Por Marcelo Gouveia

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Ministra Kátia Abreu e governador Marcelo Miranda: separados por brigas políticas, reaproximados pelo desenvolvimento

A intenção é fazer com que o Estado tenha condições de atrair cada vez mais empresas, gerando empregos

Projeto Matopiba reaproxima Marcelo Miranda e Kátia Abreu

[caption id="attachment_35776" align="alignright" width="620"]Ministra Kátia Abreu e governador Marcelo Miranda: separados por brigas políticas, reaproximados pelo desenvolvimento | Foto: Elizeu Oliveira/Secom Ministra Kátia Abreu e governador Marcelo Miranda: separados por brigas políticas, reaproximados pelo desenvolvimento | Foto: Elizeu Oliveira/Secom[/caption] O comentário no meio político do Estado é que a solenidade de lançamento oficial do Matopiba e do Plano de Desenvolvimento Regional Susten­tável da Região, ocorrida em Palmas, na semana que passou, serviu como um forte motivo para a reaproximação política entre o governador Marcelo Miranda e a ministra da Agricultua, Kátia Abreu, ambos do PMDB. “No momento em que o país passa por incertezas e cenários conservadores para o seu desenvolvimento, o Matopiba se propõe a debater e integrar um novo eixo econômico”, ressaltou o governador, para quem cabe a esta geração trabalhar por um futuro de desenvolvimento e transformar essa região na mais promissora e sólida fronteira agrícola do planeta. “O Tocantins é protagonista desse novo tempo de prosperidade e se orgulha de fazer parte dessa estratégia de integração dos estados co-irmãos da Bahia, Piauí e Maranhão. O Matopiba é a porta para gerar competitividade com a utilização racional das nossas riquezas”, pontuou. “Estamos prontos e ávidos para colaborar, pois temos a convicção de que os caminhos da prosperidade passam pelas terras do Tocantins e de todo o Matopiba”, complementou. Marcelo Miranda começou o seu pronunciamento destacando a união e os desafios para potencializar as riquezas do Estado. ”Os desafios nos unem; hoje é o reencontro de povos, espaços, paisagens, lugares e territórios com laços comuns e hábitos culturais que nos aproximam e identificam oportunidades para nossas riquezas”. Na oportunidade, o governador também comemorou o sucesso da Agrotins Brasil 2015 e agradeceu ao apoio da Ministra da Agricultura Kátia Abreu quanto ao evento realizado na semana passada. No discurso da ministra, foram destacados os benefícios da criação do programa para os produtores do Estado. “Nós iremos articular políticas para levar oportunidades aos mais de 100 mil produtores que serão atendidos no Tocantins”, enfatizou. Foram desenvolvidos três eixos estratégicos para o Matopiba: infraestrutura, inovação e tecnologia, além de desenvolver a classe média do campo. Segundo Kátia Abreu, o governo federal pretende apoiar o crescimento sustentável dos produtores locais do Matopiba com investimento em tecnologia e assistência técnica. “O governo está tendo a chance de acompanhar esse crescimento e promover verdadeiramente o desenvolvimento regional. No passado, produtores experientes ocuparam nossas áreas agrícolas, mas a população local ficou ao largo assistindo. Com o Matopiba, queremos reverter esse histórico”, afirmou Kátia Abreu. Uma das medidas que deverá impulsionar os agricultores da região é a criação de uma agência de desenvolvimento voltada para tecnologia com forte investimento em capacitação, inovação, pesquisa, agricultura de precisão e assistência técnica. O formato da futura agência tem sido discutido entre o ministério e representantes dos estados, da iniciativa privada e de instituições de pesquisa e de ensino. O Matopiba abrange 337 municípios e 31 microrregiões num total de 73 milhões de hectares, com 5,9 milhões de habitantes. O principal critério de delimitação territorial foi embasado nas áreas de cerrados existentes nos quatro estados. O segundo critério foram os dados socioeconômicos. O Maranhão ocupa 32,77% de todo o território do Matopiba, com 23,9 milhões de hectares em 135 municípios. O Tocantins tem 37,95% da área, 27,7 milhões de hectares e 139 municípios. Já o Piauí representa 11,21%, tem 8,2 milhões de hectares e 33 municípios; e a Bahia ocupa 18,06% da área, com 13,2 milhões de hectares e 30 municípios. A proposta de delimitação foi feita pelo Grupo de Inteligência Territorial Estratégica (GITE), da Embrapa.

