Por Elder Sales

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O caso da fosfoetanolamina: o que fazer quando a esperança é um remédio que acham que não precisa ser testado?

Será que mudando o nome de medicamento para suplemento as células agiriam diferentemente?

Ansiedade e estresse são a mesma coisa?

O cérebro não é capaz, em muitos casos, de separar o que é real do que é imaginário, levando o corpo a reagir da mesma forma desde o prazer de uma lembrança agradável à paralisia de imaginar um futuro assombrado

Em desespero, grupo de Cristóvão Tormin espalha boato de que Marcelo Melo não será candidato

[caption id="attachment_45490" align="aligncenter" width="620"]Prefeito de Luziânia | Crédito:Y. Maeda Prefeito de Luziânia | Crédito:Y. Maeda[/caption] Pintou desespero no grupo do prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin. Seus aliados, percebendo que Marcelo Melo consolida sua liderança com folga — consta que os eleitores, antes de serem pesquisados, já gritam, de longe: “Marcelo Melo”, espécie de Coca-Cola da política do município —, começaram a dizer que o tucano vai acabar desistindo da disputa. O que eles não explicam é como alguém pode desistir de uma disputa se lidera todas as pesquisas de intenção de voto?

O que é ruim para os rios é pior para o bolso e para a consciência

A crise ambiental, além de sacrificar cada vivente, ainda é pretexto descarado para os governantes aumentarem impostos

Água e energia: ou o brasileiro aprende a consumir ou é só esperar pelo caos

Se há uma boa notícia em todo o difícil cenário hídrico e energético atual, é a de que crises dão oportunidade de acelerar a mudança de hábitos. Gestores e cidadãos precisam aproveitá-la

Liberdade lembra asas… Mas todo voo tem limites!

“Liberdade - Nível de independência absoluto e legal de um indivíduo, de uma cultura, povo ou nação, sendo nomeado como modelo (padrão ideal). P.ext. Reunião dos direitos de uma pessoa; poder que um cidadão possui para praticar aquilo que é de sua vontade, dentro das limitações estabelecidas pela lei: liberdade política; liberdade comportamental etc.” (http://www.dicio.com.br) elder Como mero e simples leitor de tantos comentários interessantes e diversos acerca do atentado terrorista na França, ainda assim, não paro de perguntar a mim mesmo o que é liberdade e de suas várias formas a de expressão! A questão do ataque seria etmológica ou existencial ou as duas coisas e mais um monte que cada um não pode ver, pois todos enxergam um mundo da forma que foram preparados, bem ou mal, para vê-lo? Liberdade de expressão para escrever ou falar o que quiser, liberdade de expressão para metralhar suposto inimigo, liberdade de ser Charlie e de não sê-lo, liberdade com asas que sempre voam até certo ponto. A discussão cai no colo de todo mundo, é um contexto humano, é ter que enfrentar os nossos demônios interiores como ego, vaidade, orgulho... Quem está certo nessa história? O problema, infelizmente, é nosso, as limitações existem em todas as pessoas, em todas as sociedades, isso, por si, diminui a liberdade que sonhamos. Claro que a perspectiva, além de tudo, é histórica e o momento não é de orgulho pra ninguém. Algo de grave vem acontecendo no seio das sociedades no que se refere à xenofobia ou o que parece próximo dela como o receio de conviver com diferenças não apenas étnicas, religiosas, econômicas, mas, sobretudo, as diferenças individuais. O próprio conceito de liberdade traz restrições. Liberdade absoluta poderia anular leis sociais. Estas, justas ou não, também traz implícito um jogo de poderes que sempre subestimou grande parte do tecido social em praticamente todas as sociedades. Vivemos em sistemas de dominantes e dominados e um existe por causa do outro, a lei do mais forte sempre esteve presente e aqui enxerga-se governantes que representam países que são carregados por populações conduzidas por interesses, claro, como seria diferente? E como justificar a morte dos chargistas? Como justificar as charges agressivas? Um jornalista, das opiniões inflamadas, disse que não ser Charlie, neste contexto, é concordar que uma mulher que usa minissaia deva ser estuprada. Claro que não. Mas dependendo do lugar que ela vá esse risco aumenta e isto justifica? Também não, mas vivemos em sociedade e cada um arruma sua própria justificativa, os assassinos ou não, estupradores ou não, corruptos ou não, todos sempre vão ter justificativas, corretas ou não, favoráveis à sociedade ou não, individualistas ou não! E nessa onda todos querem liberdade e a expressam mesmo que a fronteira seja o outro, os costumes, a religião, a vida do outro. Temos latente a necessidade de reflexão que é comum a todos: o convívio requer exercício constante e a liberdade é um presente que nós ganhamos, mas vem dentro de uma caixa. Matematicamente a expansão ilimitada dessa liberdade vai entrar na fronteira dos outros, isso pode ser tolerável para uns e o caos para outros, vale a pena o risco? Cada um é “livre” para decidir.

