Por Aline Bouhid

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Massacre: polícia goiana frustra novo ataque a escola

É o terceiro caso parecido em pouco mais de um mês; Discurso de ódio ganha novos espaços, diz especialista

Líderes do G7 devem se reunir amanhã para tratar de ataques à Ucrânia

Encontro é para discutir a escalada do conflito no Leste Europeu

O que impede o diálogo?

Dialogar qualifica a capacidade humana de se dirigir ao outro, nas diferenças e nos parâmetros racionais das oposições

As limitações para a imparcialidade jornalística

Tudo é versão. Se uma notícia seleciona alguns aspectos da realidade, nada impede que outras seleções, outros recortes, sejam igualmente válidos. Alguns rejeitam esse relativismo já que em última análise poderia levar à manipulação. Defendem a existência de verdades objetivas. Desse debate surgem duas questões: qualquer recorte da realidade é válido? Haveria alguma verdade objetiva impossível de ser relativizada?

Talvez um conceito mais caro ao jornalismo seja o de transparência, e não o de verdade. Já que é impossível ser imparcial, o jornalista deve à população o compromisso com a verificação dos fatos e isso é transparência. A população sabe que o que está lá escrito por um jornalista pode ser verificado e comprovado depois, em diversas fontes. A noção estrutural de jornalismo, com sua pirâmide invertida, que determina que as informações sejam inseridas levando em consideração o grau de importância (do maior para o menor) é sempre sujeita a juízo de valor.

Apenas recorrendo às próprias percepções é possível definir o grau de importância das coisas. Por exemplo, um jornalista pode considerar que Educação é um tema mais relevante que religião, ou que Meio Ambiente é uma pauta maior que discussões sobre o uso do próprio corpo, e isso está definido à priori. Então, importante ter claro que o texto sempre carrega as metáforas de quem o produz.

Uma interpretação razoável para o jornalismo é de que ele esteja em busca de verdades que sirvam à coletividade - “verdades funcionais”. E, na ausência de sentidos absolutos para a vida, e para a função do jornalista, o compromisso deve ser com a rotina de verificação dos fatos de forma que seja possível testar, verificar e examinar as informações no futuro.

A xenofobia e o ódio ao que não é espelho

Alguns significados que a palavra xenofobia carrega vinculam-se a medo, rejeição, antipatia e profunda aversão ao estrangeiro. Implica também desconfiança e preconceito em relação às pessoas estranhas ao país e às construções culturais daqueles que se consideram como estando em seu território. Parece absurdo que um país como o Brasil, de dimensões continentais e de formação cultural diversa, esteja agora observando discursos xenofóbicos tomarem corpo. Nesta semana, diversos nordestinos foram atacados nas redes por conta dos 12,9 milhões de votos em Lula.

Ainda que eu saiba que existe o exagero normal das redes, é inadmissível ver pessoas estimulando colegas a passar com o carro em cima umas das outras, ver outros torcendo pela seca e vários dizendo que não vão mais empregar nordestinos. A central da ONG de proteção aos Direitos Humanos Safernet Brasil recebeu cerca de 14 denúncias de xenofobia por hora só na última segunda-feira. Ao todo, foram 348 registros no dia após o primeiro turno das eleições. O número quase que supera o total de reclamações registrado nos primeiros seis meses do ano passado (358). Comparando o primeiro semestre deste ano com o de 2021, a organização já havia observado aumento de 520,6% nas denúncias de xenofobia: pulou de 358 para 2.222 este ano.

Aqui em Goiás, logo no início da semana, a Polícia Civil investigava áudios em que duas mulheres de Quirinópolis supostamente incitavam boicote aos apoiadores do candidato do PT à Presidência da República no comércio local e sugeriam doação de camisetas verdes e amarelas às pessoas carentes da cidade, já que estes “gostam de coisa dada porque são pobres de espírito”. E, no município de Cachoeira Alta, áudios de cunho racista teriam sido enviados em um grupo de moradores, com ofensas a nordestinos e nortistas, em que duas mulheres intitulam as pessoas oriundas destas regiões do País como “comedores de calango” e diziam que os estados destas regiões deveriam ser “explodidos”.