Agricultura

O território do Matopiba apresenta a expansão de uma fronteira agrícola baseada em tecnologias modernas de alta produtividade. Hoje, o principal grão destinado à exportação é a soja, mas outras culturas começam despontar na região como o algodão e o milho. O clima favorável, o perfil dos produtores e a legalidade de novas áreas a serem abertas trazem boas perspectivas para a região. Assim, a totalidade dos quatro estados deverá apresentar aumento de 7,9% na produção de grãos na safra 2015/2016. No caso da soja, por exemplo, os quatro estados aumentaram significadamente sua produção na safra de 2014/2015 em relação à de 2013/2014. Conforme dados da Companhia Nacional de Abaste­cimento (Conab), a Bahia teve crescimento de 20,3% (produção total de 3,979 milhões de toneladas), o Piauí, 18,6% (1,766 milhões de toneladas), o Maranhão, 16,4% (2,123 milhões de toneladas) e o Tocantins, 13,5% (2,335 milhões de toneladas). Entre 1973 e 2011, a produção de soja passou de 670 mil toneladas para mais de 7 milhões. E a de grãos saltou de 2,5 milhões de toneladas para mais de 12,5 milhões no mesmo período. O total produzido de soja deverá saltar de 18.623 milhões de toneladas da safra 2013/2014 para 22.607 milhões de toneladas em 2023/2024, aumento de 21%.

População e economia

A população total do Matopiba é de 5,9 milhões, sendo que Imperatriz (MA) tem o maior contingente populacional, 566 mil pessoas. Os dados mostram rápido crescimento da população urbana, que em 2000 era de 69 mil pessoas – número que saltou para 124,3 mil dez anos depois. Do total de 250.238 estabelecimentos rurais, 85% têm mais que 100 hectares e exploram principalmente lavouras temporárias e permanentes, hortícolas, bovinos, leite, porcos, aves e ovos. Os dados coletados pela Embrapa mostram concentração de renda e pobreza na região. Do total de estabelecimentos, 80% são muito pobres (renda mensal de 0 a 2 salários mínimos) e geraram apenas 5,22% de toda a renda bruta do Matopiba. 14% são pobres e geraram 8,35 % da riqueza na região. 5,79% são classe média e responsáveis por 26,74% da renda. Somente 0,42% das propriedades são ricas (renda mensal de 200 salários mínimos) e geraram 59% da renda bruta da região. O Produto Interno Bruto (PIB) do Matopiba soma R$ 46,9 bilhões, sendo que o Maranhão responde por 41% desse total, seguido por Tocantins (36,7%), Bahia (18,47%) e Piauí (3,74%). O PIB per capita da região é de R$ 7,95 mil, abaixo da média do Nordeste (R$ 9,56 mil), do Norte (R$ 12,7 mil) e do país (R$ 19,77 mil).

Natureza

Há três biomas no Matopiba, mas o cerrado prevalece em 90,9% de toda a área. Em seguida está Amazônia (7,2%) e Caatinga (1,64%). Quatro regiões hidrográficas importantes estão localizadas ali, a Tocantins-Araguaia, o Parnaíba, o Atlântico Nordeste Ocidental e o São Francisco. Na área de óleo e gás, o Maranhão se destaca como o 8º maior produtor do país, com o campo de Gavião Real.

Quadro agrário

Segundo estudos do Grupo de Inteligência Territorial Estratégica (GITE) da Embrapa, em toda a extensão do Matopiba há 19% áreas legalmente atribuídas, sendo 46 unidades de conservação, 35 terras indígenas, 745 assentamentos e 36 quilombolas. A região, conhecida como a nova fronteira agrícola brasileira, abrange os Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Na última quarta-feira, 06, a presidente Dilma Rousseff criou, por meio de decreto, o plano para alavancar o desenvolvimento dessa região. Dos 73 milhões de hectares, 38% estão no Tocantins. O Matobiba é responsável por 9,7% da produção de grãos prevista para o país na safra 2014/2015 e Estado é grande destaque na capacidade de expansão. A produção de grãos, na região, é a mais marcante nos quatro Estados, e deve crescer 4,37% na safra 2015/2016, em comparação com a safra 2013/2014, saltando de 7,322 milhões de hectares para 7,642 milhões de hectares, conforme as estimativas da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab). O salto é de 18,107 milhões para 19,539 milhões de toneladas.