O árduo caminho até se tornar um Erik

Jogador do Goiás, principal revelação do futebol brasileiro em 2014, apareceu na Copa São Paulo de Futebol Júnior, que começa a ser disputada nesta semana e tem os quatro clubes da capital goiana como participantes [caption id="attachment_25068" align="alignleft" width="620"]erik Erik, de 20 anos: de artilheiro da Copa São Paulo em 2013 a revelação do Brasileiro do ano seguinte | Foto: Rosiron Rodrigues/Goiás E.C.[/caption] Elder Dias O ano de 2014 terminou para o jovem Erik Nas­ci­mento Lima assim como havia começado 2013. Bastante reconhecimento por seus serviços prestados, embora, desta vez, com assédio muito maior. Aos 20 anos, Erik é jogador de futebol e tem uma boa chance de ficar milionário com o que faz. Um destino de sonho para quem morou a primeira metade da vida em um assentamento rural de Novo Repar­timento, município do Pará situado na mesma latitude da região do Bico do Papagaio, no Tocantins. Na segunda metade de sua vida entrou o futebol. Erik veio para Goiânia e, com seu talento, foi logo aprovado no teste para as categorias de base do Goiás. Passou a morar em casa de parentes na vizinha Aparecida de Goiânia e seu pai se tornou funcionário do clube, para que o garoto tivesse mais tranquilidade para se aprimorar. O trabalho rendeu frutos, visíveis já em 2013, quando a equipe goiana foi vice-campeã da Copa São Paulo de Juniores e o menino paraense, um dos artilheiros da competição, com oito gols. Quase dois anos depois, o garoto recebia o troféu de Revelação do Campeonato Brasileiro de 2014. Havia feito 12 gols e se tornado a principal referência ofensiva de um Goiás de conjunto bastante limitado. Da façanha no torneio paulista até dezembro do ano passado, muita coisa aconteceu na vida de Erik: ele subiu para o elenco profissional, teve chances, não as aproveitou muito bem em um primeiro momento; mesmo sem se firmar, foi convocado para a seleção brasileira sub-20, e ganhou o Torneio Internacional de Toulon; depois, finalmente, tornou-se titular absoluto da equipe no segundo semestre de 2014. Tudo serve para mostrar como o mundo do futebol é instável, principalmente para quem está ainda tentando um lugar na vitrine. Em janeiro, como Erik fez dois anos atrás, algumas dezenas de jovens de Goiás estarão em São Paulo para buscar mostrar serviço na Copinha, como é chamado o torneio, o mais tradicional (realizado desde 1969) no País entre os que buscam revelar novos jogadores. Pela primeira vez na história, os quatro clubes da capital goiana vão estar na disputa: Goiás e Goiânia conseguiram vagas pela cota técnica da Federação Goiana de Futebol (FGF); Atlético e Vila Nova foram convidados. Ao mesmo tempo em que buscam a exposição de seus valores, os clubes carregam uma preocupação do mundo moderno do futebol. Com a globalização e a atual legislação para o esporte — especialmente a Lei Pelé, não raramente amaldiçoada nas sedes dos clubes —, a correlação de forças foi alterada. A figura do empresário de atleta ganhou ressonância: hoje boa parte dos jogadores, mesmo antes de se profissionalizarem, tem seus direitos econômicos fatiados entre “grupos de investidores”. É como se cada candidato a craque fosse uma empresa, com ações em que essas pessoas apostam suas fichas. Se der certo, todos ganham. Ou quase todos. Se o time vai bem, quem aparece na vitrine vira alvo dos empresários, que às vezes representam seus próprios interesses ou de seus grupos; outras vezes trabalham a cargo de clubes do Brasil e do exterior. E assim, se o atleta não estiver bem “amarrado”, contratualmente falando, o clube que o está mostrando pode perder a joia a preço de banana, ou até de graça. Competições de equipes de base podem ter resultados imprevisíveis. O Goiás de 2013 não tinha nada de favorito quando pegou a Via Anhanguera — um dos detalhes que diferenciam profissionais de jogadores de base é o meio de transporte — e por pouco não voltou de São Paulo com o título. Em dezembro de 2014, o mesmo Internacional que havia conquistado a Copa do Brasil de Juniores — vencendo o Goiás nas quartas-de-final — 15 dias antes, foi eliminado do Brasileiro na 1ª fase.

