Por Redação

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Ao sol e à sombra das emoções de um Brasil em revolução

Em meio a relatos históricos e políticos de um país no século XX, obra do escritor mineiro Aliel Paione conta a história de João Antunes, um homem divido entre dois amores

Itinerário Poético de Gilberto Mendonça Teles

“E, fiel ao meu destino, mas sem pouso,/com o mesmo ideal de um cavaleiro-andante,/levo-a, todo feliz, como um diamante/inimitado e por demais valioso”

O dia em que o escritor Machado de Assis ficou cego

Enfermidade, abrindo-lhe os olhos da alma, possibilitou o nascimento de um autor que não tinha a ilusão de que a sociedade pudesse se ver livre do paternalismo e dos preconceitos

Caiado entrega pacote de benefícios ao setor agropecuário

Governador assinou autorização para processamento de compra de cerca de 500 equipamentos, no valor total de R$ 71,4 milhões

Secretaria da Retomada será sancionada na próxima terça e terá parceria com governo federal

Futuro secretário adianta que os projetos estão sendo traçado em conjunto com outras secretarias de governo

A UEG e as mudanças necessárias

**Almiro Marcos é chefe da Comunicação Setorial da Universidade Estadual de Goiás (UEG)

Ninguém desconhece a importância histórica da Universidade Estadual de Goiás (UEG) ao longo das suas mais de duas décadas de existência. Falam por si os números. São mais de 100 mil estudantes formados nos cursos de graduação e pós-graduação ao longo do tempo. E isso graças à capilaridade que democratiza o ensino público superior no Estado, fazendo com que a universidade esteja presente em nada menos do que 39 municípios em todos os quadrantes do chão goiano.

Mas é claro que nem tudo foram flores pelo caminho. Ao longo da trajetória, ela passou a enfrentar uma série de problemas, sejam eles de gestão e administrativos ou acadêmicos. Pela sua estrutura e com um modelo que foi sendo formado durante os anos, a UEG funcionava como se existissem 41 instituições diferentes e independentes (e muitas vezes isoladas) dentro de si mesma. Faltava uma visão integrada de universidade de fato.

Em um quadro em que questões locais se sobrepunham às universais, a impressão que existia era que cada parte puxava para um lado e isso atrapalhava o bom funcionamento do todo. Assim, apesar de toda a sua importância e distribuição espacial, servindo para ofertar educação superior aos goianos perto de suas casas, a UEG foi, por exemplo, perdendo posição nos rankings que medem a qualidade do ensino.

No início de 2019, a universidade acumulava graves problemas administrativos e financeiros, sem contar a falta de unidade acadêmica. A situação não se normalizou ao longo daquele ano, até que, em meados de setembro, com a renúncia do então reitor interino, o Governo de Goiás decidiu agir rápido para tentar dar novo fôlego à instituição. O procurador do Estado Rafael Borges foi nomeado para a reitoria. Com o ritmo que impôs, dentre outras coisas, reorganizou a gestão, cumpriu as medidas judiciais que determinavam a dispensa de servidores e professores temporários, organizou o vestibular de fim de ano e, por último, mas não menos importante, trabalhou no processo de reforma administrativa da UEG.

Já no início de 2020, com a reforma administrativa aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador Ronaldo Caiado, o procurador Rafael Borges passou o bastão da reitoria para Valter Gomes Campos, professor efetivo da casa há mais de 10 anos. Tratava-se de mais uma demonstração do compromisso do governo em garantir a autonomia da UEG. Nas mãos de Professor Valter ficou a responsabilidade por dar sequência à implantação dos pontos da reforma e a adoção de medidas para que ocorressem os ajustes acadêmicos, dentre elas, por exemplo, a unificação da grade curricular dos cursos (com isso, a universidade, por exemplo, não conta mais com vários cursos de Direito espalhados pelo Estado, mas apenas com um curso de Direito distribuído em diferentes regiões).
Essa reorganização se tornava necessária para que a instituição tivesse condições de funcionar de fato como uma universidade em que os aspectos acadêmicos estivessem em primeiro lugar e acima de tudo. A Nova UEG foi planejada como um organismo integrado. A visão do conjunto, do todo, prevalece sobre as questões locais e isoladas. As 41 unidades universitárias são ligadas a 8 câmpus regionais do ponto de vista administrativo. Do ponto de vista acadêmico, os professores passam a estar ligados, conforme sua área de formação e/ou atuação, aos recém-criados institutos acadêmicos. E esses são apenas alguns exemplos do amplo processo de mudança pelo qual está passando a UEG.

