Bastidores
Num romance à clef explosivo, o publicitário Hugo Brockes conta um pavoroso crime acontecido em Goiás. Três de seus irmãos foram assassinados de maneira brutal. Uma mulher, a mando de políticos — que queria seu pai deixasse uma terra — furou parte dos corpos de três crianças e passou carniça nos locais feridos. Todos os meninos morreram, de infecção generalizada. A história é verdadeira.
O pai de Hugo Brockes era neto de um médico e cientista alemão — Fritz Müller — que mantinha extensa correspondência com Charles Darwin.
De um parlamentar do PMDB: “Ao contrário do que pregam petistas, Lula da Silva pode ser um ‘peso morto’ na eleição de 2018. Daniel Vilela equivoca-se ao tentar impor uma coligação com o PT”.
“Imagine Daniel Vilela dizendo: ‘Lula é corrupto, mas é bom’. Não dá pé”, frisa o deputado peemedebista.

Goiânia ganhou uma nova romaria: a Goiás na Frente. O quê? Sim, governadores e prefeitos de vários Estados estão enviando equipes para conhecer como funciona o programa municipalista. Eles saem impressionados.
Um político do Rio Grande do Sul, depois de colher informações sobre o Goiás na Frente, informou: “No nosso Estado, os municípios estão à míngua e os salários dos funcionários públicos, além de atrasados, estão sendo parcelados”. Falando nisso, vale lembrar, o governador José Ivo Sartori é filiado ao PMDB.
O problema de alguns governadores é que, sem recursos, não terão como copiar o Goiás na Frente. Mas querem copiar pelo menos parte do programa.

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), comportam-se como se fossem amigos de infância — tal a identificação.
Rodrigo Maia e Marconi Perillo conversam ao menos duas vezes por semana, trocam mensagens com frequência por WhatsApp e se encontram em Brasília a cada dez dias.
Na semana passada, Rodrigo Maia jantou em Goiânia com Marconi Perillo. Depois, os dois jantaram na residência oficial do Lago Sul, em Brasília, no primeiro dia do presidente da Câmara dos Deputados como presidente interino da República.
Marconi Perillo e Rodrigo Maia, no caos geral da política nacional, são políticos em ascensão.

[caption id="attachment_89231" align="alignright" width="620"] Arquivo[/caption]
Líderes do PSB tratam Lúcia Vânia, presidente do partido, como “Lúcia do B”. O que isto quer dizer? Que a senadora não é o plano “A” deles.
Os prefeitos e deputados do PSB já avisaram: não acompanham nem o senador Ronaldo Caiado nem o deputado federal Daniel Vilela. Ficam, alertam desde já, com o governador Marconi Perillo e com o vice-governador José Eliton,

De um tucano experimentado: “Lúcia Vânia briga com todo mundo, esperneia, mas, no final, nós temos de engoli-la, e exatamente porque é brigona, tem história e tem voto”.
De um veterano político: “O PSDB divorciou-se do PSB, não quer saber da amante PSD e casou-se com o PTB”. Bem trovado? Talvez.
Realisticamente, apesar do amor pelo PTB, o PSDB não vai abandonar nem o PSB nem o PSD. Por quê? Porque política se faz com todos, não só com alguns. E mais: na verdade, nem PSD nem PSB querem ser deixados de lado. Estão só amuados, cobrando um pouco mais de carinho. Um beijinho ali, um abracinho aqui.

Debandada na recém-construída base político eleitoral o senador Ronaldo Caiado. Três partidos, depois de longas conversas com o vice-governador José Eliton, estão dispostos a deixar a aliança com o DEM. Tese de um de seus líderes: “Caiado está cada vez mais sozinho, não tem base nem no DEM e, quando chegar o período da campanha, estará totalmente desidratado. Não queremos carregá-lo”.
O que mais se comenta na redação de “O Popular”: “O editor da coluna ‘Giro’ não é, mas parece ser assessor do deputado federal Daniel Vilela”. Há até uma conversa de que Bruno Rocha Lima, auxiliar do presidente do PMDB, ajuda a editar a coluna. “Chega a enviar notas prontas”, frisa um repórter.
O repórter sugere: “Dê uma olhada no e-mail do colunista e, depois, verifique as notas”. Pode ser fofoca de colegas que não se dão bem. Afinal, Jarbas Rodrigues, o editor da coluna, é um profissional decente e respeitado.
Sem perceber o alcance da comunicação moderna, “O Popular” continua não citando os demais jornais — mesmo não sendo mais o líder de audiência em Goiás — e cobra das fontes informações exclusivas (o que é correto). Chega a vetar informações que foram divulgadas em redes sociais.
No entanto, Jarbas Rodrigues Jr., da coluna “Giro”, entrevistou Daniel Vilela, sempre de maneira generosa, um dia depois de o parlamentar ter sido ouvido pelo apresentador do “Balanço Geral”, Oloares Ferreira. O velho e cansado “Pop” pegou as sobras da TV Record (que, aliás, está fazendo um jornalismo mais “vivo” e participante do que o da TV Anhanguera).


O senador Ronaldo Caiado, do DEM, sugere a aliados que está articulando com o prefeito de Goiânia, Iris Rezende. Mas só nos bastidores ou, quando é público, só pro forma.
O desgaste de Iris Rezende em Goiânia pode queimar candidatos a governador em 2018, inclusive Daniel Vilela, do PMDB. Os índices do prefeito são ruins e não têm melhorado.

O parlamentar só vai compor com o tucano de Aparecida de Goiânia onde não for possível compor com Jovair Arantes

A política do governador tucano é beneficiar todos os municípios, independentemente da coloração partidária

O deputado-delegado frisa que vai bancar Ronaldo Caiado para governador em Goiás