Trabalho de base no Goiás para perpetuar celeiro de craques
Do quarteto goianiense, o Goiás, por seu passado de revelador de talentos — craques como Luvanor, Zé Teodoro, Cacau, Túlio, Fernan­dão, Josué, Araújo e Danilo, entre outros —, pela estrutura e pela posição que ocupa, é de quem mais se espera um resultado positivo. O técnico é Augusto César, o mesmo que levou o clube à decisão da Copinha em 2013. Ex-lateral do clube entre 1992 e 1996, ele saiu do clube para atuar por Portuguesa, Corinthians — esteve no elenco campeão mundial de 2000 —, Botafogo e, depois, clubes do Japão e de Portugal. Encerrada a carreira, voltou à terra natal, Brasília, onde começou a trabalhar como treinador e foi buscado pelo então presidente do Goiás João Bosco Luz para as categorias de base. [caption id="attachment_25069" align="alignleft" width="300"]Técnico Augusto, dos juniores do Goiás: “Garotos oscilam” | Foto: Portal 730 Técnico Augusto, dos juniores do Goiás: “Garotos oscilam” | Foto: Portal 730[/caption] O vice-campeonato logo após um ano de trabalho no clube lhe trouxe respeito. Ganhou todas as cinco competições estaduais que disputou como técnico, mas não teve o mesmo sucesso em 2014 no retorno à Copinha. Eliminação na primeira fase. Ele acha natural: “Não dá para prever o que vai acontecer em uma competição de atletas de base. A oscilação é muito grande, o elenco tem muita rotatividade”, afirma. Para o ano passado, ele perdeu a base que tinha sido vice-campeã — entre eles, o agora famoso Erik. E para esta edição, a base será totalmente diferente do ano passado. “A gente está sempre assim, porque também é importante que os jogadores sigam para o profissional”, diz Augusto. Da mesma forma com que ajuda o time “de cima”, ele conta com a parceria da categoria sub-17: ele contará com três atletas — o goleiro Felipe Ramos, o meia Valdemir e o atacante Richard, este considerado uma das maiores promessas para o futuro alviverde — do elenco comandado pelo treinador Rafael Barreto. Formado em Educação Física pela PUC-GO, Rafael integra uma geração cada vez mais em alta entre os profissionais do futebol brasileiro: a de treinadores saídos das faculdades e não das quatro linhas. Nesse sentido, ele segue os passos dos dois últimos treinadores do Goiás nos campeonatos brasileiros, Enderson Moreira e Ricardo Drubscky, considerados intelectuais do futebol, como também são vistos Carlos Alberto Parreira, Rubens Minelli e o português José Mourinho, do Chelsea, tido por muitos como o melhor técnico em atividade no mundo. Nenhum foi jogador. Enderson deu aulas para Rafael Barreto em um curso de formação de treinadores de futebol promovido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na Granja Comary, sede da entidade em Teresópolis (RJ). Além do ex-técnico do Goiás a formação, em três módulos, contou com nomes como Mano Menezes, Ney Franco e Vanderlei Luxemburgo, todos treinadores consagrados. “No Centro-Oeste, sou o único que já concluiu os três níveis”, orgulha-se Rafael Barreto. [caption id="attachment_25071" align="alignright" width="300"]2061 - Matéria Elder (Rafael Barreto) Rafael Barreto, do sub-17 verde: curso na Granja Comary | Arquivo Pessoal[/caption] Nascido em uma família que tem o Direito como ambiente natural — seu pai, Reinaldo Barreto, é um dos mais reconhecidos advogados do