Por Luiz Phillipe Araújo

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Canal dentário pode ser um dos maiores vilões da saúde humana

Um documentário sobre problemas gerados pelo procedimento está gerando preocupação entre pacientes e desconforto entre dentistas

foto: reprodução

Nenhum canal dentário é bem sucedido em sua totalidade: essa é a afirmação feita em A Raiz do Problema, novo documentário da Netflix. O longa metragem expõe durante mais de uma hora, diversos relatos de dentistas que repudiam o procedimento. Eles afirmam categoricamente que em longo prazo o canal irá afetar todo o organismo do paciente.

Já não bastasse temer o momento de sentar na cadeira de um consultório odontológico para realizar algum procedimento, agora quem confere A Raiz do Problema começou a se preocupar com o depois do comparecimento. Aqueles que por ventura já possui um canal dentário tá com preocupação dobrada. Só no Estados Unidos são 25 milhões de procedimento por ano.

O documentário está causando polêmica entre odontólogos. Já entre os espectadores que não são da área, o pânico ao assistir a produção é quase inevitável. Entretanto é preciso ter cautela, e é por isso que o Jornal Opção preparou uma análise em diálogo com especialistas do setor.

O documentário

A partir da trama sobre um homem que busca descobrir as causas de suas doenças, como fadiga crônica e síndrome do pânico, o documentário começa com dados alarmantes. Uma das fontes do doc é a Dra Dawn Ewing, PhD em Odontologia Biológica pela Universidade do Texas. É a dentista que começa citando pontos polêmicos sobre o procedimento.

"E se eu te disser que 98% da mulheres que tem câncer de mama fizeram canal do mesmo lado em que o câncer apareceu? E se eu te disser que o melhor método de prevenção cardiovascular, chamado Bale & Doneen, não aprovam o tratamentos de canal por causa das bactérias?", provoca a pesquisadora.

Após essas perguntas feitas pela Dra Dawn, o que o espectador pode esperar é mais uma enxurrada de apontamentos que relacionam diversos problemas de saúde com o procedimento de canal dentário.

Outro dentista do documentário que compactua com a tese, é o Dr Joseph Mercola. "Dentistas tradicionais acreditam que não há problemas com os canais, mas eu discordo. Acho que eles são uma fonte escondida e inesgotáveis de toxinas", afirma.

Todos os problemas citados pelos especialistas atribuem à impossibilidade de se esterilizar todos túbulos dentinários presentes em um único dente, essas regiões são incalculáveis e armazenam bactérias enquanto o dente não for extraído.

Há quem discorde

O Jornal Opção escutou dentistas goianos e perguntou a eles suas opiniões sobre o conteúdo do longa metragem. Os odontólogos foram unanimes em discordar dos pontos apresentados por A Raiz do Problema.

Para o dentista Kleber Vinicius, os apontamentos do documentário são “extremistas e sensacionalistas”. O profissional diz que como em qualquer área da saúde, os dentistas também estão sujeitos ao insucesso, mas que o respeito aos protocolos estabelecidos por meio de pesquisas, buscam a garantia da boa realização do procedimento.

Em relação a danos futuros, Dr. Kleber afirma que nunca viu nada na literatura que falasse sobre os problemas citados em A Raiz do Problema, e se diz surpreso com o conteúdo. “A associação do documentário que liga o procedimento de canal com alguns tipos de câncer é pouco embasada. Eles não citam fatos científicos suficientes que comprovem os apontamentos”, afirma.

Quem também discorda do documentário é a dentista Lísia Máximo, que está se especializando em endodontia, área da odontologia que estuda o procedimento de canal. Lísia conta que não conseguiu terminar de assistir o documentário, porque segundo ela o conteúdo chega ao nível do “absurdo”.

“O procedimento já foi muito estudado, existem diversas correntes de estudos mundiais. São evidencias cientificas geradas durante décadas que comprovam que a realização do canal não gera problemas futuros. Desde que o trabalho seja feito respeitando os protocolos e os tipos de medicações recomendadas.”, afirma a Dra. Lísia. 

