Por Euler de França Belém

[caption id="attachment_24318" align="aligncenter" width="620"] Waldir Soares: se não bancá-lo para prefeito de Goiânia, o PSDB corre o risco de perder o deputado federal para outro partido | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
Só três coisas tiram o deputado federal Waldir Soares, o homem dos 270 mil votos, do sério. Primeiro, sugerir que dispute a Prefeitura de Aparecida de Goiânia. Segundo, propor que não dispute a Prefeitura de Goiânia. Terceiro, sublinhar que, se tem popularidade, não tem prestígio e, por isso, não tem a aprovação da classe média na capital.
Aos aliados, não importando o cargo, o deputado, que é delegado da Polícia Civil licenciado, diz, com todas as letras, que não vai disputar a Prefeitura de Aparecida de Goiânia. Nem que a vaca tussa em iídiche. Em seguida, monotemático, frisa que vai disputar a Prefeitura de Goiânia. Aos que lhe recomendam que observe a “fila” tucana, Waldir cutuca, sem pestanejar, que se trata do deputado mais bem votado das últimas eleições. Portanto, cobra mais respeito no tratamento pessoal e partidário.
Nos momentos de ira, quando avalia que o PSDB está menosprezando seu capital eleitoral, Waldir admite que pode deixar o partido, em busca de um pouso mais respeitoso. O delegado, de fato, não é um maior abandonado. Pelo contrário, vários partidos estão de olho gordo, até gordíssimo, no seu passe político-eleitoral.
O presidente do PHS nacional, o goiano Eduardo Machado, disse ao Jornal Opção que, se o PSDB não quiser bancar Waldir para prefeito, não há problema algum: o partido que dirige oferece legenda para o deputado ser candidato, em 2016.
“O PHS vai ampliar seu raio de atuação política e, por isso, convida o delegado Waldir para disputar mandato de prefeito de Goiânia na próxima eleição. Nós não subestimamos a capacidade política e o potencial eleitoral do deputado. Por isso, queremos lançá-lo para prefeito da capital. Nós acreditamos que ele tem chance de ser eleito”, afirma Eduardo Machado.

[caption id="attachment_2176" align="aligncenter" width="620"] Vanderlan Cardoso e Jorcelino Braga: os dois políticos já estão dialogando e podem articular uma aliança político-eleitoral para 2016 | Foto: reprodução[/caption]
O presidente do PSB de Goiás, empresário Vanderlan Cardoso, tomou uma decisão: só disputa a Prefeitura de Goiânia se conseguir articular um forte bloco de apoio. Noutras palavras, não quer mais ser candidato de si próprio, e sim de um grupo político. No momento, atraiu para sua aliança a senadora Lúcia Vânia, que deve se filiar brevemente ao PSB, e o deputado federal Marcos Abrão, do PPS. São políticos consistentes, mas a aliança ainda não é suficiente. Por isso, o empresário aproximou-se do governador Marconi Perillo, do PSDB. Mesmo tendo aparado as arestas com o tucano-chefe, sua situação é a seguinte: está quase na base do governador Marconi Perillo — seus dois principais aliados, Lúcia Vânia e Marcos Abrão, mantêm forte estrutura no governo do Estado —, mas a base governista não está com ele, e tampouco pretende apoiá-lo, exceto se, no segundo turno, disputar a eleição com o “arqui-inimigo” do PSDB, Iris Rezende. Aí a aliança sai a fórceps.
Por perceber que precisa ampliar sua aliança política, Vanderlan não vai dispensar apoio. Pelo contrário, vai buscar velhos e tentar conquistar novos apoios. Na sexta-feira, 29, o Jornal Opção conversou com o presidente do PRP, Jorcelino Braga, e perguntou-lhe sobre a possibilidade de uma aliança com Vanderlan Cardoso. “Vocês estão rompidos?” — quis saber o repórter. “Não estamos rompidos, não. A nossa relação era e é muito boa. E digo mais: não acredito que ele vai para a base do governador Marconi Perillo. Percebo que, até por conhecer a história política de Goiânia, está numa linha mais independente, alternativa aos grupos de Iris Rezende, do PMDB, e de Marconi, do PSDB.”
Braga assegura que Iris Rezende e Vanderlan estão praticamente empatados nas pesquisas de intenção de voto. “Iris está um pouco na frente, mas Vanderlan está bem posicionado. O recall dele é muito bom em Goiânia.”
Mas o PRP de Braga pode compor com o PSB de Vanderlan? “Se Jorge Kajuru não for candidato pelo PRP — se ele quiser, será o nosso candidato —, será mais fácil compor com Vanderlan. Tenho conversado com frequência com Vanderlan, não temos nenhuma aresta para aparar.”
Jorge Kajuru está doente, internado em Belo Horizonte — os grampos da cirurgia bariátrica soltaram —, mas, segundo Braga, tem ânimo para disputar a prefeitura. “O partido está à sua disposição. Ele me disse que pretende continuar disputando mandato eletivo e, em 2016, o único que lhe interessa é o de prefeito de Goiânia. O PRP já lhe deu a palavra de que, se postular mesmo, será bancado para a disputa na capital”, anota Braga.
Na opinião do ex-secretário da Fazenda, o peemedebista-chefe Iris Rezende vai disputar a eleição para prefeito de Goiânia. “Como está bem posicionado nas pesquisas, ele dificilmente não disputará. Talvez fosse o caso de o PMDB abrir espaço à renovação, porém, como o partido parece não ter um nome consolidado na capital, Iris deve ser candidato.”

