Por Redação

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Professora mais votada para reitoria da UFG apoia nomeação de escolhida por Bolsonaro

Sandramara Matias Chaves e atual reitor Edward Madureira estiveram em coletiva na tarde desta terça-feira (11). Apesar de manifestar indignação, afirmaram apoio a Angelita Lima

Camila Mattoso assume direção da sucursal da Folha de S. Paulo em Brasília

Tida como um “azougue”, Camila Mattoso deixa a coluna Painel, que será editada por Fábio Zanini. Leandro Colon vai para o Nubank

Com Covid, Renata Vasconcellos é afastada do Jornal Nacional. Bonner foi afastado

William Bonner, se não estiver com Covid, voltará a apresentar o Jornal Nacional nesta terça-feira

Basileu França faz seletiva para maior festival de balé do mundo

Evento selecionará bailarinos goianos para disputar o Youth America Grand Prix (YAGP)

Goiânia pode ter três casos não notificados de Flurona

Corretor de seguros, Murilo Campos, foi diagnosticado no dia 27 de dezembro. Ele ainda aguarda o período de isolamento, de 14 dias, para retornar à rotina. Uma média e um médico também têm exames positivos

22 + 1 livros de Psicanálise para 2022… e para sempre

Vale a leitura de “Das Unheimliche”, de Freud, “A Angústia”, de Lacan, “Freud e o Inconsciente”, de Garcia-Roza, e “Arquivos do Mal-Estar e da Resistência”, de Joel Birman

“A Itapemirim já nasceu na UTI e o governo comprou a ideia”

Segundo Ycarim Melgaço, o fracasso da Itapemirim já era aguardado por todos na aviação privada e não deveria ter sido uma surpresa para a agência reguladora, que deixou consumidores desamparados

Da “Suma Teológica” a “Interestelar”: teologia e poética em intersemiose fílmica e literária

Na atualidade, os estudos em torno da poética apresentam amplo leque semântico que une o universo da literatura ao da semiótica

“Querida cidade” mostra que Antônio Torres é um escritor essencial

A obra é povoada de emoção criativa, intensidade semântica e linguagem poética, na qual percebe-se um puzzle narrativo a partir do núcleo temático dos deslocamentos

