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PRODUÇÃO
Conab projeta safra recorde de grãos em Goiás com alta de 15,7%

De acordo com a estimativa de junho de 2025, a nova safra de grãos de Goiás teve uma variação positiva geral de 15,7% quando comparada com a última. Os dados das safras de 2023/24 e 2024/25 foram divulgados nesta quinta-feira, 12, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Foram consideradas a produção de algodão, arroz, feijão, gergelim, girassol, milho, soja e sorgo. A produção deve crescer para todos os produtos, por exemplo, a estimativa é que a soja passe de 16.822 mil toneladas em 23/24 para 20.423,3 em 24/25, uma variação positiva de 21,4%. O feijão também deve aumentar significativamente, passando de 274,4 para 302,8 mil toneladas, envolvendo três safras de cores, preto e caupi. O produto que apresentou a maior estimativa de variação, com 59,5 %, foi a produção de girassol. 

O Estado considerou os dados “extremamente positivos”, de acordo com a superintendente de Produção Rural da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), Patrícia Honorato. Para ela, o aumento da produção se justifica por condições climáticas e de plantio favoráveis.

“A gente já estava acompanhando essa safra extremamente favorável devido às condições hidroclimáticas que foram muito interessantes. Nós tivemos boas condições de precipitação no momento de plantio, uma estiagem interessante no momento de colheita, pouca pressão de safra, pouca pressão de pragas nesse momento.” 

O boletim prevê uma produtividade de soja de 4.122 quilos por hectare, o que coloca Goiás de maneira competitiva perante ao país. “Os dados também apresentam que a gente deve nos consolidar como o terceiro maior produtor [do Brasil]. É importante frisar que esse ainda é um levantamento preliminar, uma vez com as principais culturas de segunda safra ainda estão em campo, e com o início em algumas regiões de colheita, principalmente de milho de segunda safra”, disse Patrícia.

A terceira safra de milho ainda não foi contabilizada, por exemplo. Patrícia afirma que houve uma condição de “instabilidade e incerteza” quanto à segunda safra do produto, mas que a colheita já iniciou com bons resultados em período de maturação nas regiões Sul e Sudoeste do Estado.

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De acordo com a climatologista Francis Lacerda,  pesquisadora do Instituto Agronômico de Pernambuco, estratégias de agroecologia podem retardar esses efeitos e diminuir a ameaça de insegurança alimentar. Pelo menos por enquanto. "Existem práticas que podem ainda reduzir esses efeitos. Eu digo ainda porque daqui a pouco não vai poder mais", alerta a especialista.

A primeira missão é reflorestar. "Uma prática que se faz muito na agroecologia é o consórcio. Você planta uma árvore frutífera e, do lado, você planta uma leguminosa, feijão, milho, faz esse plantio todo junto... E essas plantas vão interagir de uma forma que vão beneficiar umas às outras. Tem uma que vai buscar água lá no fundo, porque a raiz dela é pivotante, mas outra que não consegue. Aquelas plantas que não aguentam muita incidência de radiação ficam melhores [quando] associadas a árvores grandes, que fazem sombra para elas. A gente precisa fazer um reflorestamento e implementar esse modelo do sistema agroflorestal," diz a especialista.

Ela acrescenta que a diversificação de culturas favorece a fertilidade e proteção dos solos, além de reduzir os riscos de pragas e doenças, "contribuindo para a não utilização de agrotóxicos e garantindo ao agricultor vantagens ambientais e financeiras, tais como investimentos mais baixos e colheita de produtos diversificados, evitando riscos econômicos provenientes de condições climáticas extremas".

A climatologista lembra que a grande maioria dos alimentos consumidos pelas famílias brasileiras é produzida por agricultores familiares, que se veem cada vez mais surpreendidos com as mudanças no clima.

"Porque eles não conseguem mais ter as práticas que  tinham de plantar em tal período, de colher em outro. E geralmente quando a gente tem essas ondas de calor, [o total] de alguns organismos no ecossistema que são mais resilientes - insetos, fungos e bactérias - aumenta muito e eles arrasam com a produção", acentua.

Por isso, Francis defende também políticas públicas de implementação de tecnologias para que as comunidades consigam captar e armazenar a própria água e gerar a energia consumida, ficando menos vulneráveis aos efeitos climáticos.

Deve-se "dar autonomia a essas comunidades para produzir o próprio alimento dentro dessas condições, e ainda fazer o reflorestamento da sua propriedade, é possível, é barato e os agricultores querem", salienta.

Enquanto isso não é feito em larga escala, a incidência de algumas espécies vegetais endêmicas dos biomas brasileiros está diminuindo, de acordo com a climatologista, "inclusive espécies adaptadas para se desenvolver em áreas secas e quentes".

Água nas raízes

"O umbuzeiro, por exemplo, uma planta que é uma referência para o semiárido. Ela é muito resiliente e guarda água nas suas raízes porque está acostumada a lidar com as secas. Os umbuzeiros estão sumindo da paisagem porque eles não conseguem mais se adaptar a essas variáveis climáticas atuais", avalia.

A climatologista do Instituto Agronômico de Pernambuco diz também que essas lições podem ser aplicadas ao meio urbano, “reservando espaços na cidade que possam servir para o cultivo de alimento, como quintais produtivos e farmácias vivas. Mas é preciso ter uma política pública que oriente e que financie. Porque quem tem dinheiro manda buscar a comida, mas sem justiça social não se combate as mudanças climáticas. É preciso pensar em formas inovadoras de produzir e garantir a segurança hídrica, energética e alimentar para as populações do campo e da cidade", finaliza.

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