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Os manifestantes representam um grupo de cerca de 3 mil famílias que estão acampadas na fazenda Santa Mônica, do senador Eunício de Oliveira (PMDB), que concorreu ao governo do Ceará neste ano e não foi eleito
Os detentos de Pinheiros começaram a recusar as refeições, após a Secretaria Estadual de Justiça e Administração Penitenciária determinar que os presos do CDP de Pedrinhas passassem a ser mantidos no interior das celas, com portas fechadas durante todo o dia

Mais de 1.000 funcionários se posicionaram contrários à matéria, de autoria do Paço Municipal. Oposição e até aliados do prefeito se disseram contrários ao teor da proposta, que segundo argumentam, tem de ser amplamente debatida com os envolvidos

Movimento Camponês Popular pede inclusão em programa habitacional da União. Famílias têm documentação pronta, mas governo federal alega falta de recursos

A concentração foi em frente ao Museu Nacional da República, no início da noite. De lá, os manifestantes - na maioria, jovens - partiram em direção à rodoviária e ocuparam parte das vias que compõem o Eixo Monumental

O Movimento Frente de Luta assegura que a prisão dos estudantes é fruto de perseguição política. A prisão de Ian, Heitor e João é uma intimidação para minimizar a revolta popular [gallery type="slideshow" ids="5478,5479,5480,5481,5482,5483,5484,5485,5486"] “Somos solidários!”. Esse foi o grito mais ouvido por centenas de pessoas no centro de Goiânia na manhã desta quinta-feira, quando aconteceu a segunda manifestação contra a criminalização da luta popular. Para os grupos sociais presentes no ato, a solidariedade está em pedir a soltura imediata dos três estudantes presos pela Polícia Civil no último dia 23 na Operação R$ 2,80. Ian Caetano, Heitor Vilela e João Marcos são suspeitos de associação criminosa, incitação à violência e destruição de ônibus do transporte público. Eles seguem presos na Casa de Prisão Provisória (CPP), em Aparecida de Goiânia. O professor Cassio Tavares da Faculdade de Letras (FL) da Universidade Federal de Goiás (UFG) disse que a prisão dos jovens evidencia a atitude de inibir os movimentos sociais, os protestos. “A legislação não sustenta essas prisões, não existe um caminho policial suficiente para isso”, afirma o professor. [relacionadas artigos="5303,5135"] A manifestação estava prevista para as 9h em frente à Catedral Metropolitana, no centro. O movimento ganhou força a partir das 10h30 quando todos saíram da porta da igreja e fecharam um dos lados da Avenida Universitária, tumultuando o trânsito na região central e leste da capital. O grupo presente passou pela ponte da Marginal Botafogo e retornou sentido Praça Cívica. O Movimento Frente de Luta, idealizador do protesto, defendeu durante todo percurso que a prisão dos estudantes é fruto de uma perseguição política, uma clara intimidação de frear a organização e a revolta popular. “Nós pagamos o transporte, pagamos R$ 2,80, e não podemos exigir qualidade? Onde ficaram os direitos do consumidor?”, foram as indagações de um dos participantes do protesto que não quis se identificar. “Participo da construção desse processo de mobilização, mas por medo de repressão, que é o que aconteceu semana passada com a prisão dos meninos, eu prefiro não dizer meu nome”, justificou-se. Segundo o sargento Saraiva, havia na manifestação quarenta policiais a pé e oito viaturas da Polícia Militar. Para os presentes, a polícia é um instrumento de perseguição daqueles que lutam por um país diferente. O mestrando em História, Fernando Viana, salientou que todos devem lutar contra as perseguições políticas e sociais que acontecem em Goiânia. “A luta não pode ser apenas contra um aparato repressivo, mas contra todos eles”, defendeu do carro de som o estudante. No coreto da Praça Cívica, o grupo que manifestava contra a criminalização da luta popular se encontrou com o grupo de servidores administrativos, docentes e auxiliares de atividades educativas da Rede Municipal de Educação que entrou em greve nesta segunda-feira (26). Os servidores da prefeitura exigem melhores condições de trabalho, transparência na gestão pública e diálogo entre o prefeito Paulo Garcia (PT) e o Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed). O presidente do Movimento Popular do Campo e da Cidade (Terra Livre), Zelito F. Silva, disse que os movimentos sociais devem manter uma unidade. Em entrevista ao Jornal Opção Online, Zelito se perguntava quem são os responsáveis pela prisão dos estudantes. “Os responsáveis não são esses policiais que nos acompanham nas manifestações, esses policiais, por exemplo, fazem parte do sistema. Os únicos responsáveis são os governantes”. O coordenador jurídico do Simsed e professor de História da rede pública de Goiânia, Antônio Gonçalves, foi intimado a depor nesta quarta-feira (29/5) às 16h, na Delegacia Estadual de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco). O delegado da Draco, Alexandre Lourenço, declarou ao Jornal Opção Online que a intimação de Antônio está relacionado com as investigações da Operação R$ 2,80. O coordenador disse que vai comparecer à delegacia. "Vou comparecer, mas como um ato de denúncia contra a corrupção e, principalmente, contra a repressão", assegurou. A professora de Educação Ambiental e presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Ailma Maria de Oliveira, disse que no momento que Antônio Gonçalves estiver depondo haverá um protesto na porta da Draco. “A luta não vai parar”, acrescentou. Os grupos unificados seguiram até a porta do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás para buscar respostas sobre a soltura dos estudantes. O trânsito ficou complicado na região do centro. A Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) informou em nota que no momento do ato ao menos 40 linhas do transporte coletivo da Grande Goiânia foram desviadas e sofreram atrasos.

