Por Sarah Teófilo

Deputado federal garante que, caso concorra ao Executivo, será em Goiânia: "Sou eleitor na capital". Entretanto, assinala que pode se candidatar em outros sete municípios

O pernambucano veio a Goiânia com o projeto "Quebras", que percorre 15 capitais brasileiras fora do eixo. A escrita simples, rápida, e vingativa de Marcelino socorrem não só a ele, mas a todos que o leem

Ministro expressou simpatia pelo ex-deputado federal e disse que ele será um bom condutor da nova Secretaria de Cidades, Infraestrutura e Meio Ambiente

A obra contou com recursos do Governo Federal, no valor de R$ 895.202,53

Destacando problema orçamentário, Leobino garante que pretende dar atenção à política que institui iniciativas voltadas ao aperfeiçoamento da qualidade dos serviços judiciários

[caption id="attachment_27535" align="alignleft" width="620"] Paulo do Vale, Karlos Cabral e Leonardo Veloso: o trio deve formar um grupo político para enfrentar Heuler Cruvinel, do PSD / Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O médico Paulo do Vale (PMDB) diz que está convicto de que as oposições vão eleger o próximo prefeito de Rio Verde, o mais próspero município do Sudoeste goiano. Ele está colocando seu bloco na rua, articulando alianças, mas admite que, se o petista Karlos Cabral aparecer melhor nas pesquisas, pode apoiá-lo. “Não tenho obsessão pelo poder, portanto não imponho candidatura, não tenho um objetivo pessoal. Só quero o melhor para minha cidade.
Paulo do Vale garante que PMDB e PT não estão rompidos — embora Karlos Cabral tenha dito que vai ser candidato a prefeito, em 2016. “Meu relacionamento pessoal e político com Karlos é muito bom e nós dois, com os líderes do PMDB e do PT, vamos sentar para conversar sobre a aliança para a disputa da prefeitura. Não se pode falar em rompimento e insisto que as oposições vão marchar unidas e vão eleger o próximo prefeito.”
Candidato a deputado federal, em 2014, Paulo do Vale recebeu 29 mil votos só em Rio Verde, “apenas 400 a menos” do que o deputado federal Heuler Cruvinel, do PSD. “Isto significa que a população sinalizou que me quer na disputa pela prefeitura.” O objetivo do peemedebista é articular uma frente política consistente — com o apoio de Karlos Cabral (PT), Leonardo Veloso (PRTB) — “é meu parceiro e até parente” —, Nayara Barcelos (PSB), José Henrique (PMDB), Naúdia Faedo (PT), Flávio Faedo (PT) e, entre outros, Chico do KGL. E o vereador Paulo Henrique Guimarães (PMDB)? “Respeito Wagner Guimarães e Paulo Henrique, pai e filho, pois são pessoas de caráter. Gostaria de tê-los na aliança. A rigor, nunca tive atrito com o vereador.”
Se a cidade de Rio Verde estivesse bem administrada, afirma Paulo do Vale, possivelmente não disputaria a eleição. “Falta comando e capacidade de gestão ao prefeito Juraci Martins (PSD). O primeiro mandato dele foi diferenciado, mas, no segundo, o prefeito não está funcionando. Juraci não termina as obras essenciais, como creches.”
O setor de saúde de Rio Verde funciona de maneira precária, “por falta de ações eficazes e imediatas do prefeito Juraci. “A qualidade e a assistência pioraram”, anota Paulo do Vale. O médico foi secretário da Saúde da primeira gestão de Juraci. “Não existe um plano diretor para ordenar o desenvolvimento da cidade. Há problemas sérios com a mobilidade urbana. As questão sociais não são enfrentadas no sentido de integrar as pessoas efetivamente à sociedade.”

[caption id="attachment_27533" align="alignleft" width="300"] Heuler Cruvinel: “Só disputo a eleição se tiver a aprovação da sociedade” / Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O deputado federal Heuler Cruvinel (PSD) é apontado como favorito na disputa pela Prefeitura de Rio Verde, em 2016. Porque tem dinheiro para bancar a campanha, conta com o apoio do prefeito Juraci Martins — que, apesar do desgaste, controla uma máquina político-eleitoral, a partir da prefeitura, poderosa — e é jovem. É candidatíssimo, mas disse ao Jornal Opção na sexta-feira, 30, que está mais preocupado em articular um mandato qualitativo, em Brasília.
“Com resultados positivos, tanto para meu Estado quanto para minha cidade, aí, sim, vou pensar num projeto objetivo. Se quero ser prefeito de Rio Verde? Sim, quero.”
Cruvinel é enfático ao garantir que seu grupo vai marchar unido. “A coesão do nosso grupo é inquestionável. Posso assegurar que só existe um grupo político na nossa aliança. Não há grupos de Juraci, Lissuaer Vieira e Heuler Cruvinel. Nós vamos lançar candidato a prefeito e, anote, vamos elegê-lo.”
Embora seja apontado como “candidato certo, de maneira incontornável”, Cruvinel pondera: “Pode acontecer de eu não ser o candidato do nosso grupo. Só disputo se eu for a melhor opção. Nós vamos fazer pesquisas para verificar a popularidade e a credibilidade dos possíveis postulantes do nosso grupo”.