Deputado estadual Eduardo Siqueira compara o pai a Juscelino Kubistchek

A Assembleia Legislativa do Tocantins realizou na quinta-feira, 14, sessão solene em homenagem aos 26 anos de Palmas. A iniciativa da solenidade foi da deputada Valderez Castelo Branco (PP), e a pedido da deputada Luana Ribeiro todos os ex-prefeitos da capital receberam uma placa da Assembleia Legislativa, em reconhecimento aos serviços prestados à cidade. O de­pu­tado Eduardo Siqueira Campos, primeiro prefeito eleito de Palmas, foi um dos homenageados. Em seu pronunciamento, em que fez questão de dedicar aos cidadãos palmenses, o deputado Eduardo relembrou a escolha do quadrilátero no centro do recém-implantado Estado do Tocantins e a ousadia do então governador Siqueira Campos na escolha do local. “Foi uma atitude visionária, pensando nas gerações futuras e criou aqui um centro de excelência para a qualidade de vida e o desenvolvimento”, afirmou ao se referir a uma série de protestos oriundos do interior do Estado, que reivindicavam que Araguaína ou outra cidade já existente como capital naquele momento. Eduardo também comparou a atitude de Siqueira Campos com a coragem do presidente Juscelino Kubistchek em transferir a Capital do Brasil do Rio de Janeiro para Brasília. Eduardo Siqueira revelou que foi um dos primeiros a conhecer os projetos da nova capital. O ex-prefeito relembrou sua gestão e fez reflexões sobre os desafios atuais da cidade, como a expansão urbana e a criação de condomínios em áreas rurais, mas com perfil urbano, e que logo recorrerão à Prefeitura em busca de serviços públicos. Ainda com perfil histórico, e concordando com o arquiteto Walfredo Antunes, que projetou Palmas, Eduardo afirmou que o local da Capital também contemplava a outra margem do Rio do Tocantins, onde hoje está localizado o distrito de Luzimangues, município de Porto Nacional. O depu­tado demonstrou sua preocupação com o crescimento de Luzimangues e da necessidade da população do distrito ter acesso à capital. “Já está se pensando em uma segunda ponte? Ou vamos aguardar um repórter ‘chamar um helicóptero águia’ e mostrar um engarrafamento de 10 quilôme­tros?”, indagou ao se referir a uma possível ocorrência que possa fechar a ponte e impedir o acesso a Palmas. “No início, Brasília também foi refém de seu entorno, pois não possuía as três pontes”, complementou. Eduardo destacou ainda o trabalho de Ailton Lélis na implantação do paisagismo da capital e encerrou desejando ainda mais progresso a Palmas e ao Tocantins. “Assim como também sonharam Lysias Rodrigues, Joaquim Teotônio Segurado e José Wilson Siqueira Campos”, finalizou. Palmas completa 26 anos de lançamento de sua pedra fundamental nesta quarta-feira, 20.

Fechado acordo entre grupos de Marcelo e Kátia Abreu

O ex-deputado Derval de Paiva é o novo o presidente da sigla no Tocantins e a deputada federal Josi Nunes fica com a primeira vice. A secretaria-geral foi para Paulo Lima, do grupo da senadora