Ronaldo Cagiano

Especial para o Jornal Opção

De Lisboa, Portugal — Em seu novo romance “Querida Cidade” (Record, 432 páginas), que surge após um interregno de quinze anos sem publicar, Antônio Torres dá continuidade a uma cartografia peculiar dos sertões geográficos e psicológicos e do seu interior territorial e emocional a partir de sua ancestral Junco, atual Sátiro Dias. Instância real e ao mesmo tempo mitológica de suas escrevivências, daí recolhe matéria para uma escritura que vem marcando a literatura brasileira, sobretudo por retratar as os movimentos migratórios e os choques por eles provocados na vida de seus personagens. Trata-se de uma obra densamente povoada de emoção criativa, intensidade semântica e linguagem poética, na qual percebe-se um puzzle narrativo a partir do núcleo temático dos deslocamentos que tem caracterizado sua vasta bibliografia. As histórias albergadas em seus romances e contos constituem o repositório dessa realidade tantas vezes cáustica e desafiadora, da qual não conseguem fugir as personagens, tantas vezes fragilizadas pela compulsoriedade de seus destinos, mas que por isso mesmo traduzem a sua dimensão essencial e humana. É a partir da conversa com a mãe sobre o sumiço do pai que o gatilho da memória é deflagrado e deslinda-se o fio do romance, ao tentar desatar os nós de um passado pouco esclarecido e confuso para o filho. Ao sair de seu pequeno burgo nos idos de 1950, o protagonista – um menino de dez anos que sonha em descortinar mistérios e paragens – vai viver com um tio noutra cidade, na esperança de galgar escalas na vida, tendo o parente como exemplo de ascensão social. Esse sonho é interrompido pelo desaparecimento do seu novo protetor e seus planos de estudar e se progredir são frustrados. Adolescente, sem em quem mais se apoiar, o menino precisa trabalhar pagar seu sustento e aluga um quarto.  Aqueles efervescentes anos mudancistas, de bossa nova, de construção de Brasília, de vitória na copa do mundo e um otimismo sem fronteiras a la JK, servem de pano de fundo para que Torres como sua inegável maestria e num viés catártico, explore os rumos e percalços do próprio País. “Querida Cidade” rastreia um imaginário social, político e coletivo, em que os totens e referencialidades de uma geração – a música, a arquitetura, o cinema, o teatro, a literatura, o futebol – vão compondo, em rica intertextualidade, um enredo híbrido em sua forma, mas com uma temática subjacente. Num ritmo fragmentário, em que o fluxo de consciência e de memória culminam num rico caleidoscópio de uma época de profundas transformações, acaba por metaforizar não apenas o desejo íntimo do personagem de não perder o bonde da história, mas de um país cujas ambições vanguardistas e modernizadoras em curso serão frustradas. [caption id="attachment_372784" align="aligncenter" width="620"] Antônio Torres, escritor, membro da Academia Brasileira de Letras | Foto: Reprodução[/caption] Como o Brasil, o personagem depara-se com atropelos, paradoxos e impossibilidades e a melancolia da interdição vai percorrendo toda narrativa, dando a senha para um mergulho em universos e ambientes distópicos. Entre o real e o onírico, há momentos de pura epifania, em que a expertise de Torres se projeta com toda potência e carga simbólica nos recursos e planos de que se vale para o desenvolvimento da trama. Ao criar outras atmosferas dentro desse mundo, o vivido e ao sonhado, o desejo, as fantasias e o delírio se entrelaçam em simbiótica relação, sensação que nos remete a Ana Hatherly, autora portuguesa, para quem “em arte a realidade verdadeiramente possível é a que nós inventamos”. Passado e presente do personagem avultam numa sequência vertiginosa de relatos e situações às vezes insólitas ou suprarreais, ressonância dos melhores ecos do realismo mágico, valendo ressaltar as cenas em que do alto de um prédio ilhado por água, o narrador se vê na torrente do rio existencial, lá onde seus fantasmas e obsessões emergem sem pudor e acabam por afogá-lo no rio tumultuário da solidão e no caudal caótico e espantoso das ilusões. “Querida Cidade” vem confirmar o percurso literário de um autor cujas obras transitam por nosso passado recente e que desnuda a realidade não apenas com a responsabilidade estética que toda arte demanda, mas com o compromisso ético de um escritor fiel ao seu mundo, ao seu tempo, às suas contradições e aos seus dilemas. Ao ler esse romance pungente, percebe-se estreita convergência da ficção de Antônio Torres com o que disse James Wood, crítico e ensaísta inglês em “A Máquina da Ficção”: “A literatura faz de nós melhores observadores da vida; e permite-nos exercitar o dom da própria vida; que por sua vez nos torna mais atentos ao detalhe na literatura; que por sua vez nos torna mais atentos ao detalhe na vida”. Ronaldo Cagiano, escritor brasileiro, vive em Lisboa.

15 minutos de chuva alagam ruas e casas na Cidade de Goiás

Até a tarde desta sexta-feira, 7, a GO-164 que leva à Sanclerlândia, ainda se encontrava sob fortes chuvas

Protesto por causa do aumento do preço do gás deixa mortos e feridos no Cazaquistão

Fala-se em dezenas de mortos e centenas de feridos. 3 mil pessoas estão presas. Governo do Cazaquistão convocou a Rússia e outros países para ajudá-lo a debelar a revolta

TV Globo demite narrador esportivo

Rodrigo Raposo trabalhou durante 16 anos na empresa. “É duro. Triste. Difícil. Mas, depois de 15 anos, deixo a Globo”

Entenda por que o filme “Não Olhe Para Cima” é excelente, inteligente e divertido

É o Borat saindo do Cazaquistão do ano 22.  É menos debochado, mais moderno e bem trabalhado. É o “Bacurau” bem-feito, coroado com Leonardo DiCaprio e Meryl Streep

Governo de Goiás abre inscrições do Aluguel Social para Luziânia, Novo Gama e Águas Lindas

Famílias serão contempladas com auxílio mensal de R$ 350; nesta primeira fase, Executivo libera 2,5 mil benefícios, somando-se as três localidades; serão atendidos todos que comprovarem, com documentação, que se enquadram nos requisitos legais

Quase 40 jornalistas da Globo estão com Covid-19 e Ali Kamel recomenda cuidados especiais

Christiane Pelajo teve de ser afastada e Marcelo Cosme foi convocado, às pressas, para substitui-la na quarta-feira, 5