E nessa discussão entre especialistas, fica difícil definir quem está certo ou não. Certamente o assunto ainda irá render muita pesquisa. De qualquer forma, pelo menos por enquanto, não cabe alarde entre os milhões de pacientes que se submetem ao procedimento todos os anos.

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Prefeitura pressiona desapropriação mesmo sem acordo com moradores

Primeira operação demoliu seis casas após o prazo de 15 dias dado pela Prefeitura ter vencido no último dia 13. Moradores já notificados dizem não ter para onde ir

Trabalhadores da Comurg atuando nas desapropriações da Avenida Leste Oeste | Foto: Luiz Phillipe Araújo

Dando início nesta quarta-feira, 20, o processo de desapropriação da área que vai dar espaço à ampliação da Avenida Leste-Oeste continua polêmico. O trecho de mais de oito quilômetros é ocupado por 46 famílias e, segundo a equipe técnica que atuou nas primeiras demolições, o processo será feito em operações diferentes, na primeira etapa foram seis casas. O Jornal Opção visitou as famílias já notificadas e encontrou um cenário de medo e incerteza.

Os moradores da rua dos Ferroviários e rua dos Missionários não devem ter sossego nas próximas semanas. A notificação dada pela município as 46 casas que ocupam o terreno previa apenas 15 dias de prazo para a desapropriação, que venceu no último dia 13. Ainda sem certeza de acordos, moradores temem ficar desabrigados.

Moradora da área há 10 anos, Kely Cristina diz que apesar da Prefeitura ter garantido que ia ampliar em mais 15 dias o prazo, recebeu hoje um notificação oral de técnicos que reforçaram que caso a família não deixe o local a residência será demolida. Entre os acordos propostos pela município está a doação de um lote, que segundo ela não é suficiente.

“Como que você vai morar em um lote sem casa? As pessoas aqui não têm condições de construir. E sem o lote se hoje eles demolirem minha casa, os meus móveis vão ser colocados na porta e eu vou ficar aqui na rua, eu não tenho dinheiro para pagar aluguel”, afirma Kely.

Segundo técnicos que trabalhavam nas desapropriações desta quarta-feira, a Prefeitura aguarda os acordos serem finalizados entre o município e os moradores. Os técnicos afirmaram que as operações serão feitas aguardando as finalizações dos acordos, o que entra em contradição com o relato da primeira moradora ouvida pela reportagem, que afirma ter sido notificada mais uma vez mesmo sem acordos.

“Vão fazer o que, jogar a gente na rua?”

Pai de cinco filhos, entre eles uma criança com necessidades especiais, Wesley Meira e a esposa, ambos desempregados, conta que a atual casa que moram, um barracão de dois cômodos, foi cedido a eles pela antiga moradora. A preocupação de Wesley é que no caso da família não existe proposta de acordo, isso porque o levantamento feita pela
Secretaria Municipal de Assistência Social, Semas, consta que a casa não é deles, logo o acordo está sendo feito com a antiga moradora.

Casa de Wesley Meira, que deve ser demolida nas próximas semanas | Foto: Luiz Phillipe Araújo

Segundo Wesley a família tenta desde 2006 conseguir uma casa popular oferecida pelo poder público, mas após 14 anos e com muitos cadastros feitos,  nunca receberam respostas do poder público. “Sair nós vamos ter que sair, mas nós vamos para uma praça ou pra porta da Prefeitura, eu não tenho condições de pagar aluguel”, desabafa o morador.

Sua companheira,  Erika Cristina Oliveira, diz que o processo tem sido assustador. Ela diz que o poder público tem sido injusto ao não dialogar com os moradores na mesma situação que a deles. “ Todo mundo aqui pagava IPTU, água e energia, eles deveriam dar mais atenção. São fortes e a gente é pobre, então não tem muito o que fazer. Eles só falam que é uma área da pública e que nós temos que sair”, pontua.

