Por Marcelo Mariano

As eleições legislativas são as que mais importam e o eleitor deve redobrar as suas atenções na hora de decidir em quem votar

Presidenciável do PPL defende a retomada da política externa independente, além de outras práticas da época em que seu pai, João Goulart — deposto em 1964 —, foi presidente

O dono de um renomado instituto goiano se diz surpreso com o desempenho do parlamentar nas pesquisas
[caption id="attachment_59421" align="alignleft" width="620"] Deputado estadual Lucas Calil | Foto: Divulgação/Alego[/caption]
Pessoas ligadas ao deputado estadual Lucas Calil (PSD) afirmam que prefeitos do interior estão animados com a possibilidade de o jovem parlamentar ser um dos campeões de voto na eleição para a Assembleia Legislativa.
O otimismo é resultado do desempenho de Calil nas pesquisas — o dono de um renomado instituto goiano se diz surpreso. Em 2014, o deputado estadual foi eleito com 18.128 votos e se destacou pela defesa do meio ambiente durante o seu mandato.
Calil construiu uma base sólida e, nas eleições deste ano, já conta com o apoio de pelo menos 15 prefeitos. “Está próximo de fechar com outros”, garante um aliado.

Presidenciável se disse surpreso com a perda de direitos durante o atual governo
[caption id="attachment_136783" align="alignleft" width="620"] Candidato a presidente pelo PPL, João Goulart Filho | Foto: Fábio Costa/Jornal Opção[/caption]
Candidato a presidente pelo Partido Pátria Livre (PPL), João Goulart Filho esteve em Aparecida de Goiânia nesta quarta-feira (12/9). Na oportunidade, o presidenciável defendeu a reforma agrária e prometeu a criação de um ministério específico para a área.
O filho do ex-presidente João Goulart, deposto em 1964, fez críticas ao governo de Michel Temer (MDB) e aos atuais parlamentares de uma forma geral, a quem chamou de "meros despachantes" de empresas que ajudaram a elegê-los. "Fico surpreso em ver a perda de direitos durante o atual governo", frisou.
João Goulart Filho foi acompanhado pela presidente estadual de sua legenda em Goiás, Jucilene Barros, além do ex-governador Maguito Vilela, do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, e do candidato a deputado estadual Ozair José, todos do MDB, cujo candidato a governador, Daniel Vilela, conta com o apoio do PPL.
A íntegra da entrevista exclusiva de João Goulart Filho ao Jornal Opção estará disponível na edição do domingo (16/9).

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[caption id="attachment_133502" align="alignright" width="620"] Donald Trump | Foto: reprodução[/caption]
O jornal “The New York Times” publicou, na quarta-feira, 5, um artigo anônimo na seção de opinião — prática que ocorreu em raras oportunidades. Nele, o funcionário não identificado da Casa Branca critica o presidente Donald Trump, que teve várias de suas ações barradas por um grupo de resistentes — nos EUA, o sistema funciona independente de quem esteja no poder. “Qualquer um que trabalha com ele sabe que se trata de alguém que não se orienta por princípios básicos para decisões”, diz trecho do texto.

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https://www.youtube.com/watch?v=zjW1pdqh6y8