Estado e foi procurador-geral na capital —, Rafael concluiu o curso, mas em seguida encarou novamente outra faculdade por sua real paixão, formando-se em 2011. Começou a trabalhar no Goiás na comissão técnica de Enderson e depois assumiu o comando da categoria sub-17. Seu aprendizado tem sido intenso e serve para mostrar como se dá a interação na base para, ao fim, formar atletas como Erik. E alto que nem sempre vem com títulos. “A gente pega fotos de times antigos campeões da base e, quando olha os jogadores, repara que nenhum virou titular de sua equipe. Ao contrário, tem muito elenco de categorias sub-20 e sub-17 que não chegou a ganhar título e rendeu muitos frutos ao clube”, lembra Rafael. No trabalho do Goiás, o contato entre as comissões técnicas dos times profissional, sub-20 e sub-17 é frequente, entre treinadores e seus auxiliares. “Várias vezes o Augusto assistiu a nossos jogos e chamou os que se destacavam para ter um primeiro contato, como um estágio, no sub-20”. A cada fim de ano, cada comissão faz um relatório e passa às demais. O cruzamento de dados ajuda a fechar um planejamento para o ano seguinte, com promoções e dispensas de atletas. O Goiás tem um trunfo importante nas categorias de base: recebeu da CBF o selo de clube formador. Isso significa que é um dos poucos que faz um trabalho de base respeitando totalmente o que prevê a lei, incluindo o acesso dos jovens atletas à moradia, saúde e, principalmente, a educação. “Às vezes tem clube com trabalho bom dentro das quatro linhas e que peca fora delas. No Goiás, para se manter como clube formador, é preciso que todos os jogadores da base estudem, por exemplo”, diz Rafael. O certificado de clube formador é como um passaporte “da 2ª Divisão para a 1ª” no mundo das categorias de base, exemplifica o treinador do sub-17, para quem o Brasil precisa buscar cada vez mais planificar seu trabalho: “O 7 a 1 para a Alemanha na Copa foi muito eficiente, nesse sentido, para demonstrar a fragilidade do futebol no País do futebol.”
Goiânia quer ser um heroico “Davi” na Copa SP
Responsável pelos garotos do Goiânia que vão à Copa São Paulo, Fabrício Carvalho é da mesma geração e idade (tem 31 anos) de Rafael Barreto. Mas já é um velho conhecido entre os que atuam nas categorias de base dos clubes goianienses. Já passou por Atlético, Vila Nova, Futebol Arte e Campinas e chegou a 11 finais, conquistando quatro títulos. Decidiu largar a carreira de jogador em uma noite em Cassilândia (MS). Comunicou a seu treinador que estava deixando o futebol. “Senti algo que me dizia que eu tinha era de estudar”, declara. E assim foi para a sala de aula, mas sempre visando continuar no esporte. Formou-se em Educação Física pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e acrescentou ao título duas especializações. [caption id="attachment_25073" align="alignleft" width="300"]Fabrício Carvalho, técnico do sub-20 do Goiânia: compensando a diferença de estrutura para o “gigante” Goiás | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção Fabrício Carvalho, técnico do sub-20 do Goiânia: compensando a diferença de estrutura para o “gigante” Goiás | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption] Como treinador do Galo, foi responsável por uma das façanhas da Copa São Paulo do ano passado. Ele dirigiu os garotos do Goiânia