Por Redação

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“Adaptar um livro leva ao interesse pela obra original”

Rodrigo Normando Discordo do artigo “Discípula de Paulo Freire assassina Machado de Assis” (Jornal Opção 2028), de José Maria e Silva. É um texto voraz em defender um cânone da literatura universal através de violência verbal e arrogância. Esta foi minha impressão ao ler o texto: “alguém quebrou o meu brinquedo”. Àqueles que concordam com a crítica e com o autor, peço minhas desculpas, mas, sem sombra de dúvida, discordo de umas boas vírgulas do que li. Não esqueçam de que a adaptação da obra não é para vocês, universitários, formados em Letras ou amantes da literatura como ela veio ao mundo. A adaptação é destinada aos estudantes do ensino médio que não dão a mínima para Machado de Assis e nem para livros em geral. Nem todos são assim, no entanto é evidente que a maioria esmagadora vai à escola porque é obrigada a ir. É com o intuito de aproximar aquilo que já é absurdamente distante da realidade desses jovens que a adaptação é feita; são leitores novos, que frequentam a escola e não têm o costume de ler ou que já a concluíram décadas atrás e estão, por sinal, sem qualquer contato com a literatura. Faço a vocês uma pergunta objetiva e clara: é tão mais importante que se leia a obra integralmente, sem adaptações ou o termo que preferirem, e não a compreendam com o mesmo ardor e paixão que aqueles que, como eu e vocês, têm na literatura a fonte de renda, do que adaptá-la e levar a história ao alcance de milhões de leitores em formação para que a compreendam? Faço-me valer das muitas adaptações que li para sustentar que todas tiveram um papel formidável para que eu, quando me sentisse pronto, arrancasse a obra integral das prateleiras e a lesse, mas dessa vez com o amor que hoje tenho. Caros amigos, adaptar é um passo para levar ao leitor em formação o interesse pela obra e não, de forma alguma, disputar com a obra original um patamar de igualdade dentro da literatura universal. Verifiquem, em uma escola pública de ensino médio, quantos alunos não preferiram a adaptação, quando em primeiro contato com a obra em si; e verifiquem, também, quantos outros alunos, após lerem a adaptação, não se interessam em ler a versão original. Não se trata de matar a obra, mas, sim, de abrir caminho para que ela possa existir em meio à contemporaneidade. Rodrigo Normando é escritor. E-mail: [email protected]

“Troca de extintor é desrespeito ao consumidor”

Antonio Alves Em relação à nota “Vídeo de jornalista goiana apagando incêndio com extintor ABC vira piada na internet” (Jornal Opção Online), o que ficou claro foi uma verdadeira demonstração de desrespeito ao consumidor, que está sendo obrigado a trocar seis por meia dúzia e voltar dinheiro, pagando por uma porcaria que não lhe dá segurança nenhuma. Em ambos os casos, os extintores demonstraram total ineficiência que justifique o dinheiro que está sendo pago por eles. Vergonhosa e criminosa a atitude das autoridades. E-mail: [email protected]

Sobre as tapeçarias desfiadas e tudo que achei por aí ao procurar as Índias

Kaito Campos Especial para o Jornal Opção [caption id="attachment_25975" align="alignleft" width="300"]Ilustração: Kaito Campos Ilustração: Kaito Campos[/caption] Lá do diafragma vem uma dor. O diafragma empurra a dor pros olhos, com força de correnteza. O que sai é tristeza, uma tristeza líquida. Tristeza é coisa abstrata, foi minha professora de gramática quem disse. Eu digo que o choro faz com que ela vire de verdade, tangível, faz com que ela vire coisa enquanto eu reviro a mim mesmo. Vem lá da barriga, do diafragma, e sobe pro olho. E cai pensando que vai desaguar no mar ou pensando em fazer um mar, com esse orgulho todo. Mas cai, percorre a pele e evapora. Só fica o sal e infertiliza a pele da bochecha. Sou sal agora, um grão apenas, sozinho. Sou um deserto pequeno, com sol e camelos e beduínos andando de lá pra cá à procura de sombra. Minha sombra me persegue e eu a persigo de volta pra descansar os pés do calor. Resseco, racho ao meio e sangro devagar. Tudo metaforizado, um monte de coisa dolorida pra simbolizar um bolo de sentimento ruim que decora minha mente desde que você me deixou. Um novelo de sentimento ruim, repito de novo tudo o que merece ser repetido, eu me reforço na falta de força. Pego o novelo e faço crochê, tricoto um tapete frágil com minhas linhas coloridas. Cada cor é uma dor diferente, por isso o tapete é muito colorido. Vai de arco-íris pra além. Tem até uma cor que ninguém nunca nem chegou a ver, só eu e os pavões. Machuca tanto que dá pra pegar. Tem superfície e textura. Às vezes imita o sertão, com cacto, brita e espinho, fica molhado, mas depois seca, feito os rios que correm alguns meses, depois escorrem pro céu e somem, matam o gado, faz o sertanejo ter sede. Eu tenho sede e fome ao mesmo tempo. Sento numa mesa com um prato cheio de comida e um copo cheio de água, mas não como nem bebo porque não sei o que fazer primeiro. Fico uma hora assim, sem saber se pego o copo ou movimento o garfo. Mentira, a indecisão é um disfarce: passo uma hora inteira pensando nas coisas ruins de dentro do corpo, esses monstros do escuro de mim, das minhas cavernas. Não sou pessoa mais, nem sal, sou um lugar. Eu, onde nada acontece. Eu, onde nenhuma flor nasce, nenhum micróbio sobrevive. Eu, onde. O diafragma comprime, o estômago ronca, o prato de comida e o copo liberam cheiro, meu nariz come. A barriga, não, nem os dentes, que rangem. Sai um grito da caverna do estômago que é o grito do dragão escondido em mim. Assopro fogo. Cadê a água? Cadê? Minhas escamas, meus espinhos. Duas asas cortadas e um rabo, par de chifres, dragão sem paraíso, debaixo de cem camadas de roupa que tentam esconder. Deixar normal, deixar humano. Uma dor, ninguém quer que eu sinta, me falam pra ficar bem e melhorar. Enxugam a tristeza líquida, mas não tratam da se­cura de dentro. Uma alma que parece uva-passa. Pequena, um grão de sal. Cansado, repouso na janela, olho o ponto de fuga do muro plano: um buraquinho pequeno que só cabe uma formiga. Um muro que não me deixa ver o céu, cobre toda estrela, mas mostra a formiga. Ela anda atrás de carniça, penso em jogar minha alma pra ela, esse troço tão minúsculo mataria a fome da formiga. Ou mataria a formiga, se for veneno. Não faria falta pra mim, oco, um, só, salgado, tão coisa quanto a travessa com frutas de mentira que enfeita a mesa da sala. E isso os pintores chamam de natureza morta. Aqui, morro o meu amor e toda a ideia dele, desencanto. Depois desfaço o crochê, desfio o tapete inteiro, fico embaraçado nessa linha toda. Coado no filtro de barro, água pronta pra se beber. E me bebo, aperto as pálpebras com força, seguro o diafragma, não me deixo chorar. Se deixar vazar, vai sair na televisão que teve tsunami no meio do cerrado. Seguro firme nas minhas próprias mãos, eu amigo de mim, uma relação conflituosa. De repente, chega a cólica, lá do diafragma vem uma dor. Kaito Campos é estudante de jornalismo e ilustrador

