Bastidores

[caption id="attachment_28092" align="alignright" width="620"] ardel Sebba: adversários, ao tentar travar sua gestão, prejudicam muito mais o município de Catalão[/caption]
A manifestação organizada por adversários de Jardel Sebba em Catalão acabou se transformando numa reunião eclética de desafetos do prefeito. Adversários políticos de Jardel e empresas que tiveram contratos milionários rompidos pela prefeitura e pela Câmara Municipal se uniram numa tentativa de antecipar o debate eleitoral e prejudicar a administração.
A tentativa acabou frustrada. Pela baixa adesão popular e pela repercussão negativa de que toda tentativa de se discutir eleição em detrimento da administração gera em qualquer lugar. Ao longo da semana, líderes empresariais e classistas da cidade criticaram o movimento, dizendo que os políticos envolvidos na manifestação deveriam se preocupar em trabalhar pela cidade e não em alimentar guerras políticas.
Na vanguarda do atraso da organização do movimento estavam o ex-prefeito Adib Elias, adversário histórico de Jardel, o vice-prefeito Rodrigão, que foi afastado da prefeitura depois de denúncias de irregularidades, e o ex-presidente da Câmara Municipal Deusmar Barbosa, cuja gestão no Legislativo é a mais polêmica na história da cidade.
Curiosamente, os três organizadores são pré-candidatos à sucessão de Jardel e respondem a pesadas denúncias da Polícia Civil, do Ministério Público e do Tribunal de Contas dos Municípios. Entre outras ações de improbidade, Adib teve seu nome ligado à Operação Ouro Negro, que investigava superfaturamento em obras de asfalto durante sua gestão como prefeito. Já Deusmar Barbosa foi alvo de várias denúncias de contratos suspeitos quando era presidente da Câmara, inclusive mostradas pelo Jornal Opção.
A tríade de opositores a Jardel usou de velhas táticas políticas para tentar dar densidade ao movimento. Ônibus da empresa de transporte coletivo Transduarte, que teve seu contrato rompido pela prefeitura por deficiência na prestação de serviços, chegaram a buscar militantes do PMDB em Ouvidor e Três Ranchos. Nem assim, a oposição conseguiu fazer barulho.
Integrantes de empresas que tiveram seus contratos rompidos pela atual administração da Câmara Municipal também participaram da organização. Dos 51 contratos existentes na gestão de Deusmar Barbosa, apenas 13 foram mantidos pelo novo presidente, Juarez Rodovalho. Com a economia feita, a Câmara vai devolver do seu duodécimo 300 mil reais por mês para a Prefeitura investir em obras.
O barulho do PMDB e aliados, além de prejudicar Jardel e Catalão, tem, pois, dois objetivos: esconder seus próprios problemas e, ao mesmo tempo, defender lobbies de empresários que não serviam e não servem com eficiência aos moradores do município.
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Jardel Sebba diz que está 100% focado na administração
O prefeito Jardel Sebba (PSDB), de Catalão, afirmou ao Jornal Opção que o momento é de trabalhar e não de pensar nas próximas eleições. Ele diz que está 1005 focado na administração e nos projetos que está implementando na cidade. Jardel reagiu como serenidade à tentativa de protesto organizada pela oposição. Segundo ele, o contraditório deve ser respeitado, mas ressaltou que a oposição se equivoca ao tentar antecipar o debate eleitoral. “Acabamos de sair de uma eleição e ainda faltam dois anos para a sucessão municipal. O momento é de trabalhar e não de politicar”, afirmou. Jardel se diz animado com o projeto de recuperação asfáltica do município. “Já reconstruímos mais de 700 mil metros quadrados e vamos reconstruir 35% da malha pavimentada da cidade, que nunca recebeu manutenção adequada no passado”, disse ele. O prefeito disse ainda que trabalha em novos projetos para melhorar o atendimento de saúde no município e já encomendou estudos para implementar uma solução de longo prazo para o problema da água que atinge diversos municípios de Goiás, incluindo Catalão. *Leia Mais Sociedade critica conspiração dos que trabalham contra Jardel Sebba e, sobretudo, contra Catalão
Consta que Michel Temer não retorna mais os telefonemas de Iris Rezende e Iris Araújo (no Congresso, fala-se, abertamente: “Que maravilha; nos livramos da dona Iris”), mas fala com frequência com Maguito Vilela, Daniel Vilela, Pedro Chaves e Júnior Friboi. Para o PMDB nacional, Iris, sem expressão no Congresso, é carta fora do baralho. Michel Temer não tolera as picuinhas do casal Iris.
Ronaldo Caiado sabe que candidato da terceira via tem poucas chances de se eleger para cargos majoritários em Goiás. Daí o fato de que o senador democrata se tornou uma espécie de carrapato de Iris Rezende. O problema, que Ronaldo Caiado não está percebendo, é que, em termos estaduais, Iris Rezende não vai mandar no PMDB em 2018. O grupo de Maguito Vilela, Daniel Vilela, Pedro Chaves e Júnior Friboi vai assumir o comando do partido, com o apoio decisivo do vice-presidente da República, Michel Temer.
