Por Redação

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Três curtas brasileiros em Berlim

Competição internacional deste ano privilegia filmes que tratam a realidade diretamente e contribuem assim de maneira ativa para a atual compreensão social e política

Lady Bird, qual é a hora de voar?

Produzido por mulheres que fortaleceram sua luta pela valorização do gênero nesta segunda década do século 21, filme é um belo recorte sobre o amadurecimento adolescente nos anos 2000

Morre Carlos Heitor Cony, escritor carioca, membro da Academia Brasileira de Letras

Jornalista, romancista, cronista, homem culto, Cony estava internado em um hospital no Rio de janeiro; a causa da morte foi falência múltipla de órgãos [caption id="attachment_114266" align="alignnone" width="620"] Carlos Heitor Cony (1926-2018): dono de um senso crítico aguçado, escritor deixa um legado intelectual raro | Foto: Divulgação[/caption] O escritor carioca Carlos Heitor Cony morreu no final da noite de sexta-feira, aos 91 anos, no Rio de Janeiro. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos. Cony era dono de um senso crítico aguçado. Qualquer crítica que fizesse, fosse sobre um político de direita ou de esquerda, por exemplo, era uma grande lição. Membro do Conselho Editorial do jornal “Folha de S. Paulo”, autor de vários romances e incontáveis textos de opinião, Cony deixa um legado intelectual raro. Durante muito tempo, ele escreveu diariamente uma coluna na “Folha”, em que falava de tudo, desde política e cultura, aos temas mais chãos e ligados à memória cotidiana, como sua cachorrinha, que o inspirou a escrever o romance “Quase Memória”. Livros de ficção como “O Ventre”, “Pessach – A Travessia”, “Informação ao Crucificado”, e jornalísticos ou biográficos como “Ato e Fato - O Som e a Fúria de Que Se Viu no Golpe de 1964” e “JK e a Ditadura”, são exemplos da herança que ele deixa à memória brasileira. Em 2016, a Editora Nova Fronteira publicou uma caixa com alguns de seus livros. Uma das frases que Cony mais repetiu em sua vida é um contrassenso ao seu estado na infância. “É verdade que o senhor demorou para falar?”, perguntavam-lhe. “Fui mudo até os cinco anos. O pessoal pensava que eu era retardo. Mas é que eu não tinha nada a dizer, a verdade é essa. Até os cinco anos, eu não tinha nada a dizer”, respondia o escritor. Essa afirmação já faz parte do Cony adulto e entusiasta do cinismo e da ironia. Cony não só demorou a falar, como tinha a língua presa e era disléxico. Ele trocava as letras, até os 15 anos. Aeroporto, por exemplo, ele dizia arieporto. Por causa disso, passou a escrever bilhetes para a mãe e pregá-los na porta da geladeira. Depois foi estudar num seminário, para ser padre, de onde saiu culto e ateu.

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Herzog e o romance dos deserdados

Livro de escritor paulista, Prêmio Facult de 2012, narra a saga da miséria humana, sobre trabalhadores de um parque industrial de química no interior de São Paulo

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O livro é a melhor de suas obras, leitura recomendável para começar 2018 com painel da cultura na visão de quem estava no palco dos acontecimentos ou nos bastidores

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Os “Cinco Magníficos” de Cambridge: comunistas, homossexuais e espiões – parte 3