“A nova mesa da Câmara de Goiânia vai ajudar Paulo Garcia mais do que ele imagina”

À espera da definição para sua situação no PT após ter renunciado à vice na chapa de Antônio Gomide ao governo, vereador eleito para a mesa diretora diz que prefeito deveria ser mais transparente e mostrar em que condições recebeu a administração de seu antecessor, Iris Rezende

“Vamos entregar uma Luziânia bem melhor do que recebemos”, garante Cristóvão Tormin

Criticando as antigas gestões, prefeito pessedista afirma que Luziânia, em toda a sua história, havia apenas "inchado", e não se desenvolvido de verdade

Com funções renais comprometidas, gêmea siamesa separada passará por sessões de hemodiálise

Anny Gabrielly permanece internada na UTI Neonatal do Hospital Materno Infantil em estado gravíssimo e precisa urgentemente de sangue O positivo

Vídeo de jornalista goiana apagando incêndio com extintor ABC vira piada na internet

Link da repórter foi durante o Bom Dia Goiás dessa quinta-feira (9/1). Poucas horas depois de ser publicado no Facebook, o vídeo mais de um milhão de visualizações

Tiroteio, sequestro, morte de policial e cerco a suspeitos deixam França em clima tenso

Polícia francesa faz negocia com irmãos que teriam atacado semanário na quarta-feira. Outras duas pessoas fazem ao menos cinco reféns em um mercado judeu

Novo ministro do Esporte recebe apoio de dirigentes da CBF

Atual presidente da CBF, José Maria Marin, e o futuro mandatário da entidade, Marco Polo del Nero, avalizaram escolha de George Hilton para a pasta em visita oficial

Data-base: CCJ aprova retroatividade e universalização para servidores municipais

Na sexta-feira (9), projeto segue para primeira votação em plenário. Sindicalistas pressionam para que prefeito Paulo Garcia não vete emendas

Morre uma das gêmeas siamesas separadas no Materno Infantil

Anny Beattriz faleceu na madrugada desta quinta-feira (8/1) devido à falência múltipla de órgãos. A outra segue internada em estado gravíssimo

Gêmeas separadas no Materno Infantil precisam urgentemente de sangue O positivo

Doações podem ser feitas no Hemocentro de Goiás, durante horário de funcionamento do hospital

DNIT lança aplicativo que permite usuário comunicar problemas em rodovias federais

App DNIT Móvel já estava disponível para sistema Android. Objetivo é facilitar o mapeamento de ocorrências e possibilitar priorização de manutenção e melhorias

Ingressos para Carnaval de São Paulo chegam a R$ 2,4 mil

Programação tem início no dia 13 de fevereiro, com apresentações do Grupo Especial. bilhete mais barato é de R$ 30

Voo da Qatar Airways faz pouso não programado devido a descontrole de passageiro

William James  (Reuters) Um voo da Qatar Airways que partiu de Nova York foi forçado a fazer um pouso não programado em um aeroporto britânico devido ao descontrole de um passageiro, informou a política local nesta quinta-feira. "Parece que os funcionários tiveram que conter um homem durante o voo e o piloto precisou refazer a rota e pousar em Manchester. A polícia compareceu e prendeu o homem", disse um porta-voz da polícia. O aeroporto havia dito antes que o voo, que ia para Doha, havia sido desviado por uma questão médica.