Ao comentar a tristeza desses tempos, uma amiga querida me lembrou o trecho da música de Caetano “Narciso acha feio que não é espelho” ao exemplificar como deixaram de enxergar o outro. Algumas instituições, como a Ordem dos Advogados de Goiás (OAB-GO) se manifestaram contra esses confrontos que colidem com princípios democráticos. Mas, a manifestação deveria vir de todos nós. Existem as ideias e existem as pessoas. O respeito ao humano precisa e deve anteceder qualquer opinião política, situação, crença, raça, gênero. Já que no Brasil existe uma loucura religiosa, vou usar isso para justificar o que deveria ser óbvio: devemos praticar a tolerância. Entre o “eu” e o “outro” se estabelece um limite que não pode ser transgredido: a sacralidade de cada ser humano, no fundo de cada ser, pois tudo o que existe e vive, merece existir e viver.

Com acerto, disseram os bispos do mundo inteiro, reunidos em Roma, no Concílio Vaticano II (1962-1965), em um dos mais belos documentos “Alegria e Esperança”: “Que cada um respeite o próximo como outro eu, sem excetuar nenhum”. Esse talvez seja o aspecto mais importante da existência humana e o mais importante mandamento cristão.


Wilder e Vanderlan evitam falar em presidência do Senado; Kajuru aposta em Rodrigo Pacheco

Apenas o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) comenta articulação em torno da presidência do Senado. Para os outros dois goianos, Vanderlan Cardoso (PSD/GO e Wilder Morais (PL), o momento é de focar nas eleições presidenciais. O esperado é que nenhuma movimentação deva começar com força até depois do segundo turno, mesmo porque a correlação política depende de quem se consagrará vencedor – se Lula (PT) ou Bolsonaro (PL).

Ao Jornal Opção, Vanderlan disse “Estamos trabalhando para reeleger o presidente” e Wilder também enfático “Michele vem amanhã para Goiás e só vamos começar a falar disso depois do segundo turno. O foco agora é reeleger o presidente Bolsonaro e dobrar a quantidade de votos do presidente aqui”, disse.

Ontem, 6, Kajuru disse que no dia 17 haverá uma aliança partidária grande em torno do nome de Rodrigo Pacheco para enfrentar o PL. Segundo a previsão dele, o grupo contaria com cerca de 45 parlamentares – são necessários, ao menos, 41 entre 81 votos para um candidato vencer a disputa ao comando do Senado.

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De acordo com o documento, o Comitê de Acompanhamento de Obras Públicas Prioritárias (Caopp) foi criado para dar mais agilidade aos trabalhos executados

“Não tem cabimento Damares querer ser presidente do Senado. Não serviria nem para ser vereadora”, diz Kajuru

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Vice – prefeito renuncia ao cargo por conta de polarização entre Lula e Bolsonaro

O vice-prefeito da cidade de Itaberaí, João Miguel Rodrigues (UB), enviou carta de renúncia ao presidente da Câmara Municipal, vereador João Pereira Filho (UB), informando sua saída da prefeitura. No documento, Miguelzinho, como é conhecido, afirma não aceitar “diretrizes diferentes” do que ele acredita ser o melhor para os brasileiros. O político fala em “momento decisivo” para a pátria, possivelmente se referindo ao segundo turno das eleições e aos apoios e polarização existente entre Lula e Bolsonaro. A prefeita Rita de Cássia é do PSB.

Ligado ao agronegócio, Miguelzinho foi eleito pelo DEM (UB, atualmente) e na carta ele agradece aos eleitores que confiaram “a missão de representá-los”, mas comunica sua decisão de renunciar ao cargo político “em caráter irrevogável e irretratável, a partir desta data. Neste ato, me afasto da vida pública e rogo a Deus que cuide de nossa nação”, finalizou.

O Jornal Opção tentou contato com a prefeita Rita de Cássia, mas não obteve retorno.

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Índice de renovação na Câmara é de 39%; Goiás supera média nacional com 47% novas cadeiras

Desde a eleição de 1994, o percentual de renovação na Câmara ficou abaixo de 40%