Por Euler de França Belém

O PSDB está mais afunilado do que nunca: seu candidato a prefeito de Goiânia será o deputado federal Giuseppe Vecci, agora na pole position, ou o presidente da Agetop, Jayme Rincón. Este, se quiser, será o candidato, pois tem o apoio do governador Marconi Perillo e do próprio Vecci.

[caption id="attachment_37045" align="aligncenter" width="620"] Vinicius Luz | Foto: reprodução / Facebook[/caption]
Inquirido por aliado se teme enfrentar Victor Priori ou Vinicius Luz, do PSDB de Jataí, na disputa pela Prefeitura de Jataí, o ex-deputado federal Leandro Vilela teria dito que não teme nenhum e que postulantes políticos não escolhem seus adversários.
Mas teria admitido que, embora Victor Priori tenha muito dinheiro — é o empresário mais rico do município —, enfrentar Vinicius Luz pode ser mais complicado. Porque o vereador tucano representa o novo, o inusitado. Além disso, embora não tenha grana, adota um comportamento mais agressivo e crítico.
O deputado federal Daniel Vilela esteve na redação do Jornal Opção e disse que Leandro Vilela deve ser eleito, e até com facilidade. “Leandro é um candidato do primeiro time e conta com o apoio de um excelente prefeito, Humberto Machado”, sublinhou o peemedebista.

Em Anápolis, cresce no PSDB o nome de Fernando Cunha Neto para prefeito, principalmente pela falta de ação de Alexandre Baldy. “Parece que o deputado federal vive no polo norte. Ele é glacial demais, distante”, afirma um tucano. Fernando Cunha, pelo contrário, é articulado e presente. Em Anápolis todos o conhecem — até as crianças. “Já Alexandre Baldy não é conhecido direito nem pelos funcionários da Neoquímica-Hypermarcas”, admite um tucano.

“Se for deixado a pé num bairro distante e receber a recomendação de ‘agora, volte para a prefeitura’, Alexandre Baldy não conseguirá fazê-lo. Para andar em Anápolis, Baldy precisa de GPS ou do Waze”, afirma um petista.

O governador de Goiás, Marconi Perillo, vai mesmo fazer uma reforma no secretariado no fim do ano. O tucano-chefe quer mais dinamismo e menos enrolação na operação da gestão. Ele foca em resultados — não em discursos pomposos e bacharelescos. As secretarias da Saúde e da Educação podem ter seus titulares trocados ou remanejados. O secretário da Saúde, Leonardo Vilela, é cotado para o Tribunal de Contas dos Municípios. Raquel Teixeira, conhecida como a Iris Araújo do tucanato, pode ficar com o controle apenas da Cultura e do Esporte. Acredita-se que um especialista em gestão terá condições de implantar as organizações sociais na Educação com mais facilidade e proveito. Teixeira fala muito — parece vivamente convencida de que palavras são atos e vive se dizendo, à Jânio Quadros, perseguida por forças ocultas —, mas apresenta poucos resultados.

A secretária da Educação, Cultura e Esporte, Raquel Teixeira, está passando a bomba dos imbróglios do Fundo de Cultura para o colo do superintendente de Cultura, Nasr Chaul, e do Conselho de Cultura. Mas as redes sociais são implacáveis e devolvem a bomba para o colo da “secreta” — que está mais “prestigiada” do que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

A aliados, Raquel Teixeira tem garantido que nem que a vaca tussa em aramaico vai deixar a Secretaria da Educação, Cultura e Esporte. A paranoia na equipe da “secreta” é tão forte que, se algum tossir numa reunião, uma assessora de imprensa logo pergunta: “Está passando e-mail para algum jornal?”

Ao estilo de Jânio Quadros, a secretária estaria preocupada com as forças ocultas

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, do PSB, está sendo nominado por ricos, classes médias e pobres de Ruimdrigo Ruimllemberg. O líder do PSB tem de parar de culpar o ex-governador Agnelo Queiroz, o Agnulo, pois já está há 11 meses no poder.

Apesar da batida de martelo em favor do deputado Pedro Chaves, indicado por Michel Temer, o poderoso chefão, para presidir a comissão provisória do PMDB, o clima no partido continua tenso. O problema é que Iris Rezende conspira quase 24 horas por dia contra qualquer um que não lhe obedeça.

De um irista: “Pedro Chaves é um deputado que representa o Nordeste goiano e sabe muito pouco sobre o PMDB em outras regiões”. É provável que o peemedebista da linha “i” esteja enganado: Pedro usa “chaves” para abrir as portas eleitorais em vários municípios. É um dos poucos políticos do PMDB que é de fato municipalista. “É a Lúcia Vânia de calça”, afirma um vilelista.

O governador de Goiás, Marconi Perillo, está entusiasmado com a nova linha de planejamento estratégico do Estado implantada por Thiago Peixoto, que adotou novo rumo, diferente das escolas do próprio pai, Flávio Peixoto, e de Giuseppe Vecci — dois economistas desenvolvimentistas (mas não estatistas). Além de Thiago Peixoto, o outro secretário que empolga Marconi Perillo é José Eliton.

No PMDB, é forte o comentário de que Iris Rezende não vai mais disputar a eleição para prefeito de Goiânia. Quem exige que dispute é sua mulher, Iris Araújo, que quer ser candidata ao Senado em 2018.

Fala-se que Iris Rezende pode bancar Agenor Mariano (PMDB) para prefeito de Goiânia na eleição de 2016. Agenor Mariano prefere ser vice de Iris Rezende. Mas, se o ex-prefeito bancá-lo, não sai da raia e disputa mandato.
Iris Rezende ficou irritado com os vereadores Denício Trindade e Mizair Jr., que votaram a favor do aumento do IPTU, mesmo com sua orientação contrária. Ele teria até gritado, segundo um vereador: “Ninguém respeita o velhinho!” Por sinal, apesar de seus quase 82 anos, o peemedebista-chefe está mais saudável do que muitos políticos bem mais jovens.