Por Marcelo Gouveia

Atriz roubou a cena nas redes sociais durante transmissão da cerimônia na TV Globo

Na lista elaborada pelo Centro de Liderança Pública (CLP), Itapuranga, no centro do Estado, é a primeira de Goiás a aparecer no ranking
A sucessão de Goiânia fica em compasso de espera para saber se o decano peemedebista será ou não candidato

Engrenagem complexa da Segurança Pública exige mobilização política da sociedade e de outras esferas da administração

Internet é a grande ferramenta para quem quer levar sua mensagem e se apresentar para sua excelência, o eleitor

Proposta apresentada pelo MEC já recebeu 10 milhões de sugestões de mudança por parte de professores. Por quê? Especialistas respondem

Com algo entre 60% e 80% ainda a ajustar naquilo que não é autoaplicável, lei tem apenas um ano de vigor até passar por revisão na Câmara de Goiânia

O marxismo pôs um ovo da serpente na linguagem comum e quase todos repetem que a causa dos crimes é a desigualdade social. A maldade assassina de Natália Gonçalves tem pouco ou nada a ver com pobreza
[caption id="attachment_59759" align="alignright" width="620"] Reprodução/Facebook[/caption]
O iluminismo é o pai (Laio?) e o positivismo (Jocasta?), diria o filósofo britânico John Gray, é a mãe do marxismo (Édipo?). Os pensadores do iluminismo sugeriram, implícita ou explicitamente — e seus seguidores políticos, como os da Revolução Francesa, radicalizaram suas ideias, promovendo mudanças rápidas e drásticas —, que os principais problemas da Humanidade podem ser resolvidos, por assim dizer, num “golpe de força”. A vontade de mudar — que os leninistas chamariam mais tarde de voluntarismo —, impulsionada pela ação organizada, resultaria em mudanças conjunturais e, sobretudo, estruturais. Os marxistas — ou marxicidas, diriam seus desafetos — apropriaram-se da ideia, aperfeiçoaram-na e decidiram que era possível mudar o mundo, até com certa facilidade e, sobretudo, rapidez. Os indivíduos estavam “cansados” de ideias que indicavam que as mudanças seriam lentas ou se dariam apenas no plano espiritual.
Utilizando-se do iluminismo como servo, o marxismo precisava, porém, de um escravo — o positivismo. A ideia de mudanças lineares, de modos de produção sequenciais — comunitário, escravista, feudal, capitalista, socialista e, finalmente, comunista (o nirvana dos materialistas) —, de um mundo progressista, sempre avançando, é um assalto promovido pelo marxismo ao banco de ideias do positivismo. Posteriormente, o leninismo “aperfeiçoou” a ideia de um partido único e o parto estava feito: nascia o monstro — o comunismo como sistema. O resultado: mais de 100 milhões de mortos, apenas em dois países, a União Soviética e a China, no século 20. Nunca um sistema político havia matado tanto e de maneira tão ordenada — inclusive com cotas diárias.
Mas o marxismo, um sistema bipolar (iluminista e positivista; John Gray aponta seu caráter religioso, ainda que laico), é responsável por outro mal — este mais difícil de ser extirpado: criou uma linguagem comum (George Orwell quase imaginou isto, ma non tropo). Todos (ou quase) falam como marxistas, mesmo quando não marxistas. Pode-se dizer que o marxismo é uma espécie de cristianismo da linguagem. A linguagem e o comportamento comuns estão impregnados pelo discurso marxista, fortalecido pela hegemonia dos comunistas na União Soviética (extinta em 1991) e na China.
Morte de Nathalia Zucatelli
Na segunda-feira, 22, Natália Gonçalves de Sousa, de 20 anos, matou Nathalia Araújo Zucatelli, de 18 anos. A primeira é assaltante; a segunda era estudante. Encontraram-se frente a frente. Nathalia Zucatelli não reagiu ao assalto — perpetrado por Natália Gonçalves e seu comparsa, Mateus Queiroz Aguiar. Ainda assim, como se fosse um personagem do escritor francês Albert Camus, o Meursault de “O Estrangeiro”, ou do escritor russo Fiódor Dostoiévski, o Raskólnikov de “Crime e Castigo, Natália Gonçalves matou Nathalia Zucatelli.
Num vídeo, aparentando calma e capacidade de racionalização, Natália Gonçalves admitiu que, mesmo sendo assaltada, Nathalia Zucatelli comportou-se com relativa tranquilidade. No dizer da assassina: “A reação dela foi normal. Virou as costas e saiu”.
Ao racionalizar, como se fosse uma Raskólnikov dos trópicos, Natália Gonçalves acrescenta: “Foi quando a moto acelerou e eu assustei”. Era noite, portanto, ao contrário de Meursault, a criminosa não pode mencionar o Sol como causa do susto. É provável que a racionalização, ainda sem orientação de advogados experimentados, é da própria assassina. Busca um atenuante: o tiro teria sido, por assim dizer, acidental. O assassinato deixaria de ser doloso para se tornar culposo. Tese que promotores de justiça e juízes raramente aceitam — dadas as evidências de que se pretendia matar e de que não houve reação alguma por parte da vítima.