De acordo a Prefeitura o edital para a licitação da obra, orçada em cerca de R$ 127 milhões, só pode ser lançado após a remoção de 46 famílias ocupam o espaço há mais de 30 anos. O Paço alega ainda que não tem aparato jurídico para o pagamento de indenização e por isso tenta os acordos com as doações dos lotes.

Alysson Lima apresenta projeto que revoga atual lei de pedágios em Goiás

Para o deputado, atual lei não atende o interesse da população e deve ser rediscutido

Deputado estadual Alysson Lima

O deputado estadual Alysson Lima (PRB) apresentou na primeira sessão da Assembleia Legislativa ocorrida nesta terça-feira, 19, um projeto que pretende revogar a atual lei de pedágios que rege os contratos das rodovias goianas. Para o parlamentar é preciso rediscutir o modelo vigente, ele diz que vai apresentar uma emenda que pressiona as concessões a oferecer retorno significativo aos usuários.

Segundo o deputado a lei anteriormente aprovada na Alego foi infeliz e não ouviu a população. “Hoje você pega a GO-020 ou a BR-060 estão em ótimo estado, então gera um paradigma: se o governo fez uma rodovia, ele não tem condições de gerenciar? Eu acredito que sim, não cuida por incompetência”, acrescenta.

Entre a proposta que será encaminhada pelo parlamentar fica previsto que a empresa ao se candidatar ao posto de concessionária deverá participar dos custos da obra. Ele explica que o projeto prevê que se  a obra custar 20 milhões a empresa precisa entrar com pelo menos metade desse valor, e acrescenta: “pleiteia um empréstimo junto a um banco público e vai pagar ao longo dos próximos anos”.

Ainda em entrevista ao Jornal Opção, Alysson Lima disse que a atual consessionária que administra as rodovias, a Triunfo Concebra não apresenta contrapartida significativa para a população nos quatro anos que vem administrando as estradas. “Em um cálculo que fizemos com matemático de Brasília chegamos a estimativa de que a Triunfo Concebra já arrecadou mais de R$ 4 bilhões”, destacou o deputado.

Secretaria da Economia discute em audiência soluções para quitar dividas com municípios

Entidades representativas puderam sugerir propostas para quitar os débitos do Estado com os Municípios que superam os R$ 180 milhões

Reunião entre Secretária Cristiane Schimidt e represententes de entidades | foto: reprodução

Uma audiência entre órgãos públicos goianos foi realizada nesta terça-feira, 19, na sede da Secretaria da Economia. O objetivo do encontro foi mais uma tentativa de resolução dos repasses atrasados à Saúde e Transporte Escolar dos Municípios Goianos. Entre as entidades presentes estavam a Federação Goiana de Municípios, Sefaz, Ministério Público Estadual e Procuradoria Geral do Estado.

Atualmente são 13 parcelas em atraso referentes a programas de saúde e 4 parcelas do transporte escolar, juntas as dívidas superam os R$ 180 milhões. No encontro estiveram presentes o Presidente da FGM, Haroldo Naves; a Secretária de Economia, Cristiane Schimidt; o Procurador-Geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres Neto; o Subprocurador Geral do Estado, Frederico Costa Tormin, além de técnicos das pastas.

A Secretária de Economia, Cristiane Schimidt alegou que por conta das dificuldades enfrentadas pelo Estado, os pagamentos não devem ser efetuados nesse momento, entretanto apresentou um possível caminho. “A proposta e de tentar viabilizar um empréstimo junto aos bancos públicos para que sejam feitos esses pagamentos. Também tentar um acordo com os Municípios diante dessas ações judiciais contra o Estado”, pontou.

Para o Presidente da FGM, Haroldo Naves,o pagamento dos recursos em pauta é a garantia de continuidade de prestação de serviços a população. Após as proposta, Haroldo Naves disse que “diante da proposta feita pelo governo do Estado, estaremos convocando uma Assembleia Geral com os 246 Prefeitos para que sejam discutidas essa possibilidade”.