[caption id="attachment_37061" align="aligncenter" width="620"] Governador de São Paulo, Alckmin pode ir para o novo PSB | Foto: Miguel Angel Alvarez[/caption]
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, planeja ser candidato a presidente da República, em 2018, pelo PSDB. Porém, como o seguro morreu de velho, está “criando” uma alternativa, formatando um novo grupo político. Nos bastidores, o tucano é um dos políticos que incentivam a fusão entre PSB e PPS, com o objetivo de que se crie um partido mais substancioso, com mais presença nacional. Em São Paulo, trabalhou, sem muita discrição, para atrair a senadora Marta Suplicy para o PSB — arrancando-a do PT. O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, havia ficado como suplente de deputado federal, o que reduzia seu peso político, então Alckmin convocou um deputado federal para sua equipe e devolveu o líder socialista para Brasília.
Por que Alckmin está contribuindo, direta ou indiretamente, para a construção de um novo partido? Porque teme que o PSDB banque o senador Aécio Neves — dada sua boa votação em 2014 — para presidente da República.
O grupo de Alckmin avalia que, em 2018, finalmente se acabará o reinado do PT, dada a corrupção sistêmica forjada por integrantes do partido, e aquele que articular uma frente ampla, com discurso crítico e construtivo, tende a ser eleito presidente. Como o eleitorado de São Paulo é o maior do país, os alckministas apostam que saem na frente e, sobretudo, tiram o pé de apoio de Aécio Neves. Em 2014, o senador perdeu em Minas Gerais, mas se aproximou perigosamente da presidente Dilma Rousseff graças ao eleitorado de São Paulo. Em 2018, se houver um candidato a presidente de São Paulo, a votação de Aécio Neves tende a ser menor no Estado, o que enfraquecerá sua campanha. Tucanos paulistas sugerem que o senador dispute o governo de Minas Gerais, fortalecendo o PSDB no Estado, e aí Alckmin poderia disputar a Presidência pelo partido.
A articulação de Alckmin é tão forte que está convidando para conversas políticos de vários Estados e partidos. O senador goiano Ronaldo Caiado (DEM) conversou demoradamente com Alckmin. O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) — que tem pretensões presidenciais —, também está na lista de interlocutores do governador paulista. Tucanos sublinham que, enquanto Aécio Neves pouco procura os tucanos do país, supostamente avaliando que ele deve ser procurado, Alckmin conversa com todo mundo, apresentando suas ideias e buscando ampliar as alianças.

Pesquisadores têm ficado impressionados com três fatos. Iris Rezende, apesar do recall positivo em Goiânia, não aparece muito bem nas pesquisas de intenção de voto. De fato, lidera, mas com uma frente pequena. Vanderlan Cardoso impressiona pelo recall positivo. O presidente do PSB quase sempre aparece em segundo lugar, praticamente colado em Iris Rezende. A surpresa é mesmo o delegado-deputado federal Waldir Soares, que aparece em terceiro lugar, colocado em Vanderlan Cardoso. Detalhe: o delegado é o responsável pelo esvaziamento de Iris Rezende na região Noroeste e em outras áreas pobres da cidade. O tema da segurança pública impacta profundamente a periferia. Waldir Soares pode até não ser eleito, mas pode contribuir para derrotar Iris Rezende e eleger Vanderlan Cardoso. Ou, de repente, pode até se eleger, surpreendendo o coro dos contentes.