Ex-prefeitos de Palmas recebem homenagem na Câmara

A Assembleia Legislativa realizou sessão solene em comemoração aos 26 anos da cidade de Palmas, come­mo­rados nesta quarta-feira, 20. A sessão solene, ocorrida na semana que passou, foi marcada pelas homenagens aos ex-prefeitos e aos ex-presidentes da câmara de vereadores de Palmas, bem como ao atual prefeito Carlos Amastha. Solicitada por meio de requerimento da deputada Valde­rez Castelo Branco (PP), a solenidade homenageou o primeiro cidadão registrado como palmense, o jovem Palmeryo Campos Guedes. Foram ainda agraciados os ex-prefeitos Fenelon Barbosa, Odir Rocha, Eduardo Siqueira Campos e o atual gestor municipal Carlos Amas­tha. Nilmar Ruiz e Raul Filho não compareceram à solenidade, mas mandaram representantes. Os ex-presidentes da Câmara Munici­pal de Palmas, Euclides Correia Costa e Gilberto Gomes da Silva, também receberam a honraria. Em seu discurso, a autora da proposta ressaltou o reconhecimento aos administradores e aos cidadãos que contribuíram para o desenvolvimento da capital. “Solicitei a solenidade não apenas para festejar a data, mas para lembrar sua história e conquistas. Temos que reconhecer os esforços de todos os gestores, sem deixar de mencionar a contribuição dos deputados, vereadores, presidentes de associações de moradores de bairros, comerciantes e empresários que investem aqui e também de todos os cidadãos que vivem em Palmas, torcem por seu progresso e amam esta cidade”, frisou Valderez Castelo Branco. O ex-prefeito Odir Rocha reconheceu o legado “grandioso e importante” deixado pelos gestores da Capital. “É difícilatender a todos os anseios de uma população. Mas todos os que passaram pela gestão desta cidade fizeram algo de fundamental importância para os que aqui moram”, reconheceu Odir. “A cidade não é de quem a planeja, mas de seus cidadãos. Ela é o resultado da incorporação e da dedicação de seus moradores”, defendeu o pioneiro e arquiteto da construção de Palmas, Walfredo An­tunes. Ele afirmou que Palmas deverá abranger os dois lados do lago da hidrelétrica de Lajeado devido à colaboração de quem mora do lado de Porto Nacional para o processo de cons­trução da capital. O arquiteto lembrou, dentre ou­tras coisas, a importância dos Jogos Mundiais Indígenas para a cidade, previstos para novembro deste ano. “Com o intuito de valorizar a nossa cidade e a própria cultura indígena, devemos mostrar ao mundo esse evento, cujo caráter é valioso para nossa cidade”, ressaltou Walfredo. “O plano arquitetônico é importante. Contudo, mais importante é a gestão do plano”, resumiu, ao encerrar seu pronunciamento. A cidade de Palmas faz aniversário no próximo dia 20, quando ocorrerá uma extensa programação promovida pela pre­feitura municipal. O vereador professor Júnior Geo, em seu primeiro mandato, sempre vem defendendo o desenvolvimento de ações contínuas e permanentes para a cidade. “Os gestores precisam começar a fazer planejamentos degestão, definir atividades por área a longo prazo que contemplem o desenvolvimento econômico e social da capital, e não apenas estratégias políticas com a formatação de ações imediatistas para se reelegerem ou fazerem seus sucessores”, opina. O parlamentar, que é professor da disciplina de geografia e permanece ministrando suas aulas na rede pública e privada, disse que a área da educação avançou bastante na gestão municipal anterior, mas, segundo ele, a atual gestão ainda não conseguiu estruturar a área da forma que o setor exige. “Não foram aplicados os investimentosnecessários na estrutura mobiliária de algumas escolas e nem no melhoramento do seu conteúdo pedagógico”, considera. “A população foi penalizada com uma sobrecarga de impostos, a exemplo do Imposto sobre a Pro­priedade Predial e Territorial Ur­bana (IPTU), Imposto Sobre Ser­viços (ISS) e Imposto sobre Trans­missão de Bens Inter Vivos (ITBI). E qual foi o retorno da população?”, questiona Geo. Para o vereador oposicionista, a sociedade está mais esclarecida e aos poucos percebe que a limpeza, a iluminação, a recuperação asfáltica, a manutenção dos postinhos de saúde e das escolas é dever do poder público. “Tudo custeado com o dinheiro dos impostos pagos pelo cidadão palmense. A questão é saber se está havendo transparência e licitude na aplicação desses recursos que devem ser fiscalizados por nós, vereadores, e pela população”, cobra do prefeito Amastha. “A gestão municipal não pode manipular um processo de licitação para limpeza urbana e escolher uma empresa que oferece um valor maior para prestar o serviço; contratar uma OSCIP por mais de R$ 51 milhões sem licitação; direcionar o processo licitatório do estacionamento rotativo, contratar o show do Patati Patata por mais de R$ 400 mil, enquanto o valor orçado era de R$ 50 mil, pagar mais de R$ 22 milhões anuais pela locação de veículos e muitos outros fatos que não posso ficar omisso e não compactuo. De­vemos nos conscientizar de que o dinheiro é público. Na iniciativa privada podemos comprar conforme nossa conveniência, mas na pública existe uma legislação a cumprir que não deve ser burlada”, defende, em tom de desabafo, Júnior Geo.

