Por Euler de França Belém

[caption id="attachment_58178" align="alignright" width="620"] Montagem[/caption]
Instados a examinar o quadro político de Goiânia, pesquisadores e cientistas políticos concluíram a mesma coisa: se der Iris Rezende (PMDB) e Waldir Delegado Soares no 2º turno, a tendência é que o primeiro seja vitorioso. Por quê? No momento, estão praticamente empatados tecnicamente. Mas Iris tem o diferencial da experiência e é mais palatável à classe média. Os especialistas sugerem que Vanderlan Cardoso (PSB) e Giuseppe Vecci (PSDB) terão dificuldade de ir para o segundo turno. Porém, se forem, terão mais condições de derrotar Iris Rezende. O motivo? São bem diferentes do peemedebista e, como gestores qualificados, têm forte apelo na classe média.
Os especialistas sublinham que o eleitorado de classe média é decisivo nas eleições de Goiânia. Ela prefere votar em políticos que são mais gestores e que apresentem ideias consistentes e críveis sobre como gerir a prefeitura e a cidade.

[caption id="attachment_59739" align="alignright" width="620"] Reprodução[/caption]
O PSDB decidiu desafiar o poder do dinheiro de Victor Priori e bancou o vereador Vinicius Luz para candidato a prefeito de Jataí. A tendência é que o tucano dispute contra Leandro Vilela (PMDB), apontado como o nome mais competitivo, e Gênio Eurípedes (ou Vinicius Maia, do PTC).
Em Rio Verde comenta-se que o deputado federal Heuler Cruvinel, do PSD, é o autêntico cavalo paraguaio. É o que dizem experts na política do mais importante município do Sudoeste goiano.
Quer dizer: Heuler Cruvinel vai largar na frente, mas, no meio do caminho, tende a desidratar e ser passado para trás. O Ministério Público por certo vai ficar atento a um possível derrame de dinheiro no município.
Especialistas na política de Rio Verde avaliam que, ao final da disputa, ninguém deverá ficar surpreso se o eleito for Lissauer Vieira ou Paulo do Vale (se puder disputar), do PMDB.
O empresário Joaquim Guilherme, do PR, não quer aceitar a candidatura de sua mulher, Eneida Figueiredo, do PSDB, para prefeita de Morrinhos. A cúpula tucana luta pela candidatura de Eneida Figueiredo. Mas o veto de Joaquim Guilherme é tido como incontornável. Mesmo pressionado pela cúpula do PR (leia-se deputada federal Magda Mofatto), Joaquim Guilherme também não aceita disputar. Ele deve apoiar a candidatura de Élvio Rezende, do Pros. Este é respeitado na cidade, mas não tem a experiência do político que está no poder. Sem contar que um prefeito anterior desacreditou a figura do “novo” na cidade. Teme-se que aconteça o mesmo em 2 de outubro. Daí a tendência a se optar pelo tradicional. O resultado de tanta “desistência” é que o prefeito de Morrinhos, Rogério Troncoso (PTB), tem chance de ser reeleito. O petebista é visto como um político durão, até meio grosso, mas, ao mesmo tempo, é apontado como um gestor eficiente e criativo. Mesmo na crise, dirige bem o município. O que Joaquim Guilherme não entende é que a sociedade e os políticos não perdoam nem toleram líderes que são omissos e, por isso, aos poucos vão deixando de ser líderes.