[caption id="attachment_37058" align="aligncenter" width="620"] Deputado defende reeleição do prefeito | Foto: Marcos Kennedy[/caption]
O prefeito de Itumbiara, Chico Balla, deve ser candidato à reeleição. “O líder do PTB é o nosso candidato natural”, afirma o deputado estadual Zé Antônio.
“Chico Balla faz uma gestão bem avaliada, com obras e forte apoio político. Ele é bancado pelo ex-prefeito Zé Gomes da Rocha, por mim e por sete dos 13 vereadores do município. Ressalte-se que três dos vereadores mais bem votados hipotecam seu apoio ao prefeito”, sublinha Zé Antônio.
Mas Zé Gomes da Rocha pode disputar? “Zé Gomes, nome mais forte da política de Itumbiara, não tem nenhum processo transitado em julgado. Portanto, pode ser candidato a prefeito.” Ele é uma espécie de “reserva” de luxo.

[caption id="attachment_37056" align="aligncenter" width="620"] Francisco Gedda tem o apreço de Renata Abreu, mas problemas de saúde não permitem que prepare o partido para a disputa eleitoral de 2016 | Foto: Facebook[/caption]
A deputada federal Renata Abreu, vice-presidente do PTN nacional, respeita o presidente do PTN em Goiás, ex-deputado Francisco Gedda, mas disse a um deputado goiano que não pode mais mantê-lo no comando.
Gedda sofreu um acidente e, em fase de tratamento, praticamente não mantém contato com as bases nacionais e locais do PTN, segundo um deputado que conversou com Renata Abreu.
A vice-presidente do partido — o presidente é seu pai — quer indicar um deputado federal para dirigir o PTN em Goiás. O nome preferido é o do deputado federal João Campos, que, embora queira, hesita em deixar o PSDB.
Outro deputado federal que interessa a Renata Abreu é Jovair Arantes, às turras com seu partido, o PTB, que quer sair, contra sua vontade, da base da presidente Dilma Rousseff.

[caption id="attachment_37054" align="aligncenter" width="620"] Deputados Delegado Waldir, João Campos e Alexandre Baldy podem estar de saída do PSDB | Fotos: reprodução / Facebook[/caption]
O PSDB de Goiás está se tornando “pequeno” para tantas estrelas. Por isso, de olho nas eleições tanto de 2016 quanto de 2018, três deputados federais — Alexandre Baldy (iria para o PTB), João Campos (cotado para comandar o PTN) e Waldir Soares (o PHS está de olho gordo em seu passe) — podem deixar o partido.
João Campos confidenciou para um deputado e para um líder partidário que, no PSDB, não há mais espaço para crescer. Planejou disputar a Prefeitura de Goiânia, mas recebeu uma informação, meio enviesada, de que “precisa” respeitar a “fila”. Por sinal, o tucano não sabe como se organizou uma fila na qual aqueles que detêm mandato — como Waldir, Fábio Sousa e ele próprio — não podem entrar. O próximo projeto de Campos é disputar mandato de senador. Porém, pelo PSDB, sabe que não tem chance, porque o meio de campo está congestionado. Uma “vaga” seria do governador Marconi Perillo. A outra de Vilmar Rocha (PSD), com Lúcia Vânia correndo por fora, como postulante do PSB. A saída? Só uma: deixar o PSDB.
Baldy tem três sonhos: comandar o PSDB de Goiás e disputar a Prefeitura de Anápolis e o governo de Goiás. O primeiro foi para as calendas. Waldir quer disputar a Prefeitura de Goiânia, mas sabe que, pelo PSDB, não dá.
Waldir admite que, mesmo sendo o campeão de votos para deputado federal, “está na rabeira da fila”. Por isso, se quiser disputar mandato de prefeito, terá de trocar o PSDB por outra legenda — como o PHS, o Pros ou o PTN. No PSDB da capital, será um eterno coadjuvante.
Tanto que, sem nenhuma sutileza, estão tentando empurrá-lo para a disputa de Aparecida de Goiânia, o que ele não quer de maneira alguma. Uma curiosidade: as pesquisas que incluem Iris, Vanderlan e Waldir mostram que este retira mais votos do primeiro do que do segundo. Na prática, Waldir está “segurando” o crescimento do peemedebista — competindo, de igual para igual, sobretudo nos bairros mais pobres e periféricos da capital. O eleitorado de Vanderlan é menos infenso ao “ataque” de Waldir.
Já para Baldy o PSDB reservou uma espécie de papel: o quer disputando a Prefeitura de Anápolis, em 2016, e só. Depois, na opinião de tucanos de bico longo, se fizer uma gestão eficiente — isto se for eleito, é claro —, pode disputar o mandato de governador depois das eleições de 2018. Antes, não; terá de respeitar a “fila” — que, no momento, tem o vice-governador José Eliton (PP) no pelotão de frente, seguido de perto pelo secretário Thiago Peixoto (PSD) e pelo deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB). Maldosamente, um tucano diz que o verdadeiro partido de Baldy é o PSDB, mas desde que sejam arrancadas duas letras, D e B, ficando tão-somente PS — Partido do Sogro.