Audiência pública discute propostas para reforma política

[caption id="attachment_35770" align="alignright" width="620"]Deputados se reúnem para mandar propostas de reforma à Câmara Federal Deputados se reúnem para mandar propostas de reforma à Câmara Federal | Foto: Koró Rocha[/caption] Apesar da pouca participação popular, a audiência pública realizada na semana passada, na Assembleia Legislativa, para discutir a reforma política definiu alguns pontos como o fim da reeleição para cargos executivos, mandato de cinco anos e unificação das eleições. Essas foram algumas das propostas que devem compor o relatório da Comissão de Reforma Política na Câmara dos Deputados. As alterações no sistema político eleitoral foram debatidas na manhã desta segunda-feira, dia 11, noplenário da Assembleia Legislativa, em uma audiência sobre a reforma política, com a participação de deputados, prefeitos, vereadores e lideranças políticas, além de representantes da OAB e instituições que estão contribuindo com a construção de um novo modelo político que atenda aos anseios da sociedade. Entre os pontos polêmicos, ainda sem consenso, está a alteração na forma de financiamento de campanha, como financiamento público, a proposta de financiamento de pessoa jurídica com limite de R$ 10 mil e pessoa física com, no máximo, R$ 700. Ainda foi abordada a alteração do mandato de senador para cinco anos e o fim da suplência do cargo eletivo. Assim teriam chances de assumir a cadeira os candidatos mais votados como ocorre atualmente com o cargo de deputado. O deputado federal César Halum (PRB), embora não tenha participado da audiência, se posiciona contrário ao sistema “distritão” e à cláusula de desempenho propostos no relatório final da Comissão Especial de Reforma Política, apresentado pelo relator da reforma, deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI), durante o encontro. O relatório final sugere a troca do atual sistema proporcional pelo denominado “distritão”, no qual os mais votados são eleitos, segundo a ordem de votos obtidos. Na avaliação de Halum, esse sistema é um retrocesso político. “O distritão é o funeral da democracia representativa brasileira. Além de reduzir de maneira artificial a maioria dos partidos, provoca também, danosa redução de candidatos a cargos eletivos legislativos”, argumentou. Ainda segundo Halum, o distritão excluiria as minorias do processo eleitoral. “Com exceção de deputados que possuem expressivas doações financeiras de empresas privadas, das nomeações de apadrinhados ou abraçados pela mídia, o distritão vai dificultar a candidatura dos que tem poucos recursos financeiros. Ao contrário do que precisamos, esse sistema aumenta a influência do poder econômico”. Ao representar os prefeitos tocantinenses, o presidente da entidade que representa os 139 municípios do Estado (ATM), João Emídio (ainda sem partido) defendeu o fim da reeleição para agentes políticos do Executivo e Legislativo, por consideram que num estado democrático acredita-se que o comando da gestão pública é um espaço para todos. “Caso essa medida venha a se concretizar, consideramos que se faz necessário a amplitude do tempo de mandato para que as gestões possam planejar e executas políticas públicas, obras e programas num tempo hábil considerável,” considereou João Emídio ao sugerir o período de seis anos para a vigência dos mandatos do Executivo e Legislativo. Outro ponto defendido pelo presidente da ATM foi a realização de eleições gerais para todos os cargos políticos, tanto do Executivo quanto do Legislativo, das três esferas de poder. “Tal medida levaria verdadeira economia para os cofres públicos. Além disso, evitaria a paralisação das administrações municipais, pois o Executivo Federal sofre uma série de vedações impostas pela lei eleitoral, como a proibição de repasses e a firmação de novos convênios com as prefeituras”. Nesse sentido, entende ser fundamental a prorrogação para mais dois anos do mandato de vereadores e prefeitos que estão em vigência atualmente. “Assim teremos a conciliação das eleições em 2018”. O relator da Comissão Especial da Reforma Política, deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) questionou o sistema eleitoral brasileiro, que atualmente adota o modelo de representação proporcional, quando o candidato é eleito pelo quociente partidário. De­fendeu uma combinação entre o sistema eleitoral majoritário distrital e o proporcional de lista fechada. Nele, 50% dos candidatos seria eleita em cada um desses sistemas, um modelo adotado na Ale­manha. No entanto, o parlamentar adiantou que a ideia do voto distrital puro tem crescido muito no Congresso. É chamado também de “distritão”, pois nele os candidatos mais votados, independentemente do partido, serão os eleitos. Os argumentos dos apoiadores do sistema é que o atual prestigia o partido político em detrimento da vontade da maioria. “O importante é a necessidade de debater o assunto porque a reforma política é inadiável”, alerta Marcelo Castro. O deputado se posicionou a favor do fim do financiamento privado de campanhas e também da abolição das coligações nas eleições que, para ele, fragilizam os partidos e comprometem a governabilidade. Em relação ao problema da fidelidade partidária, Castro defende uma espécie de “janela”, momento em que o deputado pode mudar de partido após ter cumprido o mandato. Na avaliação da deputada federal Josi Nunes (PMDB), que viabilizou a audiência pública junto com o também peemedebista deputado estadual Nilton Franco, a participação popular foi fundamental para o bom êxito da audiência. “Tudo que foi discutido, todas as sugestões serão levadas para a comissão e serão analisadas”, afirmou. Ela destaca que a sociedade quer que a reforma política realmente aconteça, tornando o processo eleitoral mais claro e justo. Segundo o Conselheiro Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Gedeon Pitaluga, 85% da população é a favor da reforma política. A deputada federal Dulce Miranda aponta que a Reforma Política tem que ser debatida com a sociedade antes de ser votada na Câmara. Conforme a parlamentar, que participou da audiência pública, é essencial discutir ainda a participação de mais mulheres na política brasileira em todas as esferas. Vice-líder do PMDB na Câmara Federal, Dulce Miranda destaca que a Reforma Política tem que possibilitar maior e efetiva participação das mulheres. “Não podemos fazer uma reforma dessa importância sem falar com a população, sem saber o que a sociedade entende da reforma e o que quer. O Congresso vai decidir como será a reforma, mas o debate é muito positivo”, pondera a parlamentar peemedebista. O secretário estadual de Ar­ticulação Política, Paulo Sidnei, falou sobre três reformas necessárias para o Brasil. Segundo ele, é preciso ter as reformas tributária e previdenciária e a reforma política seria “a mãe de todas”. “É isso que a sociedade brasileira quer. Uma reforma política abrangente e democrática, justa para o Brasil. É preciso resgatar a confiança da nação na política”, disse o secretário ao ressaltar que “esta reforma tem que ser suficiente simples para atender as demandas da sociedade”.