Por suspeita de superfaturamento, promotor recomenda suspender projeto de escolas goianas

Krebs apontou inconsistências como a diferenças orçamentárias de quase R$ 1 milhão entre obras. Secretaria tem 10 dias para encaminhar informações ao CGE

Fernando Krebs Promotor de Justica | foto: reprodução

A Secretaria de Educação de Goiás recebeu recomendações do promotor de Justiça Fernando Krebs, para que as obras do projeto Escolas Padrão Século 21 não sejam retomadas até o resultado de auditoria para apurar possíveis irregularidades, que será realizado pela Controladoria-Geral do Estado de Goiás (CGE).

 A auditoria  indicará se houve superfaturamento e se a retomada das obras atendem ao interesse público e ao princípio da economicidade.  A secretaria tem 10 dias para encaminhar as informações solicitadas.

Entre as irregularidades apontadas estão falhas na prestação de contas na construção da Escola Padrão Século XXI no Colégio Estadual Nazir Safatle. Em meio aos apontamentos está a prorrogação antecipada de contrato, o acréscimo indevido de serviços para possibilitar a instalação do sistema de proteção contra descargas atmosféricas, isso porque o serviço já devia estar previsto no projeto básico.  

Por fim, foi destacado que a construção do Colégio Nazir Safatle foi orçada em R$ 3.345.000,00, enquanto o Colégio Estadual Cruzeiro do Sul, em Valparaíso, também do mesmo projeto, foi orçado em R$ 4,2 milhões. Para o promotor a diferença não é desprezível se tratando de obras similares.

Mercado financeiro segue instável aguardando reforma da Previdência

Incertezas sobre as negociações da aprovação da emenda é destaque na análise de especialista

Economista Pedro Paulo Silveira | Foto: reprodução

O cenário econômico segue cauteloso em relação aos desdobramentos da crise do PSL e como ela afeta a agenda da reforma da Previdência. Na análise do economista-chefe da Nova Futura Investimento, Pedro Paulo Silveira, o mercado está tentando entender os efeitos da situação sobre a aprovação ou não da reforma.

Para o economista, a tarefa de se aprovar a emenda constitucional que pretende mudar as regras para aposentadoria exige muitas negociações por partes dos seus propositores. Aliado a isso, Pedro Paulo diz que o mercado ainda não sabe como será o processo de negociação, por conta da proposta ainda não ter sido detalhada para os parlamentares.

Na análise de Pedro Paulo ele cita que os dados de atividade de dezembro, divulgados na semana passada, indicam desaceleração no comércio. Entretanto o cenário em geral deve continuar mostrando evolução dos indicadores corporativos, beneficiados pelos ajustes realizados ao longo de 2016 e 2017.

Apesar dos números indicarem cautela, analistas e economistas que preveem a queda dos juros e retomada da economia tem aumentado. Os argumentos são o da aprovação da reforma da Previdência e a manutenção da atividade em um patamar mais modesto que o inicialmente imaginado.

Humberto Teófilo diz que declaração de Amauri Ribeiro não ofende mulheres

Movimento é tido por parlamentar como uma tentativa de “aparecer em cima de outros”

Deputado estadual eleito pelo PSL, delegado Humberto Teófilo (Foto: divulgação)

Para o deputado estadual Humberto Teófilo (PSL) houve exagero na reação contra a fala do deputado Amauri Ribeiro (PRP). Ele avalia que pronunciamento do deputado não ofende as mulheres da Casa e que se trata “apenas uma denuncia”.

O movimento organizado ontem, 15, na Alego, em que deputadas estaduais e demais funcionárias vestiram camisetas com os dizeres “Sou servidora da Alego, me respeite” foi uma reação contra a fala do deputado Amauri, que afirmou que, na Assembleia, mulheres bonitas são contratadas para ficar à disposição dos deputados.

Segundo Humberto Teófilo, o movimento deve ser respeitado, entretanto as declarações devem ser diminuídas. “Eu vi o vídeo e o deputado não ofendeu as mulheres, fez apenas uma denuncia relacionada à Casa de leis, então eu vejo que alguns colegas estão querendo aparecer em cima de outros, o que não é legal”, opinou o parlamentar.

