Bastidores

Os iris-boys e iris-olds inventaram que o governador de Goiás, Marconi Perillo, e Vanderlan Cardoso teriam feito acordo para criar mil cargos comissionados na prefeitura. O “realismo mágico” sugere desespero na campanha de Iris Rezende.
Contrariando os iris-boys e os iris-olds, o governador Marconi Perillo afirma que “seu papel é administrar” Goiás e esclarece aos incautos que os postulantes ao cargo de prefeito de Goiânia são Vanderlan Cardoso e Iris Rezende. Portanto, a polarização deve ocorrer entre os candidatos do PSB e do PMDB.
“Não sou candidato, sou governador e meu compromisso é fazer uma boa administração. Política e campanha são com os dois”, afirma o tucano-chefe.

A presidente do PSB em Goiás, a senadora Lúcia Vânia, segundo o vereador Jakson Charles, mantém o apoio do PSB à candidatura de João Gomes, do PT, a prefeito de Anápolis.
Como não há reciprocidade, o deputado federal Jovair Arantes e o deputado estadual Henrique Arantes não se manifestam pró-Vanderlan Cardoso em Goiânia.
Ocorre que, em Anápolis, Roberto do Orion supera João Gomes, em mais de 8%, e possivelmente não precisa mais do apoio do PSB.

[caption id="attachment_77633" align="alignright" width="300"] Iris durante propaganda na TV[/caption]
Com seu jeito tranquilo e civilizado, Vanderlan Cardoso pediu à sua equipe de marketing que não adote o estilo bateu-levou. O candidato a prefeito pelo PSB avalia que o eleitor merece respeito e, por isso, vai continuar com uma campanha propositiva.
O eleitor está cansado de baixarias. O jogo bruto de Iris Rezende, criado pelos iris-boys e pelos iris-olds, não tem sido aprovado pelos eleitores. Eles percebem os ataques do irismo como prova de desespero, sobretudo depois que o instituto Veritá mostrou Vanderlan Cardoso à frente do peemedebista numa pesquisa de intenção de voto.

Seis pesquisadores e marqueteiros dizem que a campanha de Vanderlan Cardoso nas redes sociais, considerada de alta qualidade e precisão cirúrgica, supera, de longe, a de Iris Rezende. Ao menos no segundo turno.
Redes sociais não funcionam quando o candidato não entende o que está acontecendo. Consta que Iris Rezende nunca acessou a internet em toda a sua vida e que não sabe usar e-mail nem buscar informações na rede. O peemedebista talvez seja o político mais analógico da história de Goiás.
Os jovens que articulam as ações de Iris Rezende nas redes sociais têm imensa dificuldade de “traduzir” sua linguagem démodé para uma linguagem mais contemporânea.

O irismo está preocupado, pois o instituto Veritá, o único que acertou o resultado do primeiro turno na disputa pela Prefeitura de Goiânia, apontou, pioneiramente, a virada de Vanderlan Cardoso no segundo turno.
O Veritá, por sinal, é também o primeiro que mostrou, no segundo turno, que a diferença pró-Iris Rezende havia diminuído. Em seguida, Serpes e Grupom, institutos também qualificados, reafirmaram os números.
Consta que até Iris Rezende, quando lhe falam de pesquisas, pergunta de chofre: cadê a Veritá? Depois, inquire sobre a pesquisa do Serpes.

Darling político do presidente Michel Temer, o ex-deputado Sandro Mabel ocupa um sala no Palácio do Planalto. Bem pertinho do homem da caneta de ouro.
Sandro Mabel informa Michel Temer a respeito de tudo o que ocorre na política de Goiás, inclusive sobre a virada eleitoral que está ocorrendo em Goiânia.
Amigo do empresário e político Vanderlan Cardoso, Sandro Mabel não tem o mínimo interesse pela campanha de Iris Rezende a prefeito de Goiânia. Pressionado, pode até falar alguma coisinha, mas nada que reduza sua simpatia pelo postulante do PSB.
Alfredo Sourbihe, cunhado de Sandro Mabel e ex-diretor do Dnit, é o coordenador financeiro da campanha de Vanderlan Cardoso. Para bom entendedor, diria um iris-boy não contaminado pela raiva de Iris Rezende, um pingo é letra.
Por sinal, Sandro Mabel e Alfredo Sourbihe são carne, unha e, como dizem os colunistas sociais, cutícula.

Em Brasília, tanto no Palácio do Planalto quanto na Esplanada dos ministérios, o que se comenta é que o candidato do PMDB a prefeito de Goiânia, Iris Rezende, “rodou”. É generalizado: todos falam da idade de Iris Rezende, 83 anos em 22 de dezembro, e sobre a ascensão de Vanderlan Cardoso. Jornalistas dos principais jornais e revistas ligaram na redação do Jornal Opção pedindo informações detalhadas sobre a biografia do que começam a chamar de “o fenômeno Vanderlan”.
Fala-se também em Brasília do massacre em Anápolis. Nesta cidade, Roberto do Orion (PTB), um empresário competente — dono das colégios Medicina e Orion —, lidera com folga, depois de ter ido para o segundo turno em segundo lugar. O eleitor anapolino quer renovar e quer, na prefeitura, um político que seja mais gestor.

Uma turminha do PSB descabela-se e até libera gritinhos histéricos. Mas o fato é que o governador Marconi Perillo faz pela campanha de Vanderlan Cardoso muito mais do que imagina a vã filosofia de alguns ditos socialistas.
Sem vaidade, alarido e publicidade, o tucano-chefe costurou alianças, no segundo turno, que ajudaram Vanderlan Cardoso a aparecer em primeiro lugar na pesquisa do instituto Veritá, tida como a mais precisa por oito entre dez políticos.
Vanderlan Cardoso diz para seus aliados que é muito agradecido ao governador Marconi Perillo, que lhe deu o que nunca conseguiu nas campanhas majoritárias que disputou: uma estrutura político-partidária. “Tudo que ficou na conta do governador para resolver foi resolvido com agilidade e eficiência”, diz um líder do PSB.

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