à frente da melhor campanha do clube na competição: a primeira vez que a equipe conseguiu passar de fase, justamente no ano em que Goiás — o vice-campeão da edição 2013 — e Vila Nova frustraram expectativas e voltaram para casa eliminados depois dos jogos iniciais. No Goiânia, o trabalho é feito com recursos modestos. “Perdemos duas decisões para o Goiás este ano. Mas é sempre o pequeno contra o gigante, a diferença de estrutura é imensa”, ressalta. Para compensar, o time leva para São Paulo uma relativa experiência: boa parte dos jogadores já participaram da Copa São Paulo — os mais experientes são o zagueiro Rodrigo Ramos e o atacante Marcinho — e passaram também pela disputa complicada da 2ª Divisão do Campeonato Goiano deste ano. Fabrício Carvalho foi o técnico chamado para tentar salvar o Galo de cair para a Terceirona, no que seria o degrau mais baixo da história do maior campeão goiano na era do amadorismo. A prata da casa, incluindo o próprio Fabrício, conseguiu tirar o clube do buraco. Atlético e Vila Nova Já Coutinho, treinador do Atlético, pode ser considerado da escola mais convencional do futebol. Tem vínculos com o clube do Setor Campinas desde 1979, quando começou como juvenil, aos 16 anos. Foi artilheiro do Campeonato Goiano de Juniores por dois anos seguidos e depois fez sucesso também no time profissional. Seguiu carreira fora do Atlético a partir de 1987, como um cigano do futebol. Conquistou títulos — como o de campeão cearense pelo Ferroviário, em 1993 — e depois encerrou a carreira. O ex-atacante goiano, nascido em Orizona, relembra uma curiosa marca pessoal: é o maior artilheiro da história da Catuense, equipe do interior baiano. [caption id="attachment_25070" align="alignleft" width="300"]2061 - Matéria Elder (Coutinho ACG - crédito Erick Xavier-Portal 730) Coutinho, técnico do Atlético: “Tenho sonho de voos mais altos na profissão” | Foto: Erick Xavier/Portal 730[/caption] Voltou ao Atlético em 1997, já para trabalhar com as divisões de base. O ex-atacante desfaz o mito de que o clube não dá atenção para suas categorias de formação. “Isso não é verdade. O Atlético praticamente parou de funcionar no começo da década passada. Não tinha nada, só se reergueu a partir de 2005. Mas desde então, já passaram pelo clube jogadores como Luciano (hoje no Corinthians) e Souza (campeão pelo Cruzeiro), Mauro e Platini (que estão no futebol português”, cita. Da base do Atlético saíram ainda Diogo Campos e Mahatma, que estão no elenco profissional e Francesco, que titular do Bragantino (SP) em 2014. Sobre a expectativa para a volta à Copa São Paulo depois de três anos ele diz que quer ver a equipe “fazer bonito” e ganhar um bom presente de aniversário no dia 17 de janeiro: “Que o time ainda esteja em São Paulo.” É que a Copa São Paulo se encerra na data de fundação da capital paulista, 25 de janeiro. Estar disputando a competição no dia 17 significará ter ido longe nela. Entre os goianos, o Vila Nova foi o último a ser confirmado na competição. A crise financeira e a restruturação do clube, que disputará a 2ª Divisão estadual e a Série C nacional, levaram a diretoria a economizar na delegação, que terá apenas 18 jogadores e 5 integrantes da comissão técnica: além do treinador Ariel Mamede, preparador físico, treinador de goleiros, roupeiro e massagista.    