Famoso “quinto homem”, John Cairncross torna-se, estranhamente, a figura-chave da KGB e, de alguma forma, muito mais importante que Philby [caption id="attachment_113622" align="alignnone" width="620"] John Cairncross (1913-1995), um dos “cinco magníficos” de Cambridge: era um melômano inveterado, e por isso os russos o chamaram de Liszt | Foto: Divulgação[/caption] FRANK WAN Especial para o Jornal Opção John Cairncross era matemático, e de 1941 a 1946 trabalhou em missões de desencriptação. Foi colocado no Government Code and Cypher School (GC & CS) no famoso edifício de Bletchley Park – na nomenclatura russa, “Kurort”. Cairncross era um melômano inveterado, e por isso os russos o chamaram de Liszt. Segundo registos soviéticos, Cairncross forneceu qualquer coisa como 5.832 documentos aos russos. Em entrevistas já no fim da vida, sugeria sempre que não conhecia, na época, a ligação de Philby aos russos. Muito da informação que temos para reconstituir a sequência dos acontecimentos baseia-se quer no livro, quer nas declarações de Yuri Modine, o chamado “controlador” dos “Cinco magníficos”. Modine publicou em França, em 1994, um livro com o título quase cómico “Mes Camarades de Cambridge” (“Os Meus Camaradas de Cambridge”). Neste mundo da espionagem, nunca se percebe bem quem mente e quem pensa que está dizendo a verdade, mas foi manipulado e recebeu informações falsas. A par disso, como na vida, cada um tenta sempre dar a ideia que ele mesmo teve um papel decisivo. Por exemplo, Modine afirma que, mais tarde, Cairncross lhe passou informações sobre as armas nucleares da Otan na Alemanha, mas as datas não coincidem – os primeiros planos de armamento nuclear americano colocado na Alemanha são muito posteriores. As informações que Cairncross passou aos soviéticos foram importantes, entre muitos outros, para a batalha de Kursk. A Batalha de Kursk foi um momento decisivo da Segunda Guerra Mundial, colocando frente a frente as forças alemãs e soviéticas na chamada Frente Oriental, perto de Kursk, mais ou menos a 500 quilômetros de Moscou. Estavam no terreno, dos dois lados, meios consideráveis. Nestas situações de confronto de forças em larga escala, as informações advêm quer das próprias forças, quer das intenções e forças do inimigo, e a capacidade estratégica é decisiva. É o momento em que os generais e os espiões mostram toda a sua competência ou a falta dela. Campo de batalha John Cairncross registrava todas as informações que a máquina inglesa desencriptava, e passava-as imediatamente aos soviéticos. Muitas dessas informações tiveram efeito imediato para os russos no terreno. Alguns historiadores chegam mesmo a indicar as informações de Cairncross como as mais decisivas e de maior impacto direto no campo de batalha e talvez as mais importantes da história da guerra moderna e da espionagem. Os alemães comunicavam entre si no campo de batalha. Os ingleses interceptavam as comunicações e desencriptavam. Cairncross tomava nota de tudo, passava a informação nesse mesmo dia através dos seus canais e o comando russo recebia a informação e tomava decisões com a gigantesca vantagem de conhecer tudo sobre o inimigo. O efeito real das informações passadas é sempre difícil de avaliar, mas não é por acaso que a autobiografia de Cairncross se intitula “A História do Homem que Mudou o Curso da II Guerra Mundial” (The Enigma Spy: an Autobiography – the Story of the Man Who Changed the Course of World War Two). Cairncross negou sempre este epíteto de “quinto homem”. Confirmou ter passado informações “ao inimigo”, mas afirmou sempre que o que fazia estava de acordo com a estratégia inglesa, uma vez que, passar informações aos russos na batalha de Kursk era passar informações a um aliado contra o Terceiro Reich – mas não há qualquer traço de ter recebido ordens para passar informações. O nome de Cairncross nem nunca apareceria em qualquer registro se não fosse Oleg Gordievsky, já depois da Guerra Fria, em pleno 1990, tê-lo denunciado como o quinto homem, e foi na sequência dessa denúncia que Modine publicou, em 1994, em França, o livro já citado em que confirma, neste aspecto particular, as acusações de Gordievsky. Mistério Se é verdade que é difícil defender a posição de Cairncross como estando ao serviço da Inglaterra, a verdade é que nunca foi levantado contra ele qualquer processo de investigação, e a sua vida prosseguiu sempre sem qualquer sobressalto, o que adensa o mistério: ninguém entende o que levou os sucessivos governos ingleses a escamotear sempre a participação de Cairncross. Vai, mais tarde, ter uma belíssima sinecura na Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e fazer umas traduções para o Banco de Itália. A grande verdade é que, mesmo após a guerra, continua na frente da liça dos jogos de espionagem. Pendem sobre ele a suspeita e a acusação de ter entregue todos os segredos dos planos nucleares ingleses e todo o programa de armas nucleares ocidental, incluindo o famoso Projeto Manhattan – as suspeitas sobre este último caso são muito tênues: nem teve acesso a informações técnicas (estas não passavam por Inglaterra, Robert Oppenheimer fechava muito bem a informação técnica entre físicos) e, mesmo que tivesse tido, os seus conhecimentos de matemática-física eram insuficientes para saber retirar informações que auxiliassem físicos no avanço dos seus projetos. Há indícios substanciais que Cairncross esteve no centro de todo um cruzamento de informações na antiga Jugoslávia. As forças compósitas do Eixo ocuparam a antiga Iugoslávia e trocavam entre si comunicações. A GC & CS ( Government Code and Cypher School) interceptava e decifrava informações quer do lado alemão, quer dos “partisans iugoslavos” com o Komintern (Kommunistische Internationale – Terceira Internacional ou Internacional Comunista) e com a União Soviética. Cairncross tinha acesso a todas as desencriptações e passava tudo verbatim para os soviéticos. Presença Estranhamente, de forma direta ou indireta, Cairncross está sempre em todos os grandes acontecimentos mundiais: está presente de forma indelével nos planos nucleares ingleses do pós Segunda Guerra Mundial e, inclusive, vai estar presente na guerra Irã-Iraque dos anos 1980, onde aparece com o estranho papel de “analista de cenários internacionais”. Mas teria morrido incógnito, esquecido e ocultado pelos ingleses, não fosse o papel decisivo do jornalista de investigação Barry Penrose que em 1979, na sequência da investigação que levou a cabo sobre Anthony Blunt, que chegou à conclusão e confrontou Cairncross em Roma com o fato de este ser de forma concludente o “quinto homem”. A partir de 1960, dedicou-se à produção de ensaios, atividade a que todos os falhados e deprimidos se entregam, e tradução para inglês dos autores franceses do século 17: Corneille, Mollière, La Fontaine, Racine. Passou os últimos anos de vida na França, mas morreu na Inglaterra. Frank Wan vive em Portugal. É ensaísta, poeta, professor e tradutor

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