Presidenciável do PSL escorregou em declarações sobre a ONU e seus apoiadores defenderam o indefensável
[caption id="attachment_131922" align="alignleft" width="620"] Foto: Reprodução[/caption]
"Vomitei aquilo sem falar de conselho de direitos humanos. Aí é onde houve uma falha minha", disse o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao jornal "Folha de S. Paulo", em referência a uma outra fala do presidenciável, que gerou polêmica após dar a entender que, se eleito, tiraria o Brasil da Organização das Nações Unidas (ONU). "Se eu for presidente, saio da ONU. Não serve para nada esta instituição."
Imediatamente, os eleitores de Bolsonaro concordaram e apoiaram a decisão de sair das Nações Unidas — houve até quem fizesse vídeo na sede do órgão em Brasília pedindo que a ONU seja "demitida do governo brasileiro", como é o caso da jornalista Elisa Robson, candidata a deputada federal pelo PRP.
Depois de o candidato à Presidência ter reconhecido a falha, seus apoiadores fizeram de tudo para achar alguma desculpa que justificasse. Nas redes sociais, Bolsonaro tem um verdadeiro exército de pessoas que o adotaram como político de estimação. Para eles, não importa o que o deputado federal pelo Rio de Janeiro fizer ou disser — ele sempre estará certo.
Aliás, abrindo um rápido parêntese, é também nas redes sociais onde se produz um dos mais impressionantes fenômenos da política brasileira atual: as pesquisas de intenção de voto mais confiáveis que as de institutos reconhecidos, que utilizam metodologia científica e registram os resultados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mais bizarro do que isso é só o Cabo Daciolo, candidato a presidente pelo Patriota, que subiu um monte para se proteger de uma organização secreta que quer matá-lo.
ONU
A indignação em relação às Nações Unidas é até justificável em alguns aspectos, mas nada que chegue ao ponto de retirar o Brasil da instituição. Criada em outubro de 1945, após a Segunda Guerra Mundial, a ONU surgiu com o objetivo de promover a paz no mundo, substituindo a fracassada Liga das Nações. Contudo, há casos que podem pôr em cheque a sua credibilidade.
Em 2003, por exemplo, o Conselho de Segurança não conseguiu impedir a invasão estadunidense do Iraque, que desestabilizou o Oriente Médio e deu espaço para o surgimento de grupos terroristas, como o Estado Islâmico. Os Estados Unidos, por sua vez, não sofreram sanções — vale ressaltar que os EUA têm condições de bater de frente com as Nações Unidas, diferentemente do Brasil.
Ex-embaixador de Antígua e Barbuda na ONU, John Ashe presidiu a Assembleia Geral — o segundo órgão mais importante das Nações Unidas, atrás apenas do Conselho de Segurança — de setembro 2013 a setembro de 2014 e é acusado de receber propina de US$ 1,3 milhão de um bilionário chinês.
Além disso, foram registrados, em 2014, 79 casos de abuso sexual — um a cada quatro dias — de crianças e mulheres por parte de soldados das missões de paz da ONU no Haiti e na República Centro-Africana, operações chefiadas por Brasil e França, respectivamente. E o único punido foi Anders Kompass, funcionário das Nações Unidas responsável por, acredite, denunciar os escândalos.
Apesar de tudo isso, a ONU se faz necessária — ruim com ela, pior sem ela. Correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" em Genebra, na Suíça, desde 2002, o jornalista Jamil Chade, que cobre o órgão de perto, explica, em seu Twitter, o porquê: "A ONU alimenta 95 milhões de pessoas no mundo por dia e define regras que tocam a nossa vida diária, como emissões de CO2 e padrões técnicos. Ela falha muito mesmo. Mas isso é culpa dos governos, que não a querem forte. Dizer que não serve para nada não é exatamente correto".
Venezuela
No tocante à situação dos venezuelanos que fogem do país vizinho rumo ao Brasil, Bolsonaro tem adotado uma postura sensata. O parlamentar se opõe ao fechamento da fronteira entre Venezuela e Roraima, discordando da governadora do Estado, Suely Campos (PP), e propõe a criação de um campo de refugiados, com o auxílio justamente da ONU.
"Quando você fala em refugiados você tem que buscar a ONU para apresentar uma alternativa", declarou Bolsonaro à "Folha". "Tem que abrir um campo de refugiados. Você não pode deixar o pessoal jogado na rua, deixar o pessoal fazendo necessidades fisiológicas na rua."
De fato, o Brasil, que deve ter o papel de solucionar a crise na Venezuela — mas sem tomar lado, como manda as boas práticas da Política Externa brasileira —, tem que atuar junto à ONU para prestar os devidos serviços humanitários aos refugiados.
Em um mundo cada vez mais multipolar, isolar-se não é a solução. Bolsonaro parece estar aprendendo isso. Agora, falta seus eleitores também entenderem.

Contudo, há partidos que ainda não estabeleceram os critérios da divisão