Uma coisa é certa: dificilmente Ronaldo Caiado disputará a eleição para governador se não conquistar o apoio do PMDB. Ele não quer, no dia seguinte à eleição, ser chamado de “o Vanderlan Cardoso do DEM”. O líder do Democratas vai precisar, desesperadamente, de um vice do PMDB.
Ronaldo Caiado deve disputar a eleição para governador, em 2018, contra José Eliton. Como criador do vice-governador, e por este ter menos experiência, o senador pode percebê-lo como “frágil” politicamente. Se pensar assim, pode estar cometendo um grande engano. José Eliton amadureceu politicamente, está articulando em vários fronts, inclusive montando um grupo confiável, está cada vez mais próximo do governador Marconi Perillo e seu discurso está bem afiado. Ronaldo Caiado pode ser surpreendido pela ascensão da “criatura”.
A chapa do governismo em 2018 possivelmente será a seguinte: José Eliton (PP) para o governo, Thiago Peixoto (PSD) na vice, e Marconi Perillo (PSDB) e Lúcia Vânia (PPS, é provável) para o Senado.
Com o descenso de Iris Rezende, agora um político de uma cidade, Goiânia, os dois principais políticos de Goiás passam a ser o governador Marconi Perillo e o senador Ronaldo Caiado. Só que, em 2018, eles tendem a inverter os papéis: o tucano disputa o Senado e o democrata, o governo.
De um tucano: “A senadora Lúcia Vânia planeja assumir o controle de um partido em Goiás”. (O governador Marconi Perillo pediu e a tucana atendeu: só vai tomar uma decisão, se sai ou fica no PSDB, depois da volta do tucano-chefe de seu périplo pela Europa.) O motivo é simples: a disputa para o Senado em 2018. Consta que o governador Marconi Perillo será candidato a senador, daqui a quatro anos, e que uma vaga ficará para negociação política. O PSDB não deve ficar com duas vagas para o Senado. Uma delas será, possivelmente, do PSD ou do PTB. Por isso, desde já, Lúcia Vânia articula para, comandando um partido, impor sua candidatura. Aliás, até por ser senadora, com dois mandatos, a tucana é uma espécie de candidata natural.
De Virmondes Cruvinel: “Eu e o deputado Lincoln Tejota não estamos ‘brigados’. Nosso relacionamento é de alto nível e, vale ressaltar, somos do mesmo partido, o PSD. Nossa bancada vai atuar unida na Assembleia Legislativa”.
PMDB e PT devem sacramentar, no início de 2016, uma aliança política em Rio Verde. O peemedebista Paulo do Vale, capaz de mobilizar uma estrutura financeira de maior porte, vai ser o candidato a prefeito. Karlos Cabral, do PT, deve ser o candidato a vice. A tese das oposições é formatar uma aliança ampla, com PMDB (de Paulo do Vale), PT (de Karlos Cabral e do casal Flávio e Náudia Faedo) e PRTB (de Leonardo Veloso). O argumento é prosaico: divididas, as oposições entregarão, mais uma vez, o poder para o grupo de Juraci Martins, Heuler Cruvinel e Lissauer Vieira, o trio do PSD.
A oposição ao presidente Enil Henrique não está preocupada com dívidas coisa alguma. Está muito mais interessada é na disputa pela sucessão, no fim deste ano. Daí a articulação de cartas e artigos em jornais, com inocentes úteis sendo manipulados por “atletas do oportunismo”.
Enil Henrique de Souza foi eleito presidente da OAB-Goiás na quarta-feira, 4. O advogado derrotou Sebastião Macalé e Alexandre Caiado. Muito bem articulado, Enil Henrique conquistou a maioria dos votos, inclusive o apoio de Henrique Tibúrcio. Enil Henrique deve disputar a reeleição, em novembro. Aí não mais para mandato-tampão. E, desde já, é o favorito.
Numa conversa entre o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, um político da base do governador Marconi Perillo explicou que o deputado federal Heuler Cruvinel deve ser eleito prefeito de Rio Verde. Mas alertou que o PSD não deve eleger os prefeitos de Cristalina, Luziânia e Formosa. Avalia-se que os prefeitos dos três municípios são, política e administrativamente, fracos, muito fracos.
Ao se encontrar com Cleovan Siqueira, presidente nacional do PL, Gilberto Kassab abriu um largo sorriso e, abraçando-o, disse: “Meu parceiro!” Kassab está ajudando a organizar o PL em todo o Brasil. Porque o partido será aliado do PSD ou então, inicialmente, uma janela para atrair descontentes de vários partidos, notadamente do PMDB, e depois será sugerida uma fusão dos dois partidos. O objetivo é criar uma espécie de “PMDB da Dilma”.