[caption id="attachment_27531" align="alignleft" width="300"] Marconi Perillo e Gilberto Kassab: o ministro de Dilma Rousseff está de olho no passe político do governador de Goiás / Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, estará em Goiânia na segunda-feira, 2, às 10 horas, para prestigiar a posse do ex-deputado federal Vilmar Rocha na Secretaria de Cidades do governo de Goiás. Chega acompanhando de todos os seus principais auxiliares no governo de Dilma Rousseff.
Kassab, presidente nacional do PSD, percebe Vilmar, presidente do PSD em Goiás, como um de seus principais interlocutores no País. O paulista vê o goiano como uma das vozes autorizadas e competentes do partido.
Numa conversa com dois aliados goianos, Kassab sublinhou que o registro do PL deve sair no primeiro semestre deste ano. A cúpula do partido, que já reuniu 420 mil assinaturas — são necessárias pelo menos 500 mil —, protocola o pedido de registro, na Justiça Eleitoral, na primeira semana de março.
O kassabismo avalia que o PL vai nascer “falando grosso”, com forte “embocadura” política. Acredita-se que o partido atrairá, de imediato, 25 deputados federais, três senadores e de dois a três governadores. Kassab não afirma que o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, está na lista dos que se filiarão ao PL. Mas, pelo menos para dois goianos, o ex-prefeito de São Paulo — que aposta numa fusão futura entre PSD e PL, o que criaria uma bancada poderosa de deputados federais, similar à do PMDB e do PT —, Kassab sugeriu, talvez insinuou, que gostaria de ter o governador Marconi Perillo como candidato do PSD a presidente da República, em 2018. Recentemente, Kassab e o tucano-chefe almoçaram e conversaram durante três horas sobre política e gestão pública. O paulista avalia que o goiano, por ser um político arrojado, jovem e com fama de gestor criativo, pode ser o candidato que o eleitor de 2018, possivelmente tentando escapar da política tradicional, quer bancar para presidente.
A missão principal de Kassab no governo da presidente Dilma Rousseff é administrativa, pois comanda uma pasta pesada, que estende suas ações por todo o País. Mas o líder do PSD tem uma segunda missão, e tão importante quanto a primeira: articular apoio político para a petista-chefe — tanto de seu partido quanto de partidos aliados. Não só. Dilma Rousseff acompanha, com olhos de lince, a formatação de outro partido grande, pois, embora não tenha condições de se libertar do PMDB de Michel Temer, vice-presidente, e do deputado federal Eduardo Cunha, poderia se tornar menos dependente do peemedebismo de resultados.
A prova de que o PL está nascendo forte é que a revista “Piauí” — espécie de “New Yorker” dos trópicos —, dirigida à elite cultural do País, mandou uma repórter para Goiânia, Carol Pires, com o objetivo de entrevistar Cleovan Siqueira, presidente nacional da nova legenda, e mostrar como se organiza um partido político no Brasil.
O presidente da Assembleia Legislativa, Helio de Sousa (DEM), vai demitir, no dia 31 de janeiro, mais de 2.300 comissionados. Alguns devem voltar; outros, não. Sousa quer um Legislativo com o custo um pouco menos alto. Os comissionados eram indicados por políticos que perderam mandato e não têm mais influência na Assembleia. Os demitidos abrirão espaço para os indicados pelos novos deputados.

