Por Euler de França Belém

"Espero que acredite que o meu arrependimento é sincero", afirma o jornalista e antiquário Decência não é, ao contrário do que muitos pensam, apenas retidão em questões financeiras envolvendo o patrimônio público e privado. Decência também é civilidade, educação, respeito (não é sinônimo de endosso) às opiniões dos adversários políticos, ideológicos e artísticos. Quando alguém chama Chico Buarque de “ladrão”, sem apresentar provas para substanciar a “denúncia”, significa que, além de não se preocupar com o sentido real das palavras, não tem apreço por responsabilidade e honra alheia. Pode-se não gostar da música e da literatura do criador de “Construção” e “O Irmão Alemão” — e até do indivíduo, que pode ser “chato”, “insosso” e “tímido” —, mas não há nenhuma evidência de que tenha roubado algum objeto ou dinheiro dos setores público e privado. Até onde se sabe, trata-se de um homem honesto. Mesmo sabendo que Chico Buarque não é larápio — aos 71 anos, trabalha mais do que muitos garotos de 22 anos — e tem uma história positiva, o jornalista e antiquário João Pedrosa escreveu numa rede social: “Família de canalhas!!! Que orgulho de ser ladrão”. Arrependido, depois da agressão — mais brutal, quem sabe, do que um soco —, recuou e, por meio de uma carta pública (leia abaixo), pediu desculpas. “Eu realmente me arrependi. Foi um momento de ódio”, afirma. Chico Buarque sublinhou que vai processá-lo. O processo é lícito, mas a carta sugere um arrependimento verdadeiro, quer dizer, uma retratação pública. João Pedrosa (foto abaixo) pontua que a agressão tem a ver com o fato de que rejeita que “alguém ainda apoie o PT”. Como o jornalista, não tenho qualquer entusiasmo pelo PT, que, antes da roubalheira — transformada em instituição —, já era um partido retardatário, que nunca compreendeu bem a dinâmica do capitalismo e sempre professou um socialismo confuso e abstrato. No fundo, é um partido social democrático um pouco mais radicalizado do que o PSDB — ao menos em termos de retórica. Porém, se alguém quer apoiar o PT, apesar de seu “furtarismo” — a nova modalidade de socialismo —, que apoie. Que mal há nisto? Por que desejar que todos sejam iguais a nós? "Carta a Chico Buarque e família, Estou escrevendo essa carta para me desculpar, se isso for possível. Eu errei e me excedi ao insultar a sua família. Infelizmente a política brasileira nos colocou em campos opostos, assim como acontece com toda a nação. Quero crer que nós queremos a mesma coisa para os brasileiros por vias opostas, uma vida digna e próspera. A sua via é o socialismo, e a minha, o capitalismo. Desde a eleição da presidente, o Brasil entrou numa espiral negativa de ódio de classes, racial e política, que mergulhou o Brasil num caminho de decadência econômica, moral e social inegáveis, que eu acredito tragicamente irreversíveis, foi isso que motivou o meu ódio, e o meu comentário errado e infeliz. O meu insulto foi motivado por sua associação ao PT e ao MST, são eles que eu considero ameaça à nossa dignidade e nossa democracia. Fui motivado pelas mulheres que estão dando à luz nas calçadas, aos velhos sem atendimento nos chãos dos hospitais, e principalmente, aos milhões de pais de famílias impedidos de darem pão e dignidade às suas famílias e vidas, enquanto os políticos patrocinam copas e olimpíadas, e o enriquecimento, e poder pessoal deles. Espero que acredite que o meu arrependimento é sincero, e eu afirmo que é, mas também são extremos a minha revolta e indignação com o nosso momento atual, foi isso que motivou o meu erro. Sem mais, sinceramente, João Pedrosa"

A produção será suspensa em fevereiro e apenas 15% da força de trabalho será mantida pelo grupo. A paralisação é por tempo indeterminado

Principal problema é que Paulo Maluf quer disputar prévias. O jornalista da Band garante que prefere disputar com Marcola, líder do PCC

Crianças tomarão conhecimento de bigamia, poligamia, bissexualismo e transsexualismo. Aprenderão a observar seus corpos e os corpos dos outros em sala de aula

O vice-prefeito de Goiânia foi selecionado pela Embaixada americana como um dos líderes políticos promissores do Brasil

Vanderlan Cardoso subestima Joaquim Liminha, que é hábil articulador político

Embora não esteja bem em Goiânia, Vanderlan Cardoso só fala na eleição de senador Canedo

Reserva moral de Senador Canedo, o médico é leal e não trai

Sandro Mabel admitiu ao Jornal Opção que pode disputar a Prefeitura de Aparecida de Goiânia em 2 de outubro deste ano pelo PMDB. Mas o presidente da Câmara Municipal, Gustavo Mendanha, pôs o bloco na rua e garante que será o candidato do partido. As prévias não estão na ordem do dia. Mas, se necessário, serão convocada para decidir se o nome será Sandro Mabel ou Gustavo Mendanha. Há quem diga que a razão exige Mabel e o coração pede Mendanha. Euler Morais, que seria carta fora do baralho para alguns, ainda não saiu inteiramente do páreo. (Na foto: Sandro Mabel, Gustavo Mendanha e Euler Morais)

Pesquisas qualitativas indicam que os eleitores não avalizam o deputado federal Alexandre Baldy (foto acima) para prefeito porque não mora em Anápolis. Ele reside em Goiânia, no condomínio Aldeia do Vale. [caption id="attachment_38245" align="alignnone" width="300"] Fernando Cunha Neto, vereador; foto: Fernando Leite/ Jornal Opção[/caption] Líderes dos segmentos organizados sugerem que Alexandre Baldy nutre certo desprezo pelos políticos e empresários de Anápolis. O deputado comporta-se como se fosse superior aos políticos e empresários da cidade. Pode até ser mera impressão. Mas é a impressão dos anapolinos. As chances de o vereador Fernando Cunha Neto disputar a Prefeitura de Anápolis pelo PSDB são cada vez maiores.

A tucana Rita de Cássia está mesmo disposta a enfrentar o prefeito de Itaberaí, Roberto Silva, do PP, na eleição de 2 de outubro deste ano. Não deixa de ser curioso que a base do governador de Goiás, Marconi Perillo, terá os candidatos a prefeito mais fortes do município. Mas Rita de Cássia só será uma candidata consistente se obtiver o apoio do empresário José Garrote e do deputado estadual Jean Carlo (PHS). Sem o apoio dos dois, será piaba na boca de Roberto “Tubarão” Silva.

Vilmar Rocha garante que o PSD terá candidato a prefeito em Goiânia

Se não emplacar pelo PP ou pelo PRB a prefeito de Goiânia, o deputado Sandes Júnior é cotado para ser vice de Giuseppe Vecci, possível candidato do PSDB a prefeito. Sandes Júnior e Giuseppe Vecci são carne, unha e cutícula em Brasília. São amigos e, até, confidentes.

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) em Goiás inventou uma novidade política histórica: não tem nenhum socialista no seu comando. A senadora Lúcia Vânia e o empresário Vanderlan Cardoso são pró-capitalistas e antissocialistas. O ex-prefeito de Senador Canedo é visceralmente contra o socialismo.

Um deputado do PT de Goiás diz que ouviu em Brasília, na Eletrobrás, que mais de 100 funcionários da Celg ganham 40 mil reais por mês. Há secretárias faturando de 18 mil a 20 mil reais. “Ao menos 80% dos servidores com altos salários são dispensáveis”, assegura o petista.