O vereador Djalma Araújo, “cansado” da Câmara Municipal, pretende disputar a Prefeitura de Goiânia pela Rede. O “drummond” no meio do caminho é Aguimar Jesuíno, o chefão da Rede em Goiás, que também pretende disputar a prefeitura. Djalma Araújo tem dito que, se quiser disputar, Aguimar Jesuíno sai do páreo e aceita até ser seu vice, no caso de chapa pura. As chances de Djalma Araújo são mínimas, mas o ex-petista provavelmente quer criar uma estrutura mais ampla e se tornar mais conhecido para disputar mandato de deputado estadual ou federal em 2018. O vereador aposta que, na próxima eleição, Marina Silva, da Rede, será fortíssima candidata a presidente da República e, com isso, vai “puxar” políticos estaduais.
Pesquisa feita por um grupo político revela que 63,5% dos goianienses têm de medo de serem assaltados. 32,4% têm medo de “pegar doença”. A mesma pesquisa indica que 83,8% dos goianienses avaliam que a situação econômica do Brasil piorou nos últimos dois anos.
Há quem no PSDB avalie que o deputado federal Waldir Soares deveria ser expulso o quanto antes. Os mais ponderados (e racionais) contrapõem: é tudo que o delegado quer para se tornar a grande vítima do pleito deste ano. O tucanato ligou os radares para verificar as críticas do delegado ao governo de Marconi Perillo. São críticas fortes. Na campanha, os tucanos vão frisar que Waldir Soares pertenceu ao PSDB. Ele foi eleito deputado pelo partido — e sempre elogiando o governador tucano.
Pré-candidato a prefeito de Goiânia, Iris Rezende confidenciou a um aliado que seu vice deve sair dos quadros do PMDB. Será, possivelmente, Agenor Mariano, o atual vice-prefeito (rompido com o prefeito Paulo Garcia, do PT). Motivo: Iris Rezende acredita, piamente, que, sem Marconi Perillo no páreo, tem condições de derrotar qualquer candidato a governador, em 2018. Se eleito prefeito, e se saísse em 2018, deixaria no cargo um peemedebista. Iris Rezende perdeu três eleições para o governo de Goiás. Todas para o tucano Marconi Perillo.
Iris Rezende aposta em dois jogos. No primeiro, o que mais lhe apetece, sairia candidato a governador, em 2018 (o que é visto por alguns como uma espécie de delírio). No segundo, bancaria o senador Ronaldo Caiado (DEM) para a disputa. Para disputar o governo ou para bancar Ronaldo Caiado, Iris Rezende precisa ganhar a Prefeitura de Goiânia. Se perder — ou se não for candidato —, não resta-lhe outro caminho: apoiar, ainda que a contragosto, a candidatura do deputado federal Daniel Vilela para o governo de Goiás.
O coronel da Polícia Militar Adailton Florentino, que estava sendo cotado para disputar a Prefeitura de Anápolis, deve resguardar-se para a disputa de mandato de deputado estadual em 2018. A base do coronel Adailton é mais Anápolis. Porém, por ser militar, provavelmente terá votos em todo o Estado.
Chamou a atenção a propaganda do PMDB na televisão, na semana passada. Finalmente, o partido mudou o discurso, apresentando-se como o novo do novo — com destaque para o deputado federal Daniel Vilela. O PMDB conseguiu, depois de anos errando, apresentar uma ideia mais light, mas sem esquecer as críticas. O tom ainda não é preciso, mas pelo menos há a busca de um caminho mais criativo.
Setores do PT de Goiânia alimentam esperanças de que indicará o vice de Iris Rezende. Se seus líderes dessem uma olhada nas pesquisas qualitativas e quantitativas entenderiam por que o irismo não quer compor com o petismo. Na avaliação do irismo, baseada em pesquisas, Iris Rezende só tem chance de ser eleito prefeito de Goiânia se ficar afastado tanto do prefeito Paulo Garcia quanto do PT.
Um político goiano visitou a casa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, no Lago Sul, em Brasília, e ficou impressionado com a quantidade de fotografias de sua mulher, a jornalista Cláudia Cruz. São dezenas de fotos. O deputado Jovair Arantes, do PTB, é um dos habitués da casa de Eduardo Cunha.
O deputado federal Rubens Otoni disse a um político que, depois que o deputado federal Alexandre Baldy (PSDB) saiu do jogo, o prefeito de Anápolis, João Gomes, pode encomendar o terno para a posse em 1º de janeiro de 2017.
O presidente do PHS em Goiás, deputado estadual Jean Carlo, aposta no deputado estadual Lissauer Vieira para prefeito de Rio Verde. O aliado do prefeito Juraci Martins é visto como o “novo” na política do município. Tese do PHS: em Rio Verde, ao bancar Lissauer Vieira, “um político novo e sem vícios, quem inovou foi o prefeito Juraci Martins”, do PP.