Ao delegado Clayton Camilo, que investiga o caso, a hábil Natália Gonçalves — econômica nas palavras, às vezes — contou uma história mais plausível. Estava com a arma engatilhada e atirou em Nathalia Zucatelli, que, se não estava, simulava certa calma. Talvez a tranquilidade dos jovens e dos bons — que acreditam que, dada a ideia de imortalidade (típica dos jovens, necessária para que não percam a esperança), sempre “escaparão” aos momentos ruins. É raro o jovem que acredita na maldade absoluta — como a de Natália Gonçalves.
Por que, se Nathalia Zucatelli não reagiu e não deu importância alguma aos bens materiais, Natália Gonçalves a matou? Porque quis, admitiu a criminosa, que tem passagem pela polícia. No mesmo dia em que cometeu o crime mais grave que se pode cometer, contra vida, a jovem de cara fechada cometeu mais dois assaltos.
Entrevistas rápidas não servem de base para se formatar um perfil preciso de um indivíduo. Mas, observando bem o semblante e escrutinando as palavras de Natália Gonçalves, é possível constatar ao menos três coisas.
Primeiro, trata-se de um jovem obstinada, dessas que saem às ruas para matar ou, quem sabe, morrer. Sua postura física é de uma pessoa, mesmo presa, resoluta.
Segundo, embora fale em pagar por seus “pecados”, não se mostra arrependida. Pagar “pecados” não é o mesmo que, por assim dizer, “renegeração”.
Terceiro, racionaliza com frequência — inclusive parece entender a hegemonia de um discurso típico da esquerda mas comprado por quase todos: a origem social dos crimes. Numa tentativa sutil de “atenuar” a barbárie que cometeu, Natália Gonçalves quase teoriza: “Ele [Mateus] me chamou para fazer um assalto e eu estava precisando de dinheiro... Meus filhos estavam sem água e sem energia, e eu aceitei”.
A teoria do social como produtor de crimes é manqué. A maioria dos pobres é decente e trabalhadora. Se a teoria estivesse certa, a maioria dos pobres seria criminosa. O crime às vezes tem origem difusa. Em alguns casos, os criminosos sentem certo prazer com suas atividades, com a violência. Noutros, sobretudo no crime organizado, unem-se o prazer e a vontade de ganhar dinheiro.
No caso de Natália Gonçalves, é muito provável que tenha cometido crimes na segunda-feira — e, possivelmente, em vários outros dias —, não por que precisava necessariamente comprar água e pagar energia. É bem possível que queria dinheiro para outras coisas — como se divertir e comprar drogas (crack, maconha). Mas sugerir que o crime tem vínculo com o social — Natália Gonçalves sabe das coisas —, se não justifica o assassinato, ao menos o “atenua”. A má consciência da sociedade, formatada e sedimentada pelo discurso da esquerda — que a transforma em culpada, quando é vítima —, se torna uma produtora de dúvidas, de questionamentos infrutíferos. Os criminosos se tornam vítimas — párias sociais — e as pessoas de bem, sobretudo se tiverem alguma renda razoável, passam a ser consideradas “culpadas”.
Urge retomar parcialmente a discussão do início do texto. Na semana passada, ante a repercussão e a comoção — justíssimas — geradas pela morte de Nathalia Zucatelli, na porta do Colégio Protágoras, onde estudava, pôde-se ouvir, em vários lugares, determinados discursos que merecem exame da Filosofia, da Antropologia, da Sociologia, da Psiquiatria e da Psicanálise. Não é o que se pretende fazer aqui. O que se pretende é insistir que o marxismo “introduziu” o ovo da serpente em quase todos os indivíduos. Por isso é que se comentava, e não apenas en passant, que a grande repercussão tem origem no fato de que se trata de uma filha da classe média, assassinada na porta de um colégio particular. Este tipo de comentário é desumano, mas é típico da racionalização da esquerda, quer dizer, pessoas que não são de esquerda — que estão próximas da direita — adotam discurso de esquerda. “Se fosse um pobre, se fosse uma pessoa da periferia, a sociedade não estaria tão mobilizada”, disseram muitos, quase todos com formação universitária.
Procede que é preciso “prantear” todos os mortos. Mas Nathalia Zucatelli não era pobre, não era classe média, não era rica. Isto não importa. Era um indivíduo, um ser humano, uma cidadã de bem. Morreu porque certamente tinha doçura no coração, porque “virou as costas e saiu”, acreditando que o mal tinha “pernas curtas”, sem nenhuma reação.
Há, por fim, um aspecto pouco examinado. Casos como o do assassinato geram uma mobilização social, a sociedade sai de certo marasmo e se posiciona. O próprio governo de Goiás trocou o secretário de Segurança Pública. O vice-governador José Eliton assumiu o cargo com um discurso mais duro, mais posicionado. Ao contrário dos iluministas, temos poucas certezas. Mas uma delas é que, além de investir em educação — uma arma letal contra o crime — é mesmo preciso ser duro com os criminosos. Duríssimo. O tom do discurso de José Eliton é o correto. A polícia — assim como a sociedade — precisa sentir-se “protegida” pelo secretário. Discursos bambos ou flácidos são úteis aos criminosos e contribuem para paralisar a polícia. Tolerância zero com o crime — não com a lei — é o novo recado. Ele funciona. Até os criminosos entendem esta linguagem.