Pouco depois do início do ano letivo de 2020, ocorreu um fato que pegou o mundo inteiro de surpresa: a pandemia de novo coronavírus (Covid-19). De lá pra cá, alinhada com o trabalho que tem sido desenvolvido pelo Governo de Goiás como um todo, a instituição tomou medidas como forma de prevenir a saúde da comunidade universitária (professores, servidores e alunos) e evitar a propagação da doença. Desde março, a UEG adotou o modelo de aulas remotas para alunos e professores, e de teletrabalho para o setor administrativo.

A escolha do método de aulas não-presenciais, aliás, que chegou a sofrer resistência no início, hoje se mostra a opção mais acertada diante da falta de previsão quanto ao fim ou pelo menos arrefecimento da pandemia. Não seria aceitável nem responsável dar o semestre nem o ano como perdidos. A experiência da UEG, inclusive, deve servir, no restante do ano, de referência para outras instituições goianas de ensino superior que suspenderam todas as atividades no primeiro semestre.

A pandemia tem sido desafiadora para UEG, assim como para toda a sociedade. O novo normal na instituição inclui: aulas remotas com o uso de tecnologia, às quais alunos e professores tiveram que se adaptar; realização de solenidades de colação de grau de maneira on-line; realização de ações e campanhas internas como maneira de contribuir com a sociedade nesse momento tão difícil (exemplo do Seja UEG, Seja Solidário; integração em atividades do Estado na prevenção e combate à Covid-19; realização e participação em estudos e pesquisas dentro do atual cenário de pandemia.

Há muita expectativa em relação ao futuro da UEG, seja ele próximo ou distante. Independentemente do atual contexto emergencial, em que uma pandemia sem precedentes está sendo enfrentada, é certo que as bases para dias melhores foram lançadas. E isso passou por uma correção de rumo e pela adoção de novos pressupostos e paradigmas. Graças à reforma sancionada pelo Governo de Goiás, a UEG tornou-se mais enxuta e organizada como um todo. E poderá passar a focar naquilo que realmente interessa: a oferta de ensino superior de qualidade. As mudanças há muito se tornavam necessárias, como já foi dito, para que a UEG tivesse condições de usar todo o seu potencial de forma plena. E é nesse sentido que o trabalho tem sido desenvolvido.

Turismo na Natureza será o diferencial de Goiás na recuperação do setor pós-pandemia

**Fabrício Amaral, presidente da Goiás Turismo

Quem é que já não está com saudades de tomar um banho na cachoeira ou no rio? Caminhar pelo Cerrado contemplando toda a sua a beleza rústica? Há quem ainda curta pescar em meio ao silêncio que só a natureza proporciona. Para outros, não há nada melhor do que relaxar ouvindo o cantar dos pássaros no campo, longe da vida agitada da cidade. Com a pandemia e o necessário isolamento, tudo isso ganhou ainda mais valor.

 De acordo com a Organização Mundial de Turismo, entre os segmentos que estarão em alta pós-Covid estão aqueles que proporcionam um maior contato com a natureza: turismo rural, ecoturismo, turismo de aventura e de bem-estar. A OMT prevê que o visitante vai buscar mais experiências ao ar livre em destinos naturais. Assim que tudo isso passar, Goiás terá condições de atender ao turista mais exigente e proporcionar essa sensação de liberdade e de pertencimento que ele valoriza ainda mais neste momento tão difícil. Defendo que Turismo e Meio Ambiente estão relacionados e esta será a aposta de Goiás na retomada do setor. Estou certo de que no pós-pandemia teremos grandes oportunidades de desenvolvimento do Turismo junto à natureza.

Goiás conta com áreas preservadas, como os Parques Estaduais de Terra Ronca, Pireneus, Serra Dourada, Altamiro de Moura Pacheco, de Jaraguá e da Serra de Caldas Novas; além dos dois Parques Nacionais da Chapada dos Veadeiros e das Emas. São riquezas onde é possível encontrar cachoeiras, águas termais, cavernas, cânions, trilhas, mirantes e praticar várias atividades, como tirolesa, ciclismo, trecking, balonismo, rapel, rafting e pêndulo para os aventureiros.

Os 300 quilômetros do Caminho de Cora Coralina, em Cerrado a perder de vista, também proporcionam vivências inesquecíveis junto à natureza e leva o turista às raízes da cultura goiana em suas cidades históricas. Já o Rio Araguaia, com seus dois mil e cem quilômetros de extensão, possui espécies raras de peixes, animais silvestres e vegetação preservada. Na Região dos Lagos, como Serra da Mesa e Paranaíba, o visitante pode descansar e praticar pesca esportiva. E com um agronegócio forte, Goiás também conta com o Turismo Rural consolidado. São várias as opções de hotéis fazenda espalhados por todo o Estado, para quem procurar fugir da rotina e do caos urbano.

As opções de Turismo na Natureza em Goiás são variadas e encantam os visitantes. Valorizar essas riquezas e preservar o Meio Ambiente farão toda a diferença no cenário pós-pandemia.

