Jovem de Brasília é deputada na Itália. É filha de um deputado do PPS
27 outubro 2017 às 21h53
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A bacharel em Direito Renata Bueno, filho de Rubens Bueno, fez mestrado na Itália, onde se tornou militante política
A repórter Bruna Sabarense, do portal “Metrópoles”, conta, na reportagem “Renata Bueno, a brasiliense que é deputada na Itália” (sexta-feira, 27), a história da filha do deputado Rubens Bueno, do PPS.
Renata Bueno, de 37 anos, nasceu em Brasília e chegou a ser vereadora em Curitiba. Quando se formou em Direito, mudou-se para a Itália, onde fez mestrado e iniciou o doutorado. “Trabalho na defesa dos Direitos Humanos, na propagação da cultura e das liberdades individuais. Sempre tive um vínculo muito forte com a Itália. Em 2012, fui convidada para me candidatar ao Parlamento italiano. Participei do pleito pelo movimento Usei (União Sul-Americana de Emigrados Italianos) para representar os 300 mil italianos e descendentes que vivem na América do Sul”, relata a parlamentar.
Na eleição, a chapa da qual participou Renata Bueno obteve 44 mil votos. “21 mil vieram de eleitores do Brasil e 40% deles foram para Renata — única mulher eleita com menos de 40 anos e oriunda da América do Sul. O mandato começou em 2013 e se encerra em 2018 — quando ela pretende se reeleger.” A deputada frisa que, “na Itália, existe uma mentalidade mais conservadora [do que no Brasil] e patriarcal”.
“Metrópoles” informa que “o procedimento de votação de expatriados italianos ou brasileiros com dupla cidadania na América Latina é feito com antecedência, por meio de correspondência. Segundo lei promulgada em 2000, descendentes de italianos residentes em outros países também podem ser candidatos, desde que tenham cidadania reconhecida no país da Bota. São aproximadamente 400 mil italianos residentes no Brasil, mas apenas 290 mil aptos a votar. Formado por 315 senadores e 630 deputados, o Legislativo italiano dedica espaço à integração internacional. Desde 2006, 12 vagas na Câmara e seis no Senado estão reservadas a italianos que moram no exterior — a América do Sul elege dois representantes em cada Casa.”
Política de posições firmes, Renata Bueno defende a extradição de Cesare Battisti, terrorista que matou quatro pessoas e deixou um homem paraplégico. “As autoridades italianas nunca pararam de lutar pela extradição de Cesare Battisti”, informa a brasiliana.
“Metrópoles” relata que Renata Bueno “cumpre agenda pelo menos uma vez por mês em terras brasileiras”. “Eu gostaria muito de criar um movimento político no Brasil — visto a grande população italiana no país.”
Casada com o italiano Angelo Martiriggiano, de 38 anos, Renata Bueno trabalha em Roma e tem residência em Puglia e Aradeo.