está satisfeito com nada e que só se sente bem quando está criticando e atacando. Michel Temer, político escolado, não abriu espaço para o senador goiano na formatação de sua equipe. Em seguida, o presidente transformou o governador Marconi Perillo no seu principal interlocutor para assuntos do Estado — e costuma dialogar com o tucano-chefe sobre questões nacionais. O motivo? Ronaldo Caiado é um outsider em Brasília. É um só. O governador tem o apoio de dois senadores e de pelo menos treze deputados federais. Experimentado, é disto que Michel Temer precisa no Congresso Nacional. O resto é discurso.
O irismo mais radical afirma que o deputado federal Daniel Vilela aproxima-se de Iris Rezende, diz que o apoia, mas no fundo torce por sua derrota. “Como quer disputar o governo do Estado, em 2018, o presidente do PMDB sabe que, se Iris Rezende for eleito prefeito de Goiânia, vai bancar a candidatura de Ronaldo Caiado para governador. Há quem aposte que o senador teria uma ficha preparada para se filiar ao PMDB, em 2017”, afirma um peemedebista.
Marqueteiros experimentados afirmam que o marketing de Jorcelino Braga perde textura e qualidade sem o texto do marqueteiro Alberto Araújo — que seria o elemento criativo da dupla. Jorcelino Braga assume como marqueteiro oficial de Iris Rezende e Alberto Araújo é o marqueteiro da campanha de Vanderlan Cardoso.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha tem confidenciado que ajudou praticamente todos os deputados federais do PMDB na eleição de 2014 — sim, com grana mesmo —, inclusive políticos de Goiás. É provável que, se fizer delação premiada, como cogitam alguns advogados — porque, se não fizer, não escapará de uma condenação pesada —, entregue todo mundo. Pode sobrar para os aliados goianos. Há quem recomende a Eduardo Cunha que, no lugar de fazer delação premiada, o que o queimaria com meio Brasil, conceda uma entrevista coletiva, um dia depois de cassado — sua cassação é irreversível —, revelando todo o bastidor de suas alianças políticos e negócios.
A economista Ana Carla Abrão Costa recebeu carta branca do governador para deliberar sobre os assuntos da Secretaria da Fazenda em Goiás. A secretária combinou que vai concluir as medidas do ajuste fiscal até dezembro, quando deverá deixar o governo. Isto, é claro, se não for chamada antes para o Ministério do Planejamento.
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Bittencourt durante entrevista ao Opção | Foto: Marcello Dantas[/caption]
O ex-deputado federal Luiz Bittencourt anuncia que vai participar ativamente da campanha de prefeito, como observador crítico. Vai avaliar propostas e dar opiniões sobre as candidaturas. Promete muita polêmica.
O candidato do PSD a prefeito de Goiânia, Francisco Júnior, começa a se diferençar de seus adversários pelo discurso mais técnico — com propostas ousadas — e profundo conhecimento dos problemas da cidade. Não só: ele apresenta solução factíveis para eles. Há quem aposte que o postulante da aliança PSD-PTB tem espaço garantido para crescer no eleitorado formador de opinião. Ele precisa conseguir que os eleitores ouçam com atenção suas propostas. Até agora, não conseguiu, mas a campanha começou há pouquíssimo tempo.
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Montagem[/caption]
Apesar do apoio ao candidato do PSB a prefeito de Goiânia, Vanderlan Cardoso, a relação política entre o governador de Goiás, Marconi Perillo, o vice-governador José Eliton, do PSDB, e a senadora Lúcia Vânia, presidente do PSB, é avaliada como tensa. Governistas querem entrar com tudo na campanha, mas esbarram na “má vontade” da líder. Pesquisadores avaliam que a candidatura encorpou depois da aliança com o PSDB, mas, se ficar mais azeitada, tende a ganhar mais musculatura.
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Jardel Sebba e Adib Elias| Fotos: Fernando leite/Jornal Opção[/caption]
A campanha do prefeito de Catalão, Jardel Sebba (PSDB), candidato à reeleição, começou quente. Segundo tucanos, o candidato à reeleição recebe dezenas de adesões de aliados do postulante do PMDB, Adib Elias. A cúpula peemedebista ressente-se da falta de estrutura para fazer campanha à altura da tradição do partido na cidade. Ademais, embora em campanha, não é certo que Adib esteja 100% garantido como candidato. No site do TSE, aparece: “Aguardando julgamento”.
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Arquivo[/caption]
O deputado federal Thiago Peixoto (PSD) afirma que, ao contrário do que “estão espalhando”, o prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin (PSD), é candidato à reeleição. No site do TSE aparece assim: “Aguardando julgamento”. Bancado pelo deputado Célio Silveira, o tucano Marcelo Melo continua como favorito.
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Foto: Jornal Opção[/caption]
Candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia pelo PMDB, o vereador Gustavo Mendanha pode sair como o grande fenômeno da eleição deste ano. Começou mal, longe dos primeiros colocados, mas aos poucos está crescendo.
“No momento, Gustavo Mendanha está praticamente empatado com Marlúcio Pereira, em segundo lugar. Só que, diferentemente do postulante do PSB, está crescendo, enquanto o rival estagnou e tende a cair. Aos poucos, está se aproximando do líder, Alcides Ribeiro, do PSDB”, afirma um petista. O marqueteiro Célio Rezende e o jornalista Ozéias Laurentino, que conhecem a política de Aparecida como poucos, são peremptórios: “Ninguém ganha de Gustavo”.
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Foto: O grito, de Edvard Munch[/caption]
A mercadoria mais escassa na eleição deste ano não são candidatos, e sim dinheiro. Mas o comportamento de vários candidatos, sem doações de empresas e com escândalos envolvendo políticos de vários partidos e empresários, é semelhante ao dos pacientes que fazem cirurgia bariátrica: se tornam magros mas, em geral, continuam pensando como gordos. Candidatos a vereador, em Goiânia e outros municípios, com dificuldade para arranjar recursos financeiros para iniciar a campanha, pressionam, chegando a se comportar como chantagistas — alguns ameaçam renunciar à disputa —, os candidatos a prefeito.
