A Assembleia Legislativa realizou sessão solene em comemoração aos 26 anos da cidade de Palmas, come­mo­rados nesta quarta-feira, 20. A sessão solene, ocorrida na semana que passou, foi marcada pelas homenagens aos ex-prefeitos e aos ex-presidentes da câmara de vereadores de Palmas, bem como ao atual prefeito Carlos Amastha. Solicitada por meio de requerimento da deputada Valde­rez Castelo Branco (PP), a solenidade homenageou o primeiro cidadão registrado como palmense, o jovem Palmeryo Campos Guedes.

Foram ainda agraciados os ex-prefeitos Fenelon Barbosa, Odir Rocha, Eduardo Siqueira Campos e o atual gestor municipal Carlos Amas­tha. Nilmar Ruiz e Raul Filho não compareceram à solenidade, mas mandaram representantes. Os ex-presidentes da Câmara Munici­pal de Palmas, Euclides Correia Costa e Gilberto Gomes da Silva, também receberam a honraria.

Em seu discurso, a autora da proposta ressaltou o reconhecimento aos administradores e aos cidadãos que contribuíram para o desenvolvimento da capital. “Solicitei a solenidade não apenas para festejar a data, mas para lembrar sua história e conquistas. Temos que reconhecer os esforços de todos os gestores, sem deixar de mencionar a contribuição dos deputados, vereadores, presidentes de associações de moradores de bairros, comerciantes e empresários que investem aqui e também de todos os cidadãos que vivem em Palmas, torcem por seu progresso e amam esta cidade”, frisou Valderez Castelo Branco.

O ex-prefeito Odir Rocha reconheceu o legado “grandioso e importante” deixado pelos gestores da Capital. “É difícilatender a todos os anseios de uma população. Mas todos os que passaram pela gestão desta cidade fizeram algo de fundamental importância para os que aqui moram”, reconheceu Odir.

“A cidade não é de quem a planeja, mas de seus cidadãos. Ela é o resultado da incorporação e da dedicação de seus moradores”, defendeu o pioneiro e arquiteto da construção de Palmas, Walfredo An­tunes. Ele afirmou que Palmas deverá abranger os dois lados do lago da hidrelétrica de Lajeado devido à colaboração de quem mora do lado de Porto Nacional para o processo de cons­trução da capital. O arquiteto lembrou, dentre ou­tras coisas, a importância dos Jogos Mundiais Indígenas para a cidade, previstos para novembro deste ano. “Com o intuito de valorizar a nossa cidade e a própria cultura indígena, devemos mostrar ao mundo esse evento, cujo caráter é valioso para nossa cidade”, ressaltou Walfredo.

“O plano arquitetônico é importante. Contudo, mais importante é a gestão do plano”, resumiu, ao encerrar seu pronunciamento. A cidade de Palmas faz aniversário no próximo dia 20, quando ocorrerá uma extensa programação promovida pela pre­feitura municipal.

O vereador professor Júnior Geo, em seu primeiro mandato, sempre vem defendendo o desenvolvimento de ações contínuas e permanentes para a cidade. “Os gestores precisam começar a fazer planejamentos degestão, definir atividades por área a longo prazo que contemplem o desenvolvimento econômico e social da capital, e não apenas estratégias políticas com a formatação de ações imediatistas para se reelegerem ou fazerem seus sucessores”, opina.

O parlamentar, que é professor da disciplina de geografia e permanece ministrando suas aulas na rede pública e privada, disse que a área da educação avançou bastante na gestão municipal anterior, mas, segundo ele, a atual gestão ainda não conseguiu estruturar a área da forma que o setor exige. “Não foram aplicados os investimentosnecessários na estrutura mobiliária de algumas escolas e nem no melhoramento do seu conteúdo pedagógico”, considera.

“A população foi penalizada com uma sobrecarga de impostos, a exemplo do Imposto sobre a Pro­priedade Predial e Territorial Ur­bana (IPTU), Imposto Sobre Ser­viços (ISS) e Imposto sobre Trans­missão de Bens Inter Vivos (ITBI). E qual foi o retorno da população?”, questiona Geo.
Para o vereador oposicionista, a sociedade está mais esclarecida e aos poucos percebe que a limpeza, a iluminação, a recuperação asfáltica, a manutenção dos postinhos de saúde e das escolas é dever do poder público. “Tudo custeado com o dinheiro dos impostos pagos pelo cidadão palmense. A questão é saber se está havendo transparência e licitude na aplicação desses recursos que devem ser fiscalizados por nós, vereadores, e pela população”, cobra do prefeito Amastha.

“A gestão municipal não pode manipular um processo de licitação para limpeza urbana e escolher uma empresa que oferece um valor maior para prestar o serviço; contratar uma OSCIP por mais de R$ 51 milhões sem licitação; direcionar o processo licitatório do estacionamento rotativo, contratar o show do Patati Patata por mais de R$ 400 mil, enquanto o valor orçado era de R$ 50 mil, pagar mais de R$ 22 milhões anuais pela locação de veículos e muitos outros fatos que não posso ficar omisso e não compactuo. De­vemos nos conscientizar de que o dinheiro é público. Na iniciativa privada podemos comprar conforme nossa conveniência, mas na pública existe uma legislação a cumprir que não deve ser burlada”, defende, em tom de desabafo, Júnior Geo.