A gestão de riscos como instrumento da governança em Goiás

**Luís Crispim é gestor de Finanças e Controle da Controladoria-Geral do Estado de Goiás

Quem nunca ouviu falar naquele pequeno empresário, dono de um movimentado comércio de bairro que resolveu abrir uma, duas ou três filiais e acabou “quebrando” pouco tempo depois? Este pequeno empresário, quando cuidava somente uma unidade, conseguia controlar toda a gestão do negócio. Passava o dia todo na loja e verificava cada detalhe, desde a entrada até a saída da mercadoria. Afinal, o olho do dono é que engorda o gado.

Esse pequeno empreendedor pode até ser um bom gestor, mas certamente não é um bom governante. Provavelmente por isso não teve êxito ao tentar expandir suas atividades. Para tal, ele precisaria ter uma visão sistêmica, identificar os objetivos e os riscos do seu negócio, atribuir responsabilidades, delegar funções, monitorar os controles, automatizando-os sempre que possível.

Grandes negócios precisam de bons governantes, não de bons gerentes. Isso vale tanto para a iniciativa privada quanto para o Poder Público, cujo principal objetivo é fornecer serviços de qualidade ao cidadão, o que quase sempre requer grandes habilidades daqueles que têm a responsabilidade de entregá-los à sociedade, face à complexidade que envolve o setor.

O Programa de Compliance Público do Poder Executivo do Estado de Goiás traz como um dos seus quatro eixos a Gestão de Riscos. Trata-se de um instrumento de governança relativamente conhecido no universo privado, mas ainda pouco disseminado no setor público. No modelo estadual, cujo assessoramento para implantação nos órgãos e entidades coube à Controladoria-Geral do Estado, a ISO 31000/2018 é a principal referência normativa.

Inicialmente, foram constituídos os Comitês Setoriais de Compliance em cada pasta, compostos pela alta gestão do órgão, com a responsabilidade de acompanhar os quatro eixos do programa, em especial a gestão de riscos. Por meio de reuniões periódicas, o alto escalão das entidades consegue monitorar os riscos aos objetivos estratégicos, identificando o que os servidores têm realizado para impedir que eles ocorram, ou minimizar os seus efeitos caso não seja possível evitar que se materializem.

Assim, aqueles que ocupam a alta gestão das pastas podem conhecer cada estrutura da entidade que chefiam, acompanhar o que tem sido realizado, atribuir responsabilidade, cobrar resultados, definir prioridades e ter mais subsídio para decidir sobre a adequada alocação de recursos.

A gestão de riscos já foi implantada em 28 unidades da administração direta e indireta do Governo de Goiás, devendo atingir 43 até o final de 2020. Aos poucos, os servidores vão amadurecendo o processo e inserindo-o na cultura da entidade, possibilitando que a ferramenta faça parte efetiva do processo de governança de todo o Poder Executivo Estadual.

Aqui reside o grande desafio quando se pretende implementar o gerenciamento de riscos, que é agregar à cultura das organizações o hábito de desenvolver ações preventivas. Nesse ponto, é necessário mostrar ao gestor que o tempo despendido no processo de implantação será compensado no futuro, com a redução da necessidade de apagar incêndios decorrentes de riscos que se concretizam a todo tempo e atrapalham ou mesmo impedem as organizações de atingirem seus objetivos.

A gestão de riscos não é somente um instrumento de controle. Está intimamente relacionada com a estratégia e, principalmente, com a liderança, formando assim o tripé da boa governança. Sua principal virtude é reconhecer a imperfeição dos processos de trabalho e se inserir justamente nas lacunas nas quais ocorrem tais desconformidades. Ao administrador público, esse reconhecimento é fundamental para suscitar o aprimoramento contínuo das ações na busca pelo objetivo final, que é gerar política pública que atenda aos anseios do cidadão.

5G chinês pode tirar do Brasil empresas americanas, alerta embaixador dos EUA

Risco seria na segurança, com o temor de espionagem industrial. No meio da briga, inclusive em Goiânia, ficam as vítimas apanhando dos dois lados

Projeto de Brasília vai publicar contos, crônicas e poesia de escritores cegos e com baixa visão

As inscrições podem ser feitas até quinta-feira, 30. O material selecionado sairá em livro impresso e em ebook

Ceasa Goiás: um terreno fértil para a comercialização da produção rural goiana

Marcelo Pedro é assessor de imprensa das Centrais de Abastecimento de Goiás

Quando foi criada pelo governo federal, na década de 1970, as Centrais de Abastecimento tinham a missão de estimular a produção de hortifrutigranjeiros no país e regular a distribuição de alimentos nas regiões. A criação do complexo em Goiás ocorreu em 1975, em decorrência da precária comercialização dos hortifrutigranjeiros, sem qualquer norma oficialmente instituída e condições adequadas de operacionalização da comercialização, sem garantias de boa classificação e qualidade dos produtos.