[caption id="attachment_36737" align="alignright" width="300"] Raquel Teixeira: secretária não resiste à implantação de OSs na educação de Goiás | Foto: Mônica Salvador[/caption]
O governo de Goiás busca inspiração em escolas americanas para implantar o sistema de organizações sociais na rede pública do Estado. Um professor da UFG disse ao Jornal Opção: “O modelo americano é eficiente, não há dúvida. Mas há um modelo de menor custo e com ótimos resultados: o das escolas militares. Elas funcionam bem e garantem alta aprovação em vestibulares”.
O doutor da Universidade de Goiás, que prefere não se identificar para não ser patrulhado pelos colegas, sublinha que, na prática, as escolas militares — “que deveriam ser estudadas sem preconceito pelas faculdades de Educação do país” — são geridas praticamente no sistema das organizações sociais, “e com alta eficiência”.
O professor sugere que a qualidade das escolas militares tem a ver com a disciplina “implantada” pelos militares. “No caso, disciplina significa rigor com professores e alunos. Nas escolas públicas sem a presença da Polícia Militar há registro de absenteísmo de professores. Já nas escolas militares, que são menos militares do que parecem, exceto na questão da disciplina, os professores raramente faltam. Os alunos têm aulas todos os dias, os professores são respeitados e há incentivo crescente aos melhores alunos.”
Para os alunos, sublinha o professor, as OSs na educação serão positivas. “Eles terão aulas todos os dias e com a qualidade monitorada.”
O sistema da OSs deverá ser implantado em 2016, ainda que de maneira gradual, com espécies de pilotos. O doutor aposta que, no meio do processo, todas as escolas vão clamar pelo sistema das OSs, como hoje os municípios de Goiás “brigam” pelas escolas militares. “Há quem diga que a professora Raquel Teixeira é contrária à instalação de OSs na educação. Não acredito que seja assim. O que ela quer é que o sistema seja implantado de maneira competente e que os professores sejam persuadidos de que as OSs significam mais qualidade no sistema educacional, e não falta de autonomia em sala de aula. Se há resistência não é por parte de Raquel Teixeira, e sim dos setores corporativos, que são sempre refratários àquilo que é novo, às vezes apresentado como medida ‘autoritária’ — numa certa confusão entre ‘autoridade’ e ‘autoritarismo’, e nem se trata de má-fé.”

Cleyton Ferreira Lima, do PEN, planeja ser candidato a prefeito de Rio Verde, em 2016. “Não trabalhamos com o conceito de terceira via, e sim de nova via — uma espécie de Partido Alternativo para Rio Verde.” O candidato será ele ou Renato Branquinho, do PROS.
Cleyton Dentista sublinha que o objetivo da aliança entre PEN, PROS, PTC e PSC é constituir uma frente política para romper a polarização entre os candidatos do PSD, Heuler Cruvinel, e do PMDB, Paulo do Vale. “Nosso principal projeto é resolver o problema da saúde pública. Planejamos colocar trailers odontológicos e médicos para atender os moradores da cidade, dos distritos e da zona rural.”
Caso seja eleito, Cleyton Dentista garante que vai resolver o problema do trânsito da cidade. “Vamos modernizá-lo para melhorar a qualidade de vida tanto dos motoristas quanto dos pedestres. Nós também pretendemos criar a Guarda Civil Metropolitana.”
Filiado ao PEN, mas a caminho de outro partido — que tanto pode ser o PRP quanto o DEM —, Cleyton Dentista, de 34 anos, conta que o mentor da articulação do “Panrv” é o presidente do PSC, Élcio Cabral. “Acredito que Rio Verde terá quatro candidatos a prefeito: eu, Heuler Cruvinel, Paulo do Vale e Karlos Cabral (PT). Minha aposta é que o próximo prefeito será o ‘novo Juraci Martins’. Quer dizer, em 2008, quando foi eleito pela primeira vez, Juraci era visto como a ‘novidade’ pelo eleitorado, sem compromissos com os grupos políticos tradicionais da cidade.”
A campanha de Cleyton Dentista, se sua candidatura for mesmo definida, não terá como base o denuncismo e ataques aos adversários. “Planejo fazer uma campanha propositiva, tendo por base ideias para melhorar a vida de todos os moradores de Rio Verde. Sou adepto de uma política construtiva. Quero agregar para resolver os problemas da cidade, atraindo empresas modernas e melhorando a renda tanto das pessoas quanto da prefeitura.”