Paralisação da duplicação da BR-153 já provoca prejuízos ao Tocantins

O deputado federal César Halum (PRB) esteve no último dia 12 com o ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, para reivindicar o término das obras de duplicação da BR-153 (1º trecho), que liga Anápolis (GO) a Paraíso do Tocantins (TO), bem como a manutenção dos 625 km de estrada. As obras, que estão sob concessão da Galvão Engenharia S. A., estariam paradas desde fevereiro, após a empresa ter pedido recuperação judicial. “O Tocantins começa a enfrentar a paralisia de obras concedidas a empreiteiras envolvidas nos escândalos de corrupção da Petrobrás. A duplicação e a manutenção de quatro estradas vitais para o transporte de grãos estão nas mãos de construtoras investigadas pela Polícia Federal. Precisamos achar um caminho para que os brasileiros não sejam prejudicados, pois estamos lidando com uma via de alto índice de acidentes e minha prioridade é a duplicação no trecho do Tocantins”, explicou Halum ao ministro. Ainda de acordo com o republicano, sem crédito para tocar o empreendimento, a Galvão Enge­nharia desmobilizou o canteiro de obras da BR-153, com investimento previsto de R$ 4,7 bilhões. “O maquinário e a frota de operações para serviços ao longo da rodovia, incluindo ambulâncias e guinchos, estão encostados no canteiro de obras; 305 de 360 funcionários diretos foram demitidos e cerca de 600 colaboradores terceirizados, dispensados”, argumentou o parlamentar.