A retrospectiva assombra a perspectiva

E mais um ano se foi numa velocidade que já passou e todo mundo vai tentando alcançá-lo. Ficamos com a memória saborosa ou melancólica do que foi feito — ou não

Reajuste do IPTU só poderá ser justo se for além de cobrir o caixa da Prefeitura

Discussão sobre reajuste do tributo virou novela entre o Paço e a Câmara desde o ano passado. Valor venal dos imóveis está defasado, mas população quer ver retorno do que paga

Você já pensou que pode morrer em uma guerra por água?

Neste século, a ação do homem causará mudanças climáticas que vão deixar imensas áreas inúteis à sobrevivência. A partir de então, conflitos armados serão permanentes, alerta pesquisador alemão

TERRA, Planeta ÁGUA?

“Gotas de água da chuva alegre arco-íris sobre a plantação, Gotas de água da chuva tão tristes, são lágrimas na inundação, Águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertão, Águas que banham aldeias e matam a sede da população, Águas que movem moinhos são as mesmas águas que encharcam o chão, E sempre voltam humildes pro fundo da terra, pro fundo da terra...” (GA)

Pânico!!! Botão do pânico ajuda mulheres, mas de que pânico estamos vivendo? Vai ter botão pra todo mundo?

bio PÂNICO... Neurologicamente poderia representar uma condição de alerta que invade o sistema nervoso a partir de um estímulo do ambiente que traz algum risco... Uma tempestade de neurotransmissores noradrenérgicos que ativam várias áreas do cérebro e numa mistura de medo, superexcitação e ansiedade vários sistemas se colocam a disposição para fugir, correr ou até lutar e agredir, enfrentamento? Talvez! Diria que o pânico no nosso país é multifatorial... Mas que pânico poderíamos falar? O da Band que paradoxalmente ao avanço da força feminina “bundaliza” a televisão e mais parece um açougue de belas carnes expostas num final de domingo? Sem falso moralismo, mas em meio ao caos é inevitável não passar e dar um espiadinha. É o consumo de um dos produtos mais vendidos da história: O corpo feminino. Pior, sua banalização. Seria o pânico na floresta? Não, isso é filme que até foi satirizado e transformado de terror para o humor negro com pitadas de paródias de gosto discutível, mas que, para descontrair, acabou atingindo a população. A violência é escrachada e o sangue motivo de piada. É se não dá pra mudar a realidade o escape talvez seja como um analgésico para uma doença crônica! Mas e o pânico da reeleição? Que cenário cinematográfico é esse? Um acidente de avião reconduz a sucessão política no Brasil. Um acidente tão confuso que mais parece o capitulo de uma das novelas que minam a sociedade. Como um raio, Marina “ressurge” e a presidência pode cair no seu colo uma vez que, caso haja segundo turno, os eleitores de Aécio tem na raiz um antilulismo piorado com Dilma e o seu pré sal. Pânico por quê? Por, mais uma vez, podermos ter um representante votado às avessas não por opção primária, mas por desmotivação e a tentativa de mudança, mesmo imaginando que tudo pode continuar como antes na terra de... Nossa terra! E são vários os “estados de alerta”, Estados, literalmente. Entre eles, violência e impunidade num circulo alimentado a todo instante pela empresa das drogas e pelo ensimesmado poder judiciário, aristocrata, distante do povo num autismo esquizofrênico? Que pais vivem nossos legisladores? Ao menos um pânico traz esperança e merece ressalvas de congratulações. Não o pânico em si, na maioria das vezes tão devastador, mas da concretização de socorro formatada em um aparelho conhecido como “Botão do Pânico” que ao ser acionado proporciona ajuda as vitimas de agressão e as mulheres são mais representativas. Ótima a iniciativa. Prática, real, não apenas discurso! Esse aparelho tem sido usado pela policia do Pará entre outros com bons resultados. Não por maldade e oportunismo, mas o povo precisa desse botão quando vai ao supermercado, quando atravessa Brs com pedágio, quando vai aos hospitais e colocam os filhos na escola, o povo precisa do botão do pânico para o horário político para onde migram as melhores e mais altruístas almas preocupadas com esse povo mesmo que seja até o fim das eleições. Cadê o nosso botão?

Ebola, ciclicamente, mais um caso de revolta molecular contra o destino!