Para deputado, CPI que irá investigar Enel pode adiantar reestatização

Requerimento para a instauração da comissão será feito no próximo dia 19 pelo deputado estadual Henrique Arantes

Foto: Divulgação

Para o deputado estadual Henrique Arantes (PTB), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar a Enel, na Assembleia Legislativa de Goiás, pode ser fator que colabore para a reestatização da companhia, caso irregularidades sejam confirmadas.

Segundo o deputado, ele já reuniu as 14 assinaturas suficientes para instaurar a CPI. Com as assinaturas o parlamentar confirmou que vai apresentar o requerimento para instauração da comissão durante a sessão ordinária do dia 19.

A proposta inicial é analisar os termos de privatização da Celg, em relação ao compromisso que a Enel teria de realizar para efetivação do contrato firmado com o Estado de Goiás. Henrique Arantes diz que há indícios que mostram que a Enel não investiu em 2018 o que o contrato previa.

Sobre a reestatização da companhia, o deputado estadual disse ao Jornal Opção que o governador Ronaldo Caiado já sinalizou interesse e que a CPI pode adiantar a ação. “Se o lado de lá não cumprir com o que está no contrato, esse pode ser cancelado. O governador já demonstrou interesse em reestatizar, então pode ser que seja um fator que some a esse interesse.”

Senador Luiz do Carmo afirma que possível fraude é inadmissível

Para o senador, caso da votação que precisou ser anulada é preocupante para a democracia

Senador Luiz Carlos do Carmo (MDB) | foto: reprodução

A polêmica na possível fraude da votação que elegeu Davi Alcolumbre (DEM-AP) que já investiga seis parlamentares suspeitos tem ganhando novos capítulos em Brasília. Por isso, o Jornal Opção tem buscado ouvir os senadores goianos. Desta vez, quem se manifestou foi Luiz do Carmo (MDB), que declarou o caso como "inadmissível". Ele diz esperar que os responsáveis sejam encontrados.

O senador Luiz do Carmo afirmou, ainda, que fraudar uma votação em uma Casa tão importante para a democracia é preocupante. “Cada dia que passa sem soluções, mais a credibilidade da Casa e dos parlamentares é afetada, e isso impacta o Poder Legislativo como um todo”, salienta o emedebista.

A confusão aconteceu no dia 2 de fevereiro, após a primeira tentativa de votação. Quando as cédulas foram contabilizadas se constatou que havia 82 cédulas depositadas, uma a mais do que o número de senadores.

Na Câmara, projetos de lei pretendem reforçar segurança da mulher

Deputada goiana comentam propostas que defendem a comercialização de sprays de pimenta para mulheres

Foto: divulgação

Dois projetos de lei sobre segurança da mulher devem ser votados na Câmara dos Deputados nas próximas semanas. O PL 632/19 autoriza a comercialização de sprays de pimenta e armas de eletrochoque para mulheres maiores de 18 anos, já o PL 226/19 obriga comerciantes a divulgar o Disque 180 e Disque 100.

O deputado federal Eduardo Fonte (PP-PE), autor do primeiro projeto, diz que o aumento da violência contra as mulheres demanda, entre outras políticas, a proteção pessoal. Na defesa do Projeto de Lei, Eduardo cita os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2018, que mostram que somente em 2017, 60 mil estupros foram registrados no país, aumento de 8,4% com relação ao ano anterior.

Já o segundo projeto foi apresentado pelo deputado Roberto de Lucena (Pode-SP). O texto prevê que comerciantes fixem uma placa trazendo os dizeres: “Violência, abuso e exploração sexual contra a mulher é crime. Denuncie - disque 180“; e “Violação aos direitos humanos. Não se cale! Disque 100”.

A deputada estadual Lêda Borges (PSDB) avalia os projetos como de extrema importância. Segundo a parlamentar, todo e qualquer projeto que venha para reforçar a segurança da mulher deve ser apreciado, já que a legislação ainda não se mostra suficiente para garantir a integridade dos corpos femininos.