O procurador da República Helio Telho e o promotor de justiça de Goiás Fernando Krebs retuitam, com frequência, postagens do Goiás Real. O blog, patrocinado pelo PMDB de Guapó — terra do prefeito Luiz Juvêncio, o Lulu Conflito — e pelo deputado José Nelto, publicou editorial assumindo-se como “oposição” ao governo de Marconi Perillo (PSDB).

[caption id="attachment_37047" align="aligncenter" width="620"] Governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB) já é chamado de "Enrollemberg" | Foto: Pedro Ventura / ABr[/caption]
Trata-se de um fato: o ex-governador do Distrito Federal Agnelo (o Agnulo) Queiroz, do PT, deixou uma herança maldita. Mesmo assim, a sociedade civil de Brasília cobra que o governador Rodrigo Rollemberg seja mais proativo. O integrante do PSB passa o tempo inteiro falando de crise e não tem uma única notícia positiva para o brasiliense. A última notícia é ainda menos alvissareira: em setembro, se a arrecadação não crescer além do esperado, é possível que o governo não consiga pagar em dia os salários do funcionalismo público.
Naquele mês, a gestão de Rollemberg terá de pagar uma parcela maior do reajuste dos salários dos servidores. Até os otimistas acreditam que será o caos. Há quem defenda que, no lugar de pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff, é mais adequado pedir o de Rollemberg, que, como gestor, está “perdido”.
O governo do DF deve 56 milhões para os meios de comunicação de Brasília, como TV Globo, “Correio Braziliense” e “Jornal de Brasília”.

[caption id="attachment_37045" align="aligncenter" width="620"] Vinicius Luz diz que o prefeito de Jataí não trabalha para aumentar a renda do município | Foto: reprodução / Facebook[/caption]
O vereador Vinicius Luz (PSDB) diz que o prefeito de Jataí, Humberto Machado — conhecido como “caudilho do Sudoeste” —, precisa ser desmitificado. “O peemedebista é um gestor menos eficiente e criativo do que as pessoas que moram fora do município acreditam. Ele é o homem do ‘batom’, da ‘maquiagem’. Sua preocupação com as questões humanas é mínima, tanto que os problemas na área de saúde são graves.” Autoritário, o caudilho “quer calar seus críticos”.
“Eu e o vereadores Thiago Maggioni, do PSDB, e João Rosa, do PR, cobramos soluções para os problemas do município. Nós fomos eleitos para fiscalizar os atos do prefeito, não para endossar aquilo que avaliamos que está errado ou é insuficiente. Numa ação totalitária, Humberto quer eliminar a oposição, mas não vai conseguir”, sublinha Vinicius Luz.
O tucano avalia que, se uma administração mais criativa não for implantada em Jataí, a curto prazo, a prefeitura vai entrar em colapso. “Nós precisamos atrair mais indústrias e aumentar a renda do município.”
Ao mesmo tempo em que critica a gestão de Machado, Vinicius Luz frisa que o PSDB de Jataí “está sem comando”. “Não temos nem comissão provisória.”

[caption id="attachment_37043" align="alignleft" width="620"] Deputado Célio Silveira e a aliada, Lêda Borges | Foto: reprodução / Facebook[/caption]
O deputado federal Célio Silveira (PSDB) diz que o governador Marconi Perillo planeja emplacar a secretária de Cidadania, Lêda Borges (PSDB), como candidata a prefeita de Valparaíso.
“A prefeita de Valparaíso, Lucimar Nascimento, do PT, vai muito mal. A população clama pela volta de Lêda Borges”, frisa Célio Silveira. “Há outros nomes bons, eleitoralmente viáveis, mas Lêda Borges é o nosso pule de dez. Marconi deve convencê-la a disputar.”


Na semana passada, um petista e um tucano conversavam animadamente na Assembleia Legislativa. O tucano quis saber qual o nome petista com maior trânsito no governo federal. O petista, brincando a sério, disse: “O governador Marconi Perillo (PSDB) e o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB). Os dois entram e saem dos gabinetes de ministros com a maior intimidade”. O tucano fechou a conversa: “Pois é, quem diria”.