Enil Henrique, Sebastião Macalé e Alexandre Caiado disputam a presidência da OAB-Goiás na quarta-feira, 4. Só votam os conselheiros.
Por ser mais articulado, por manter mais contato com os advogados, de várias categorias, Enil Henrique é apontado como favorito.
Trata-se do presidente que vai concluir o mandato de Henrique Tibúrcio — até novembro deste ano, quando serão convocadas eleições gerais, abertas a todos os filiados à Ordem.
O eleito na quarta-feira será o candidato natural na disputa do fim do ano. Porém, para chegar forte na segunda disputa, terá de pacificar sua própria base. Senão será presa fácil para a oposição de Lúcio Flávio, Leon Deniz e Paulo Teles.
Esboça-se, cada vez mais, a tese de que o eleitorado goianiense quer um “Marconi Perillo 2” para administrar a capital. Noutras palavras, quer um gestor criativo, que não fique só reclamando de problemas imaginários, mas sem resolver os problemas reais. Com várias obras em Goiânia, sobretudo na área de saúde (hospitais, além do funcionamento eficaz das organizações sociais), lazer e infraestrutura (duplicação das rodovias que saem da capital e viadutos), o governador Marconi Perillo, do PSDB, tem uma face mais visível e positiva do que a do prefeito Paulo Garcia, do PT.
Petistas acreditam que, “por falta de experiência política”, é mais fácil enfrentar Jayme Rincón (PSDB), em 2016, do que um candidato como Vanderlan Cardoso (PSB). Os mesmos petistas sugerem que a exposição intensiva de Jayme Rincón pode ser um biombo para esconder uma possível candidatura de Giuseppe Vecci ou Vanderlan Cardoso pela base governista. Ao contrário do que os petistas pensam, Jayme Rincón, se candidato a prefeito de Goiânia, dará muito trabalho. Porque, além de gestor experimentado, é consistente no debate político. E é o novo, sobretudo, o novo consistente, com garra. Mais: o governador Marconi Perillo não está blefando quando sugere aos seus interlocutores que Jayme Rincón é um candidato que vale a pena apoiar.
O Jornal Opção ouviu um jornalista, três políticos, dois empresários e um escritor e pediu que listassem os favoritos para vereador em Anápolis. É possível que alguns favoritos não tenham sido citados e é quase certo que alguns dos mencionados nem mesmo serão candidatos — caso de Onaide Santillo (PSDB), Ridoval Chiareloto (PSDB), Valto Elias (PSDB), Pedro Canedo (PP) e Antônio Gomide (PT). Porém, como foram listados, aparecem como favoritos. Enquete não é pesquisa e, portanto, não tem qualquer valor científico. O universo de entrevistados também é restrito. O pastor Elysmar Veiga pode ser candidato a prefeito ou a vice. A lista: Amilton Batista Filho/PSC Antônio Gomide/PT Dinamélia Rabelo/PT Elysmar Veiga/PHS Fernando Cunha/PMDB Frei Valdair/PTB Jean Carlo/PTB José de Lima/PDT Letícia Silva/PT Luiz Lacerda/PT Maurão Severiano Miriam Garcia/PSDB Onaide Santillo/PSDB Pedro Canedo/PP Ridoval Chiareloto/PSDB Sírio Miguel/PSB Ubiratan da Silva Lopes Valto Elias/PSDB Vander Lúcio Barbosa/sem partido Wilson Oliveira/DEM
O prefeito João Gomes começou titubeante. Não por incompetência, e sim por lealdade ao ex-prefeito Antônio Gomide. O petista menos erado não queria destruir o legado do gestor anterior, por isso quase não aparecia e não desenvolvia uma marca. Agora, mais sólido no cargo, Gomes começa a deslanchar, a se posicionar. Em 2016, ele sabe que vai enfrentar uma pedreira.
Alexandre Baldy, com seu estilo calmo e ponderado, é um articulador habilidoso, dos mais capazes de montar uma rede ampla de apoio. Por ser jovem, com a imagem de dinâmico, inovador e bem-sucedido, por ser a aposta dos eleitores de Anápolis.
A se disputa se dará entre dois empresários, ambos atentíssimos. A campanha tende a ser menos agressiva, dado o fato de Gomes e Baldy serem empresários e, por isso, pouco dados a esquemas pirotécnicos e à violência verbal. A campanha tende a ser mais cerebral e, portanto, mais técnica. Claro que, aqui e ali, vai pintar alguma agressividade, mas possivelmente não será o núcleo eixo central da campanha.
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João Gomes / Foto:Fernando Leite/ Jornal Opção[/caption]
A grande vantagem, para o anapolino, é que tanto Gomes quanto Baldy são gestores. Anápolis, em quaisquer circunstâncias, estará em mãos competentes.
Uma curiosidade: os sobrenomes do petista e do tucano começam e terminam com consoantes e são vogais — “o” e “a” — a segunda letra de cada um.
Por motivo de contenção de despesas, o governo de Goiás só deve voltar a anunciar a partir de junho deste ano. Em caráter emergencial, atendendo alguma utilidade pública, pode publicar algum anúncio. Pelo menos dois diários da capital já estão enfrentando sérios problemas financeiros — inclusive com greves no setor gráfico. O principal anunciante em Goiás permanece sendo o Estado. Não há uma cultura empresarial sólida em Goiás de que é preciso anunciar tanto para divulgar os produtos, consolidar marcas e, mesmo, contribuir para fortalecer os jornais e emissoras de rádio e televisão.