Lêda também comentou sobre o PL que obriga comerciantes a fixarem placas sobre o Disque 100 e 180: "É importante dar visibilidade a esses serviços, e como os comércios recebem grande circulação de pessoas são locais estratégicos."

A deputada salientou, ainda, que irá apresentar as duas propostas na Assembleia Legislativa de Goiás, para que a casa conheça os projetos e que possa trazer ações semelhantes ao Estado.

Comissão especial da OAB Goiás vai analisar pacote anticrime

A ação proposta pelo senador Luiz do Carmo pretende discutir a opinião da advocacia goiana e da população sobre o pacote de medidas para a segurança pública

Representantes da OAB-GO e senador Luiz do Carmo |foto: reprodução

O projeto “Anticrime” apresentado pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, será discutido por uma comissão criada na Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO). A iniciativa é uma parceria firmada pelo presidente da entidade, Lúcio Flávio e o senador Luiz do Carmo, e visa analisar a opinião da advocacia goiana e da população sobre a temática.

A reunião que firmou o acordo aconteceu na última quarta-feira, 13, no gabinete do senador em Brasília. Lúcio Flávio disse ter ficado honrado com o convite de Luiz do Carmo. Para o presidente da OAB a parceria irá proporcionar a discussão de soluções reais para o Brasil.

O advogado criminalista Roberto Serra, que é diretor-tesoureiro da OAB Goiás, será o responsável em liderar a comissão que irá discutir o projeto, ao lado de um advogado indicado pelo gabinete do senador.

Para o senador, os parlamentares precisam estar mais próximos da população e, junto com ela, decidir o futuro de seu trabalho. “Essa parceria minha com a OAB me torna mais competente para decidir e observar o que é justo e correto diante a Constituição Federal” comentou Luiz do Carmo.

Projeto Anticrime

Sérgio Moro, ministro da Justiça e da Segurança Pública, apresentou no dia 14 os detalhes do Projeto de Lei Anticrime. É a primeira iniciativa do ministro desde que tomou posse. O texto altera 14 leis do Código Penal, Código de Processo Penal, Lei de Execução Penal, Lei de Crimes Hediondos e o Código Eleitoral.

Entre especialistas e parlamentares as opiniões se dividem. Em meio aos itens de maior polêmica estão a prisão em segunda instancia e a autorização do estado em gravar conversas entre advogados e clientes detidos.

A proposta deve ser enviada pelo governo ao Congresso Nacional na semana que vem. Para entrar em vigor, deve ser aprovado por deputados e senadores.

Vale já havia calculado gastos com tragédia antes de rompimento em Brumadinho

Em documento de outubro de 2018, empresa havia projetado mortes, custos e até causas de um possível colapso

Foto: Carolina Ricardi

As investigações sobre a tragédia de Brumadinho ganham novos detalhes a cada dia. Um documento que está sendo usado pelo Ministério Público de Minas Gerais, mostra que a mineradora Vale, dona da barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão, já tinha calculado os gastos que teria em caso do rompimento da estrutura.

O documento interno de outubro de 2018 previa que o valor da tragédia chegaria a 1,5 bilhão de dólares, cerca de R$ 5,6 bilhões. O documento também projetava as possíveis causas do rompimento, que seria a erosão e a liquefação da barragem.

O relatório avaliou que a empresa teria o mesmo prejuízo com questões econômicas se houvesse ou não um alerta antes do acidente. Entretanto, assim como aconteceu na tragédia do dia 25 de janeiro, as consequências para a segurança e a saúde das pessoas envolvidas e o potencial de perda de vidas eram bem maiores caso as sirenes não fossem acionadas.

A Vale informou que os estudos de risco e demais documentos elaborados por técnicos consideram, necessariamente, cenários hipotéticos para danos e perdas. Ainda segundo a empresa, não existe em nenhum relatório qualquer menção a risco de colapso iminente da barragem.