No final da década de 1980, o Estado de Goiás assumiu a gestão da empresa, acompanhando as operações e administrando o estabelecimento. Apesar de essencial para a sociedade, por um longo período, o entreposto não apresentava bom desempenho administrativo, acumulando sucessivos prejuízos.

Em 2019, ao assumir o executivo estadual, o governador Ronaldo Caiado implantou um novo modelo de gestão e determinou uma auditoria dos contratos e convênios em todos os órgãos e esta ação gerou uma economia de R$ 190 mil para a Central. Com o cumprimento do Regulamento de Mercado, que deve ser seguido por todas as empresas e produtores que atuam dentro do complexo, a credibilidade foi recuperada e a Ceasa-GO tornou-se mais atrativa. Houve a redução da inadimplência e, no primeiro ano da nova gestão, a Ceasa-GO saiu de um saldo negativo de R$ 925 mil e gerou um lucro de R$ 768,883,21.

Atualmente, são 180 empresas, 183 pequenos comerciantes e 638 produtores cadastrados que comercializam para 246 municípios goianos e cidades do Sudeste e todo o Centro-Norte do País. O volume comercializado ano passado foi de 949 mil toneladas de hortifrutigranjeiros e a movimentação financeira no mercado cresceu 11,47%, ultrapassando R$ 2,4 bilhões.

Com resultados financeiros positivos, proporcionados pela gestão transparente, a Ceasa-GO iniciou os planos de uma série de investimentos parar melhorias no mercado. A quinta etapa do sistema de combate a incêndio foi concluída, com a manutenção de hidrantes, alarmes, extintores e toda a rede hidráulica, que passou por vistoria do Corpo de Bombeiros, estando agora em perfeitas condições de uso em caso de ocorrência.

No social, em parceria com as Organizações das Voluntárias de Goiás (OVG), o Banco de Alimentos alcançou um maior número de famílias atendidas: saímos de uma média mensal de 556, para 1.016 famílias durante esse período de enfrentamento da pandemia da Covid-19. O projeto é supervisionado por uma nutricionista, que acompanha a seleção e a separação dos alimentos,  garantindo a segurança alimentar.

Mas as ações sociais sempre foram além da entrega de alimentos. Um projeto inédito foi realizado no entreposto, em dezembro: o “Natal do Bem 2019”, que distribuiu dois mil brinquedos em uma manhã de apresentações culturais e brincadeiras para filhos de trabalhadores e crianças da comunidade.

Ainda, também o projeto de adequação do trânsito nas vias internas, organizando e aumentando a segurança de pedestres, trabalhadores e motoristas. Por dia, mais de 2.038 veículos circulam dentro do entreposto, além disso há cerca de 400 movimentadores de mercadorias que utilizam carrinhos manuais e empilhadeiras mecânicas. O trânsito é uma demanda que se arrastava há anos, mas as obras foram iniciadas em 2020. A Ceasa investiu R$ 140 mil na compra de materiais e placas de sinalização, e a execução está sendo feita em parceria com o Detran-GO.

A pandemia provocada pelo coronavírus levou ao adiamento de muitos projetos, mas, o modelo administrativo implantado no início de 2019 deu robustez e condições para atravessar esse período. Com mais de duas dezenas de ações de enfrentamento à pandemia, o entreposto goiano sobressaiu-se quando comparados às principais Ceasas do País.

Desde março, foram distribuídas 7 mil máscaras, 3 mil sabonetes, instaladas pias e pontos para higienização das mãos. Também uma equipe com profissionais de enfermagem foi contratada para fazer a triagem, medindo temperatura, conferindo outros indicadores clínicos e, quando necessário, encaminhando para uma unidade de saúde. Mais segurança a trabalhadores e compradores, que garantiu o pleno funcionamento do entreposto.

O terreno está preparado e os primeiros sinais indicam que a Centrais de Abastecimento de Goiás está pronta para o crescimento, contribuindo com a geração de empregos, principalmente no campo, e ajudando a movimentar a economia do Estado.

O anjo perturbado

A história do meu amigo Joãozinho, que, praticando o “morcegoso”, desenhava umas loucuras surrealistas

Olivia de Havilland estrelou sete filmes de Michael Curtiz e brilhou em “E o Vento Levou”

A atriz contracenou com Errol Flynn em oito filmes. Atuou também nos filmes “Nascida para o Mal”, "Na Cova da Serpente” e “Com a Maldade na Alma”

CAU recua e diz não questionar “exercício ilegal” de consultoria do Plano Diretor

Segundo a nota emitida pelo Conselho, “o cerne do problema relacionado à forma como o Plano Diretor tramita na Câmara Municipal