De acordo com Camilo Santana (PT), a qualidade é maior nas unidades administradas por OSs, mas o preconceito ainda é muito grande com relação ao sistema de gestão

"Revana Oliveira continua normalmente em suas funções", esclarece a emissora

Natália Gonçalves confessou crime que vitimou estudante na porta de um colégio no Setor Marista, em Goiânia

Ao todo são sete mandados de condução coercitiva e 44 mandados de busca, que estão sendo cumpridos simultaneamente em Goiás e em outros cinco Estados

Após abandonar as prévias partidárias às vésperas de sua realização, o presidente da Câmara de Goiânia, Anselmo Pereira, surpreendeu ao informar, em entrevista à rádio 730, nesta quinta-feira (26/2), que ainda não desistiu da candidatura à Prefeitura de Goiânia para este ano. "Não adianta ganhar e não levar. Eu preferi dar uma recuada e esperar o momento correto, porque prévias não é decisão de candidatura. Decisão de candidatura para lei eleitoral é a convenção, e eu estou de olho na convenção," disse à rádio. Ainda assim, Anselmo garantiu que trabalha para Giuseppe Vecci, pré-candidato oficial do PSDB para a disputa, e acrescentou que a desistência das prévias foi motivada realmente pela unidade da legenda. Por fim, o vereador garante que não cogita deixar o PSDB, aconteça o que acontecer.

Secretaria considerou habilitadas as OSs Associação Educacional Olimpo, IBCES, Faesp, Instituto Consolidar e Inove para a segunda etapa no processo
De olho nas Eleições 2016, profissional participa de curso em SP neste final de seman