Os manifestantes fizeram um ato em frente à rodoviária e, em seguida, decidiram seguir em direção ao estádio com uma taça alternativa da Copa do Mundo para substituir o troféu original

Operação R$ 2,80: protesto marcado para amanhã é contra a prisão de quatro jovens suspeitos de associação criminosa e incitação à violência Movimentos estudantis e sociais de Goiás realizam nesta terça-feira (27/5) a manifestação contra a criminalização da luta popular em Goiás. O movimento é contra “o processo de transformação das reivindicações populares em delitos”. [relacionadas artigos="4840,5135"] Na última sexta-feira (23/5) a Policia Civil (PC) deflagrou a Operação R$ 2,80 que prendeu quatro líderes do Movimento Estudantil Popular Revolucionário, suspeitos de pregar a desordem e incitar a população a destruir ônibus do transporte público de Goiânia e região metropolitana. Segundo o delegado responsável pelo caso, Alexandre Lourenço, os estudantes foram indiciados por dano ao patrimônio público, associação criminosa e incitação à violência. A manifestação desta terça-feira acontecerá na Praça Universitária. Até o final da manhã desta segunda-feira (26/5), mais de 1.700 pessoas confirmaram presença através de uma página nas redes sociais. Organizadores do evento convidaram cerca de 24 mil pessoas. Os representantes do movimento afirmam que vão contra o processo de transformação das reivindicações populares em delitos. Algumas Instituições e entidades goianas se manifestam contra a Operação R$ 2,80. A União Estadual dos Estudantes (UEE) classificou as prisões como “arbitrárias” e avaliou a ação policial no caso como uma “ameaça à liberdade de expressão e da livre manifestação”. Já o Conselho Universitário da Universidade Federal de Goiás (UFG) defendeu o “compromisso de respeito à liberdade, à diversidade, ao pluralismo das ideias e a organização e manifestação política, sem discriminação de qualquer natureza”. A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO) também tem acompanhado a operação como observadora. Nesta segunda-feira (26/5) um novo pedido de soltura será encaminhado ao judiciário. A informação foi confirmada ao Jornal Opção Online por um dos cinco advogados que fazem a defesa dos presos. Os estudantes seguem presos no Centro de Prisao Provisoria (CPP), em Aparecida de Goiânia. Segundo o delegado o inquérito será concluído nesta sexta-feira (30/5). “O inquérito está encaminhando para o encerramento”.

Avenida Anhanguera teve o tráfego interrompido e alguns manifestantes tentaram forçar entrada em lojas dos camelódromos da região

Cerca de 100 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ocuparam por 15 minutos o hall de entrada do escritório da construtora Odebrecht, na Marginal Pinheiros, na zona oeste da capital paulista. Eles se juntaram aos manifestantes do coletivo Resistência Urbana, que faz hoje (8) três atos na capital paulista contra os gastos da Copa do Mundo. Os militantes do MST saíram em marcha junto com os integrantes do coletivo Resistência Urbana, no Metrô Butantã. Os sem terra decidiram entrar na sede da empresa e picharam as paredes do prédio. Durante a entrada, os seguranças recuaram, evitando o confronto. “Odebrecht ganha bilhões com a Copa em cima do sangue de operários e do dinheiro de todos nós”, diz um das faixas do grupo. Em outro cartaz, a foto do diretor-presidente da empresa é divulgada com a frase “Fora, Odebrecht”. Por volta das 11h, o movimento foi encerrado. Para Kelly Maffort, integrante da direção nacional do MST, um dos impeditivos para a reforma agrária no país é a designação de um orçamento de apenas 0,15% para essa política. “Esse número é extremamente baixo e cai a cada ano, mas o Estado brasileiro tem se dedicado a grandes investimentos em grandes eventos, com a Copa”, declarou. Ela critica também o fato de que os recursos públicos estejam sendo destinados para empresas. Em relação à Odebrecht, ela destacou que a empresa, embora seja mais conhecida pelos empreendimentos na área de construção civil, também está ligada ao agronegócio por meio da empresa ETH, que atua no setor sucroalcooleiro, como ocorre no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do estado. A região é conhecida por conflitos agrários relacionados a grilagem de terra. A Agência Brasil procurou a construtora para que ela pudesse comentar o ato, mas, até o momento da publicação desta matéria, não houve retorno. Os integrantes do MST retornaram ao alojamento no Butantã, onde estão acampados desde ontem, e os integrantes do coletivo Resistência Urbana se dispersaram. A Odebrecht foi a responsável pela construção do Itaquerão, estádio do Corinthians que vai sediar o jogo de abertura da Copa do Mundo em São Paulo. Estava previsto para hoje um ato no estádio, durante a visita da presidenta Dilma Rousseff. A atividade, no entanto, foi suspensa, porque, segundo o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), o governo federal se comprometeu a receber o movimento. “A pauta é mudanças no Programa Minha Casa, Minha Vida, medidas de prevenção de despejo forçado no país e uma nova lei do inquilinato”, enumerou Guilherme Boulos, um dos coordenadores do MTST.

A manifestação espontânea ocorreu por volta das 7h30 após constatada a demora em algumas linhas de ônibus