Marcelo Miranda discute política com cúpula do PSB

O governador Marcelo Miranda (PMDB) fez um breve relato sobre o esforço do seu governo para superar a crise herdada pelos seus antecessores a uma comitiva de lide­ranças políticas do PSB, que esteve sem seu gabinete na quinta-feira à noite, 14. Foi um encontro para estreitar laços, já que o PSB aliou-se recentemente à base governista. A necessidade e impor­tância de uma pauta política integrada, também constituída pelo PMDB fo­ram destacadas durante o encontro. O ex-governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, recebeu informações do governador sobre o quadro atual do governo, contas públicas, potencialidades de investimentos, orçamento do Estado e parcerias políticas. A comitiva está em Palmas para cumprir agenda política do partido. Também compuseram a comitiva do PSB, o presidente nacional, Car­los Siqueira; o vice-presidente nacional da Juventude, Lázaro Cruz; o vice-presidente do partido no Tocantins, Neilton Araújo; o ex-deputado federal Dr. Ubiali; o conselheiro da Fundação João Manga­beira, Felipe Rocha; o pre­feito de Gurupi, Laurez Moreira; o deputado estadual Ricardo Ayres; os secretários municipais de Palmas Alan Barbiero (Administração e Re­cursos Humanos); Tiago An­drino (Integração Social e Defesa do Consumidor); e o secretário estadual da Articulação Política, Paulo Sidnei.

Prefeito Amastha deixa base da presidente Dilma

O prefeito de Palmas, Carlos Amastha, ainda sem uma justificativa plausível, deixou o PP para se filiar no PSB do prefeito de Gurupi, Laurez Moreira. A troca de legenda, segundo Moreira, é fruto de acordo com direção nacional do partido. Os socialistas realizaram na sexta-feira, 15, um Encontro dos prefeitos do partido, em que houve uma espécie de prepa­ração de candidatos para as eleições municipais do ano que vem. De acordo com Mo­reira, o PSB é um dos maiores partidos do Tocantins e, atualmente, conta com 14 prefeitos, 12 vice-prefeitos, 117 vereadores e mais de 10 mil filiados em todo o Estado.

Sem espaço no PP, Amastha migra para o PSB e secretário põe panos quentes

Sem espaço no PP para os seus projetos políticos, o prefeito de Palmas, Carlos Amastha, migrou para o PSB. No entanto, deixou muita gente na legenda que lhe deu guarida político-eleitoral para disputar a prefeitura da Capital em 2012. O colombiano foi eleito em cima de votos de protestos e agora tenta juntar-se a outros partidos pensando na reeleição e em voos mais altos em 2018. O presidente metropolitano do PP, Thiago Andrino, é cria do prefeito, de quem é secretário de Integração Social e Defesa do Consumidor, disse ao Portal CT que a volta do prefeito Carlos Amastha ao PSB foi motivada por “identificação”. E foi logo alertando que não existe “nenhuma crise” entre Amastha e o PP, que é comandado no Estado pelo deputado federal Lázaro Botelho, mas ambos não se bicam desde a campanha eleitoral do ano passado. Ainda de acordo com o Portal CT, de acordo com Tiago Andrino, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos já tinha feito o contato com Carlos Amastha, e, após o falecimento do político nordestino, a conversa foi retomada com a atual direção. O secretário municipal aponta que o prefeito sentiu identificação com as novas bandeiras do PSB, citando “reforma urbana, escola de tempo integral e a meritocracia”. “Foi uma opção por convicções. O prefeito encontrou no PSB o seu espaço”, disse. Andrino garante que Amastha foi bem tratado pelo presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, e pelo presidente regional, deputado federal Lázaro Botelho. Ambos teriam entendido a decisão do gestor. Andrino deve se reunir em breve com Lázaro Botelho para debater o melhor caminho para o grupo formado pelo prefeito no PP e adiantou que não pretende deixar a legenda. “O prefeito não tem vontade de enfraquecer o PP; ideia é fortalecê-lo”, especulou.

Apreciação da reforma administrativa na CCJ segue sem data definida

Previsão é de que projeto seja votado em definitivo na comissão na próxima semana

Morre aos 81 anos o ator Elias Gleizer após queda de escada rolante

Artista participou de grandes produções nas telinhas como as novelas Tieta e Caminho das Índias

Morre aos 62 anos o artista plástico Carlos Sena

Professor morreu em casa e a causa da morte ainda não foi divulgada