ebola Costumo dizer nos meus devaneios sobre a origem da vida que em algum momento em um espaço temporal completamente insólito alguma “ordem” dirigiu o caos que num toque de “magia” uniu várias moléculas de carbono em cadeia num ambiente apropriadamente aquoso. A vida nunca mais seria a mesma. Na verdade ela nem existia... A combinação de vários pressupostos materiais que variaram de temperatura ao grau de solubilidade ou não de várias biomoléculas como proteínas, lipídios e carboidratos pôde determinar a formação das primeiras entidades celulares que num evolução crescente organizou a nossa existência orgânica altamente dependente de condições favoráveis e de um conjunto de reações que montam e desmontam essas moléculas. Essas reações em série e dinamicamente continuas caracterizam o que chamamos de metabolismo e esse cara tão falado hoje em dia governa o que conhecemos por biologia! Toda a vida e seus paradigmas convergem para o ajuste permanente entre células e ambiente em interações às vezes saudáveis, às vezes catastróficas onde adaptar é preciso e viver é apenas a consequências disto. Neste cenário tão apocalíptico, mas nem tanto se enquadra mais um dos revoltados moleculares que historicamente surgem em surtos, ceifam humanos e animais, alarma os viventes num recado que sempre apavora! No ônibus da evolução molecular os vírus perderam a passagem que levava até a organização celular. Isso pode parecer estranho, mas até um bactéria é dotada de aparatos metabólicos que guiam sua adaptação, possuem membranas e organelas que conseguiram embora possam ter caído do ônibus no meio do caminho! Na fila dos acidentados vieram protozoários, esponjas... Sei lá... A priori a humanidade, por favor, sem vaidade, aparentemente conseguiu chegar mais próxima da evolução plena, com metabolismo aeróbico altamente regulado e multienzimático, pluricelular e com alto poder de adaptação. Sim, talvez o maior e melhor produto da evolução biológica é mais amplo nos humanos: A consciência. Do pó das cinzas estelares pré e pós big bang ela emergiu. Nos homens ela ganha um contorno de posse da vida e suposição do além da vida. Mas um vírus tem consciência? O advogado dos vírus diria que são vítimas da biologia. Ficaram desprotegidos por essa mãe ingrata. Não ganharam membrana, citoplasma e núcleo componentes mínimos para a felicidade celular e o delírio metabólico. Representavam apenas resquícios moleculares de ácidos nucleicos com envelopes proteicos, um grupo renegado de partículas sem a capacidade de metabolizar sozinhas. Como sobreviveriam em meio ao caos e aleatoriedade das interações vitais a partir de então? Pois bem, como renegados pelo destino, passaram a criar estratégias de sobrevivência. Como conheciam toda a tramitação burocrática das sinalizações entre as células passaram a imitar moléculas reguladoras do metabolismo, passaram a imitar a forma dessas substâncias e a conseguir o acesso ao paraíso citoplasmático. Nesse ambiente a delicia das enzimas que tão eficientes na produção da vida não diferenciam quem é o verdadeiro dono da casa se os vírus ou se a célula agora hospedeira. Assim, a margem da honestidade celular os vírus passaram a ser parasitas obrigatórios, sabotadores do metabolismo, invasores cruéis e com uma capacidade de mudar de “cara” que causaria inveja ao melhor dos atores humanos. E pelo resto do que resta da vida esses invasores passaram a se reproduzir dentro dos outros organismos. Claro, não é chegando e entrando na célula. Tem que ter uma conversa antes, digo, interação com receptores celulares. Antes é preciso que o organismo hospedeiro encontre condições desfavoráveis ao seu metabolismo. Condições precárias de higiene, alimentação e saneamento básico, convivência com animais infectados, pois muitas vezes os vírus transitam interespecificamente e pode ser mais ou menos letais dependendo do bicho onde esteja. Socialmente ele pode ter o caminho mais fácil em populações mais pobres sem vacinas ou informações preventivas. Essa descrição seria ilustrada por vários tipos virais, mas atualmente, quem voltou à cena com sede de vingança é o vírus ebola. Ainda contido pela mídia que adora escândalo, esse vírus representa um perigo em escala global que ainda não tomou o verdadeiro contorno!

Agora sim, Barbosa, descanse em paz!

“Trocar um sofrimento por outro é, muitas vezes, tão grande alívio como sentir o fim do sofrimento”. Elizabeth Goudge

Entre dedos que queimam, ufanistas e o complexo de vira lata

“Minhas mãos ainda estão molhadas do azul das ondas entreabertas e a cor que escorre dos meus dedos, colore as areias desertas (1)... Não sou sempre flor. Às vezes espinho me define tão melhor. Mas só espeto os dedos de quem acha que me tem nas mãos (2)”. (1- Cecília Meirelles 2- Marla de Queiroz) Imagem1 Já tão conhecido o canto que diz que a mão que toca o violão se for preciso faz a guerra numa extensão semântica diríamos que a mesma mão que acaricia é a mesma que agride e flagela é, ainda, a mesma estrutura anatômica que põe o alimento na boca e, depois, limpa o resultado disso... Aos privilegiados portadores desse par de apêndices com polegar opositor guiado pelo telencéfalo (cérebro) desenvolvido, veja o vídeo ilha das flores, SOCORRO!!! Aonde vamos parar com esse vômito convulsivo das nossas frustrações, maldade, perversidade sarcástica e agressividade agora transformada em pequenas bombas digitais que retrata 1 segundo de um ato qualquer até mesmo de uma pessoa qualquer e coloca nesse mesmo segundo as cenas sobre os olhares de vários apreciadores da ridicularização alheia? Um banquete farto para a ironia frívola e a crítica que destrói... Ainda que se esteja no conforto do anonimato, ou do sofá, ou dos recônditos da própria alma que olha pra fora, vê tudo de péssimo no outro e esconde de si mesmo a si próprio! Espalha-se na nossa vivência e convivência uma nuvem negra e pantanosa que sempre se associa a condição humana, julgada por humanos que muitas vezes se esquecem desse fato. Aos fatos. Hoje os dedos queimam... Mas não são guiados pelo tal telencéfalo? Sim, imaginem o dedo do E.T. lá nas décadas passadas! Aquele dedinho extraterrestre não é nada se comparado com os dedos “digitais” que hoje se arrastam nas telas da tecnologia, ou seja, celulares, tablets por ai vai. A espreita, a sociedade se amarra em vídeos fotos que escancara a vida como ela é e tanto melhor se for à vida alheia! A foto da coluna mostra o personagem atualizado e não quer dizer que somos ETs. Que tal essa cultura de quanto pior melhor? Aqui entra o complexo de vira-lata propalado por Nelson Rodrigues. Como está à auto-estima da população que por figura de linguagem chamamos de Brasil? Uma avalanche de críticas a abertura da copa... Coreografada por uma Belga! Claro que a pior escola de samba do Rio de Janeiro faria melhor. Por que delegar a um estrangeiro a tarefa de dar ritmo a maior festa esportiva do planeta no país que tem o dom de criar esse ritmo? Mas as críticas foram para o Brasil e a Fifa não explica os buracos do Itaquerão no campo, na arquibancada e no amor próprio do Pais. O saldo disso foi a foto com a Claudia Leite (Milk) paralela a galinha pintadinha, perfeito, estava satisfeita a sanha do país que se auto flagela! Todo mundo quando recebe visita em casa esconde os problemas. A mesma população ou parte dela elegeu a Presidente. Mandar a “maior” autoridade do país tomar “banho” é simplesmente admitir ao mundo que somos incoerentes pois, maqueada ou não, pra piorar, as pesquisas mostram que Dilma continua a frente nas intenções de voto... Pra onde deveriam se guiar as vaias? Na outra ponta se colocam os ufanistas que quixotescamente até colocam o Brasil como se já tivesse ganho o torneio. Ainda que ganhe, seqüestrando e adaptando a frase de Geraldo Vandré: A vida não se resume a uma copa! A copa vai, e os dedos ficam! Os dedos que se arrastam na tecnologia, que se arrasta na tela e arranham nossas integridades e riscam o pouco do ufanismo e da esperança de que esse país fosse mais coeso, mais forte nas propostas e que jogássemos em grupo. Se assim fossemos cuidaríamos mais do outro, da sua imagem, da sua integridade. Não somente por favor ou altruísmo, mas pela nossa condição de um dia também precisar sermos cuidados! Como agir entre o ufanismo e o complexo de vira-lata usando os dedos de fogo nas fornalhas das redes sociais? Possivelmente se segurarmos com esses dedos nas mãos do criador diminuiria o risco da cairmos aos pés do anjo da capa preta! Observação: A última frase é uma alegoria, não tem vínculo ou proposta religiosa. Vai Brasil!